ENTREVISTA COM PAULO TRINDADE
Daí tu tá terminando o dia de trabalho quando chega um email com um convite e algumas questões para responder enviadas pelo amigo Nenê Zimmermann… O que faço com ele?!? Bom… borá lá! Eu adoro esse “véio”! Vou responder!
1. Quem é Paulo Trindade?
Bem, como cheguei ao final do dia e já passava das 19 horas e 30 minutos, me dei o direito de servir um uísque. Coloquei 3 pedras… reli a pergunta e coloquei seis pedras e levei a garrafa pra sala. Uma pergunta dessas sempre nos faz refletir. Como a minha psicóloga me deu alta, meu Xangô disse que não ia se meter e meu São Miguel Arcanjo me disse que estava de férias, me apavorei. Mas não perdi as esperanças e recorri a minha mulher. “Karin, quem é Paulo Trindade?” Ela me olhou e me perguntou se eu já estava bêbado! Hahahahahaha!
Sentei. Parei. Olhei o céu e comecei a refletir…
Lá se vão 30 anos de propaganda. 10 anos nos mais variados cargos das agências de publicidade e depois mais 17 anos do outro lado do balcão vendendo espaços e sonhos nos veículos de comunicação. Ultimamente, ando metido a ser empreendedor. Sim! Em plena pandemia daquela famosa “gripezinha”. Não é fácil! Mas é muito divertido e me dou ao luxo de atender quem eu gosto e admiro! Logo, se você está lendo esse texto e não teve reunião comigo, trate de pensar bem em qual das listas estás… Hahahahahaha! A minha empresa se tornou a minha vida. Demorei a entender, mas hoje ela me proporciona viver o lado bom de estar no mercado. Obrigado, A Solução Negócios e Comunicação!
Nesses 30 anos de mercado, fico comparando as várias fases da Propaganda Gaúcha. Muita coisa mudou, mas muita coisa não mudou tanto. Ainda leio as apresentações de agências e dos produtos de comunicação e fico estupefato de ver como o texto não mudou, mudando… Sempre nós, publicitários, nos consideramos inovadores e criativos, mas no final das contas mete um filme de 30” e replica o texto pro spot da rádio… Ah! O digital? Vamos dizer que é importante, mas dá mais dinheiro a TV! Só avisando: é uma piada, antes de servir a carapuça!
Mas uma coisa mudou muito. As pessoas de comunicação que deveriam gostar de pessoas e de trocar idéias e informações, morreram. Uma pena! A pandemia acelerou isso. Mas hoje as pessoas odeiam reuniões. Atender um veículo de comunicação… nunca! Falar em apresentar uma ideia nova, um formato novo, uma plataforma diferente, nunca! Manda por email! O quê? Fazer um projeto? Tão louco! As pessoas da agência estão com as pautas cheias. O marketing do cliente está envolvido no atingimento dos “QUEIPIAIS”. Isso é passado!
A verdade é que precisamos conversar mais! Precisamos fazer reuniões melhores! “Peoples” do mercado, recebam mais! Atendimentos dos veículos de comunicação e demais fornecedores, proponham ideias mais alinhadas com as estratégias dos clientes, não com a necessidade de suas metas! Tenhamos coragem de levantarmos menos bandeiras e de sermos mais comprometidos com as causas sociais que nos cercam. As marcas querem e precisam desse novo comprometimento pra sobreviverem! Por favor, precisamos gerar mais negócios pro nosso mercado respirar e tornarmos a economia crescente! O que faz uma economia crescer é a nossa atitude de fazer, não o receio, o medo e a especulação! Não é reclamação, mas sim uma constatação! Precisamos fazer mais negócios! Negócio é algo que não se faz sozinho! Grandes cases nunca nasceram de uma cabeça só!
A Propaganda Gaúcha precisa de nós. Escutem esse velho negro calejado pelo dia a dia do mercado!
Putz! Acabou o uísque! A Karin vai me matar!
