Você vai ler na coluna de hoje: Fenapro e Sinapros em todo Brasil consolidam transformação histórica e lançam o “Sistema Nacional das Agências de Propaganda”, Paramount faz oferta de US$ 108,4 bilhões pela Warner Bros Discovery, O futuro digital em três atos: confiança na IA, As Pessoas Não Sabem Quanto Gastam, Viva a Eduacação, A Vero está sempre ao lado dos empreendedores, Por Que a Geração Z Foge de Ligações Telefônicas, Pessoas nascidas nos anos 60 e 70 são mais felizes, Consumo de adoçante pode estar relacionado a demência, mostra estudo brasileiro e
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Fenapro e Sinapros em todo Brasil consolidam transformação histórica e lançam o “Sistema Nacional das Agências de Propaganda”. Sinapro-RS foi pioneiro em adotar a nomenclatura e atuar como Sistema no país
Entidade que representa as agências de propaganda no Brasil, representada no Rio Grande do Sul pelo Sinapro-RS, apresenta novo posicionamento e nova marca a partir da reestruturação de seu modelo de atuação, mais focado em inteligência de negócios, capacitação empresarial em gestão e inovação
O mercado publicitário brasileiro, composto por mais de 3 mil agências ativas e estruturadas, de diferentes portes, vive um momento de redefinição profunda impulsionado por fatores como a Inteligência Artificial, os novos modelos de negócios, os desafios de gestão e as mudanças nas relações de trabalho. Para liderar esse cenário, a Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), em conjunto com os Sinapros estaduais, anunciam uma das maiores viradas estratégicas de sua história: o lançamento oficial do Sistema Nacional das Agências de Propaganda. O Rio Grande do Sul foi pioneiro no país em adotar a nomenclatura e o novo posicionamento que ressignificou seu modelo de atuação, ainda em junho de 2022, quando o Sinapro-RS passou a atuar como Sistema Nacional das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul.
O movimento, que culmina com um rebranding completo e um novo posicionamento de marca, é a consequência de um ciclo de gestão que transformou a entidade – até então muito ativa e reconhecida pela atuação na defesa legal – em um hub de soluções com foco na defesa dos interesses empresariais. Presidida nos últimos seis anos por Daniel Queiroz, e composta por uma diretoria com lideranças associativas de todo o Brasil, a Fenapro promoveu nesse ciclo uma maior integração com os Sinapros e atingiu maior relevância nacional, combinada à articulação e mobilização regional em patamar sem comparação com entidades do setor.
“Realizamos, ao longo deste período, um movimento que vem proporcionando mais conhecimento, capacitação empresarial, ferramentas e alternativas de caminhos que estão contribuindo muito no processo de transformação e evolução das agências”, afirma Daniel Queiroz, que encerra o ciclo da atual gestão com a entrega de uma série de projetos e programas voltados ao desenvolvimento das agências, além da definição da nova marca para o ecossistema Sinapro/Fenapro.
Atuação mais estratégica e integrada. Uma nova dinâmica associativa
A mudança no posicionamento e marca das entidades que integram o ecossistema Sinapro/Fenapro se insere no contexto de mudanças na legislação trabalhista em 2017 e consequente desmobilização financeira do ambiente sindical, com o fim da obrigatoriedade de pagamento da contribuição sindical. Com isso, os Sinapros e a Fenapro precisaram se reinventar para provar sua relevância, revendo sua operação e atuação para entregar mais valor ao mercado, com um foco muito além do perfil legalista, pautado em convenções coletivas e listas referenciais de preços, que marcou o associativismo por décadas.
“A grande virada de chave foi sair do púlpito formal de representação e trabalhar na ponta, arregaçando as mangas de forma mais conectada com as dores de gestão e transformação das agências”, afirma Daniel Queiroz. “Hoje, esse ambiente associativo atua de forma mais integrada, unidos em defesa da propaganda brasileira, atingindo um nível nunca visto de relevância nacional com articulação e mobilização regional“, destaca o dirigente, ao explicar que a Fenapro atua como um hub integrador, enquanto os 19 Sinapros e 3 as Delegacias estaduais operam na ponta.
“A integração dos Sinapros e da Fenapro transformou a dinâmica do associativismo. Evoluímos do papel da representação institucional e guardiões de pautas legais para nos tornarmos um verdadeiro Sistema que oferece inteligência de mercado, capacitação e apoio empresarial, provando, na ponta, a relevância de nossa atuação diária em torno dos interesses das agências”, afirma Juliano Brenner Hennemann, presidente do Sinapro-RS.
Demonstração dessa nova dinâmica, o portfólio de serviços da entidade foi reestruturado para apoiar o empresário da propaganda em desafios mais mercadológicos, como gestão de pessoas, precificação, inovação e metodologias de gestão, que exigem uma atuação mais estratégica das lideranças empresariais das agências.
O esforço resultou em conquistas concretas que tangibilizam a relevância do Sistema, tais como mais de 40 workshops de capacitação empresarial, mais de 90 eventos realizados, mais de 600 interações e consultas jurídicas respondidas, e a ampliação da base de agências associadas e sindicalizadas.
Juntos, os membros do Sistema Nacional atuam em três frentes de trabalho que definem a sua relevância: a defesa do setor (em pautas regulatórias), a mobilização e articulação do trade (através da integração nacional) e o fomento e apoio na transformação do negócio (com serviços e capacitação).
