ENTREVISTA COM CARLOS AUGUSTO SOUZA
1. Quem é Carlos Augusto Souza?
Um ariano, resolutivo, apaixonado pelo trabalho e sem medo de competição. Tudo começou de uma maneira bastante peculiar, eu tinha apenas 17 anos de idade e trabalhava como “office boy” (desculpe aí o pessoal mais novo mas, era um cargo que existia na época) numa super agência de publicidade do momento a Studio Publicidade LTDA dos irmãos Kotz. Havia uma reunião com um importante cliente para apresentação do Planejamento estratégico e, ao chegar na empresa no final do dia fui chamado pelo dono, que tinha uma cirurgia no dia seguinte e me “incumbiu” da missão de apresentar a campanha para o cliente. Ao invés de ficar apavorado, simplesmente “vesti” a campanha, fiquei super entusiasmado e projetei toda a forma como apresentaria o plano da Agência literalmente da noite para o dia e foi incrível! Lembro com muita alegria desse momento onde além de campanha aprovada na íntegra, passei de “boy” para executivo de contas. E daí em diante foram muitas experiências, aprendizados e desafios, chegando a trabalhar para Hebe Camargo e Silvio Santos entre outros. Confesso que revendo a trajetória para responder a tua pergunta, senti muita alegria e emoção. E posso afirmar que até hoje trabalho com o mesmo nível de empolgação. Busco conhecer ao máximo as características da empresa que represento bem como as necessidades do cliente e criar planos comerciais que atendam plenamente as expectativas e, só sossego quando tudo fica 100%. Adoro os desafios de trabalhar com colegas, equipes e projetos que me incitam. Não tenho medo algum de competição ou comparação pelo contrário, quanto mais alto o nível do meio que me cerca, mais alto chego.
2. Conta um pouco como foi a tua experiência de vida como profissional de agência, executivo comercial e diretor de veículos de comunicação?
Em agência foi de “office-boy”, executivo de contas à diretor de atendimento das contas da agência.
Como executivo de veículos minha carreira começou com a contratação pela RBS Rádios para lançamento da Rádio Itapema FM e, após dois anos, fui contratado pelo SBT como executivo de contas por 10 anos, onde ganhei o prêmio de Melhor Atendimento do Ano numa equipe de excelentes profissionais. O próximo cargo foi na RBS TV como executivo de contas por aproximadamente um ano e meio e logo fui chamado pelo SBT novamente onde atuei como Diretor Comercial por oito anos.
Rede Pampa… Rádios onde trabalhei como gerente comercial de cinco das rádios do grupo por 3 anos.
Logo após fui contratado para lançar a TV Record RS iniciando como gerente comercial onde montei todas as equipes comercial e mais a Opec, me tornando Diretor comercial após 4 anos, num total de aproximadamente 13 anos.
RDC TV como diretor Comercial.
3. Sabe que é verdade que você formou e deu oportunidades para muitos profissionais, assim como investiu em inúmeros anunciantes. Esse reconhecimento existe através do mercado?
Em todo o período profissional sempre trabalhei orientando os clientes, especialmente aqueles, muitas vezes iniciantes, que possuíam orçamento apertado, direcionando-os para a melhor estratégia aplicável ao seu produto e, fico muito grato ao ver que vários deles seguiram as orientações, se estabeleceram e seguem seus negócios de maneira crescente, mantendo-se como anunciantes do nosso meio até hoje. Fiz um bom número de amigos dessa forma.
Quanto às oportunidades para colegas de trabalho, e digo colegas porque fazíamos parte do mesmo time, sim ocorreram. Nas minhas visitas sempre observei muito a forma e a capacidade de comunicação de todos com os quais tratava e desta maneira apostei em vários talentos como por exemplo de mídia de agência para executiva de contas, com bom conceito no mercado até hoje.
4. Augusto na intimidade, em família e com os amigos?
Acho que todas as pessoas são meio semelhantes no modo de ser profissional e pessoal, e eu não fujo da regra. Tenho uma postura, jeito de ser bastante objetivo, falo alto, abraço muito, gosto de movimento e sou um pouco chamativo (hahaha) bricalhão mesmo. Gosto de futebol e não tenho paciência para Netflix. Prefiro verão ao inverno, adoro espaguete à Carbonara e detesto polenta.
Toda a missão que é passada busco meios para cumprí-la. Mas tenho que acreditar no projeto, pois trabalho é uma paixão para mim.
RSNASCE
Os dias têm sido duros e traumáticos, mas exigem, ao mesmo tempo, a retomada urgente das atividades e uma mega ação de reconstrução. Esse é o propósito do RSNASCE, que integra empreendedores, profissionais, convention bureaus e as mais importantes entidades da economia de turismo e eventos, em diversas ações que, também, têm milhares de vidas que dependem de seus negócios.
No dia 15 de maio, divulgamos a nossa Carta Aberta, que concentra as reivindicações resultantes de estudos e pesquisas, pois passado um mês desta tragédia, nos deparamos ainda com uma grande falta de efetividade nas ações que venham a alicerçar a nossa retomada.