ENLAMBUZANDO
Uma empresa que pensa sustentabilidade, que tem produtos como água, refrigerantes e cerveja não pode enlambuzar com plástico a principal avenida interpraias com publicidade de seus produtos para poupar seus investimentos. Assim nunca será grande!
E O MERCADO?
O mercado gaúcho de publicidade se não for revisto com urgência passará a ser um dos últimos em números, pois o resultado está sendo medido por barganha e cada vez mais barganha em todos os meios de comunicação.
LICITAÇÃO GOVERNO RS
Ficou decidido:
Elimina a Global.
Coloca a Engenho de Ideias em quinto lugar.
Confirma Hoc, Centro, Escala, Matriz e Engenho como vencedoras.
A Global entra em recurso.
Dia 10 de fevereiro entram também Moove e Brivia.
Aí julga!
Aí tem mais Justiça…
Aí tem mais o que??
Enquanto isso, quem deveria não está, quem errou não admite…
Aí AVANÇAR!!!
ARP
Com o objetivo de aproximar a marca Apple no mercado publicitário, gerar relacionamento e fomentar novos negócios, a Associação Riograndense Propaganda (ARP) firmou parceria com a iPlace Corporativo. Agora, as principais agências, empresas e profissionais do mercado publicitário gaúcho passam a contar com vantagens diferenciadas para a aquisição de produtos e soluções de TI, além de outras ações conjuntas que ocorrerão ao longo desse ano.
Para Márcia Christofoli, VP da ARP, a parceria é muito relevante. “Oferecemos aos associados uma série de benefícios – e todos eles conversam diretamente com o mercado da Comunicação. Agora, contamos com uma das marcas mais relevantes de consumo, a Apple através da iPlace Corporativo. É a primeira ação de uma parceria que desejamos que seja sólida e duradoura”, declarou.
O diretor da iPlace Corporativo Wagner Alledo conta que os profissionais da indústria criativa são um dos principais consumidores de produtos Apple. “Os associados da ARP irão se beneficiar com vantagens exclusivas na iPlace Corporativo”, comemora.
MASBAH!
O ”Masbah!” deste sábado, 05 de fevereiro, vai à megapista de skate na Orla do Guaíba para um encontro com Mariana Menezes, a skatista de 18 anos que entre outros títulos, já foi campeã brasileira. Mariana vai colocar a apresentadora Brunna Colosso para treinar algumas manobras de iniciantes.
E para entrar no clima de praia, o “Masbah!” vai até Capão da Canoa desafiar o humorista e influencer Garnnize para uma gincana de verão à beira mar. Cavar o buraco mais fundo com uma colher de sopa, encher um balde trazendo água numa concha e fazer o maior castelo de areia serão algumas das provas.
O programa descobriu uma novidade gelada que está conquistando a galera da capita, o Browniolé. A mistura do clássico Brownie com a recrescência do picolé!
Já no programa ‘Anonymus Gourmet’, o strogonoff mais prático que se tem notícia: O strogonoff vapt vupt. E para acompanhar, uma sobremesa de verão.
No domingo, 06 de fevereiro, é dia de “Na Beira do Fogo com El Topador” e com um dos cortes mais desejados do momento. O mestre parrillero Antonio Costaguta dá dicas e informações para assar a Maminha, também conhecida como “Colita de Cuadril” pelos hermanos. Para acompanhar, tem batata doce na parrilla.
A partir deste sábado o “Masbah!” tem novo horário, no ar às 12h30. E na sequência tem Anonymus Gourmet!O “Na Beira do Fogo com El Topador” é exibido todo domingo, às 9h30. Logo depois da edição especial do Masbah!
GRUPO RBS
A cobertura do Grupo RBS da disputa esportiva mais importante do Rio Grande do Sul começou aquecida. Na semana de estreia do Gauchão, em que a bola rolou para a dupla Gre-Nal, as transmissões resultaram em crescimento de audiência para a RBS TV. A exibição do jogo entre Grêmio e Brasil de Pelotas, no sábado (29), alcançou 683 mil telespectadores somente na Grande Porto Alegre. Somado à partida da quarta-feira (26), entre Inter e Juventude, a competição já impactou cerca de 1,1 milhão de telespectadores na região.
