Semana passada tive o prazer de saborear uma quiche de camarão feita pela prima Rosimar e congelada em março quando ela esteve em São Paulo.
Apreciando aquele momento eu pensava cá comigo: o sabor da prima deixou saudades.
E criou a oportunidade de um bom tema para hoje: saudades.
Saudade é coisa boa quando nos traz felicidade, quando as cores do passado são belas e brilhantes.
Quando sentimos saudades de fatos ou situações é porque nos foram favoráveis e nós os amamos sempre.
Muitos cantores, autores e poetas vivem das saudades.
Eu tenho muitas e boas saudades.
Da minha juventude no Rio de Janeiro, do banho de mar a fantasia na praia do Flamengo, dos beijos “roubados” e saboreados no escurinho dos cinemas, dos campeonatos de futebol de praia e da travessia da Baia da Guanabara.
Profissionalmente de minha chegada em Porto Alegre para a TV Piratini, de meu desenvolvimento no meio TV e dos tantos anos de RBS onde conquistei muitos amigos e grandes clientes.
Por outro lado, muitos dizem que a saudade dói.
Talvez seja porque insistem em manterem vivo e presente tudo aquilo que não têm mais.
Afirmam que a pior das dores é a dor da saudade, do vazio para a qual só tem um remédio: esquecer.
Mas creio que o melhor de tudo é matar as saudades, como vou fazer na próxima semana quando a prima voltar a São Paulo e me der a oportunidade de rever o lado bom de suas quiches.