Na coluna de hoje, você vai ler artigos sobre: Chupetas para Adultos: A Infantilização Não é Metáfora, É Produto ( pacifier), Lucro líquido do Banrisul cresce 42,4% no 1º semestre de 2025,Geração Z também será afetada pela IA no mercado de trabalho, diz Bill Gates, Cuba privatizada: empresas vendem mais na ilha do que o Estado pela 1ª vez, É assim que a Inteligência Artificial pode destruir a humanidade?, Kantar Ibope Media medirá audiência de campanhas na Netflix e Zuckerberg Desperdiçou Seu Talento em IA, Agora, Está Gastando Bilhões para Substituí-lo.
Chupetas para Adultos: A Infantilização Não é Metáfora, É Produto ( pacifier)
Por Willians Fiori
Há poucos dias escrevi sobre a infantilização dos adultos. Achei que estava usando uma figura de linguagem para provocar reflexão. Pois bem, 2025 tratou de me mostrar que não era metáfora — era literal. Agora, temos adultos usando chupeta.
O argumento oficial? Alívio para ansiedade e estresse. A chupeta virou “pacifier para adultos”, com design ergonômico, silicone de luxo e preços que vão de oito a trezentos reais. A indústria vende como terapia portátil. As redes sociais, como identidade. E o mundo compra.
A psicanálise explica com palavras bonitas: regressão, fase oral, resgate da segurança da infância. Mas a verdade nua e crua é que estamos diante de uma sociedade que não sabe mais lidar com o desconforto da vida adulta. Que troca a coragem de enfrentar a própria ansiedade pela simulação de colo em forma de borracha.
E não é só sobre a chupeta. É sobre a lógica que a sustenta: quanto mais frágil o adulto, mais mercado para produtos que o mantenham assim. O risco dentário? As piadas? As críticas? Tudo irrelevante, porque o “vídeo fofinho” no feed é mais importante que a pergunta incômoda: em que momento desaprendemos a amadurecer?
A infantilização não é mais um comportamento isolado. É tendência global, com marketing, logística e nota fiscal. E quando o símbolo do nosso tempo é algo que, um dia, juramos abandonar… talvez seja hora de parar de sugar plástico e começar a morder a realidade.
Lucro líquido do Banrisul cresce 42,4% no 1º semestre de 2025
Por Assessoria de Imprensa Banrisul
O presidente do Banrisul, Fernando Lemos (ao centro), apresentou o resultado do Banco no 1º semestre de 2025. Foto: Alan Nobre.
O Banrisul alcançou lucro líquido de R$ 619,2 milhões no primeiro semestre de 2025, crescimento de 42,4% ou R$ 184,3 milhões frente ao resultado do mesmo período de 2024. O desempenho reflete, especialmente, o incremento da margem financeira, a expansão da carteira de crédito e o aumento das receitas de prestação de serviços.
Com relação ao segundo trimestre de 2025, o lucro líquido do Banco totalizou R$ 377,7 milhões, elevação de 56,4% frente ao primeiro trimestre deste ano, puxado principalmente pelo crescimento da margem financeira e pelo comportamento favorável das perdas líquidas esperadas associadas ao risco de crédito.
No primeiro semestre de 2025, o saldo dos recursos captados e administrados alcançou R$ 123,9 bilhões, com crescimento de 6,8% em relação a dezembro de 2024, alavancado especialmente pela captação em depósitos a prazo, depósitos judiciais e administrativos e letras financeiras. O CDB Progressivo Pré, lançado no primeiro trimestre do ano, foi destaque com avanço de 128,4% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, chegando ao saldo de R$ 974,0 milhões ao final de junho. As captações em LCI e LCA cresceram 17,1% e 11,7% em junho de 2025, respectivamente, em relação a dezembro de 2024; e a captação em Letras Financeiras, incluindo subordinadas, cresceu 101,2% no mesmo período. Já o patrimônio líquido atingiu R$ 10,6 bilhões no final de junho de 2025, 2,3% superior a dezembro de 2024.
Segundo o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, o compromisso da instituição é proporcionar sinergia que impulsione a economia do Estado com soluções acessíveis, modernas e alinhadas às necessidades dos diferentes perfis de clientes, tanto no segmento de pessoas físicas quanto jurídicas, contribuindo de forma concreta para o fortalecimento das comunidades e do futuro do Rio Grande do Sul. “Ao longo do primeiro semestre de 2025, mantivemos como prioridade o foco em inovação e na proximidade com nossos clientes, promovendo avanços significativos no portfólio de crédito, como o lançamento do Crédito Consignado CLT, que pode ser contratado tanto na rede de agências quanto de forma digital, pelo app Banrisul ou aplicativo da Carteira de Trabalho Digital; e a reabertura do CDC Educação – linha de crédito voltada ao financiamento de cursos de graduação”, frisa.
