Por que a Geração Z Confia Mais na IA do Que em Humanos no Trabalho? e outros artigos da semana – 26.09.2025

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Você vai ler na coluna de hoje: Por que a Geração Z Confia Mais na IA do Que em Humanos no Trabalho?, Entenda por Que Satya Nadella, CEO da Microsoft, Tem “Medo” da Inteligência Artificial, Brasileiros confiam mais em preço do que em creators, Três dirigentes são presença confirmada no Maximídia 2025, Betano, L’Oréal e Mercado Livre disputam o Caboré 2025, Trilha The Next CMO debaterá a nova jornada do consumidor, Dona da Ambev se alia à Netflix para reverter queda no consumo de cerveja, 82% dos Consumidores Já Foram Alvo de Fraude Digital, E o Maior Perigo Está nas Redes Sociais, Por Que Alimentos Salgados, Cítricos e Agridoces se Tornaram a Nova Obsessão da Geração Z, “Big Brother de produtividade” deve avançar nas empresas, Um em cada quatro jovens não estuda nem trabalha: geração “nem-nem” pesa na economia, Brasil garante espaço no conselho da World Out Of Home Organization e “Quase nada será mais feito como antes”.

 

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Por que a Geração Z Confia Mais na IA do Que em Humanos no Trabalho?

Por Bryan Robinson*

 

A geração Z tem sido alvo de críticas por parte das gerações mais velhas e de líderes empresariais. Os jovens profissionais são acusados de impor muitas regras, se recusarem a cumprir exigências corporativas e carecerem de etiqueta, confiabilidade e flexibilidade. Em um estudo, 45% dos recrutadores os descreveram como difíceis de gerenciar, preguiçosos e irresponsáveis. Muitos empregadores estão demitindo esses jovens poucos meses após a contratação. Não é surpresa, portanto, que uma pesquisa recente revele que a geração Z confia mais na inteligência artificial do que em seres humanos como mentores no trabalho.

O estudo da empresa de IA Pearl, realizado pela companhia de pesquisa de mercado Censuswide, investigou o quanto os americanos se sentem à vontade para buscar respostas na inteligência artificial em vez de recorrer a pessoas. Especificamente, a pesquisa fez a seguinte pergunta: “A tecnologia poderia ajudar a Geração Z a resolver a apatia e o desalinhamento que sentem no ambiente de trabalho ou apenas agravaria esses problemas?”

Os resultados mostram que 28% dos americanos ainda se sentem mais confortáveis discutindo questões no trabalho com seus gestores do que com a IA. No entanto, algumas pessoas têm receio de fazer perguntas, o que as leva a recorrer a plataformas de busca com IA, aumentando tanto o risco de responsabilidade para essas plataformas quanto o risco de danos para os usuários.

A geração Z é a mais propensa a depender da inteligência artificial no trabalho. De acordo com a pesquisa, 41% desses jovens confiam mais na IA do que nos humanos como mentores, contra 26% que dizem o oposto e 31% que ficaram indecisos.

O estudo também traz outros dados que reforçam essa tendência:

50% da Geração Z prefere recorrer à IA para resolver problemas no trabalho em vez de falar com seus gerentes, enquanto apenas um terço dos Boomers faz o mesmo;

Jovens utilizam IA, em média, 12 vezes por semana, comparado a 7 vezes para a Geração X e 4 vezes para os Boomers;

83% da Geração Z relata ansiedade ao precisar fazer uma pergunta pessoalmente ou online, o maior índice entre todas as gerações.

 

O impacto da dependência da IA

A preferência dos jovens pela IA em vez de interações humanas no trabalho pode ser vista como uma maneira de evitar a comunicação com gestores, um comportamento que tende a ter consequências negativas. “Ter medo de fazer perguntas pode levar a problemas de comunicação e trabalho em equipe, além de contribuir para a crescente falta de confiança no ambiente de trabalho”, diz Andy Kurtzig, CEO da Pearl.

Para o executivo, os números da pesquisa levantam um alerta sobre como a IA está influenciando não apenas o trabalho, mas também outros aspectos da vida dos jovens, como planejamento financeiro, criação de filhos e saúde mental. “O fato de que a maioria da Geração Z confia mais na IA do que nos humanos é impressionante, talvez até distópico, e carrega enormes implicações para os negócios.”

Kurtzig alerta que, embora a IA possa democratizar o acesso a “conselhos” sobre o trabalho, a geração Z deve ser cautelosa ao apostar completamente na tecnologia para obter respostas. “As gigantes da tecnologia criaram um grande alarde em torno das capacidades da IA no ambiente de trabalho, mas acabaram induzindo os profissionais – especialmente os mais jovens – a superestimar sua precisão e confiabilidade.”

Uma pesquisa da Universidade Purdue, nos EUA, mostrou que o ChatGPT cometeu erros em 52% das respostas a perguntas de programação. A dependência excessiva de sistemas automatizados pode resultar em erros que vão desde pequenos mal-entendidos até prejuízos financeiros irreparáveis. “O maior problema é que os profissionais não sabem quando estão recebendo informações imprecisas se estão confiando apenas na IA para as respostas.”

 

Como fazer um bom uso da IA no trabalho?

A IA é uma ferramenta poderosa, mas não substitui o julgamento humano. “As empresas (e os profissionais) que não equilibrarem os dois irão enfrentar dificuldades no futuro”, diz Kurtzig. Ele oferece três dicas para as empresas ajudarem os profissionais mais jovens a usar a inteligência artificial:

  1. Reconheça que a IA faz parte do ambiente de trabalho: Muitos profissionais já utilizam IA em suas tarefas diárias. Em vez de ignorar essa realidade, as empresas devem estabelecer diretrizes claras sobre seu uso;
  2. Explique os perigos de usar IA no trabalho: Os profissionais devem ser alertados sobre a possibilidade de respostas imprecisas e os riscos de compartilhar informações confidenciais com ferramentas de IA;
  3. Defina claramente onde a IA pode ser usada: Tarefas como revisão de texto, brainstorming e resumos podem se beneficiar da IA, mas decisões estratégicas e trabalhos voltados para clientes devem contar com supervisão humana.