Vamos nos unir, pressionar, criar iniciativas de captação e apoio, buscar empresas e parceiros que possam aderir a nossa luta e sairemos mais fortes do que nunca!
Assim, nasce um movimento de gaúchos que deseja o Rio Grande do Sul forte e atuante, e que nossa bandeira seja o abraço de nossa coragem para recomeçarmos.
VAI PRA ONDE?
A Rodoviária de Porto Alegre alagada, sem luz, sem água, não funcionando literalmente. Mas, os lojistas continuam pagando seus aluguéis para o DAER, aliás na pandemia já tinha acontecido o mesmo.Muito discurso e ação humana nenhuma.
MERCADO
O Rio Grande do Sul padece. Todos sabem disso e, justamente pelo trabalho dos veículos de comunicação, o Brasil se mobilizou e segue agindo pela recuperação do nosso estado. Não é preciso gastar ainda mais energia nesse ponto comum a todos nós.
Diante disso, a ARP – Associação Riograndense de Propaganda e o GAV/RS – Grupo de Atendimento de Veículos do Rio Grande do Sul entendem que o momento requer duas reflexões importantes para o mercado. A primeira delas, de certa forma, está descrita no Apelo Oficial gerado pela ARP, onde pedimos para que as empresas/marcas de fora do Rio Grande do Sul mantenham seus investimentos em mídia, pois apesar de tudo, além de um ato economicamente importante, os gaúchos seguem trabalhando e consumindo mídia. Manter e até ampliar os investimentos nos diversos e competentes veículos de mídia é também criar uma conexão importante com os gaúchos. Este Apelo está circulando pelo Brasil.
A segunda e talvez mais importante delas é olharmos para a situação dos clientes (anunciantes) gaúchos com atenção redobrada. Repensar negociações, estender prazos e/ou bonificar espaços será importantíssimo para o máximo possível de marcas permaneçam na mídia, marcando presença na vida dos seus consumidores de acordo com as suas estratégias. É tempo de negociação, mas principalmente trata-se de um momento onde o prazo e o preço são essenciais para manutenção dos planos previstos antes de sermos tomados pelo mais duro de todos os embates vividos nesta terra.
A ARP e o GAV/RS entendem que o sucesso da nossa retomada começa agora, com possibilidades maiores e negócios viáveis para todos.
Juntos pelo Rio Grande. Juntos pelos clientes que movem o Rio Grande do Sul.
Diretorias de ARP e GAV/RS
FEEVALE
Professores do Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LaVuRS) e do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale divulgaram a carta aberta Análise do estado de calamidade atual do RS e caminhos para um futuro assertivo na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Em cinco páginas, o documento avalia o cenário que se coloca no Rio Grande do Sul após uma sucessão de eventos climáticos desastrosos (sendo dois localizados, em junho e setembro de 2023, em Caraá e na região do Vale do Taquari-Antas, respectivamente, e o terceiro em maio deste ano, abrangendo todo o Estado). No evento deste ano, se contabilizam, até o momento, 469 municípios atingidos, 169 mortes, mais de 800 feridos, 53 pessoas desaparecidas e mais de 580 mil pessoas desalojadas. São, ao menos, 578 escolas danificadas, com 381.231 estudantes matriculados prejudicados*.
Na carta, os pesquisadores analisam os impactos das mudanças climáticas sobre as populações, que já haviam sido anunciadas amplamente pela comunidade científica e para as quais havia planos incipientes de preparação, como a Política Nacional sobre a Mudança do Clima. Discorrem sobre a necessidade de discussões técnicas e forte mobilização governamental, política, social, empresarial, institucional, ambiental e acadêmica para que se estabeleça um consenso sobre as medidas estruturais a ser tomadas, como contenção de cheias, com conserto, manutenção e ampliação das já existentes e a possível implementação de novas, como a construção de barragens para a regularização de vazões, desassoreamento de canais, desentupimento de bueiros, entre outros.