Fernando Lemos salienta que, no segmento Pessoa Jurídica, a Conta Única Banrisul – limite de crédito rotativo e recorrente, gerenciado pelo próprio empresário – mantém sua posição de destaque como principal produto voltado às empresas. “No portfólio de crédito, implementamos uma nova modalidade de capital de giro flexível e multigarantias para empresas de todos os portes, que conta com a opção de pagamento parcelado ou em parcela única, permitindo a composição de diferentes garantias em uma mesma operação.”
O dirigente destaca que a carteira de câmbio tem apresentado um desempenho notável, refletido no crescimento expressivo de 51,1% em comparação a junho de 2024. “Esse aumento foi impulsionado pela expansão da atuação comercial e pelo incremento significativo nas operações de câmbio pronto, cujo volume foi de R$ 9,1 bilhões – R$ 3,0 bilhões a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. A qualidade da carteira é consequência do atendimento personalizado e profundo conhecimento dos negócios dos clientes. O desempenho reforça o compromisso do Banrisul com a inovação e com o apoio à forte vocação exportadora do Rio Grande do Sul”, ressalta.
O presidente do Banrisul afirma que, como parte da estratégia para expandir a carteira comercial do Banco, no primeiro semestre de 2025 foram inaugurados novos espaços Banrisul Empresas nos municípios de Pelotas, Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves, São Leopoldo e na Zona Sul de Porto Alegre. “Durante o mês de agosto, iniciará o funcionamento de mais duas agências Banrisul Empresas: no prédio do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-RS), localizado na Rua Dom Pedro II, 861, em Porto Alegre; e em Santa Maria. Os novos espaços são destinados exclusivamente a negócios desse público com foco na especialização, eficiência e oferta de produtos e serviços de maneira ágil e aderente ao segmento, reforçando a expansão da presença do Banrisul em regiões com elevado potencial econômico.”
“Como diferencial do nosso relacionamento com os empresários”, enfatiza Fernando Lemos, “existem iniciativas inovadoras de colaboração com os clientes, como a Consultoria Financeira Banrisul Empresas: um conjunto de vantagens e serviços especializados e de forma integrada, destinados a micro e pequenas empresas para auxiliar no entendimento de suas contas e na melhoria contínua dos negócios.” A consultoria conta com uma ferramenta de dados e diagnóstico financeiro do cliente com a qual foram criadas soluções personalizadas e estratégias de negócios por meio dos produtos e serviços do Banco.
O CEO do Banrisul informa que o Banricompras também tem se destacado como solução de pagamento para pessoas jurídicas, com limites para compras pré-datadas e parceladas que podem substituir os pagamentos com boleto ou cartão de crédito. “O produto se diferencia pelos prazos flexíveis, sendo que os pagamentos podem ser diluídos ao longo do mês, evitando picos de despesas e integrando uma excelente ferramenta de gestão de fluxo de caixa.”
“Nesse segundo trimestre, mantivemos o foco na evolução da experiência dos clientes, que são usuários dos nossos canais digitais, pelo desenvolvimento de novas funcionalidades no aplicativo Banrisul”, assegura Fernando Lemos. Ele revela que, além das melhorias na experiência em contratação de empréstimos implementadas no primeiro trimestre do ano, também foram disponibilizadas a gestão de produtos de crédito e a possibilidade de amortização e quitação de contratos de financiamento imobiliário com recursos próprios. Já na jornada Pix, está disponível a realização de pagamentos para chaves internacionais.
Fernando Lemos anuncia que a expansão da marca Banrisul para todo o território nacional com a abertura da Conta Digital para pessoa física chegou a 200 mil novos clientes. “Além disso, iniciamos a abertura de conta digital para microempreendedores individuais (MEIs) residentes no Rio Grande do Sul e já contabilizamos o ingresso de 1,7 mil novos clientes, o que contribui para o fortalecimento da carteira da pessoa jurídica e com a jornada de transformação digital do Banrisul.”
CRÉDITO
A carteira de crédito alcançou R$ 64,0 bilhões em junho de 2025, alta de 3,2% frente a dezembro de 2024, refletindo, especialmente, a ampliação no saldo em crédito comercial, financiamentos de longo prazo e carteira de câmbio. O crédito comercial, a maior carteira do Banco, totalizou R$ 39,1 bilhões, que corresponde a 61,1% do total de operações de crédito.
CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO
O Banrisul contava com uma base de 1,4 milhão de cartões de crédito nas bandeiras Mastercard e Visa ao final de junho de 2025. No ano, foram feitas 54,0 milhões de transações, somando uma movimentação financeira de R$ 5,5 bilhões, 7,5% superior ao mesmo período de 2024. As receitas de crédito e de tarifas com cartões de crédito e cartões BNDES totalizaram R$ 441,5 milhões no primeiro semestre de 2025. O cartão Banricompras registrou no período a realização de 61,1 milhões de transações e um faturamento de R$ 7,7 bilhões.
Durante o primeiro semestre do ano, foram mantidas vantagens nos cartões de crédito, como a isenção de anuidade e de mensalidade da Tag Banrisul, em parceria com a Veloe, reforçando o compromisso com a valorização dos clientes. Com foco na fidelização de clientes e no posicionamento do Banriclube em oferecer vantagens personalizadas, em abril foi lançada a funcionalidade Crédito em Fatura. Os clientes pessoa física com cartões Mastercard e Visa (Gold, Platinum, Black e Infinite) passaram a ter a oportunidade de converter seus pontos acumulados em valores monetários, creditados diretamente na fatura do cartão. Para aprimorar a experiência digital do cliente, o Banricompras passou a contar com um extrato detalhado no app, que permite ao cliente visualizar suas compras de forma detalhada e acompanhar a previsão de gastos futuros.
BANRISUL PAGAMENTOS
O lucro líquido da Banrisul Pagamentos nos primeiros seis meses de 2025 alcançou R$ 195,8 milhões. A Vero, rede de adquirência da Banrisul Pagamentos, encerrou o período com 146,2 mil estabelecimentos credenciados ativos. No primeiro semestre de 2025, foram realizadas 277,2 milhões de transações, incremento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024. O volume financeiro transacionado totalizou R$ 25,6 bilhões, acréscimo de 6,2% frente ao mesmo período do ano anterior.
BANRISUL SEGURIDADE
A Banrisul Seguridade – que atua no mercado de comercialização de seguros, planos de previdência privada e títulos de capitalização nos canais do Banrisul, por meio de sua subsidiária Banrisul Corretora de Seguros – alcançou lucro líquido de R$ 87,8 milhões no primeiro semestre de 2025.
A arrecadação de prêmios de seguros, contribuições de previdência e títulos de capitalização alcançou R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2025, e as receitas totais atingiram R$ 191,7 milhões. Em junho de 2025, as operações ativas de seguridade totalizaram 2,4 milhões de contratos.
CANAIS DIGITAIS
Os canais digitais do Banrisul responderam por 87,8% das operações no primeiro semestre de 2025, considerando todos os canais disponíveis (digitais, ATMs, correspondentes, caixas e Banrifone). O Banco oferece cinco canais digitais: Minha Conta, Afinidade e Office Mobile, disponíveis no aplicativo Banrisul; além do Office e do Home Banking, acessíveis pela web.
No primeiro semestre de 2025, todos os canais somaram 360,3 milhões de acessos, 11,1% superior ao mesmo período de 2024, resultando em uma média de 2,0 milhões de acessos diários. O total de operações realizadas por meio desses canais cresceu 14,4%, enquanto a quantidade de transações financeiras aumentou 11,4% e o volume transacionado teve alta de 15,3% na comparação com o mesmo período de 2024.
INVESTIMENTO E INOVAÇÃO
O Banrisul trabalha permanentemente no ecossistema de inovações para proporcionar produtos e serviços que combinem qualidade, confiança e tecnologia, centrados na experiência do cliente. Os investimentos em modernização tecnológica, que contemplam todos os investimentos em TI, autoatendimento, Datacenter, transformação digital, atendimento e relacionamento com clientes, sistemas de informação e segurança patrimonial, bem como em reformas e ampliações, totalizaram R$ 177,9 milhões no semestre, tendo como principal finalidade a modernização da infraestrutura de TI e de segurança patrimonial.
Nas soluções de pagamentos, o Banrisul foi pioneiro na disponibilização do Pix Automático nos canais digitais, desde novembro de 2024. Com a interoperabilidade bancária plena implementada pelo Banco Central em junho de 2025, a solução passa a permitir o cadastramento de pagadores de qualquer instituição financeira, ampliando significativamente seu alcance e potencial de uso. O produto já permite integração via API, ideal para empresas que desejam incorporar a cobrança recorrente aos seus sistemas de gestão. Complementando o portfólio de meios de pagamento, o Pix Parcelado manteve o ritmo de contratações, atingindo mais de 20 mil clientes.
