Por Kátia Dressards, especialista em comunicação institucional, ESG e pesquisadora em neurociência
1º – Para a editoria de economia dos veículos de imprensa, claro que é importante termos números que
justifiquem entrar em matérias ou reportagens nesta editoria – como parte do argumento da pauta sobre o
setor, ou como exemplo/case de sucesso, ou como matéria solo. Mas sem números, não há posicionamento
no mercado, partindo-se do pressuposto da Comunicação e/ou Relação com o Mercado.
2º – Trazer o comparativo de um ano para outro, também é uma boa forma das empresas mostrarem seu
desempenho e pisarem com consistência na parte do Share do mercado que lhe cabem. Lembre que, parte
desse posicionamento vem da forma clara e sem rodeios que a empresa de apresenta ao próprio mercado.
Ou seja, as boas práticas de Governança, são claras sobre a transparência em publicitar seus resultados.
3º – Hoje todas as empresas – de pequenas a grandes multinacionais – estão sendo levadas pelo CONSUMIDOR
a se mostrarem. Não há mais segredos quando se fala em desempenho, resultado financeiro, faturamento
ou investimentos em expansão, pesquisas e desenvolvimento. Os números alcançados não são mais um
‘ativo’ estratégico.
4º – Claro que a empresa pode optar por não divulgar nenhum número. No entanto, se ela assume ou escolhe
atuar dentro dos parâmetros do ESG – do inglês – environmental, social, and corporate governance (ou seja,
fazendo a governança ambiental, social e corporativa com transparência na sua Operação e imbuída da
Sustentabilidade da Governança sempre pautada pelo E (de meio-ambiente) e pelo S (de Social e Pessoas).
Assim, NÃO dar conhecimento de seus resultados, isso NÃO É MAIS UMA OPÇÃO. Então, o que se espera é
que a empresa se mostre de forma CLARA, apresente suas realizações, divulgue seus RESULTADOS e,
sobretudo, fale sempre a verdade. (Hoje, a mentira não tem ‘perna curta’, ela – na realidade – nem tem mais
pernas…)
5º – Posicionar-se divulgando números de resultado não é uma postura que irá ‘comunicar’ ao concorrente sua estratégia
Comercial. Em tempos de competitividade acirrada, onde se conquista o consumidor final por detalhes e se perde
também por eles… Ganha engajamento a melhor performance comunicativa (tanto no MKT, Institucional como na
Relação com Formadores de Opinião) e – mantém – a FIDELIDADE do consumidor as empresas que:
a- entregam o que dizem SER;
b- respondem RÁPIDO qualquer dúvida ou problema do consumidor;
c- comunicam de forma CLARA qualquer demanda;
d- realizam a igualdade no CUIDADO com o público Interno;
e- são rápidas em ASSUMIR erros e corrigi-los. Porque errar, faz parte do crescimento;
f- e… entenderam que, o ÚNICO SEGREDO para qualquer estratégica são PESSOAS no momento certo e no
LUGAR CERTO dentro da empresa.
§ PLUS … Além do avanço galopante da tecnologia, da A.I., dos processos e da pesquisa de produtos – em todas as áreas
– correm também com igual força (mas com menos glamour), as pesquisas da neurociência aplicadas aos negócios. Hoje,
entender de PESSOAS é mais importante. Tudo gira em torno de PESSOAS. E pessoas querem hoje saber de todas as
variáveis para a tomada de decisão. Então, a empresa que se comunicar + Clara + Honesta + Disposta + Empática +
Transparente + Coerente + Direta + Simples + Responsável + Sustentável + Inclusiva + Sem Rodeios e com + Humildade…
pode errar sem sofrer, aprender e corrigir. Só não pode mentir.
Seguir a conduta de ESG não é ter um ‘Selo’. É assumir que o grupo de Pessoas gestoras da empresa tem CONSCIÊNCIA
nas suas estratégias, e não números como parâmetro decisório principal. Aliás, os números positivos ou negativos são
– em 99% – reflexo da conduta das PESSOAS dentro das empresas. E nunca o contrário.