GOOGLE PROIBE ANÚNCIOS DE CONTEÚDO POLÍTICO NO BRASIL 26/04/2024

_102107265_667060400

A partir das eleições municipais deste ano, a publicidade relacionada a candidatos políticos não poderá mais ser impulsionada pelo Google Ads

A partir dos novos parâmetros legais do TSE, o Google avaliou que seria inviável moderar mais de cinco mil municípios em período eleitoral este ano (Crédito: Divulgação)
Após decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Google proibiu que campanhas políticas sejam impulsionadas pela ferramenta de anúncios.
Assim, tanto o buscador quanto o seu portal de vídeos YouTube não poderão mais divulgar materiais relacionados à política. As novas políticas da plataforma passam a valer a partir de 1º. de maio e valem para eleições de todas as esferas políticas nacionais.
De fato, o Google emitiu nota sobre isso: “As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio, tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”.
Novos critérios do Google
Até o momento, na plataforma de políticas do Google Ads, era necessário que os organizações e pessoas tivessem verificação para poder impulsionar conteúdo eleitoral que envolvessem partidos, candidatos ou ocupantes de cargos.
Portanto, com a mudança, a verificação não será mais necessária e o relatório de transparência do Google não existirá mais.
A receita oriunda de campanhas publicitárias, segundo o relatório de transparência, foi de mais R$ 130 milhões com veiculação de quase 60 mil anúncios. Em comparação, a Alphabet, empresa controladora dos produtos Google, registrou lucro líquido de US$ 20 bilhões apenas no último trimestre de 2023.
De fato, o Google discriminará o que é conteúdo político-eleitoral de material que tem relação com os projetos e campanhas governamentais, como campanhas contra a dengue.
Assim, a empresa passa a distinguir promessas políticas de programas de governo, por exemplo. A empresa está agindo em conformidade com a legislação sobre campanhas políticas desde 2021 e, por avaliação interna, decidiu extinguir essa fonte de receita.

Qual é o contexto da decisão do Google?
Desde 2019, a Justiça Eleitoral definiu uma série de leis que definem o que é conteúdo político-eleitoral e como poderia ser feita essa divulgação.
Em fevereiro, o TSE exigiu que as plataformas digitais que têm serviços de impulsionamento de anúncios precisavam atender a um conjunto de requisitos.
Entre esses requisitos, estava a manutenção de um banco de dados com todos os materiais de campanha. Além disso, a plataforma deveria ser de fácil acesso por qualquer cidadão.
Asim, devido à complexidade, a big tech decidiu encerrar com a modalidade ao entender que tal processo seria complexo e caro.
Portanto, a partir desses novos parâmetros legais, o Google avaliou que seria inviável moderar mais de cinco mil municípios em período eleitoral nesse ano.
No site do Google é possível consultar todos os países que podem ou não impulsionar campanhas políticas na plataforma

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de acordo com a nossa
Política de Privacidade ao continuar navegando você concorda com estas condições.