Somente no sábado, foi registrado um crescimento de 38% de audiência em relação à programação de sábados anteriores. A RBS TV exibe com exclusividade as disputas do Estadual nas TVs aberta e fechada graças a uma negociação inédita com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e os 12 clubes que participam do campeonato. A transmissão tem como foco a valorização do ecossistema do futebol gaúcho.
– A parceria da Federação com a RBS é extremamente importante e de uma relevância fundamental para a construção do nosso campeonato. Não tenho dúvidas que a abrangência de transmissão da RBS levando o Gauchão para todos os cantos do nosso Estado traz consigo a força e a visibilidade necessária para o futebol gaúcho crescer cada vez mais. O formato que estabelecemos é, ainda, uma oportunidade nova e extremamente importante para as empresas e os parceiros que acreditam no potencial do Rio Grande do Sul – destaca Luciano Hocsman, presidente da FGF.
Com a negociação direta da RBS e da Federação para direitos de transmissão, o projeto permitiu um grande e novo envolvimento comercial. E a Ipiranga, que já é parceiro de longa data da FGF, foi o primeiro patrocinador do projeto, contemplando, também, entregas comerciais nas transmissões. A exibição também conta com 15 parceiros locais.
As próximas 70 partidas do campeonato poderão ser acompanhadaspor diferentes plataformas. Na tela da RBS TV, os gaúchos assistem aos jogos quartas-feiras e sábados. SporTV (TV paga) e Premiere (pay-per-view) exibem partidas da dupla Gre-Nal e do Juventude. No ge.globo/RS, é possível conferir transmissões ao vivo com narração, comentários e reportagem da equipe de Esporte do Grupo RBS.
Até o encerramento da competição, no dia 2 de abril, RBS TV, Rádio Gaúcha, GZH, ge.globo/rs,Zero Hora, Diário Gaúcho e Pioneiro reúnem esforços para preparar conteúdos que tornem a experiência dos torcedores ainda mais completa.
PUCRS
Com início em maio de 2021, a primeira turma do curso Full Stack Social, parceria entre o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e o Centro Social Marista (Cesmar), prepara-se para a formação. O projeto é destinado a jovens entre 16 e 22 anos, em situação de vulnerabilidade social, que residem próximo à PUCRS e em comunidades da zona norte e nordeste de Porto Alegre.
Durante o curso sete meses de curso, os estudantes foram apresentados às temáticas afinadas com as necessidades do mercado de produtos digitais. As aulas foram ministradas por mais de 20 profissionais voluntários que cobriam aspectos técnicos e comportamentais previstos na jornada do curso de qualificação profissional.
Um dos alunos do curso, Vagner Juliano, de 22 anos, destaca a experiência de participar do Full Stack Social e de ter a oportunidade de conviver com profissionais da área. “Foi e está sendo uma experiência muito boa e única, nunca tinha visto tanta comoção de empresas grandes e pessoas experientes na área para fazer o projeto tornar-se realidade”, comenta.
Agora, junto a equipe, o jovem vem se preparando para a apresentação do Trabalho de Conclusão de Aprendizagem (TCA), que acontecerá no dia 11 de fevereiro. “Estamos nos acostumando com os problemas, passando por cima e entendendo as dificuldades do próximo. Acredito que iremos apresentar um projeto que cumpra o objetivo geral e as expectativas. Tanto do time, quanto dos colaboradores, clientes, convidados e responsáveis pelo curso”, conclui.
Projetos de conclusão serão apresentados em evento
Em quatro times multidisciplinares, os jovens terão de seguir as orientações para desenvolver um produto digital. Nesta etapa, cada equipe conta com o suporte de profissionais de mercado que atuarão como consultores técnicos. Além disso, os times também têm o apoio de pessoas que farão o papel de cliente de cada um dos projetos.
