José Maurício Pires Alves – 26.05.2023

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Semana passada tive o prazer de saborear uma quiche de camarão feita pela prima Rosimar e congelada em março quando ela esteve em São Paulo.

Apreciando aquele momento eu pensava cá comigo: o sabor da prima deixou saudades.

E criou a oportunidade de um bom tema para hoje: saudades.

Saudade é coisa boa quando nos traz felicidade, quando as cores do passado são belas e brilhantes.

Quando sentimos saudades de fatos ou situações é porque nos foram favoráveis e nós os amamos sempre.

Muitos cantores, autores e poetas vivem das saudades.

Eu tenho muitas e boas saudades.

Da minha juventude no Rio de Janeiro, do banho de mar a fantasia na praia do Flamengo, dos beijos “roubados” e saboreados no escurinho dos cinemas, dos campeonatos de futebol de praia e da travessia da Baia da Guanabara.

Profissionalmente de minha chegada em Porto Alegre para a TV Piratini, de meu desenvolvimento no meio TV e dos tantos anos de RBS onde conquistei muitos amigos e grandes clientes.

Por outro lado, muitos dizem que a saudade dói.

Talvez seja porque insistem em manterem vivo e presente tudo aquilo que não têm mais.

Afirmam que a pior das dores é a dor da saudade, do vazio para a qual só tem um remédio: esquecer.

Mas creio que o melhor de tudo é matar as saudades, como vou fazer na próxima semana quando a prima voltar a São Paulo e me der a oportunidade de rever o lado bom de suas quiches.

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