No avanço da estratégia de digitalização, o Banco lançou no aplicativo a funcionalidade de simulação e parcelamento do saldo total do cartão de crédito. A solução, inicialmente voltada a clientes inadimplentes e posteriormente estendida aos adimplentes, permite mais autonomia na gestão financeira e teve adesão expressiva, resultando na duplicação do número de contratações até o final de junho em relação a março de 2025. A iniciativa exigiu o desenvolvimento de soluções tecnológicas robustas, com foco em estabilidade, escalabilidade e segurança operacional.
O novo Portal do Desenvolvedor (developers.banrisul.com.br) foi redesenhado com foco em atender de forma mais eficiente às demandas de desenvolvedores de software e parceiros de negócio, se consolidando como uma plataforma estratégica para integração de serviços, como transferências pelo Pix, emissão de boletos, entre outros serviços.
Geração Z também será afetada pela IA no mercado de trabalho, diz Bill Gates
Por Capitalist
O renomado bilionário Bill Gates, cofundador da Microsoft, tem um conselho crucial para os jovens da Geração Z: é imprescindível adotar as ferramentas de inteligência artificial (IA).
Gates descreve essas ferramentas como “divertidas e empoderadoras”, mas ressalta não haver garantias de estabilidade no mercado de trabalho atual.
Em uma entrevista à CNN, o chefão da tecnologia destacou que, embora a inteligência artificial revele oportunidades empolgantes, ela não assegura que os graduados alcancem os empregos dos seus sonhos. Os desafios persistem, mesmo para aqueles que dominam essas tecnologias emergentes.
O mercado está em constante mudança, exigindo adaptação dos profissionais. Gates insiste que a curiosidade, a leitura e o uso das ferramentas mais recentes são essenciais para prosperar neste cenário.
A IA, segundo ele, já começou a abalar carreiras de nível inicial, especialmente nos Estados Unidos, onde a contratação para essas vagas sofreu uma redução considerável desde o início de 2023.
Impacto da IA nas carreiras
Uma pesquisa realizada recentemente revelou que 49% dos jovens trabalhadores americanos acreditam que a IA diminuiu o valor de seus diplomas. A taxa de desemprego entre recém-formados subiu para 6% nos últimos doze meses, enquanto a média nacional permanece em torno de 4%.
Empresas estão adaptando suas estratégias de contratação em resposta a essa realidade. A Carlyle, gigante global de investimentos, agora prefere funcionários que garantam a precisão do trabalho automatizado por IA.
Da mesma forma, Bill Balderaz, CEO da Futurety, optou por usar o ChatGPT em vez de contratar um estagiário de verão. A informação foi dada ao The Wall Street Journal.
Estratégias da Geração Z
Em meio a esse cenário de rápidas mudanças, os jovens da Geração Z estão buscando novas formas de estabilizar suas carreiras.
Muitos optam por profissões que exigem habilidades práticas e interação humana, como construção civil, encanamento e elétrica. Esses setores oferecem salários altos sem exigir graduação universitária.
A pesquisa mostrou que 53% dos entrevistados da Geração Z estão inclinados para essas ocupações. Profissões focadas em pessoas, como saúde e educação, também continuam atraentes.
Tais escolhas refletem a busca por segurança e relevância em tempos de incerteza econômica.
Cuba privatizada: empresas vendem mais na ilha do que o Estado pela 1ª vez
Por Douglas Gravas
O setor privado em Cuba superou o estatal em valor de vendas no varejo pela primeira vez desde a abertura de novos negócios particulares, representando 55% do total comercializado em 2024. Os dados do Onei (Escritório Nacional de Estatísticas) mostram um crescimento em comparação ao ano anterior. Em 2023, o comércio não estatal representou 48% das vendas varejistas, enquanto o estatal foi equivalente a 52%.
Os números consideram tanto as vendas de mercadorias cubanas quanto as importadas, os serviços e outras atividades para o consumidor final. Nesse cálculo, não são consideradas atividades informais, sem regulação do governo, e o detalhamento, com a divisão entre vendas estatais e privadas, é publicado apenas anualmente.
Esse aumento indica uma evolução no papel da iniciativa privada na economia da ilha, desde que o governo cubano começou a flexibilizar suas políticas internas para a abertura de negócios privados.
As pequenas e médias empresas passaram a ser autorizadas em 2021, ocupando espaço que antes era dominado por lojas estatais, que estão cada vez mais vazias. O governo optou pela medida após a grave crise econômica causada pela pandemia e por novas sanções de Washington. É a partir desse ano que o órgão passa a disponibilizar o balanço de vendas varejistas do Estado e privadas.