 

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

 

Entenda por Que Satya Nadella, CEO da Microsoft, Tem “Medo” da Inteligência Artificial

Por Satya Nadella

 

O artigo do The Verge detalha as preocupações de Satya Nadella em relação ao futuro da Microsoft na era da inteligência artificial. O CEO da empresa expressou seus temores sobre o risco de se tornarem irrelevantes, citando o exemplo da Digital Equipment Corporation (DEC), que já foi líder em sua área, mas desapareceu após cometer erros estratégicos e não se adaptar a uma nova arquitetura de tecnologia.

O texto, escrito por Tom Warren, aponta que a apreensão de Nadella pode estar por trás de uma cultura de medo percebida por funcionários da Microsoft. A empresa tem passado por rodadas de demissões e mudanças drásticas, que Nadella define como um processo de “renovação” necessário para se manter competitiva.

Nadella ressalta que, embora a Microsoft esteja bem financeiramente, ela não tem permissão para existir para sempre e precisa “conquistar a permissão todos os dias” inovando e construindo produtos que atendam às novas expectativas do mercado. Ele adverte que as categorias de produtos que a empresa “amava” no passado podem não ser relevantes no futuro, e que as margens de lucro atuais podem não existir amanhã.

A matéria destaca ainda que a Microsoft está se concentrando na IA para não repetir o erro de ter perdido a transição para a era dos dispositivos móveis, um de seus “maiores erros de todos os tempos”, segundo Bill Gates. A promoção de executivos para liderar áreas como o Windows, Surface e o Business Copilot reforça a aposta da empresa em liderar a era da IA, mesmo que isso signifique fazer mudanças internas significativas.

 

Brasileiros confiam mais em preço do que em creators

Por Meio & Mensagem

 

O consumo digital no Brasil continua em expansão, mas segue marcado por contrastes geracionais e pelo peso de fatores tradicionais no momento da compra.

É o que mostra o mais recente levantamento da Brain, que ouviu 1.003 pessoas para mapear os hábitos online e a influência das marcas e dos criadores de conteúdo sobre os consumidores.

O estudo revela que três em cada quatro brasileiros (76%) usam o Instagram para entretenimento e informação, consolidando a rede como líder entre as plataformas digitais.

Além disso, dois a cada três entrevistados afirmaram recorrer ao Instagram para acompanhar conteúdos de marcas e influenciadores.

O TikTok, embora em crescimento entre os jovens, foi citado por apenas 10% como principal espaço para esse tipo de conteúdo. Entre os Baby Boomers, o WhatsApp desponta como canal de maior relevância.

 

Geração Z passa mais tempo online e segue criadores de perto

A pesquisa também evidencia o abismo entre gerações no tempo de tela. Enquanto 20% da Geração Z passa mais de seis horas por dia conectada, apenas 2% dos Baby Boomers relatam o mesmo, diferença dez vezes maior.

Em média, 43% dos jovens entre 21 e 28 anos ficam mais de três horas por dia online, contra 11% dos mais velhos.

Quando se trata de formatos preferidos, os vídeos curtos despontam como tendência majoritária: 66% dos brasileiros afirmam consumir esse tipo de conteúdo com frequência.

Os podcasts, por sua vez, têm adesão crescente entre as gerações mais velhas, enquanto os mais jovens demonstram menor interesse nesse formato.

Na relação com influenciadores, a Geração Z se mostra a mais suscetível: metade já comprou produtos ou serviços por recomendação de criadores digitais. Entre os Baby Boomers, apenas 15% disseram ter tomado a mesma decisão.

Os conteúdos que mais convertem são demonstrações de uso, comparações de produtos e cupons de desconto, superando formatos tradicionais como unboxings.

As categorias mais impactadas por influenciadores são moda e vestuário, seguidas por tecnologia e eletrônicos.

Cosméticos, saúde e viagens aparecem em posições intermediárias, mas também registram relevância significativa.

 

Preço e publicidade tradicional mantêm influência

Embora os influenciadores digitais ganhem espaço, a decisão final do consumidor brasileiro ainda é guiada por critérios clássicos.

O preço permanece como fator número um para 67% dos entrevistados, sem grandes variações entre gerações ou faixas de renda.

A reputação da marca e os comentários de outros consumidores também aparecem entre os principais elementos que pesam na decisão de compra.

Outro dado relevante é que a publicidade tradicional, veiculada em televisão, rádio, jornais e revistas, continua a exercer mais peso que as recomendações digitais.

Para 61% dos entrevistados, esse tipo de publicidade ainda tem influência direta na decisão de compra, contra 48% que reconhecem impacto de recomendações de influenciadores.

 

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Três dirigentes são presença confirmada no Maximídia 2025

Por Isabella Lessa

 

Três dirigentes de anunciantes de grande porte estão confirmados para a edição 2025 do Maximídia, evento realizado por Meio & Mensagem e que, neste ano, será realizado de 30 de setembro a 2 de outubro, em São Paulo. Eles concederão entrevista a Salles Neto, CEO de Meio & Mensagem, na trilha Papo de CEO.

No primeiro dia de programação, Juliana Sztrajtman, CEO da Amazon, primeira mulher à frente da operação brasileira do marketplace, falará sobre os investimentos em inovação e logística da companhia para melhorar a experiência dos clientes, além de comentar os impactos do cenário macroeconômico nos negócios em 2026.

Depois, no dia 1º de outubro, André Felicíssimo, presidente da P&G Brasil falará sobre a conexão entre as áreas de vendas e marketing no crescimento dos negócios e do plano estratégico de longo prazo da companhia de bens de consumo.

Em 2 de outubro, o CEO de Meio & Mensagem receberá Luciana Staciarini Batista, presidente da The Coca-Cola Company Brasil e Cone Sul para uma entrevista que abordará tópicos como visão de crescimento para a empresa de bebidas e o papel das marcas para os negócios em um cenário de transformação.