A apresentação do TCA ocorrerá no evento Arena Full Stack Social, no Tecnopuc. O evento, realizado pelo Cesmar e com o apoio do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, será transmitido no canal do Youtube da PUCRS a partir das 10h. Neste dia, os alunos e alunas apresentarão os pitchs dos projetos desenvolvidos e receberão feedbacks da banca avaliadora.
Além da experiência de apresentar para a banca e o público em geral, os educandos também estarão concorrendo a uma vaga para participar da próxima edição da Pitch Week. Os trabalhos também poderão ser conferidos, a partir das 11h, no espaço da Linha do Tempo do Tecnopuc (Sala 104 – 97A Térreo).
Para Márcia Broc, responsável pelo projeto, a expectativa é que o evento possa mostrar o resultado do aprendizado dos jovens. “Estamos com ótimas expectativas com tudo o que está sendo planejado para o evento de apresentação. Em um estilo de apresentação Shark Tank, teremos os quatro times em uma arena social, apresentando seus produtos em duas modalidades. Vamos ter a apresentação no método pitch e um momento de trivial onde os times poderão responder dúvidas e apresentar as soluções de maneira ainda mais detalhada”, completa Márcia.
VATI
A vibração da criatividade e a precisão das estratégias nas campanhas das agências de publicidade engajam o público e viralizam mensagens sobre as marcas que estão na mente e no coração das pessoas. Entretanto, antes de impactá-las, passam pela energia do ciclo dinâmico da produção publicitária, que torna possível a veiculação das peças. Esse é o território da Vati, um dos principais players do segmento no Brasil. Dentro dessa frente, com ampla variedade de serviços, a produção de filmes está despontando como uma das principais atividades da empresa para 2022.
Alavancar a oferta de produção audiovisual, desde a captação de imagens à pós-produção das peças, incluindo a possibilidade de entrega aos veículos e plataformas, constitui uma frente estratégica para a Vati. A empresa consegue atender uma grande quantidade de clientes, em qualquer região do Brasil e da América Latina, atuando como uma extensão para agências e anunciantes.
A reta final do ano passado apontou aquecimento da demanda para a Vati, com a produção de filmes para AliExpress e Safra, ambas assinadas pela FCB Brasil. Outro grande trabalho foi para a agência Galeria, com a campanha do TikTok, no lançamento de uma nova versão de Cheetos, realizada em uma ação de cobranding com a Pepsico.
“A Vati é parceira de longa data da FCB Brasil, sempre com atendimento ágil e qualidade nas entregas. Fizemos duas campanhas de AliExpress, com a Ivete Sangalo, e uma da Safra Pay. Mesmo com poucos dias entre aprovação e cópias, tivemos dedicação 24/7 da equipe Vati e excelente resultado final”, ressalta Fernanda Geraldini, diretora de Produção da FCB Brasil.
A percepção do anunciante também vem sendo bastante positiva. “Trabalhar com a Vati foi uma experiência incrível. Mesmo enfrentando diversos empecilhos causados pela pandemia, além da dificuldade extra de lidar com prazos super apertados, contamos com todo o time da Vati atuando de forma colaborativa, solícita e prática, do início ao fim do trabalho. O resultado foram filmes que elevaram a percepção do AliExpress e nos ajudaram a atingir nossos objetivos”, enfatiza Jorge Gloss, Brand Lead da Alibaba no Brasil.
A produção publicitária tem papel cada vez mais decisivo para que as marcas consigam manter sua relevância em um mundo de consumo de conteúdos e entretenimento cada vez mais digital, que gera maior necessidade de produção de peças e desdobramentos da peça master para outros formatos e mídias. Em muitos casos, maior velocidade na entrega pode proporcionar aos clientes imensos ganhos logísticos.