Mais de 11 mil micro, pequenas e médias empresas privadas foram autorizadas na ilha desde a legalização, segundo informou em 2024 o Ministério da Economia e Planejamento – 4.548 foram criadas por reconversão, ou seja, passaram de estatais para privadas, e as 6.498 restantes são empresas criadas do zero.
Em um artigo, o professor da Universidade Columbia, nos EUA, Ricardo Torres Pérez lembra que o tamanho do setor privado não se limita à atividade autorizada pelo governo, por diferentes razões, incluindo as limitações das regras atuais.”Há um setor privado considerável envolvido em atividades informais associadas à atividade privada autorizada pelo governo. Parte dela se dedica à comercialização de produtos escassos.”
A economia estatal tem enfrentado sérias dificuldades, contraindo 11% nos últimos cinco anos, resultando em frequentes apagões, escassez de produtos e inflação alta.
Em setembro do ano passado, a “Folha de S.Paulo” visitou a capital Havana. Os moradores relataram que já não era fácil fazer três refeições completas por dia. As “livretas de racionamento”, caderneta para adquirir produtos com preço subsidiado, também estavam em falta. Segundo as próprias autoridades, cerca de 30% da população que deveria acessar as “bodegas” estavam sem o benefício na época.
O conselheiro e vice-chefe da Embaixada de Cuba no Brasil, Melne Hernández, e o cônsul do país em São Paulo, Benigno Fernández, afirmaram que o país é muito prejudicado por ter sido recolocado na lista dos Estados Unidos de patrocinadores do terrorismo.
Enquanto o Estado ainda controla muitos pontos de venda que oferecem uma seleção limitada de produtos, os mercados informais floresceram, com oferta de itens que muitas vezes estão em falta.
“Há muitas coisas que não podem ser encontradas no setor estatal”, disse Diamela Garcia, vendedora de roupas em uma feira à Reuters, em Havana. “Muitas pessoas vêm procurar essas coisas aqui.”
Os consumidores, ao mesmo tempo, se queixam dos altos preços cobrados nesses estabelecimentos, o que também limita o acesso a bens de consumo. “Aqui você encontra de tudo, embora os preços sejam altos”, disse à agência María Karla Hernández, uma fisioterapeuta de 27 anos.
O economista Omar Everleny pondera que os dados divulgados pelo governo refletem o valor das vendas, não o volume geral. “Os preços são frequentemente subsidiados no setor estatal e muito mais altos no setor privado”, diz.
“O Estado tem pouco dinheiro para importar produtos, então as pessoas têm de recorrer ao setor privado, que é mais flexível”, acrescenta. Consultado por e-mail sobre a divulgação de dados com o volume de vendas, o Onei não respondeu.
Historicamente, o setor privado foi visto de forma negativa sob Fidel Castro, mas seu irmão Raúl adotou uma postura mais tolerante. O atual presidente, Miguel Díaz-Canel, mantém uma visão similar, enfatizando a necessidade de as empresas estatais se tornarem mais eficientes, ao mesmo tempo que há um debate interno sobre a liberalização dos negócios privados.
O ministro da Economia, Joaquín Alonso, disse em uma sessão na Assembleia Nacional que as importações de empresas privadas aumentaram significativamente, e destacou que o governo deseja orientar o setor privado em vez de impedir que ele funcione. Atualmente, cerca de 1,6 milhão de pessoas trabalham em empresas privadas, de um total de 4 milhões na força de trabalho cubana.
É assim que a Inteligência Artificial pode destruir a humanidade?
Um estudo polêmico e influente no mundo da tecnologia prevê um cenário distópico em que, a partir do ano de 2027, a Inteligência Artificial poderia se rebelar e ganhar tamanha autonomia que, no intervalo de dez anos, provocaria ativamente a extinção humana.
O estudo, chamado AI2027, foi publicado por especialistas em IA e desde então tem inspirado críticas e discussões.
Neste vídeo , a BBC destrincha esse estudo e ouve a opinião de um especialista em IA a respeito dos riscos de esse cenário se tornar realidade. Confira.
Kantar Ibope Media medirá audiência de campanhas na Netflix
Por Meio & Mensagem
A Netflix anuncia nesta quinta-feira, 14, uma parceria com a Kantar Ibope Media, que passa a validar audiências de campanhas publicitárias da plataforma de streaming no Brasil, oferecendo dados mais completos de alcance individual e eficácia cross-media.