Esse modelo garante que as soluções cheguem às agências de todos os portes, das capitais ao interior. “É um verdadeiro Sistema Nacional que trabalha em prol das agências em todo País”, ressalta Daniel Queiroz.
Com essa estrutura, o Sistema conseguiu estancar a drástica evasão associativa e o risco de colapso financeiro, estabeleceu novas conexões e possibilitou a retomada do crescimento da entidade, que hoje reúne cerca de 1.350 agências sindicalizadas e mais de 850 associadas, que contribuem voluntariamente por perceberem relevância e valor nas entregas.
Rebranding: De Sindicato para Sistema
Para tangibilizar essa nova era, a entidade apresenta sua nova identidade visual, que foi concebida pela agência gaúcha SPR. O rebranding tem como objetivo estratégico diminuir o estigma que algumas pessoas têm da palavra “Sindicato” — muitas vezes associada apenas a questões trabalhistas e legalistas — e elevar o conceito de Sistema, demonstrando a forma mais integrada, sem deixar de lado a atuação do papel institucional sindical.
A nova marca criada pela SPR adota uma estética minimalista e moderna, mantendo a cor amarela característica, mas com uma arquitetura visual que integra a Fenapro e os Sinapros sob a mesma linguagem.
“A mudança de nome e identidade visual é uma consequência das mudanças que promovemos e na forma como passamos a ser percebidos. Nós mudamos a marca porque a nossa atitude mudou. Continuamos exercendo o papel legítimo e legal de defesa do setor, mas agora somos um Sistema mais integrado e de fomento, capacitação e inteligência para o mercado”, explica Dudu Godoy, vice-presidente da Fenapro.
O legado: uma entidade preparada para o futuro
O lançamento do Sistema Nacional das Agências de Propaganda marca o legado de um ciclo de gestão que preparou a entidade para os próximos anos. O setor, que enfrenta desafios enormes de transformação, como a automação por IA e a fragmentação de canais, conta agora com uma entidade robusta, reconhecida por prestar serviços relevantes, operacionalmente e financeiramente sustentável, e com processos de governança modernizados e melhor estabelecidos, além de uma rede integrada nacionalmente.
“Um exemplo da capacidade de entrega de serviços relevantes é o lançamento da nova edição do Paper Transforma, um estudo estratégico que mapeou, através da participação de dezenas de integrantes do trade, os ‘cenários futuros’ até 2045, e indica o que as agências precisam para navegar entre a automação extrema e a revalorização do talento humano, entre outros aspectos bastante complexos que podem interferir diretamente no setor. O Sistema Nacional se posiciona como o parceiro essencial para guiar as agências nessa jornada estratégica, promovendo a ‘coopetição’ — a cooperação para o fortalecimento do setor, mesmo em um ambiente onde as agências competem entre si”, enfatiza Daniel Queiroz.
Paramount faz oferta de US$ 108,4 bilhões pela Warner Bros Discovery
Por David Goldman
A Paramount fez uma oferta direta aos acionistas da Warner Bros. Discovery (WBD), à vista, alegando que trata-se de uma mais valiosa do que o acordo com a Netflix anunciado na sexta-feira (5).
A Paramount era considerada a favorita para a aquisição da Warner Bros., mas esta optou pela Netflix, julgando ser um acordo mais lucrativo. A proposta de fusão com a Netflix pegou parte do mercado de Hollywood de surpresa — incluindo o CEO da Paramount, David Ellison, que afirma que possuía a melhor oferta.
“Estamos em Wall Street, onde propostas à vista ainda são importantes”, disse Ellison à CNBC em entrevista nesta segunda-feira (8). “Estamos oferecendo aos acionistas US$ 17,6 bilhões a mais em dinheiro do que o acordo que eles têm atualmente com a Netflix. E acreditamos que, quando virem o que nossa oferta representa, é por ela que escolherão”.
A Paramount ofereceu US$ 30 por ação em um acordo à vista pela empresa inteira, enquanto a Netflix ofereceu US$ 27,75 pela Warner Bros. e HBO — destes, US$ 23,25 por ação em dinheiro.
Os cálculos são complexos, mas a Netflix acredita que a eventual divisão dos ativos de TV a cabo da WBD, incluindo a CNN — que não está incluída no acordo com a Netflix — valerá vários dólares por ação. A Netflix argumenta que, em última análise e considerando o cenário como um todo, de maneira geral, o acordo valerá mais do que a oferta da Paramount.
A Paramount, diferentemente da Netflix, busca comprar a WBD por completo. A empresa destaca que a oferta é de US$ 108,4 bilhões por toda a Warner Bros. Discovery, em comparação com os US$ 82,7 bilhões da oferta da Netflix, que não inclui o valor dos canais a cabo da empresa.
Ao aceitar a oferta da Netflix na semana passada, o conselho da WBD mostra uma certa preferência por esta proposta. Há muito se argumenta há tempos que os ativos de TV a cabo valerão mais quando separados do que combinados com o estúdio de cinema e a HBO, o que desbloqueia um valor significativo para os acionistas.
Nesta segunda-feira (8), a Paramount afirmou que os acionistas da WBD deveriam decidir.
“Os acionistas da WBD merecem a oportunidade de considerar nossa oferta, que é superior, pela empresa inteira”, disse Ellison em um comunicado. “Nossa oferta pública, que tem os mesmos termos que apresentamos ao Conselho de Administração da Warner Bros. Discovery em particular, oferece um valor superior e um caminho mais seguro e rápido para a conclusão do negócio. Acreditamos que o Conselho de Administração da WBD está escolhendo uma proposta inferior”.