O grupo avalia, porém, que será necessária a implementação de medidas não estruturais, que inclusive são mais eficientes do ponto de vista social e menos onerosas do ponto de vista econômico. É nesse sentido que as universidades podem contribuir diretamente, dado o histórico de pesquisa e ações com as suas comunidades. Assim, o LaVuRS e o PPG em Qualidade Ambiental da Feevale, a partir de sua contribuição de anos para o avanço científico e desenvolvimento de ações acadêmicas e comunitárias voltadas à educação para o enfrentamento das adversidades climáticas, propõe ações que precisam ser tomadas de imediato na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, considerando um planejamento de curto, médio e longo prazo. Algumas delas incluem:
– Composição de um comitê de gestão de riscos de desastres, com representantes da sociedade civil, especialmente população atingida pelos eventos extremos, e representantes das prefeituras de todos os trechos da bacia – devendo participar os prefeitos e representantes das secretarias, Defesa Civil, universidades, representantes do setor agrícola e industrial, e sua inserção no Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e nos processos de revisão dos Planos Diretores dos Municípios da Bacia;
– Consideração dos estudos já prontos e disponibilizados pelas universidades, por parte dos prefeitos, no seu processo de governança municipal;
– Recuperação de estruturas e sistemas de proteção de cheias, danificadas pela atual catástrofe, possibilitando segurança para as populações retornarem ao lar;
– Plano de curto prazo para finalização de obras que tenham como objetivo minimizar os efeitos das chuvas dentro de municípios;
– Remapeamento das áreas já mapeadas pelo Serviço Geológico do Brasil e Metroplan, considerando mapeamentos de vulnerabilidade social e suscetibilidade;
– Implantação de uma rede de estações de monitoramento hidrometeorológico em distintos pontos da bacia, para tornar as previsões hidrológicas mais acuradas, e esse sistema ser integrado às defesas civis municipais;
– Construção de um plano de adaptação climático, considerando as fragilidades ambientais, de relevo e hídricas, permitindo a participação popular ativa – priorizando a recuperação ambiental de banhados, matas ciliares, áreas de preservação permanente e revegetação no ambiente urbano;
– Adoção e investimento em sistemas de comunicação e alerta de fácil usabilidade pela população, com treinamento e simulados semestrais em todos os municípios detentores de áreas de riscos;
– Fortalecimento das equipes de defesa civil municipais, com investimentos nas estruturas disponíveis, treinamento e manutenção dos quadros técnicos, independente de mudanças políticas; entre outras ações.
MOOVE
A agência Moove lança a nova campanha da Vero, rede de pagamentos do Banrisul, destinada a apoiar o comércio e os serviços locais que foram afetados pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul. Com muitos clientes enfrentando perdas de máquinas, problemas técnicos e diminuição significativa do faturamento, a ação publicitária apresenta um importante suporte aos estabelecimentos neste momento de recuperação.
Para auxiliar na retomada das atividades comerciais nas cidades afetadas, a Vero substituirá gratuitamente todas as maquininhas danificadas ou perdidas nas enchentes, tanto para clientes atuais quanto para novos clientes. Além disso, a empresa também isentará as próximas mensalidades, proporcionando um alívio financeiro para esses estabelecimentos.
A ação tem como objetivo reforçar o compromisso da Vero com a comunidade gaúcha, ajudando a impulsionar a economia local e a reconstrução dos negócios atingidos pelas enchentes.
A campanha começa a ser veiculada no dia 1º de junho e inclui peças de TV, rádio e mídia digital. Cris Silva, embaixadora da marca, é a porta-voz da mensagem de solidariedade e apoio aos clientes. No filme de TV, a comunicadora fala sobre o apoio da Vero aos comerciantes neste momento desafiador.
Sobre a Vero
A Vero é a rede de pagamentos do Banrisul dedicada a oferecer soluções financeiras inovadoras e acessíveis para comerciantes e prestadores de serviços em todo o Brasil. Acesse o site www.sejavero.com.br.
Assista ao filme de TV neste link: https://www.youtube.com/watch?v=uugTYq7_23Y
GOVTECH LAB
O GovTech Lab é uma iniciativa que surgiu a partir do GovTech Summit -, em parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, está buscando soluções tecnológicas que possam contribuir para a reconstrução do Estado. São diversos parceiros ajudando no mapeamento de soluções e projetos para a prevenção e mitigação de danos”, complementa Fuscaldo, destacando que são soluções que abrangem diversas áreas, como saúde, economia, questões sociais e ambientais, além de apoio às comunidades vulneráveis. A lista pode ser acessada em: hubgovtechlab.com.br/startups. O GovTech Lab tem como Ceo Teo Girardi, ex-diretora do Centro de Tecnologia da UPF, em parceria com Gabriel Fuscaldo, Board Member do GTL, em com o Tecnopuc.
PERSE
Buscando assegurar fôlego ao comércio de bens e serviços no Rio Grande do Sul, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) apresentou nesta terça-feira (21) um projeto de lei que zera a alíquota de impostos federais para 45 atividades do setor terciário no Estado. A medida vale pelo prazo de 60 dias, com foco na manutenção dos empregos.
O parlamentar sugere a reinclusão de todas as 14 atividades nacionais (CNAEs) que ficaram de fora do novo Programa Emergencial de Retomada de Eventos (PERSE). Os tributos que não incidiriam sobre o setor são: PIS/PASEP, Cofins, Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
“Temos municípios gaúchos que ainda estão completamente parados, seja porque a água não baixou ou pelo fato de muitas empresas não existirem mais. A economia não está girando, os custos não deixam de existir, e o empresário, que cria condições de trabalho para milhares de pessoas, vai ficar descapitalizado. Precisamos dar a sustentação necessária a todos”, explica o deputado Alceu.
Pelo texto, o benefício concedido às empresas gaúchas não impactam o valor limite de gasto tributário de R$ 15 bilhões estabelecido pelo PL 1026/2024, que alterou o PERSE.
“Já estou articulando para que o texto seja votado com urgência”, revela o parlamentar.