Para mais informações sobre compra de convites, clique aqui.

 

Betano, L’Oréal e Mercado Livre disputam o Caboré 2025

Por Meio & Mensagem

 

Nesta quinta-feira, 25, continuaram as revelações dos profissionais e empresas indicados ao Caboré, a mais importante premiação brasileira para a indústria de comunicação, marketing e mídia.

Em sua 46ª edição, o evento, criado por Meio & Mensagem em 1980, mantém a tradição de reconhecer quem mais se destaca ao longo do ano, bem como de espelhar a renovação e transformação dos setores de comunicação, marketing e mídia do País.

Nessa quarta-feira, 24, foram revelados os indicados em sete categorias: Agência de Comunicação, Profissional de Veículo, Serviço de Marketing, Profissional de Marketing, Produção, Plataforma de Comunicação e Profissional de Inovação.

Agora, na manhã desta quinta-feira, 25, já receberam as gaiolas as empresas e profissionais indicados em três categorias: Anunciante, Produtor de Conteúdo e Profissional de Estratégia.

Ao longo do dia, outras quatro categorias terão seus indicados revelados, totalizando as 14 áreas da premiação.

Os três indicados por categoria são definidos após análise editorial que procura refletir não apenas a diversidade de profissionais do mercado, mas também os variados ramos de atuação das empresas nele atuantes. Essa análise leva em conta as sugestões enviadas pelos membros do Círculo Liderança, benefício exclusivo do plano de assinaturas corporativas de Meio & Mensagem.

Os vencedores do Caboré são escolhidos pelos assinantes de Meio & Mensagem, em votação online auditada pela PwC, que estará aberta de 27 de outubro a 28 de novembro. O voto é atrelado ao CPF, portanto, só pessoas físicas conseguem participar, mesmo nos casos de assinaturas corporativas, e a votação é restrita a assinantes ativos antes da divulgação da lista de indicados, o que impossibilita o investimento de concorrentes em novas assinaturas para aumentarem seu potencial de vitória.

A revelação dos vencedores acontecerá na tradicional cerimônia de premiação, marcada para 3 de dezembro no Vibra São Paulo.

Confira, abaixo, os indicados ao Caboré 2025 em 10 categorias:

 

Agência de Comunicação

AlmapBBDO

Artplan

Galeria

 

Profissional de Veículo

Daniela Galego (Uber Ads)

Giselle Ghinsberg (Disney)

Gustavo Silva (Neooh)

 

Serviço de Marketing

Altermark

Black Influence

N.ideias

 

Profissional de Marketing

Beatriz Bottesi (Meta)

Cecilia Bottai Mondino (Heineken)

Nathalia Garcia (Bradesco)

 

Produção

30e

Anonymous Content Brazil

MyMama Entertainment

 

Plataforma de Comunicação

Eletromidia

Pinterest

Samsung Ads

 

Profissional de Inovação

Alexandre Kavinski (WPP Media Services)

Ana Paula Passarelli (Brunch)

Camila Novaes (Visa)

 

Anunciante

Betano

L’Oréal

Mercado Livre

 

Produtor de Conteúdo

Estadão

Prime Vídeo

UOL

 

Profissional de Estratégia

Ana Cortat – Droga5

Ana Paula Kuroki – Africa

Maria Claudia Conde – DPZ

 

Trilha The Next CMO debaterá a nova jornada do consumidor

Por Meio & Mensagem

 

Os CMOs são parte vital da indústria da comunicação – e, consequentemente, figuras indispensáveis no Maximídia. Anualmente, a trilha The Next CMO traz lideranças para dialogar sobre o papel da função em transformar tecnologia e dados em conexão humana para garantir a relevância das marcas na nova jornada do consumidor.

Trilha The Next CMO contará com Beatriz Bottesi, da Meta; Carolina Riotto, da Unilever; e Maria Cristina de Amarante Merçon, do Grupo Pão de Açúcar, entre outros (Crédito: Arthur Nobre/Divulgação)

Neste ano, executivos representarão os segmentos de alimentação, tecnologia, bebidas, varejo, entre outros. Os paineis acontecerão na parte da manhã dos dias 30 de setembro a 02 de outubro, no Hotel Unique, com transmissão exclusivamente on-line.

No primeiro dia, terça-feira, 30, Ana Gabriela Lopes, do iFood; Beatriz Bottesi, da Meta; e Pedro Thompson, sa Uber; compõem o painel “Transformando eficiência algorítmica em conexão humana: o exemplo das love tech brands”. Os executivos abordarão o desafio de transformar eficiência algorítmica em conexão humana, e como atributos como personalização, propósito e presença cultural podem posicionar plataformas digitais como marcas admiradas e não apenas funcionais.

Na quarta-feira, 01, é a vez de Carolina Riotto, da Unilever; Eduardo Lemos, da Kellanova; e Guilherme Martins, da Diageo, traçarem os caminhos rumo ao crescimento em 2026. Eles trarão à tona os novos fatores da fidelidade às marcas e os fatores decisivos para as garantir espaço cativo no carrinho ideal dos consumidores.

Daniel Campos, da RD Saúde; Renata Altenfelder, da Renner; e Maria Cristina de Amarante Merçon, do Grupo Pão de Açúcar, se juntam no último dia do Maximídia 2025 para destrinchar os novos hábitos dos consumidores e como suas marcas têm buscado por conveniência, investido em experiência e integrado as jornadas on e off-line.

 

Dona da Ambev se alia à Netflix para reverter queda no consumo de cerveja

 

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev), controladora da Ambev, anunciou na segunda-feira (22) que firmou uma parceria com a plataforma de streaming Netflix para ajudar suas marcas a alcançarem melhor os consumidores ao redor do mundo.

A AB InBev disse que vai colaborar com a Netflix em uma variedade de produções, como The Gentlemen (do Reino Unido), Brasil 70 — A Saga do Tri (do Brasil) e Culinary Class Wars (da Coreia do Sul). Segundo a companhia, as campanhas incluirão ativações com consumidores, integrações de marca nos títulos, embalagens de edição limitada, promoções digitais e mais.

