GÍRIAS
Por José Maurício Pires Alves, Diretor Cultural da APP e CEO da Atalho Soluções em Comunicação
Aproveitando o 20 de setembro meu amigo Sergio Cunha enviou-me uma tela de facebook com diversos termos gaudérios para lembrar-me que sou gaúcho: sinaleira, bah, cacetinho, taipa, bagual, pechada, pila, taura, guaipeca, cusco e bem capaz.
É uma doce lembrança que eu e a Graça curtimos com muito prazer e tentamos ver como os paulistas e cariocas poderiam entendê-los.
Já começa com um caso verdadeiro ocorrido quando voltávamos de uma viagem de carro a São José do Rio Preto e paramos num Frango Assado para compras.
Ao chegar na padaria a Graça pediu quatro cacetinhos.
As balconistas olharam-se assustadas e cairam em sorrisos marotos.
Então, eu tive que traduzir para elas que, o que a Graça pediu não era aquilo que elas estavam pensando e sim quatro francesinhos.
Mas para aproveitar este “frio de renguear cusco” vamos esquentar o papo com alguns termos de dificil compreensão.
Entre bagual e taura até eu me confundo pois um é pouco sociavel e outro perito em qualquer assunto.
Taipa significa simplesmente mangolão ou é anta ou troxa?
Existe diferença entre guaipeca e cusco ou são todos vira-latas?
Bem capaz é negação ou espanto?
Mas a expressão mais esquisita aqui nestas plagas é “pechada na sinaleira”.
A turma logo pensa naquele peixe feito no capricho ou arriscam proteção para parente de deputado e nunca pensarão num desastre no farou ou no sinal.
Mas paulistas e cariocas tambem tem das suas.
Vejam só: bater uma xepa, camelar, de lei, embassado e mandrake.
E estas: coé mermão, maneiro, bolada, tirar onda, já é, tá ligado?
São as girias paulistas e cariocas. Todas bem entendidadas por quem vive nessas regiões.
Cada um na sua, né?
Por falar nisso, digam-me o que é Frango Assado e francesinhos?