“Na produção de filmes podemos conduzir todo o processo, desde a abertura de câmera à finalização, bem como pós-produção e entrega nos veículos. Temos muita tecnologia ligando todas as pontas, com controle de workflow e qualidade, além da interação com o cliente para eventuais ajustes e aprovação no mesmo ambiente proprietário em nuvem. Há todas as condições de quadruplicarmos a produção de filmes, que hoje responde por 12% do faturamento. Esse movimento será determinante para irmos ao encontro de nossas projeções de 25% de aumento em novos negócios em 2022”, sublinha Marcel Crespin, diretor de Novos Negócios da Vati.
Leandro Burti, fundador e presidente da Vati, aposta na força da infraestrutura para construção de bons resultados neste ano. “Há completa infraestrutura para verdadeiramente centralizarmos a produção publicitária, com oferta de solução 360º totalmente dentro de casa, proporcionando entregas uniformes para as campanhas. Além de ganhar velocidade, melhorar a gestão dos processos e reduzir custos com a verticalização, a Vati pode entregar em toda a América Latina, o que pode ser determinante para anunciantes multinacionais”, completa Burti.
Esses atributos nos serviços tornam a jornada da produção publicitária uma experiência melhor para os clientes. “Trabalhar com a Vati foi um processo muito tranquilo e seguro. A empresa nos ofereceu soluções criativas, ágeis e com condução bem organizada. A parceria de trabalho foi excelente”, conclui Ducha Lopes, sócia e diretora de Produção Integrada da Galeria.
CONSUMO E VAREJO
Considerado um dos setores mais impactados pela pandemia, a indústria de consumo e varejo no Brasil vem passando por uma fase de reestruturação para atender à nova realidade e expectativas do consumidor. A nova realidade vai exigir que empresas do setor implementem estratégias de negócios para atingir o sucesso em 2022.
A consultoria KPMG divulgou uma lista com as 10 principais tendências para a indústria de consumo e varejo no Brasil em 2022. Dentre elas, Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG, destaca a necessidade de regulação, de adequação ao novo consumidor, de investimento em tecnologia e inovação, além de busca por liquidez e boa gestão de risco. Para ele, esses são os fatores que vão exigir atenção especial das empresas de varejo e consumo.
“A nova realidade exige que as empresas de consumo e varejo implementem estratégias de negócios para atingir o sucesso no próximo ano. Essas transformações serão necessárias e vão atuar de forma impulsionadora para que a demanda do setor continue aquecida”, analisa o sócio da KPMG.
Veja a seguir a lista completa das dez tendências para 2022:
1) Mudanças nos hábitos de consumo
A pandemia afetou a cesta de compra e a própria forma de fazer compras dos consumidores, levando a uma constante revisão dos canais tradicionais e estratégias de vendas, além do crescente uso de dados dos clientes. Os portais de vendas online (marketplaces) avançaram durante a pandemia e foram incorporados ao cotidiano de consumo, exigindo das empresas investimentos em controle de qualidade, gestão de riscos, prevenção de fraudes e segurança cibernética.
2) Cliente no centro do negócio
Para colocar o cliente no centro das atenções, o varejo precisa investir em processos e ferramentas inovadoras, impulsionando as práticas ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e governança) e valorizando a reputação sustentável das marcas modelos de negócios. Segundo o estudo, os consumidores buscam empresas que apresentam engajamento, posicionamento social e ações positivas de inclusão e diversidade.
3) Logística
Esse é talvez o maior desafio do varejo hoje, principalmente devido à parte final da entrega do produto, que se torna mais difícil e cara à medida que as áreas se expandem e os prazos de entrega são cada vez mais curtos.
4) Segurança cibernética
O comércio digital foi o grande protagonista no setor de consumo durante a pandemia, mas, apesar disso, trouxe vulnerabilidade e riscos, tanto para quem compra quanto para quem vende. Isso faz com que os investimentos em privacidade e segurança cibernética sejam prioridades. O avanço do comércio digital veio acompanhado por um crescente aumento de insatisfações dos consumidores que impactam na imagem, caixa da empresa e experiência do cliente.