As ações da Warner Bros. Discovery subiram 7%, para quase US$ 28 por ação, nesta segunda-feira (8), com os investidores antecipando uma guerra de lances. A Netflix pode apresentar uma oferta ainda mais lucrativa para contra-atacar a proposta da Paramount. As ações da Paramount subiram 4% e as da Netflix caíram mais de 3%.
A WBD, em um comunicado, afirmou que analisará a oferta e informará sobre a recomendação do Conselho de Administração aos acionistas em até 10 dias úteis.
Caso opte pela oferta da Paramount, a Warner deverá pagar à Netflix uma multa rescisória de US$ 2,8 bilhões.
Paramount faz apelo aos acionistas
Além de afirmar que o acordo oferece aos acionistas da WBD um valor geral maior, Ellison também argumentou que a oferta da Paramount tem uma chance maior de aprovação regulatória. Elisson ressaltou à CNBC que a oferta da Netflix combinaria o serviço de streaming número 1 com o HBO Max, que é o número 3 — uma perspectiva potencialmente pouco atraente para as autoridades antitruste.
Ellison destacou ainda um relacionamento positivo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (que, da mesma forma, afirmou no domingo (7) que tem uma relação sólida com o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, mas demonstrou preocupação com a fusão desta com a Warner).
“Sou extremamente grato pela relação que tenho com o presidente”, disse Ellison à CNBC. “E também creio que ele acredita na concorrência. E quando você analisa o mercado a fundo, permitir que o serviço de streaming número 1 se una ao número 3 é anticompetitivo”.
A Netflix argumentou que a sua proposta passará pela análise das autoridades antitruste. A empresa pode buscar refutar as alegações da Paramount sobre o mercado, apontando para métricas diferentes: a Nielsen, que apura métricas do setor, mostra que a Netflix detém 8% do tempo total de uso da TV, um pouco abaixo dos 8,2% da Paramount. Segundo essa métrica, a Netflix ocupa o 6º lugar no ranking da Nielsen, com o YouTube em 1º e a Disney em 2º.
De acordo com Ellison, o argumento da Netflix é semelhante a dizer que a Coca-Cola poderia comprar a Pepsi, porque a Budweiser vendd muita cerveja — o YouTube está em uma categoria diferente, apontou ele.
Ellison também fez um apelo aos consumidores e à indústria. Ele disse à CNBC na segunda-feira (8) que o acordo entre a Netflix e a WBD significaria “a morte do cinema tradicional em Hollywood”.
“É ruim para o consumidor, é ruim para a comunidade criativa”, comentou. “Estamos aqui tentando salvar isso”.
Ainda conforme o posicionamento dele, a compra da Warner Bros. Discovery pela Paramount criaria um concorrente saudável que fortaleceria a indústria.
O futuro digital em três atos: confiança na IA, verificação de dados e personalização total.
Até 2026, a tecnologia precisa restaurar a confiabilidade de seus produtos para garantir um futuro próspero, argumenta o CEO da Unentel.
A inteligência artificial generativa, o crescimento do trabalho híbrido e a busca por experiências personalizadas devem continuar a moldar as agendas tecnológicas das empresas em 2026. No entanto, três áreas principais provavelmente concentrarão os investimentos e estratégias de TI no próximo ano: IA confiável , segurança de confiança zero e personalização em escala , de acordo com uma análise da Unentel, distribuidora de soluções digitais e automação.
“O grande desafio de 2026 será transformar a tecnologia em confiança. As empresas compreenderam que inovar não se resume a implementar constantemente novas ferramentas, mas sim a fazê-lo de forma responsável, segura e com foco real na experiência do cliente”, afirma Aline Swensson, diretora de estratégia da Unentel.
Inteligência Artificial Confiável: a transparência como diferencial
A inteligência artificial está destinada a se tornar fundamental para as operações corporativas, exigindo que as empresas adotem políticas de governança mais claras e ofereçam maior responsabilização. A confiança na IA dependerá da capacidade de demonstrar como os algoritmos chegam às suas decisões.
“Os modelos de IA já estão integrados às estruturas de tomada de decisão das organizações, influenciando tudo, desde contratações até aprovações de crédito. Portanto, as empresas precisarão justificar suas escolhas automatizadas com o mesmo rigor de uma decisão de negócios: documentando, explicando e prestando contas”, continua ele.
Segurança de confiança zero
Com modelos híbridos e remotos, as redes corporativas estão se tornando cada vez mais distribuídas e em expansão, e o modelo de segurança tradicional — com limites fixos — já não é suficiente para lidar com essa complexidade. Assim, surge o conceito de confiança zero , baseado na máxima “nunca confie, sempre verifique”. O trabalho remoto e a expansão para a nuvem exigem segurança granular que valide cada acesso e cada dispositivo.
Para Aline, confiar menos é, paradoxalmente, o que permite operações mais seguras. “Não se trata de desconfiar das pessoas, mas de proteger os sistemas mesmo quando há erros humanos ou ameaças internas”, explica a executiva. ” O conceito de confiança zero reconhece que o risco pode vir tanto de um hacker quanto de um funcionário bem-intencionado que foi vítima de um golpe de phishing . Portanto, todo acesso precisa ser validado o tempo todo”, acrescenta.
