A PREOCUPAÇÃO COM A SEGURANÇA – 30.09.2022

lgpd-protecao-de-dados-1080x675

Faltam poucas semanas para a Black Friday, o dia que inaugura a temporada de compras de fim de ano com várias lojas físicas e digitais oferecendo descontos significativos em produtos e serviços. Essa festividade, que começou nos Estados Unidos, é celebrada em diversos países, inclusive no Brasil, sempre na última sexta-feira do mês de novembro. Não sem razão, é um dos eventos mais importantes para as empresas em termos de volume de vendas, concentrando apenas em uma semana cerca de 5% de todas as transações anuais no país.

Períodos como este também constituem uma janela de oportunidade para golpistas e hackers, que aproveitam quaisquer deslizes para colherem dados e credenciais. O número de ocorrências durante a semana da Black Friday de 2020 cresceu quase 40% em relação a 2019, tendo como pico a sexta-feira, que alcançou número 74% superior ao ano anterior. A mesma tendência foi observada em 2021, com alta superior a 200% em relação à mesma época de 2020.

A maioria dos ciberataques nos últimos anos foi registrada contra empresas de varejo de pequeno e médio portes. No entanto, muitas ofensivas acontecem antes da Black Friday, uma vez que os hackers invadem previamente os ambientes das varejistas.  Ao menos 71% dos ataques são motivados financeiramente, mas os danos também envolvem prejuízos à reputação e sanções legais pelo descumprimento de regulamentações como a Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD).

Quase a totalidade dos incidentes registrados contra os consumidores ocorre por erro humano.  Consiste em tentativas de fraude para obter ilegalmente informações como senhas bancárias ou número de cartão de crédito, o segundo cibercrime é fruto da utilização de um software desenvolvido para infectar o computador de um usuário legítimo.

A indisponibilidade ou instabilidade dos sites também é um problema recorrente durante a Black Friday, impactando severamente nas oportunidades de vendas. Apesar do aumento nos investimentos e iniciativas de segurança cibernética, apenas duas em cada cinco organizações estão preparadas para enfrentar novas exposições decorrentes da rápida evolução digital. Enquanto 24% das varejistas contam com medidas adequadas de continuidade de negócios e recuperação de desastres, 36% delas ainda são extremamente vulneráveis à sobrecarga da rede e ataques de negação de serviço.

Apesar de tantas ameaças que podem impactar a relação com os consumidores, é nítido o esforço das empresas em garantir a segurança de todos os envolvidos, especialmente diante dos novos hábitos pós-pandemia e do fortalecimento do comércio eletrônico. Inclusive, cabe ressaltar que o e-commerce no Brasil obteve recorde de faturamento em 2021, ultrapassando os 161 bilhões de reais em vendas. Para este ano, a perspectiva é ainda mais animadora, com crescimento de 9% nas vendas on-line.

É inegável que a frequência e a sofisticação das ameaças aumentaram, mas também é um fato que as companhias varejistas estão mobilizando recursos e pessoal para proteger negócios e consumidores. Apenas dessa maneira, com preparo, conhecimento, bons profissionais e atenção constante, é que todos poderão aproveitar as negociações em tempos festivos sem riscos ou preocupações.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de acordo com a nossa
Política de Privacidade ao continuar navegando você concorda com estas condições.