As duas empresas também farão campanhas em eventos ao vivo da Netflix, como a luta de boxe Canelo vs. Crawford, o jogo ao vivo da NFL no dia de Natal de 2025 e a Copa do Mundo Feminina de 2027. Para a cervejaria, a parceria é uma oportunidade de “criar experiências mais profundas com os consumidores”, de acordo com a AB InBev.

A parceria com a Netflix chega no momento em que a gigante de bebidas tenta impulsionar as vendas em meio ao arrefecimento do consumo de álcool no mundo. No primeiro semestre de 2025, o volume vendido pela AB InBev caiu 2% na comparação anual, em grande parte devido à fraqueza na China e no Brasil, por meio da Ambev, prolongando as quedas observadas em 2023 e 2024.

A AB InBev não está sozinha. Muitas empresas de cerveja, vinho e destilados vêm enfrentando dificuldades, à medida que consumidores — especialmente a Geração Z e os millennials mais jovens — reduzem o consumo de álcool por conta da pressão inflacionária, de preocupações com saúde e da popularidade de outras opções de lazer.

No início deste mês, a Constellation Brands, distribuidora nos EUA das cervejas Corona e Modelo, cortou sua projeção para o ano fiscal, passando a esperar queda orgânica nas vendas de cerveja de 2% a 4% no ano fiscal de 2026. As vendas de vinhos e destilados devem recuar ainda mais — entre 17% e 20%.

“Nos últimos meses, as taxas de compra de cervejas premium desaceleraram de forma sequencial, com queda tanto na frequência de visitas quanto no gasto por visita”, disse o CEO da Constellation, Bill Newlands, destacando que as quedas entre consumidores hispânicos foram particularmente acentuadas.

No segundo trimestre, as vendas da fabricante de cervejas Molson Coors Beverage recuaram 1,6% na comparação anual. Na Boston Beer, embora as vendas tenham crescido 1,5%, a taxa de depletion — se os distribuidores estão vendendo para varejistas como bares, supermercados e lojas de bebidas — caiu 5% em relação ao ano anterior, um sinal de que a demanda real do consumidor está fraca.

As ações da Molson Coors Beverage e da Boston Beer acumulam queda de 20% e 27%, respectivamente, no ano. Os papéis da Constellation Brands despencaram quase 40%. Embora as ações da AB InBev subam 17% no acumulado de 2025, o papel caiu 12% desde a divulgação do último balanço, no fim de julho.

Para se posicionar melhor para um futuro com menor consumo de álcool, muitas companhias vêm ampliando seus portfólios para incluir alternativas de baixo teor alcoólico, como hard seltzers e cocktail mixers, versões sem álcool de marcas icônicas de destilados e cervejas, além de bebidas não alcoólicas como energéticos e água tônica.

Embora o segmento não alcoólico ainda seja relativamente pequeno, ele cresce rapidamente. No segundo trimestre, a receita com as cervejas sem álcool da AB InBev — lideradas por Budweiser Zero e Corona Cero (a AB InBev produz e distribui a marca Corona fora dos EUA) — aumentou 33% na comparação anual. Segundo a empresa, o crescimento é especialmente forte entre “novos consumidores e novas ocasiões”.

A AB InBev vem defendendo o consumo moderado e responsável — o que chama de “smart drinking”. “Estamos comprometidos em ampliar nossas opções de cervejas sem álcool”, diz a companhia em seu site, incentivando consumidores a substituir bebidas alcoólicas mais fortes por cerveja ou por bebidas sem álcool em festas, bares e eventos esportivos.

A AB InBev conta com a parceria com a Netflix para estar presente em mais desses encontros sociais. “Streaming é uma experiência social e compartilhada — é uma ocasião em que cerveja e entretenimento se encontram”, disse Marcel Marcondes, diretor global de marketing da companhia.

 

82% dos Consumidores Já Foram Alvo de Fraude Digital, E o Maior Perigo Está nas Redes Sociais

Por Pacete

 

A confiança do consumidor brasileiro no ambiente digital está em xeque. Um novo estudo da Branddi, empresa especializada em proteção de marcas, revela que sete em cada dez brasileiros já desistiram de realizar uma compra online por medo de cair em golpes. A pesquisa, que entrevistou 500 consumidores em todo o país, aponta que as redes sociais, em particular Facebook e Instagram, são os principais focos de desconfiança e tentativas de fraude.

A pesquisa indica que 82% dos entrevistados já se depararam com alguma tentativa de fraude digital. Desses casos, a maioria (45%) envolveu anúncios falsos, enquanto 28% relataram ter encontrado perfis falsos nas plataformas. A facilidade com que criminosos criam e publicam anúncios, replicando campanhas de marcas conhecidas com preços muito abaixo do mercado, é apontada como a principal razão para o problema. O objetivo, segundo o CEO da Branddi, Diego Daminelli, é simples: fazer o cliente realizar a compra e nunca receber o produto.

Daminelli reforça que a popularidade das redes sociais, que as tornou ambientes essenciais para estratégias de marketing, também as transformou em alvos preferenciais para golpistas. “Os dados mostram que a confiança do consumidor está sob ataque. Blindar a marca contra usos indevidos e golpes digitais deixou de ser apenas uma opção, é uma questão de sobrevivência no ambiente digital brasileiro”, afirma.

O estudo revela que, entre os golpes mais comuns, além dos anúncios e perfis falsos, os sites falsos (13%) e os perfis clonados (6,3%) também se destacam, mas são superados pela frequência das fraudes em mídias sociais. A Branddi ressalta a urgência de que as empresas reforcem suas ações preventivas para proteger tanto a reputação da marca quanto a segurança de seus clientes.