Personalização em grande escala: tecnologia com empatia
A terceira tendência para 2026 é o uso da inteligência artificial para personalizar jornadas e prever necessidades em tempo real. Segundo o diretor de estratégia, essa é a próxima fronteira da experiência do cliente: empresas capazes de antecipar demandas antes mesmo que o consumidor expresse o desejo.
Ela adverte, no entanto, que o progresso deve ser acompanhado de responsabilidade. “A personalização tem limites. É preciso sensibilidade para evitar ultrapassar a linha da invasão e garantir que a tecnologia opere dentro dos princípios éticos e de privacidade. O futuro da tecnologia é, acima de tudo, sobre confiança”, conclui.
Sobre a Unentel
A Unentel Distribuição atua no mercado há mais de 40 anos, distribuindo grandes marcas de soluções em videoconferência, audiovisual, redes LAN/WLAN, cibersegurança, dispositivos e automação em todo o Brasil. Focada no mercado B2B, destacou-se entre as empresas de crescimento mais rápido do país por dois anos consecutivos no Ranking Empresas em Expansão da EXAME, em 2021 e 2022, tornando-se referência no setor de tecnologia brasileiro.
As Pessoas Não Sabem Quanto Gastam
Um estudo revela que 62,9% das pessoas não sabem quanto gastam por mês. Poupar dinheiro costuma ser difícil independentemente do nível de renda e, em muitos casos, nem mesmo os aumentos salariais garantem maior segurança financeira.
Uma pesquisa com mais de 10.000 alunos da escola do educador financeiro e influenciador Breno Nogueira revela que a falta de flexibilidade orçamentária é a regra, não a exceção . As principais conclusões incluem:
62,9% não sabem quanto gastam por mês.
60,2% não possuem reservas financeiras.
56,9% nunca conseguiram poupar dinheiro.
45% só conseguem poupar “para alguns meses”
35,2% já tinham poupanças, mas gastaram-nas.
39% não sabem exatamente o que significa construir riqueza — embora 85% digam que esse é seu principal objetivo.
De acordo com Breno Nogueira, muitos brasileiros vivem sob pressão entre uma renda que não acompanha o custo de vida e despesas praticamente indispensáveis, como moradia, plano de saúde, transporte e educação dos filhos.
“As pessoas só olham para o momento presente e acham que merecem uma melhoria na qualidade de vida. Mas não percebem o impacto desse novo nível de gastos a médio e longo prazo. Se as despesas aumentam junto com a renda, o alívio financeiro nunca chega”, afirma.
Para Breno, outro problema recorrente é o comportamento após a obtenção da poupança inicial. “Valores como R$ 20.000, R$ 30.000 ou R$ 40.000 levam muitos a acreditar que precisam multiplicar seu dinheiro rapidamente. E é aí que eles entram em: apostas esportivas, negociação na bolsa de valores sem conhecimento e investimentos de alto risco”, acrescenta.
A lógica de “trocar o que você tem pelo próximo passo”
Segundo Breno, um erro comum é assumir compromissos maiores (como um imóvel mais caro) considerando apenas o salário atual, sem uma perspectiva de longo prazo.
“Sem reservas financeiras, renda previsível e um plano, o risco aumenta. Quando a renda oscila, a pessoa pode não conseguir manter o novo compromisso. E, como o imóvel anterior foi vendido para concluir a compra, não há patrimônio acumulado para servir de proteção”, conclui ele.
Sobre Breno Nogueira
Breno Nogueira é especialista em finanças pessoais e fundador da Escola do Breno , uma iniciativa que ensina pessoas a organizar suas receitas e despesas, sair das dívidas e criar melhores hábitos financeiros. Diferentemente de quem se concentra em ensinar investimentos, Breno acredita que o primeiro passo é garantir que seu salário dure até o fim do mês. Para isso, ele utiliza métodos práticos e acessíveis, como sua Planilha , que em apenas um ano ultrapassou R$ 3 milhões em receita , e o App do Breno , lançado em outubro. Hoje, a Escola já impactou mais de 20 mil pessoas . Breno tem mais de 900 mil seguidores nas redes sociais e é reconhecido por sua linguagem simples e direta sobre como administrar melhor o dinheiro.
O poder de um relógio em contagem regressiva no e-mail
Por Livia Menna Barreto Ribeiro, Diretora de Marketing da Dinamize
Em um mundo digital onde a atenção é o recurso mais valioso e escasso, criar campanhas de e-mail marketing que convertem exige mais do que criatividade e ofertas brilhantes. É necessário dominar a psicologia por trás da decisão de compra e, para isso, nada é mais eficaz do que um senso de urgência. O cronômetro de contagem regressiva deixou de ser um recurso sofisticado e complexo para se tornar uma ferramenta nativa e acessível. Essa tendência está redefinindo a agilidade e a eficácia da comunicação por e-mail. A facilidade com que agora podemos integrar cronômetros diretamente nos e-mails é um divisor de águas para marcas que desejam vender mais, mais rápido.
Imagine enviar uma promoção relâmpago onde o próprio e-mail mostra, em tempo real, a contagem regressiva. Ou capturar inscrições para um webinar destacando visualmente que as vagas estão se esgotando. Nada disso é uma realidade distante, dependente de desenvolvimentos externos ou linhas de código complexas. A nova tendência é a integração nativa, a simplicidade de arrastar, soltar e configurar com apenas alguns cliques. A personalização visual completa permite que o cronômetro reflita a imagem da marca, integrando-se perfeitamente ao design do e-mail, seja em uma única coluna ou aninhado em um bloco colorido para máxima visibilidade.