5) Integração do físico com o digital
O comércio tradicional vai seguir existindo, migrando para a integração entre os canais de venda físicos e digitais. O varejo físico seguirá com alta demanda por adoção de tecnologia que viabilize o modelo de negócio.
6) Jornada de transformação digital
Os varejistas estão na jornada de transformação, habilitada por tecnologia e inovação. Temas como plataforma e marketplace passam a fazer parte da agenda e a adaptação a estes novos modelos. A utilização de processos tradicionais como carteira de clientes, crédito e malha logística ajudam a repensar o negócio.
7) Tecnologia na área tributária
Para seguir atendendo aos temas regulatórios, as empresas precisam ter uma estrutura pesada e onerosa com profissionais que não atuam na linha de frente (back office). Apesar de iniciativas de consolidação e eficiência operacional já tenham sido implementadas, o setor tributário e fiscal demanda aceleração de adoção de tecnologia.
8) Consumidor e fabricante
A modalidade de venda direta do fabricante para o consumidor final (D2C) gerou concorrência com canais tradicionais e se tornou uma realidade nas empresas.
9) Novas formas de investimentos
Diversos movimentos de liquidez como a captação de investimentos via fundos e oferta pública inicial (IPO) trouxeram oportunidades de crescimento inorgânico através de aquisições de negócios complementares e novos investidores.
10) A importância do ESG
As preocupações das empresas com relação aos fornecedores, parceiros e até mesmo clientes finais aumentaram significativamente. A gestão de riscos de terceiros se tornou um tema chave para a visibilidade e saúde de marcas, tornando-se cada vez mais importante a adoção de práticas ambientais, sustentabilidade e governança (ESG) em toda cadeia de valor.
E-COMMERCE
Os dados são os maiores aliados de todos os negócios. Eles possibilitam analisar comportamentos, tendências, mudar rumos e se preparar para novos desafios. Pensando nisso, a All iN | Social Miner, em parceria com a Neotrust, Vindi, Octadesk e Delivery Direto lançam o Relatório sobre o Comportamento do Consumidor, que analisa as bases de dados das empresas, para contar como foi 2021 para o varejo online e trazer tendências do comportamento do público para os meses que estão por vir.
Vamos começar com uma boa notícia: apesar do último ano duro para a economia, o faturamento do varejo online cresceu 26% em relação a 2020. Para Ricardo Rodrigues, líder de produtos da All iN | Social Miner, “o varejo se mostrou resiliente e, com criatividade, estratégia e apoiado pela tecnologia, vem entregando resultados positivos”. O faturamento chegou a R$ 161 bilhões no ano, com 353 milhões de pedidos e ticket médio de R$ 455. Dentro destes valores, as categorias de produtos que mais faturaram foram Celulares (20%), Eletrodomésticos (13%), Eletrônicos (10%), Informática (9%) e Moda (9%).
E qual mês mais rendeu para o varejista online?
Novembro foi o mês com maior destaque em visitas, cadastros e vendas em 2021 – não à toa, uma vez que de acordo com Pesquisa sobre a jornada de compra na Black Friday, feita em parceria com Opinion Box no ano passado, 60% tinham intenção de comprar na data e cerca de 43% dos consumidores afirmaram monitorar preços até um mês antes do maior evento comercial do ano.
Como todo varejista sabe, a venda não é a única etapa e a jornada não acaba ali. Para fidelizar o cliente, é importante criar um relacionamento e grande parte desse trabalho passa pelo atendimento. E entre os diversos canais possíveis para esse contato, o WhatsApp foi o mais utilizado – sendo também o que mais cresceu no último ano. “Provavelmente isto se deve por ser um canal que está sempre à mão, prático e ágil para o dia a dia”, diz Ricardo.