A partir de outubro, a Netflix também disponibilizará a sua mais recente integração programática com o Yahoo DSP nos 12 países em que tem seu plano com anúncios.
Além disso, a empresa passa a oferecer globalmente segmentação de campanhas por idioma em oito línguas: português, francês, alemão, italiano, japonês e coreano, além de inglês e espanhol. Segundo a Netflix, isso expandirá as possibilidades de campanhas mais relevantes e inclusiva, uma vez que alcançará assinantes com base no idioma escolhido para assistir aos conteúdos e no histórico de consumo.
A iniciativa integra a evolução da Netflix Ads Suite, lançada em julho deste ano, com recursos avançados de dados, soluções mais amplas de compra, de mensuração e de formatos criativos.
A Netflix também fechou um acordo com a australiana OzTAM, seu primeiro na região Ásia-Pacífico, para ter sua audiência medida e reportada pela companhia.
Zuckerberg Desperdiçou Seu Talento em IA, Agora, Está Gastando Bilhões para Substituí-lo
Por Forbes
Em junho, Zuckerberg contratou Alexandr Wang, ex-CEO de 28 anos da gigante de rotulagem de dados Scale AI
A Meta estava repleta de talentos de ponta em IA, até que parou de funcionar. Anos antes da onda de compras de Mark Zuckerberg, a empresa contratou os pesquisadores e engenheiros que, em última análise, partiriam para fundar grandes empresas de IA: os fundadores da Perplexity, Mistral, Fireworks AI e World Labs, todos vieram do laboratório de IA da empresa controladora do Facebook. E, à medida que o boom da IA impulsionou a construção de modelos cada vez mais capazes, outros migraram para rivais como OpenAI, Anthropic e Google.
A fuga de talentos dos últimos anos tem sido difícil, disseram três ex-funcionários da Meta AI à Forbes . “Eles já tinham os melhores profissionais e os perderam para a OpenAI… Este é o Mark tentando desfazer a perda de talentos”, disse um ex-funcionário da Meta AI. E mesmo com Zuckerberg fazendo ofertas impressionantes para pesquisadores de IA de ponta, a gigante das mídias sociais continua perdendo os que sobraram.
Hoje em dia, quando se trata de recrutar pesquisadores de IA de alto calibre, a Meta costuma ser deixada de lado. Fontes de algumas das maiores empresas de IA do Vale do Silício disseram que, antes das novas contratações dos últimos meses, os talentos da Meta não atendiam aos requisitos de contratação. “Podemos estar interessados em contratar algumas das novas pessoas que o Mark está contratando agora . Mas já faz um tempo que não nos interessamos particularmente pelas pessoas que já estavam lá”, disse à Forbes um executivo sênior de uma das principais empresas de IA de ponta .
Um fundador de startup de IA
O Google contratou menos de duas dúzias de funcionários de IA da Meta desde o outono passado, de acordo com uma pessoa familiarizada com as contratações do Google, em comparação com as centenas de pesquisadores e engenheiros de IA que contratou no mesmo período. Essa pessoa disse à Forbes que a “crença predominante” é que a Meta não tinha muitos talentos disponíveis para recrutar. O Google não quis comentar.
Isso deu um ar de desespero às tentativas de Zuckerberg de atacar empresas como a OpenAI e a Thinking Machine Labs, a startup iniciante liderada pela ex-CTO da OpenAI, Mira Murati, com ofertas de nove dígitos e promessas de computação quase ilimitada. Em pelo menos dois casos, o CEO da Meta ofereceu pacotes salariais no valor de mais de US$ 1 bilhão, distribuídos ao longo de vários anos, de acordo com o The Wall Street Journal. Ele teria contratado pelo menos 18 pesquisadores da OpenAI, mas muitos também o recusaram, apostando em maior impacto e melhores retornos sobre seu patrimônio.
A Meta negou veementemente ter tido problemas com talentos e retenção de IA. “Os fatos subjacentes claramente não corroboram essa história, mas isso não impediu que fontes anônimas com interesses pessoais divulgassem essa narrativa ou que a Forbes a publicasse”, disse o porta-voz Ryan Daniels em um comunicado.
O CEO da Anthropic, Dario Amodei, disse ter conversado com funcionários da Anthropic que receberam ofertas da Meta e não as aceitaram, acrescentando que sua empresa não renegociaria os salários dos funcionários com base nessas ofertas. “Se Mark Zuckerberg joga um dardo em um alvo e acerta seu nome, isso não significa que você deva receber dez vezes mais do que o cara ao seu lado que é tão habilidoso e talentoso quanto você”, disse ele no mês passado no Big Technology Podcast. A Anthropic não quis comentar.