A aplicação prática é vasta e profundamente estratégica. Para o e-commerce, um cronômetro na automação de carrinhos abandonados é o empurrão final que transforma um lead hesitante em uma venda concluída. Em campanhas sazonais, como a Black Friday, a contagem regressiva cria uma atmosfera de expectativa e ação imediata. Para treinamentos e eventos, materializa o conceito de oportunidade limitada, incentivando a inscrição no local. A mensagem de encerramento automática, que aparece quando o tempo acaba, proporciona uma conclusão clara e profissional para a campanha, eliminando ambiguidades.
Os avanços tecnológicos, que tornam um recurso tão poderoso acessível a todos sem complicações, demonstram uma clara compreensão das necessidades do mercado. A era de perder horas com integrações complexas acabou. Aqueles que se adaptarem a essa tendência e dominarem a arte de comunicar o tempo conseguirão engajar melhor sua base de clientes e colher resultados tangíveis em conversões e receita. O tempo está literalmente se esgotando para aqueles que ainda não compreenderam o poder de um simples cronômetro.
Sobre a Dinamize
A Dinamize é uma plataforma completa de automação e email marketing que se consolidou no mercado de tecnologia, atraindo clientes de diversos segmentos. Hoje, atende marcas em todo o Brasil, com operações em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, além de parceiros em todo o país. A empresa ajuda negócios a venderem mais, alcançando uma comunicação mais personalizada com seus clientes. Para mais detalhes, acesse o site: https://www.dinamize.com.br/ ou @dinamize.
Viva a Eduacação
Por Rafael Martins
Dias atrás eu estava em um evento quando uma moça se aproximou de mim e perguntou: rafa, posso te dar um abraço?
Eu respondi, claro.
Ela me abraçou e, já emocionada, disse:
O Share mudou minha vida.
Perguntei como assim.
Ela contou que veio de um lugar com poucos recursos, conseguiu assinar o Clube Share, estudou, conquistou um estágio, continuou estudando e trabalhando, e hoje faz faculdade e já está em uma agência grande.
Eu agradeci pela confiança e parabenizei ela.
Ela completou: vocês me mostraram que é possível sonhar. Vi uma palestra tua em que tu disseste que não podemos viver apenas para sobreviver e que a educação é o caminho para sonhar e realizar. Obrigada por tudo isso.
Nos abraçamos novamente e seguimos.
Este ano o Share fez coisas que sempre sonhamos. Cobrimos três eventos internacionais, realizamos eventos presenciais, curadorias, palestras, aulas e compartilhamos muito conteúdo de qualidade. Impactamos pessoas que talvez nunca vamos conhecer.
No Web Summit Lisboa me fizeram uma entrevista com várias perguntas técnicas, mas a última foi: qual dica final você daria para quem empreende?
Pensei e respondi que é importante montar uma grande equipe, cuidar do caixa, seguir as premissas, mas sobretudo nunca deixar de fazer o que você realmente acredita. No fim do dia empreender é isso, fazer o que você acredita.
Há 13 anos damos acesso à educação de qualidade para o maior número de pessoas porque, do fundo do nosso coração, é isso que a gente realmente acredita.
Obrigado aos professores, alunos, parceiros, simpatizantes e, como falei no nosso happy hour Gramado Summit este ano, obrigado a todos os amigos que nos ajudam a fazer o que acreditamos tanto.
Viva o Share e viva a educação!
A Vero está sempre ao lado dos empreendedores!
A Moove tem orgulho de assinar a nova campanha da Vero, a rede de pagamentos do Banrisul que faz parte da rotina de mais de 160 mil negócios no Rio Grande do Sul.
Com presença em TV aberta, rádio, mídia externa e uma estratégia digital hipersegmentada, a campanha fala diretamente com quem vive o dia a dia do balcão. O conceito reforça que empreender também é contar com um parceiro que entende o território, o ritmo e as necessidades de cada negócio.
Por Que a Geração Z Foge de Ligações Telefônicas (E o Que Isso Significa para os Negócios)
Mariana Krunfli
Cerca de 1 em cada 4 jovens entre 18 e 34 anos nunca atende o telefone, segundo uma pesquisa da Uswitch, plataforma britânica de comparação de preços online. O estudo, que ouviu 2 mil pessoas, reforça uma mudança profunda no comportamento da nova geração: 70% preferem mensagens de texto a chamadas, e 56% presumem que uma ligação inesperada significa uma má notícia.
O movimento já é visível no ambiente de trabalho. Antes regida por ligações cotidianas, a comunicação corporativa hoje vive um choque de gerações, com jovens que preferem se expressar por mensagens, via e-mail, Slack ou Teams. “É uma geração que nasceu praticamente imersa no digital”, diz Aimée Rocha, gerente de aquisição e gestão de talentos do Grupo L’Oréal, que lidera o programa da companhia voltado a jovens profissionais e trabalha com uma equipe composta majoritariamente pela Geração Z. “Esses jovens buscam facilidade, agilidade, eficiência e autonomia, e as mensagens permitem uma conexão direta sem interromper o fluxo do trabalho, como acontece com as ligações.”