Entre as diversas categorias de produtos disponíveis no varejo online, Farmácia e Saúde é a que mais cresceu em número de visitas no ano de 2021, com aumento de 132% em relação ao ano anterior. Para Rodrigues, “crescimento este que, além do consumo de remédios, pode estar atrelado à comercialização de produtos como dermocosméticos, no país que é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo”. Outra categoria que teve um expressivo crescimento foi Materiais de Construção, com incremento de 46% nas visitas.
Dentro de 2021 também aconteceram variações nas buscas entre o primeiro e segundo semestre do ano. Eletrodomésticos e Eletroportáteis foram procurados 58% a mais na segunda parte do ano. Já Materiais de Construção e Bebidas tiveram destaque na primeira metade de 2021.
Já quando o assunto é delivery de comida, quem ganhou em receita foi a culinária japonesa. Apesar de contar com um volume de pedidos inferior ao das pizzarias, os restaurantes deste tipo faturaram mais, o que pode estar atrelado a um maior investimento do consumidor em pedidos com um custo mais alto.
Outra variação interessante é a que acontece nas regiões do Brasil. Primeiro, em quantidade de acessos, o Sudeste segue liderando, seguido do Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Segundo, existe diferença nas categorias mais buscadas em cada região: Beleza e Cosméticos é a categoria mais procurada pelos consumidores do Norte (32%) e Nordeste (30%); A categoria que mais cresceu em visitas, Farmácia e Saúde, é a que mais atrai o público do Sudeste (48%) e Centro-oeste (25%); Bebidas concentra o maior tráfego (49%) dos residentes do Sul. “Essas diferenças de visitas em períodos do ano e regiões do país indicam que o comércio eletrônico não é algo padronizado. É preciso conhecer o seu consumidor para conquistá-lo com o melhor produto na hora certa”, diz Ricardo.
Outro ponto de destaque é o tipo de acesso por onde o potencial consumidor acha o seu produto. De acordo com o relatório, as visitas por mobile cresceram mais de 28% no segundo semestre. Para o executivo, “este é um movimento que pode estar atrelado a popularidade do Social Commerce, por exemplo, considerando que nossos estudos com Opinion Box revelam que 76% dos brasileiros utilizam as redes sociais para pesquisar produtos”.
Outro ponto importante para todo e-commerce é o frete. De acordo com os dados do Relatório, a prática do frete grátis cresceu de 2019 a 2021 e diminuiu o valor médio quando ele é cobrado. Para Ricardo, “isto indica que o comerciante está ligado com o que o consumidor deseja. E hoje as empresas já têm acesso a uma grande base de dados que pode ser usada para nortear essas estratégias para oferta de benefícios como esses, a fim de que cupons ou frete grátis, por exemplo, sejam distribuídos de forma inteligente para aqueles consumidores com maior potencial de conversão”.
Quanto às formas de pagamento, o cartão segue liderando em 2021, crescendo 4.7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, chegando a representar 71,7% das vendas. A participação dos boletos caiu de 32,4% para 24,4% e o PIX representa 3,6% das transações em 2021.
Para Ricardo Rodrigues, “o relatório mostra que alguns setores que se destacaram em 2021, a exemplo de Farmácia e Saúde, podem continuar relevantes neste ano. Além disso, vale sempre destacar que é essencial para os varejistas usar os cadastros e os dados coletados na sua base para entender o comportamento do consumidor e qual a melhor forma de se comunicar — dica que vale para todos os segmentos.”
PÓS-NRF
O ‘Pós-NRF 2022 – Acelere o seu negócio’ demonstrou ter o potencial para ser atemporal. O evento realizado na noite desta segunda-feira (31/01) durou mais de duas horas, porém terá um impacto incomensurável e sem data para terminar nos raciocínios dentro ou fora do varejo de cada um dos presentes no Teatro da Unisinos. A iniciativa tradicionalmente organizada pela CDL POA, alguns dias depois do encerramento da NRF, a maior e mais importante feira mundial de varejo, promovida anualmente em Nova Iorque, foi a primeira presencial desde o início da pandemia em 2020.