 

Por Que Alimentos Salgados, Cítricos e Agridoces se Tornaram a Nova Obsessão da Geração Z

Por Laura Marajofsky

 

O paladar do consumidor está evoluindo, o crescimento no consumo e nas preferências por alimentos fermentados ou agridoces (do pão de fermentação natural ao kefir e à kombucha) é a ponta de lança de um fenômeno que vem desde a pandemia, mas não são os únicos produtos que se tornaram moda. Um estudo de tendências para 2025 da plataforma Pinterest já adiantava: os fermentados seguirão crescendo como tendência gastronômica e os picles são a nova obsessão da geração Z.

“Vinte por cento da geração Z descreve seu amor por picles como uma obsessão. Além disso, segundo o social listening, as conversas nas redes sociais sobre picles cresceram 11,49% durante o último ano. As buscas por ‘picles’ no YouTube aumentaram 60% desde abril e o conteúdo #Pickle / #Pickles soma 9,6 bilhões de visualizações no TikTok”, informam Tastewise + Rubix NEXT Flavor Network.

As marcas já estão percebendo isso e desenvolvendo novos produtos que se ajustam a esse novo paladar, ou então mudando fórmulas e reinventando receitas já existentes, algo parecido com o que aconteceu, por exemplo, na Argentina com o alfajor de pistache da Havanna e as Chocolinas de matcha. O que esperar daqui em diante? Picles em drinks como margaritas e bebidas alcoólicas, refrigerantes, pipoca, batatas fritas e snacks com sabor de picles, bolos e sorvetes com picles, pico de gallo com picles e até frituras com esse ingrediente. Segundo matéria recente da Vox, as novas gerações (millennials e Gen Z) estão se voltando para sabores mais salgados, cítricos, adstringentes ou fortes (com alho), e as azeitonas e os picles já são um sucesso.

A geração Z é o mercado-alvo por excelência em segmentos como o de snacks, e os varejistas sabem disso. Essa geração não apenas consome tendências, também as cria com seus paladares aventureiros e sua influência nas redes sociais. Por isso, muitas marcas estão lançando sabores ousados e pouco convencionais, além de produtos em edição limitada desenhados para capturar a atenção da geração Z: de snacks picantes, ácidos e com umami a alimentos peculiares e nostálgicos. Isso obriga as empresas a inovar constantemente para acompanhar os gostos em permanente evolução.

 

O que veio primeiro: o gosto ou as redes?

A ligação entre redes sociais, alimentos e modas virais não é novidade, mas com o tempo esse ciclo se acelerou, nem sempre com resultados positivos, a ponto de que alguns dos objetos recentes de prazer gastronômico, do matcha ao pistache, também fomentaram consumo excessivo, gerando escassez e aumento de preços; em alguns casos, também contribuíram para banalizar ingredientes ou tradições de determinados lugares ou culturas, em fenômenos conhecidos como gentrificação alimentar.

“Entre anúncios de camisetas de picles no TikTok Shop, jovens bebendo a salmoura de picles, avaliando vários picles do supermercado, colocando glitter comestível em um pote de picles e sacudindo como se fosse uma bola de neve, e fazendo o ‘desafio do picles’, como mergulhar picles em chamoy, Tajín e caramelo ácido em pó para ficarem vermelhos e picantes. Até Dua Lipa coloca suco de picles em sua Coca-Cola Light. Por que tantas pessoas estão tão obcecadas por picles?”, escreve e pergunta a jornalista Rebecca Jennings. A conclusão imediata é a revelação de que existe toda uma nova geração descobrindo sua versão do “avocado toast”.

Nesse sentido, se houve um “food viral” ou “gastro hype” notório alguns anos atrás, foi precisamente o abacate em sua versão gourmet, o “avocado toast”. No entanto, os motivos desse furor tiveram menos a ver com o gosto e mais com as redes sociais. “Por razões menos relacionadas aos millennials e mais com a eliminação de restrições às importações, melhorias nas técnicas de produção e o crescimento de uma pequena rede de fast food chamada Chipotle, o consumo de abacate nos Estados Unidos disparou no início do século 21. Os abacates eram saudáveis, versáteis e, além disso, mais caros que a maioria dos produtos agrícolas, o que lhes conferia uma sensação de luxo”, explica Jennings sobre o aumento no consumo de abacate nos EUA.

Aspiracionalidade, melhorias na forma de produção e macroeconomia, um combo perfeito que também ilumina alguns dos novos produtos da moda hoje, que devem seu sucesso ao crescimento das redes sociais, ao tratamento viral de certos alimentos e à aspiracionalidade que produzem, em um contexto econômico recessivo que faz com que a aquisição de status se dê principalmente por meio do que compramos. Aquilo a que temos acesso e o que não podemos acessar também nos define, e os alimentos ou produtos comestíveis estão incluídos.

 

O cenário pós-pandemia e a crise econômica

Com a pandemia tudo mudou: as pessoas ficaram em casa, começaram a cozinhar mais, o DIY (faça você mesmo) se popularizou e o foco passou para os ingredientes, mais do que sair para comer. Isso faz sentido diante da recessão econômica global que se instaurou e que até hoje afeta países tão distintos como EUA e Argentina. A aplicação de tarifas sobre importações fez com que produtos de consumo cotidiano, muitos deles importados, se tornassem mais caros e, portanto, escassos e desejados.

Isso deu origem a algumas das tendências atuais mais visíveis em redes como TikTok e Instagram, em que produtos cotidianos encontrados em qualquer supermercado ou loja ganham destaque. Os novos alimentos virais são picles e azeitonas, mas também atum enlatado, pimenta, pistaches, chocolate com alto teor de cacau, café e até refrigerantes, também chamados de “pickme foods“, ou seja, produtos e ingredientes que viraram moda e passaram a ser exibidos como símbolos de status.

A indústria de alimentos e de bens de consumo massivo, ao perceber como a conversa nas redes avança, se apressa e investe em versões “inovadoras” ou mais sofisticadas – mais caras, com embalagens visualmente atraentes e algumas com apelos de saúde – para atrair o segmento foodie e aspiracional. Onde há tendência, há desejo, e assim se gera demanda. E a geração Z está a postos.