Letícia Pavim, cofundadora da consultoria de RH Rede Pavim – que capacita líderes de empresas como Ford, Bayer, Deloitte e Coca-Cola para lidar com a Geração Z –, vivencia esses dilemas tanto em sua própria trajetória como jovem líder quanto no contato com executivos das companhias. “Sempre há reclamações de líderes sobre a comunicação diferente dos jovens.” Como uma própria GenZ, ela também evita chamadas: “Faz mais de 10 anos que deixo meu celular no ‘não perturbe’, de tanto que eu não gosto de ligação.”
O desconforto tem explicação. Para a Geração Z, as ligações representam imprevisibilidade, interrompem o foco e exigem improviso. “Pode soar invasivo ou desnecessário, especialmente quando a mesma conversa poderia acontecer por mensagem, com tempo para pensar”, analisa Aline Riccio, VP de vendas e projetos para a América do Sul da consultoria Korn Ferry. “Em uma ligação com chefe ou cliente, você tem que ter respostas na hora; não dá para perguntar ao ChatGPT”, acrescenta Pavim.
Impactos no trabalho e nos negócios
Evitar ligações pode parecer apenas uma mudança de hábito, mas já afeta a cultura das empresas e a organização das rotinas. “A conexão humana diminui, e a comunicação escrita dá margem para muita interpretação”, pontua a fundadora da Rede Pavim. Os impactos aparecem no dia a dia: tarefas podem demorar mais, combinados ficam pela metade e expectativas não são alinhadas.
Enquanto isso, habilidades que dependem de interações em tempo real, como conduzir conversas difíceis, negociar, resolver tensões e dar feedbacks sensíveis, também saem prejudicadas. “Se o profissional evita totalmente a interação por voz, pode ter menos oportunidades de praticar esses momentos, que são fundamentais para quem vai liderar”, diz Riccio, da Korn Ferry. “Se a pessoa evita uma ligação só por timidez ou vergonha, isso pode comprometer habilidades essenciais no futuro”, acrescenta Rocha, da L’Oréal.
Além de prejudicar o desenvolvimento profissional, evitar chamadas pode trazer impactos diretos para clientes e resultados de negócios. “Quando tudo vira e-mail, algumas pessoas demoram dias ou semanas para responder, o que atrasa negociações”, afirma Pavim. “Qualquer grande contrato, renovação ou expansão depende de confiança. Se o atendimento é frio, robotizado e sem vínculo, é muito fácil trocar por outra empresa.”
O melhor caminho em um ambiente multigeracional
Em um ambiente profissional em constante transformação, onde convivem profissionais de diferentes gerações, a solução para a comunicação no trabalho, segundo as especialistas, exige clareza, acordos e equilíbrio. “Os líderes têm jeitos de trabalhar que às vezes vêm de décadas. É importante conversar: ‘Eu gosto de ligação, e para você, o que funciona?’”, sugere a empreendedora.
E os estereótipos que acompanham a Geração Z no trabalho nem sempre se confirmam. “Não é uma geração silenciosa, e sim extremamente comunicativa, criativa e conectada. Apenas se comunica de outras formas”, afirma Rocha, da L’Oréal.
A chave é encontrar o meio-termo: escolher o canal de comunicação mais adequado para cada situação e para cada colega ou líder. Afinal, até mesmo profissionais de outras gerações se acostumaram com a comunicação assíncrona típica de modelos de trabalho remoto e híbrido. “A Geração Z precisa aprender quando a conversa ao vivo acelera soluções ou evita mal-entendidos”, diz a VP da Korn Ferry. “A ligação é só mais uma ferramenta. O equilíbrio está em reconhecer que cada situação pede um canal diferente.”
Esse alinhamento entre líderes e colaboradores pode se traduzir em práticas simples, como avisar antes de ligar, definir quando usar cada canal e marcar reuniões quinzenais para alinhamentos e feedbacks. Isso faz com que ambos os lados se sintam ouvidos e confortáveis, seja por voz ou por mensagem. “É nosso papel oferecer ferramentas oficiais de comunicação que possibilitem integração e alinhamento, garantindo autonomia para que cada talento escolha o melhor canal para cada trabalho”, completa a executiva da L’Oréal.
Pessoas nascidas nos anos 60 e 70 são mais felizes, segundo a psicologia
Por Larissa Carvalho
Envelhecer deixou de ser associado apenas a perdas e limitações. Atualmente, muitas pessoas que ultrapassam os 55 anos descobrem uma fase marcada por maior calma, clareza e sentido de propósito. A chamada curva da felicidade explica por que, apesar das mudanças físicas e sociais da velhice, o bem-estar emocional tende a crescer com o passar dos anos, transformando essa etapa em um período de maior autoconhecimento, revisão de prioridades e construção de uma longevidade ativa e digna.
O que significa envelhecer com dignidade e bem-estar na prática
Envelhecer com dignidade está relacionado a manter uma boa qualidade de vida, sentir-se tratado com respeito, conservar a autonomia e participar ativamente das decisões do dia a dia. Não se limita a viver muitos anos, mas a poder escolher como vivê-los, preservando a identidade, os valores pessoais e o direito de participar das escolhas que impactam a própria rotina.
Para muitas pessoas idosas, a dignidade se reflete em aspectos concretos que dão forma ao sentimento de respeito e pertencimento. Esses elementos também ajudam a reduzir a sensação de invisibilidade social e a fortalecer a autoestima, tornando o cotidiano mais leve, significativo e alinhado à própria história de vida.
Poder decidir sobre sua própria rotina e atividades.
Participar de conversas familiares importantes.
Ser ouvidas ao falar sobre sua saúde e tratamento.
Conservar espaços de intimidade e privacidade.