Ao dar as boas-vindas, o presidente da CDL POA, Irio Piva, destacou que a Entidade participa da NRF para aprender e compartilhar: “Fortalece dois dos nossos pilares – conscientizar e orientar nossos lojistas para estarem conectados com as transformações do varejo e do consumo”. Fabiano Zortéa, coordenador de Varejo no Sebrae-RS – instituição que liderou a comitiva de líderes e empresários nos EUA –, inclusive iniciou sua manifestação dizendo que realizar um evento presencial em uma segunda-feira é só para quem tem atitude.
Aliás, a noite toda foi de uma permanente provocação diante do que os três convidados trouxeram como insights da Big Apple e de como este mundo em transformação vai impactar não somente os negócios, mas a vida de cada pessoa. Até porque a 112ª edição da NRF, ainda que tenha elaborado o posicionamento de “acelerar negócios”, transcendeu esta dimensão e a da tecnologia, ao trazer discussões sobre liderança, pessoas, diversidade, equidade e inclusão, ou seja, cultura. E, claro, o metaverso, a palavra mais falada nas mais diversas línguas da Babel que é a feira.
Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), ratificou porque é considerado uma das pessoas que mais conhecem o segmento no País e no Exterior. Ao detalhar oito insights sobre a NRF, aterrissou com maestria um Antonov – o maior avião de asa fixa do mundo – tal a quantidade de informações que hierarquizou. Terra apresentou um conceito que ajuda a compreender o metaverso: “É um espaço coletivo virtual compartilhado, constituído pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet”. Ao mostrar vídeos de como gigantes a exemplo do Walmart estão se movimentando no metaverso, foi possível ter uma ideia de como este universo deverá ser determinante no mundo de hoje e não em um futuro próximo. “Até seis meses atrás, quase ninguém tinha ouvido menções ao metaverso e às conexões com criptomoedas e NFT. Só que como vai ser a regulação, o Procon e a LGPD do metaverso?”, questionou o integrante do conselho de administração de várias empresas brasileiras. Ou seja, ninguém se engane a respeito da complexidade do cenário.
A onipresença da Web 3.0 dominou a fala do Guga Schifino, head de Transformação Digital da DX . CO | 4all Group, curador da FFX e conselheiro da CDL POA. Ele traçou um paralelo geracional entre Web 1.0 (Economia da informação, na qual “apenas” se lia), a Web 2.0 (Economia das plataformas, quando se acrescentou o verbo escrever junto do ler) e da Web 3.0 (Economia do token, em que se lê, escreve e executa). Para Guga, o metaverso e os NFTs devem ser entendidos como oportunidades para as marcas e as lojas ampliarem a relação e os pontos de contato com os consumidores. NFT é a sigla em inglês para o termo “non fungible token”, ou “token não fungível”. Eles são tokens, ou seja, códigos numéricos com registro de transferência digital que garantem autenticidade aos seus donos. Na prática, funcionam como itens colecionáveis, que não podem ser reproduzidos, mas sim transferidos.
“Acredito mais no NFT, como asset digital, do que no metacommerce para o varejo. Com NFT, gero um ativo digital para agregar no físico, pode ser um programa de fidelidade, pode ser uma condição especial a heavy user no próximo Liquida POA. Isso porque se trata de um certificado mais prático e efetivo, por ser confiável”, exemplifica Guga.
Tanto Zortéa quanto Guga destacaram a imperiosidade de um comportamento humilde. “É tempo de reaprender e ter humildade”, sintetizou o executivo do Sebrae-RS. “O cara tem que vestir a sandália da humildade e entender que o que nos trouxe até aqui, não vale mais. E precisa reconhecer que são legais as interações que a tecnologia nos proporciona”, complementou Guga.
No final do ‘Pós-NRF 2022’, diante de tantas provocações que tiraram o público para fora de qualquer zona de conforto, Irio Piva, estava muito motivado: “Saímos daqui com oportunidades para transformar e acelerar os nossos negócios”.