DEEPFAKES
Por José Maurício Pires Alves, Diretor Cultural da APP e CEO da Atalho Soluções em Comunicação
Dentre as muitas novidades que nos proporciona a inteligência artificial a mais discutida no momento é a deepfake.
Já começa pelo significado em inglês que poderia ser um aprendizado falso. Mas aqui ela refere-se a uma combinação de imagens e sons que parecem ser verdadeiros.
Na prática seu resultado é esta bronca toda por causa do comercial da Volks com a Elis Regina.
A deepfake pode até ser culpada pela eleição de dois presidentes de repúblicas.
E ela têm uma rapidez fantástica de disseminação através das redes sociais.
Mas, até aí tudo bem.
O que me chama a atenção é o fato de que uma pesquisa americana aferiu que 65% dos consumidores globais não sabem reconhecer ou identificar vídeos deepfakes ou conteúdo sintético.
Então, você pode produzir um vídeo falso a seu favor e colocá-lo nas redes sociais tirando proveito de falsos depoimentos.
Então, fico pensando, quem gostaria de ver vídeos fake a seu favor?
Joe Biden adoraria ver o Putin reconhecer que sua guerra foi um erro e pedir demissão.
Minha esposa ficaria encantada vendo a Coco Chanel, lá da Eternidade, dizendo que ela está linda e elegante, enfim uma Graça.
O Nenê Zimmermann se consagraria ao ver o Alessandro Barcellos confirmando sua contratação para substituir o Mano Menezes e ser campeão gaúcho de futebol.
Eu, já consagrado, vibraria com a multidão me aplaudindo no Maracanã depois de fazer um gol de letra pela seleção brasileira.
E você, para não se sentir marginalizado, gostaria de ver o que?