A Anthropic tem uma taxa de retenção de 80%, a mais alta entre os laboratórios de fronteira, de acordo com um relatório de maio da empresa de capital de risco SignalFire . As descobertas se baseiam em dados coletados para todas as funções de tempo integral, incluindo engenharia, vendas e RH, e não especificamente para pesquisadores de IA. Em comparação, a DeepMind tem 78%, a OpenAI 67% e a Meta fica atrás, com 64%.
Um relatório de agosto da empresa, com foco amplo em talentos de engenharia, observou que a Meta está contratando engenheiros agressivamente em toda a empresa duas vezes mais rápido do que os perde. “Algumas movimentações de saída ajudam a explicar por que a Meta está investindo tanto na reconstrução e expansão de seu banco de dados técnico”, disse Jarod Reyes, chefe da comunidade de desenvolvedores da SignalFire. “Isso reflete a intensidade da competição por talentos seniores em IA e a pressão que até mesmo as grandes empresas sentem para complementar a experiência enquanto escalam novas iniciativas.”
Em junho, Zuckerberg contratou Alexandr Wang, ex-CEO de 28 anos da gigante de rotulagem de dados Scale AI, e adquiriu uma participação de 49% na empresa. Wang foi encarregado de liderar um novo laboratório dentro da Meta focado na construção da chamada “superinteligência” — um sistema de inteligência artificial que supera os humanos em uma série de tarefas cognitivas. Ele foi acompanhado por Nat Friedman, um importante investidor focado em IA e ex-CEO do GitHub, bem como cerca de uma dúzia de pesquisadores de ponta recém-contratados da OpenAI, Google DeepMind e Anthropic, alguns dos quais teriam recebido ofertas de US$ 100 milhões a US$ 300 milhões em pacotes de pagamento distribuídos por quatro anos. (A Meta disse que o tamanho das ofertas estava sendo deturpado.)
No final de junho, a Meta contratou Daniel Gross, importante investidor em IA e ex-CEO da startup de IA Safe Superintelligence, avaliada em US$ 32 bilhões, que ele cofundou com o ex-chefe de pesquisa da OpenAI, Ilya Sutskevar.
Não estamos oferecendo US$ 2 bilhões para as pessoas se juntarem. Não precisamos. Também não temos US$ 2 bilhões para oferecer. Zuckerberg também tentou reconquistar pessoas que a Meta havia perdido anteriormente, recontratando o ex-diretor sênior de engenharia da empresa, Joel Pobar, e o ex-engenheiro de pesquisa Anton Bakhtin, que havia saído para trabalhar na Anthropic em 2023, de acordo com o The Wall Street Journal. Eles não responderam aos pedidos de comentário.
Enquanto isso, pessoas continuam deixando a empresa. Em 2024, a empresa controladora do Facebook foi a segunda gigante da tecnologia mais contratada entre todos os cargos de tempo integral , com 4,3% dos novos funcionários em laboratórios de IA vindos da empresa, de acordo com o relatório SignalFire de maio . (O Google — excluindo sua unidade DeepMind — foi a gigante da tecnologia mais contratada.)
Na semana passada, a Anthropic contratou Laurens van der Maaten, ex-pesquisador renomado da Meta, que coliderou a estratégia de pesquisa para os principais modelos Llama da gigante social, como membro da equipe técnica da Anthropic. Em junho, a startup de IA empresarial Writer recrutou Dan Bikel, ex-pesquisador sênior e líder de tecnologia da Meta, como seu chefe de IA. Na Meta, Bikel liderou pesquisas aplicadas para agentes de IA, sistemas que podem executar ações específicas de forma autônoma. Cristian Canton, que liderou a Responsible AI na Meta, deixou a empresa em maio para ingressar no centro de pesquisa público Barcelona Supercomputing Center. A empresa perdeu Naman Goyal, ex-engenheiro de software da FAIR, e Shaojie Bai, ex-pesquisador sênior de IA, para o Thinking Machine Labs em março. E a Microsoft teria criado uma lista de seus engenheiros e pesquisadores da Meta mais procurados e também determinou que as ofertas da empresa fossem equiparadas, de acordo com o Business Insider.
Na startup francesa de IA Mistral, pelo menos nove cientistas de pesquisa em IA vieram diretamente da Meta desde a fundação da startup em abril de 2023, de acordo com pesquisas no LinkedIn realizadas pela Forbes . Na Meta, eles trabalharam no treinamento de versões iniciais do Llama. Duas dessas contratações foram feitas nos últimos três meses. E Elon Musk afirmou recentemente que a xAI recrutou vários engenheiros da Meta, sem desembolsar quantias “insanas” e “insustentavelmente altas” em remuneração. Desde janeiro, a xAI contratou 14 engenheiros da Meta, informou o Business Insider .