 

A comida, novo símbolo de status

Seja porque você pode ter acesso a eles, porque tem tempo para cozinhar ou porque possui paladar sofisticado para apreciá-los, os alimentos são o novo item de luxo em um presente precário. Mais do que a influência das redes sociais ou da publicidade paga, a razão pela qual ingredientes de supermercado estão na moda é que, depois da pandemia, em muitos países como os EUA, os preços dos produtos básicos dispararam. Por outro lado, em países latino-americanos como a Argentina, itens como carne, leite ou certas verduras se tornaram praticamente inacessíveis por causa dos preços.

Outro motivo pelo qual os picles estão em toda parte é que são muito mais baratos que os abacates. Fazendo um paralelo entre a indústria da alimentação e a moda, na era da Shein ou da Quince – o varejista que mais cresce nos EUA –, cujo lema é luxo a menor custo, a geração Z aprendeu a lição: em tempos de crise, se for para aparentar nas redes, que seja barato. Mas, assim como na moda, a comida também tem ciclos de viralização, e a maioria deles se baseia em conceitos que podem ser classistas, elitistas e sexistas.

“Como agora existem influenciadores para tudo, também existem influenciadores de supermercados que exibem suas compras; as pessoas irão a essas lojas como turistas apenas para vê-las, como se fossem museus. Talvez os produtos básicos do supermercado sejam artigos de status porque agora tudo se tornou isso, desde garrafas de água até raças de cachorros. Ou talvez seja porque todos estejamos desesperados para pertencer a algo”, conclui Jennings.

Resta apenas esperar a chegada de uma nova tendência nas redes sociais, rapidamente adotada pelo público jovem, para ver como as empresas voltarão a se adaptar. O último gastro-hype nas redes? Experimentar vinho branco com jalapeños.

 

A linha do tempo das tendências

Vivemos em um mundo globalizado, mas vale a pena perguntar por que consumimos o que consumimos. Vamos dar uma olhada na última década?

2010

As modas virais relacionadas à comida ganharam força no auge das redes sociais (cerca de 2010), quando começamos a ver no Instagram avocado toasts, flat whites, cold brews, alimentos fermentados, bebidas como kefir e kombucha, kale, cerveja artesanal. Consumos aspiracionais considerados snob (não eram para todos os paladares ou bolsos), ligados à gentrificação alimentar e à explosão de cafeterias autorais e cervejarias artesanais.

2015

Um pouco mais tarde neste hemisfério e em contraste, apareceram os chamados “Basic Bitch Foods”, alimentos pensados para atrair o consumo feminino, que agora sabemos ser uma força central do mercado: açaí bowls, frappuccinos, frozen yogurt, rosé ou prosecco, macarons, red velvet. De paladar doce e estética ultrafeminina – em termos de estereótipos – eram menosprezados e se contrapunham às tendências hipermasculinas como super hambúrgueres, hot dogs gourmet, pizzas estilo NY, etc.

 

Foodporn e Instagram

Com essa rede, chegou-se às comidas e produtos pensados para chamar atenção. Quanto mais impactante, melhor: o sabor passou a segundo plano, a imagem passou a governar. Surgem os bolos arco-íris mega recheados, os coquetéis com enfeites impossíveis de beber, etc.

O subgênero #foodporn (com porções gigantes, transbordando queijo cheddar) e as combinações inusitadas dominaram a rede. As considerações sobre impacto na saúde ou desperdício de comida estavam ausentes.

 

“Big Brother de produtividade” deve avançar nas empresas, mesmo no presencial

Por Anna França

 

Na primeira quinzena de setembro, o mercado de trabalho foi chacoalhado com a notícia de uma demissão em massa em um grande banco baseada no monitoramento da produtividade dos funcionários remotos. Apesar do choque para muitos, o fato é que desde a pandemia, quando todos foram obrigados a trabalhar em home office, as empresas vinham testando ferramentas de controle de produtividade. A grande novidade é que agora, mesmo de volta ao trabalho presencial, o “Big Brother” da produtividade não só continua como vem avançando a passos largos.

As ferramentas de monitoramento evoluíram tanto que hoje em dia é possível saber se o funcionário ligou o computador e só mexeu na barra de espaço ou se trabalhou efetivamente. O avanço dos softwares de acompanhamento está movimentando não apenas o mercado de tecnologia, mas também o de relações de trabalho e compliance. A promessa é de mais produtividade, e as empresas adoraram isso. Mas o impacto econômico e os riscos jurídicos já chamam atenção, segundo especialistas ouvidos pelo InfoMoney.

Conforme levantamento da consultoria Gartner, cerca de 60% das grandes empresas no mundo já utilizam algum tipo de tecnologia para rastrear atividades de empregados e isso deve avançar com tecnologias como inteligência artificial (IA). No  Brasil, a prática também já está incorporada em diversos setores.

 

Modelo caro

Não é à toa que o mercado global de softwares de produtividade está em franca expansão, devendo faturar mais de R$ 430 bilhões em 2025. Com taxa de crescimento anual estimada em 2%, a receita total desse mercado deve atingir R$ 476,8 bilhões até 2030. O crescimento é impulsionado, principalmente, pelo segmento de softwares de escritório, que sozinho deve movimentar R$ 157 bilhões de faturamento em 2025, conforme dados da plataforma alemã Statista, especializada em estatística e inteligência de mercado.

O modelo, porém, não é barato. Licenças de softwares de vigilância digital custam em média de R$ 50 a R$ 160 por funcionário ao mês, um valor que pressiona os custos de empresas com muitos colaboradores. Para grandes grupos, o gasto pode ser até absorvido, mas para médias e pequenas empresas pode comprometer as já apertadas margens.

Há também efeitos intangíveis, mas relevantes. Estudos da Universidade de Toronto apontam que a produtividade pode cair até 7% em ambientes de alta vigilância, já que o excesso de controle gera estresse e reduz a autonomia do trabalhador. Isso abre um dilema: a empresa gasta mais para monitorar, mas corre o risco de colher menos eficiência.