A idade é sinônimo de sabedoria e tranquilidade! Momentos de reflexão e alegria marcam essa fase especial da vida.
O que é a curva da felicidade e por que o bem-estar aumenta depois dos 50
A expressão curva da felicidade descreve um padrão encontrado em diversas pesquisas internacionais sobre bem-estar subjetivo. A satisfação com a vida costuma seguir um formato em U: começa alta na juventude, cai na meia-idade e volta a subir por volta dos 50, 60 e 70 anos, indicando que a felicidade na velhice é, muitas vezes, uma tendência e não uma exceção isolada.
Maturidade emocional: com o tempo, as pessoas aprendem a relativizar problemas e a focar no que realmente consideram prioritário.
Maior presença no presente: diminui a pressão para cumprir expectativas externas e valoriza-se mais o aqui e agora.
Melhor manejo do estresse: a forma de enfrentar conflitos muda, e muitas situações deixam de ser percebidas como ameaças.
Aceitação das mudanças: reconhecem-se as limitações próprias da idade e ajustam-se metas e estilos de vida de maneira mais realista.
A felicidade na velhice é realmente possível na prática
Para especialistas em neurociência e psicologia, a possibilidade de alcançar felicidade plena na terceira idade está ligada à forma como o cérebro processa as experiências ao longo do tempo. Em fases mais avançadas da vida, desenvolve-se uma tendência maior a concentrar-se em estímulos positivos e em relações que oferecem apoio, deixando de lado interações e preocupações consideradas pouco significativas.
Além disso, em torno dos 60 e 70 anos, muitas pessoas assumem novos papéis sociais que fortalecem o sentimento de utilidade, como o papel de mentor, cuidador de netos, voluntário comunitário ou transmissor de conhecimentos. Essa mudança de foco — da competição para a contribuição — costuma estar associada a uma sensação de propósito renovado e a um uso mais consciente do tempo disponível.
Quais fatores ajudam a manter a felicidade depois dos 55 anos
A curva da felicidade não se explica apenas por processos internos; ela também é influenciada pelo ambiente, pelas oportunidades sociais e pelos hábitos diários. Uma combinação de rede de apoio, saúde cuidada, espaços de participação e reconhecimento social tende a proteger o bem-estar e a reduzir o risco de isolamento e tristeza prolongada na maturidade.
Rede de apoio estável: relações familiares e amizades presentes, acolhedoras e respeitosas.
Autonomia funcional: capacidade de realizar atividades básicas e decidir sobre a própria rotina.
Atividades com sentido: ocupações que trazem propósito, mesmo que não estejam ligadas a um emprego formal.
Cuidado com a saúde: acompanhamento médico, alimentação equilibrada e movimento físico adaptado às possibilidades de cada pessoa.
Reconhecimento social: tratamento sem estigmas relacionados à idade e valorização da experiência acumulada.
Nesse cenário, a felicidade na velhice aparece menos como um objetivo isolado e mais como o resultado de uma trajetória de aprendizados, ajustes emocionais e mudanças de perspectiva. Para quem cruza a barreira dos 55 anos em 2025, essa etapa representa a oportunidade de viver com mais calma, sentido e coerência com a própria história, reforçando o valor da longevidade ativa e digna.
Consumo de adoçante pode estar relacionado a demência, mostra estudo brasileiro
Por Acácio Moraes
Talvez seja melhor ter mais moderação ao trocar o açúcar pelo adoçante na hora do cafezinho. Um estudo científico revelou que o adoçante pode estar relacionado à perda de memória e ao declínio de diferentes funções cognitivas.
O resultado do trabalho mostra que o consumo de altas doses diárias de adoçante pode acelerar a perda de capacidades cognitivas em 62%, com prejuízos mais pronunciados entre pessoas com 35 a 60 anos de idade. Pacientes com diabetes também se mostraram mais propensos a sofrer de neurodegeneração ao usar altos níveis de dulcificantes.
Segundo Claudia Suemoto, professora da USP (Universidade de São Paulo) e coordenadora responsável pela pesquisa, já existem evidências de que o uso de adoçantes pode causar problemas como câncer e doenças cardiovasculares e metabólicas, mas o novo estudo traz de forma inédita uma medida dos efeitos dessas substâncias também na saúde do cérebro.
Para chegar a esses resultados, a equipe de pesquisadores usou dados do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto), com informações de mais de 12 mil participantes coletadas entre 2008 e 2010. Durante a pesquisa, todos os voluntários tiveram de detalhar suas dietas, e com isso os cientistas conseguiram mensurar tanto o consumo intencional de adoçantes quanto a ingestão de dulcificantes incorporados a alimentos ultraprocessados.
Ainda, a performance cognitiva dessas pessoas foi avaliada no começo, no meio e no fim do período de estudo usando protocolos padrão. Os pesquisadores avaliaram aspectos como fluência verbal, memória e velocidade de raciocínio. Por fim, as análises estatísticas foram ajustadas para eliminar possíveis fatores de confusão — idade, sexo, nível de atividade física, índice de massa corporal e morbidades (diabetes ou hipertensão).
Resultados do estudo
Os resultados jogam luz aos efeitos deletérios de adoçantes sobre a nossa saúde. Suemoto, contudo, chama atenção para as limitações do trabalho. Em primeiro lugar, como a pesquisa ainda é nova, é preciso replicar os resultados em outros estudos ao redor do mundo. “Não dá para mudar políticas públicas baseado apenas em um único estudo”, afirma.