Uma Cultura de Caos
Em dezembro de 2013, a Meta lançou o FAIR, seu laboratório interno dedicado à IA. (Lançado como Facebook AI Research, o F foi reaproveitado para “Fundamental” após a empresa mudar de nome para Meta em 2021.) Liderado pelo renomado professor da NYU, Yann LeCun, o laboratório era considerado na época um dos melhores empregadores para quem buscava desenvolver IA de ponta. O laboratório contribuiu para pesquisas pioneiras em visão computacional e processamento de linguagem natural. Aqueles foram os “anos dourados da pesquisa em IA”, disse um ex-cientista pesquisador da Meta.
Em fevereiro de 2023, a empresa consolidou sua pesquisa de IA sob uma equipe mais focada em produtos chamada GenAI em vez de FAIR. Embora a FAIR ainda esteja por aí, ela tem “morrido lentamente” dentro da Meta, onde recebeu menos recursos de computação e sofreu com grandes saídas . “Zuck nunca deveria ter tornado a FAIR menos importante”, disse o cientista pesquisador. A Meta negou na época que a FAIR tivesse perdido importância e, em vez disso, disse que é um novo começo para o laboratório, onde pode se concentrar em projetos de longo prazo. A Meta disse que a FAIR e a GenAI trabalham juntas, o que ajuda a coordenar melhor as duas equipes e a tomar decisões mais rapidamente.
A equipe recém-formada da GenAI foi solicitada a correr, trabalhando até altas horas da noite e nos fins de semana para lançar produtos de IA, como o assistente de IA conversacional da Meta e os personagens de IA que Zuckerberg mais tarde revelaria ao mundo na Meta Connect de 2023, a conferência anual de produtos da empresa, disse um terceiro ex-pesquisador sênior. “Basicamente, tivemos seis meses para ir do zero ao lançamento”, disse o pesquisador sênior, que foi retirado de outra equipe para se juntar à GenAI, que começou com 200 a 300 funcionários e cresceu para quase 1.000.
Mercenários versus Missionários
Para os rivais que tentam se defender dos incentivos financeiros de Zuckerberg para causar choque e espanto, a visão é que ele está apelando para mercenários disponíveis para quem pagar mais. A ideia é que eles são antitéticos à Meta porque atraem verdadeiros crentes e “missionários”.
“Tenho orgulho de como nossa indústria é orientada para missões como um todo; é claro que sempre haverá alguns mercenários”, escreveu Sam Altman, chefe da OpenAI, em uma carta aos funcionários em julho. “Missionários vencerão mercenários”, acrescentou, observando: “Acredito que as ações da OpenAI têm muito, muito mais potencial de valorização do que as da Meta. Mas acho importante que uma grande valorização venha depois de um grande sucesso; o que a Meta está fazendo, na minha opinião, levará a problemas culturais muito profundos.” A OpenAI respondeu à pressão, supostamente ajustando salários e oferecendo bônus de até milhões de dólares às equipes de pesquisa e engenharia.
“As grandes empresas de tecnologia têm uma visão tão mercenária dessa corrida pela necessidade de controlar a produção da tecnologia que todos nós almejamos, a IA”, disse May Habib, CEO da startup de IA empresarial Writer. “Há uma humanidade que eu acho que se perdeu, pois ouvi os candidatos descreverem a cultura interna das empresas que estão deixando.”
Um fundador de startup de IA descreveu uma “mudança cultural” dentro da Meta, dizendo que começou a ver um grupo maior de candidatos vindos da empresa. “Tendemos a contratar mais missionários do que mercenários. Então, não estamos oferecendo US$ 2 bilhões para as pessoas se juntarem. Não precisamos. Também não temos US$ 2 bilhões para oferecer salários às pessoas”, disse ele.
O Facebook, é claro, também lidou com sua parcela de bagagem que pode dificultar sua venda para novatos. Na última década, a gigante da tecnologia tem se arrastado em meio a controvérsias relacionadas à interferência eleitoral, radicalização, desinformação e à saúde mental e bem-estar de adolescentes. LeCun, que não respondeu aos pedidos de entrevista, já havia reconhecido que esses “olhos roxos” também poderiam impactar a percepção pública do laboratório de pesquisa da empresa. “A Meta está se recuperando lentamente de um problema de imagem”, disse ele à Forbes em 2023. “Certamente há uma atitude um pouco negativa.”