 

Risco jurídico

No campo jurídico, os riscos são crescentes. Embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permita fiscalização, abusos podem gerar indenizações por danos morais, além de ações trabalhistas e processos com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). No caso brasileiro, ainda não há jurisprudência consolidada, mas a tendência é de judicialização à medida que os casos se acumulam.

No exterior, a regulação já começa a reagir. A União Europeia discute limites claros para o chamado “employee surveillance” (ou vigilância de funcionário), com exigência de consentimento e relatórios de impacto. Nos Estados Unidos, alguns estados como Nova York obrigam empresas a notificar formalmente trabalhadores sobre práticas de monitoramento. No Brasil, por enquanto, prevalece a lógica do “fiscalizar primeiro, discutir depois”, mesmo com a incerteza jurídica no ar.

O advogado Fábio Monteiro, especializado em Direito Trabalhista e sócio fundador do Pellegrina e Monteiro, explica, porém, que não há no Direito do Trabalho no Brasil a expectativa de “privacidade absoluta” do empregado no meio-ambiente laboral. É possível o monitoramento não só do local, mas também revistas e meios telemáticos, como e-mails e celulares profissionais. “Outros países, como Portugal, incorporaram suas legislações sobre proteção geral de dados aos códigos trabalhistas, o que não ocorreu ainda no Brasil”, afirma.

Monteiro lembra que o trabalho em home office é visto como uma extensão do meio ambiente de trabalho e o empregador assim como é responsável por garantir as ferramentas de trabalho, seja na residência do funcionário ou na empresa, ele precisa estabelecer regras claras e através de contratos mútuos. “Logo, as métricas de produtividade do empregado, jurídica e estruturalmente subordinado ao poder diretivo do empregador, são passíveis de acompanhamento, porém, sem coleta de informações ou imagens além do ambiente de trabalho.”

Por segurança, o advogado Fabio Chong de Lima, sócio do L.O. Baptista, sempre sugere aos clientes que forneçam os equipamentos aos funcionários justamente para que, do ponto de vista legal, elas tenham o direito de monitorar os equipamentos que elas próprias fornecem. “No entanto, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) exige que o monitoramento seja informado previamente, tenha finalidade legítima e respeite os princípios da transparência, proporcionalidade e necessidade.”

A empresa não pode, por exemplo, acessar mensagens privadas ou dados pessoais sem justificativa legal. A vigilância por vídeo ou áudio no ambiente doméstico do colaborador também é bastante questionável e não recomendável, de acordo com especialistas. “Se esses limites forem extrapolados, o empregado pode solicitar acesso aos dados coletados sobre sua atividade, questionar a metodologia de monitoramento, buscar apoio do sindicato ou assistência jurídica, e até acionar a Justiça do Trabalho”, disse.

 

De volta ao presencial

Para Stephanie Almeida, do Poliszezuk Advogados, não é porque o funcionário está de volta ao escritório que o monitoramento vai parar. Isso porque acompanhar os passos dos colaboradores não é uma prática exclusiva do trabalho remoto. “A localização do funcionário não altera a capacidade técnica da empresa de fiscalizar o uso do e-mail corporativo, a navegação na internet ou a utilização de programas de trabalho”, afirma.

Almeida lista abaixo os limites de até onde a empresa pode ir e como o colaborador deve proceder, conforme a jurisprudência brasileira, obedecendo a três princípios-chave:

  • Princípio da Finalidade: O monitoramento deve ter um objetivo claro e legítimo, como proteção de dados, segurança da informação ou controle de produtividade. Ele não pode ser uma ferramenta de vigilância indiscriminada.
  • Princípio da Proporcionalidade: A forma de monitoramento deve ser a menos invasiva possível para atingir a finalidade proposta. Por exemplo, uma empresa pode monitorar o tempo de inatividade para aferir produtividade, mas um registro de cada tecla digitada pode ser considerado excessivo e desproporcional.
  • Princípio da Transparência: A empresa deve informar expressamente aos funcionários sobre a existência e a natureza do monitoramento. Isso deve ser feito por meio de um termo de ciência, manual de políticas internas ou aditivo contratual, que o empregado assina e tem conhecimento prévio. A falta de comunicação torna o monitoramento ilegal e o dado coletado sem validade como prova em um processo trabalhista.

 

Como o colaborador deve proceder?

O primeiro passo é ter pleno conhecimento das regras da empresa, se a política permite o monitoramento, o empregado deve agir ciente de que suas ações no equipamento corporativo podem ser fiscalizadas.

Para evitar conflitos e invasões de privacidade, o empregado deve utilizar os equipamentos e redes da empresa estritamente para fins profissionais. Use seus próprios dispositivos para atividades pessoais.

Se o empregado sentir que houve uma violação de sua privacidade ou que foi monitorado de forma ilegal e sem transparência, ele deve procurar um advogado trabalhista. A violação dos princípios de finalidade, proporcionalidade e transparência pode invalidar a justa causa e até gerar direito a indenização por danos morais.

 

Questão de governança

Para especialistas em gestão de pessoas e compliance, o tema precisa sair do campo da tecnologia e ser tratado como questão de governança corporativa. Segundo Sérvulo Mendonça, especialista em gestão e presidente da holding SM, o monitoramento precisa envolver não apensas regras de compliance, mas a LGPD, além da questão ética. “O ponto crítico é saber se o colaborador foi informado e como os dados foram utilizados. Mesmo não sendo ilegal, o monitoramento é um ponto crítico porque pode ter acesso a detalhes pessoais. Mas a máquina é corporativa, então teoricamente só poderia ser utilizada para trabalho”, afirma.

Para a psicóloga Daniele Marques, especialista em gestão de pessoas e diretora executiva da consultoria Protagonist, as empresas apreenderam bem a usar os painéis interativo, os chamados “dashboard”, que exibem um resumo de informações, métricas e indicadores de desempenho (KPIs) de forma clara e consolidada, utilizando gráficos, tabelas e outros elementos visuais para facilitar o monitoramento. “Tudo isso ajuda na análise de dados e a tomada de decisões estratégicas em tempo real, mas também acompanham de perto a produtividade, item essencial para se manterem competitivas no mercado. E esse é um caminho sem volta”, explica a profissional que atua no desenvolvimento de talentos há mais de 20 anos.

