Desde os primórdios da publicidade, para que um anunciante construa uma comunicação com seu público, é necessário fazer uso de um veículo de comunicação. Isso ficou evidente com o surgimento da imprensa e, consequentemente, dos jornais; foi nessa época que a publicidade expandiu seu alcance .
Entretanto, foi na década de 50, quando a televisão iniciou seu processo de consolidação ao redor do mundo, que a comunicação entre marcas e consumidores expandiu-se massivamente (mais do que o rádio e o jornal poderiam atingir). A combinação de imagem e som, atrelada a milhares de espectadores diariamente tornou-se o principal e mais lucrativo canal de comunicação.
Entretanto, depois de cinco décadas, o início dos anos 2000 exigiu questionamentos referentes à divergência entre audiência verificada e audiência real. A primeira diz respeito ao número de telespectadores contabilizado pela emissora, já a segunda é relativa ao público que realmente está prestando atenção na programação ou tem potencial de ser impactado e convertido em consumidor.
Essa mensuração, todavia, é de difícil acesso e, por muito tempo, foi ignorada. Com o surgimento de novas mídias de potencial impacto semelhante ao da televisão, como o digital e o Out Of Home, esses questionamentos foram nivelando a produção da mídia sob demanda, em que o anúncio é exibido de acordo com aquilo que o público quer ver; tudo pode ser espaço publicitário, desde que não agrida o que o consumidor espera.
Por isso, em 2022, falar de mídia apenas como um veículo de alcance é limitar o resultado que esses meios podem entregar para as marcas, até mesmo aliando-se ao uso de diferentes mídias simultaneamente. A mídia hoje é sobre potencializar, surpreender e criar novos contatos. E por que não aliar seu uso a um ponto de contato preciso com o público? As possibilidades derivam em meios inovadores, que os consumidores querem ver e podem ter. Exemplo disso são as mídias compartilhadas, que aliam experiência, interação e propaganda: um público que utiliza bicicletas, guarda-chuvas ou aplicativos envelopados por marcas, não apenas engajam com elas no dia a dia, como reservam espaço no seu imaginário e, consequentemente, são lembradas no momento da compra.
Em suma, a evolução da mídia criou diversas possibilidades de fazer publicidade, basta às marcas alinharem seus objetivos de comunicação àquilo que seu público espera, para selecionar os veículos que funcionem a favor de ambos.