Além disso, pesquisas sobre os efeitos na saúde de elementos específicos da dieta têm muitos fatores de confusão que são difíceis de isolar. Participantes que possuem maus hábitos alimentares também têm tendência a outros hábitos ruins, como sedentarismo e tabagismo, e problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, que influenciam os resultados.
Nesse estudo, os pesquisadores buscaram ajustar estatisticamente o que foi possível. “Ainda assim, algum grau de confusão residual existe. A gente pode ajustar o que mediu”, diz Suemoto. Tal limitação, entretanto, não é demérito para a robustez dos resultados, que foram publicados nesta quarta-feira (3) na prestigiada revista Neurology.
Por fim, como os dados foram coletados entre 2008 e 2010, a pesquisa não inclui a sucralose entre os adoçantes estudados. Essa substância, que é amplamente utilizada hoje no país, ainda não estava disponível comercialmente à época. Outras evidências científicas, entretanto, revelam que este dulcificante não deve ter efeitos diferentes dos demais.
Um estudo de 2017 com 1.500 participantes com mais de 60 anos mostrou que o consumo de bebidas adoçadas artificialmente aumentou os riscos de AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico, demência geral e demência da doença de Alzheimer. Entre as bebidas analisadas estavam aquelas com adição de sucralose.
Manuella Toledo Matias, geriatra do Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), afirma que a atenção para fatores de risco modificáveis de demência, entre eles a alimentação, pode reduzir em 40% a chance de desenvolver essas doenças. Nesse sentido, a especialista destaca a importância de eliminar o uso de adoçantes, se possível, ou trocá-los por seus equivalentes naturais. Além disso, segundo ela, é importante consumir mais alimentos in natura e evitar ultraprocessados. “Devemos descascar mais e desembalar menos”, diz.
A associação entre o consumo de ultraprocessados e o declínio cognitivo já está bem estabelecida no meio científico. Aqui no Brasil, resultados do próprio ELSA mostraram que uma dieta baseada em comida industrializada com baixo teor nutritivo está relacionada a um aumento de 28% na velocidade do avanço da demência. Os resultados, que também foram obtidos pelo time de pesquisa da professora Suemoto, serviram de motivação para o trabalho mais recente, voltado para os efeitos específicos dos adoçantes.
Estudantes investigam impactos do Fomo na rotina e no consumo da Geração Z
Por Indústria Criativa
Alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda e Comunicação Digital desenvolveram um estudo experimental que lança luz sobre a relação entre jovens da Geração Z e o fenômeno Fear of Missing Out (Fomo). A pesquisa analisou como a hiperconectividade e a exposição contínua às redes sociais influenciam emoções, relações sociais, rotina e comportamentos de consumo de um público cada vez mais imerso no ambiente digital.
Além da relevância dos resultados, o projeto também se destacou pela abordagem pedagógica, oferecendo aos estudantes a vivência completa de um processo de pesquisa aplicada. A atividade integrou métodos profissionais de investigação com práticas de análise crítica, estimulando autonomia, tomada de decisão e o desenvolvimento de competências essenciais para quem pretende atuar mercado de comunicação e comportamento do consumidor.
Para compreender como o Fomo se manifesta no cotidiano da Geração Z, o estudo foi estruturado em três etapas. A primeira consistiu em uma pesquisa desk, reunindo dados nacionais e internacionais que traçara, um panorama atualizado de tendências contemporâneas. Em seguida, uma fase quantitativa, que contou com 210 respondentes, permitiu mensurar comportamentos e percepções de forma ampla. A etapa final aprofundou nuances emocionais e sociais por meio de entrevistas qualitativas com 14 jovens entre 18 e 30 anos.
A combinação das abordagens quantitativa e qualitativa ampliou a compreensão sobre a presença do Fomo na experiência digital. Os resultados apontam que o fenômeno está associado ao aumento da ansiedade, à comparação social constante, a interrupções na rotina e a padrões de consumo influenciados por conteúdos e tendências das redes sociais.
Entre os objetivos específicos, o estudo buscou analisar os impactos do Fomo na concentração e nas atividades diárias; identificar padrões de comparação social; investigar a influência das redes nas decisões dos jovens; e avaliar como esses fatores moldam comportamentos de consumo. A análise dos dados reuniu técnicas estatísticas descritivas e análise temática qualitativa, oferecendo uma leitura abrangente sobre manifestações práticas e emocionais desse fenômeno.
Os achados contribuem para debates acadêmicos e institucionais sobre comportamento juvenil no cenário da hiperconectividade contemporânea, reforçando a importância de compreender os efeitos da vida digital sobre a saúde mental, as relações sociais e as escolhas de consumo.
A aluna do curso de Comunicação Digital, Rafaela Bonini, destaca a importância da iniciativa. “Realizar essa pesquisa sobre Fomo na geração Z foi importante não só porque foi a atividade prevista para a finalização da disciplina de Pesquisa Mercadológica, mas principalmente para nós, alunos majoritariamente pertencentes da GenZ, compreendermos como essa síndrome vem afetando a nossa rotina e bem-estar, assim como entendê-la melhor como uma realidade nesse mundo digital em que vivemos. Além disso, como estudo público, são dados essenciais para o mercado: as marcas precisam entender as dores e características dessa nova geração, já ativa economicamente, para que sejam capazes de criar estratégias de produtos que gerem conexão e identificação com o público”.
Para acessar o estudo completo, clique aqui.
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