O segredo, segundo ela, será combinar tecnologia com a cultura, transformando dados em acompanhamento real com interface humana. “Mensuração é ferramenta estratégica de gestão, apesar das novas gerações terem mais resistência de aceitar essa coisa de comando e controle”, afirma.

Por outro lado, a empresa consegue dar autonomia a quem tem objetivos claros e processos definidos. Com mais dados em mãos, a empresa pode tomar melhores decisões, num universo que hoje é ditado pelos dados, o chamado data-driven. “Porém, é preciso usar essas informações para dar melhores feed backs aos funcionários, com avaliação de trabalho e comportamento de forma clara. Para o funcionário, o lado positivo é que ele deixa de ser avaliado apenas pela visão subjetiva de um chefe e passa a ter números quantificando seu trabalho”, acrescenta.

Para Paulo Castello, CEO da startup de inteligência operacional Fhinck, essa é a grande diferença, porque as empresas passaram a usar dados para tomar decisões mais embasadas, e apenas “por feeling”. “Não se pode rotular as empresas que usam dados como sendo ‘do mal’, porque elas alcançaram uma maturidade digital, usando indicadores para tomar decisões importantes como promoções, planos de carreira e até desligamentos, em alguns casos inevitavelmente. O fato é que a improdutividade foi revelada à luz dos dados”, afirma.

 

Riscos técnicos

Segundo Thiago Guedes, CEO da DeServ, empresa especializada em segurança da informação e privacidade dos dados, um em cada cinco vazamentos de dados no Brasil não vem de hackers sofisticados em países distantes, mas de dentro da própria empresa. “São funcionários, terceirizados ou até executivos que, de forma maliciosa, acidental ou ingênua, acabam comprometendo informações críticas”, explica. Ele cita ainda dados da Teramind – uma plataforma de análise de comportamento de usuários, otimização de processos de negócios e mitigação de riscos internos – que mostram que 21% das violações de dados têm origem em insiders, e o número de incidentes desse tipo cresceu 44% nos últimos dois anos.

“Esse dado deveria soar como um alerta para grandes corporações, porque além do impacto humano e social, há um risco silencioso. Funcionários desligados abruptamente, sem planos adequados de transição e monitoramento, podem se transformar em ameaças internas latentes”, explica.

A vulnerabilidade não é apenas teórica. O custo médio de uma violação de dados no Brasil já atinge R$ 7,19 milhões, de acordo com estudos feitos pela IBM. “E casos como o da C&M Tecnologia, onde um colaborador aliado a criminosos viabilizou uma fraude bilionária via Pix, mostram que a fronteira entre erro humano e dolo pode ser tênue”, disse.

 

Fim da ingenuidade

Para o headhunter Diego Rondon, o episódio das demissões do Itaú foi muito importante, porque ele revelou o fim da era da ingenuidade sobre o trabalho, seja ele remoto ou presencial, e o provável início de um novo conflito corporativo. “Sim, a performance importa. Mas ela não pode ser medida apenas por visibilidade ou presença física. Produtividade é resultado de ambiente, clareza, autonomia e liderança real. E onde isso não existe, o colaborador não desliga, ele silencia”, disse.

Para o especialista, isso deve acender um alerta nos conselhos e nas lideranças de todas as empresas, porque a gestão da confiança será o maior desafio da próxima década. “E, se continuar sendo tratada como um problema de vigilância ou política interna, vamos continuar perdendo o que temos de mais raro: gente boa, que pensa, entrega, mas também questiona.”

 

Um em cada quatro jovens não estuda nem trabalha: geração “nem-nem” pesa na economia

Por Vandré Kramer

 

O Brasil enfrenta uma crise silenciosa e custosa: mais de 10 milhões de jovens entre 18 e 24 anos – um em cada quatro – estão fora do mercado de trabalho e não estudam, compondo a “geração nem-nem”.

Enquanto a média mundial de jovens que pertencem à geração “nem-nem” gira em torno de 15% e países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mantêm o índice em 13%, o Brasil amarga 24% da população nessa faixa etária completamente fora do mercado produtivo. Os dados foram divulgados pela organização na semana passada.

Essa inatividade de alto custo não apenas drena bilhões da economia anualmente em produtividade e arrecadação, como compromete o futuro desses jovens, lançando-os em um estado de vulnerabilidade e afastando o país dos padrões de desenvolvimento da OCDE.

Algum progresso vem sendo realizado pelo Brasil. Saindo de 30% de jovens nem-nem em 2019 para os atuais 24%, a velocidade dessa melhoria é, contudo, insuficiente diante da urgência do problema.

A distância de dez pontos percentuais da média da OCDE representa uma geração inteira perdendo oportunidades de formação de capital humano no período mais crítico para definir trajetórias profissionais e contribuições produtivas à sociedade.

A disparidade de gênero agrava o cenário. Enquanto países da OCDE registram taxas similares entre homens e mulheres, o Brasil apresenta 29% das jovens mulheres na condição “nem-nem”, enquanto entre os homens o índice é de 19%. Essa diferença indica que responsabilidades familiares e culturais erguem barreiras que afastam as mulheres da educação e do mercado de trabalho de forma desproporcional.

Independentemente do gênero, a situação da geração “nem-nem” compromete trajetórias profissionais permanentemente para esses jovens. Eles enfrentam dificuldades para conseguir emprego formal, recebem remuneração menor e correm risco de marginalização social. Para a economia, isso acarreta perda de produtividade, menor arrecadação tributária e forte pressão sobre sistemas de assistência social.

 

Lacuna educacional freia o Brasil: geração “nem-nem” reflete deficiência

O problema causado pela geração “nem-nem” reflete deficiências profundas no sistema educacional brasileiro, com impactos diretos na produtividade e distribuição de renda do país. No Brasil, 27% dos jovens adultos (25-34 anos) não concluíram o ensino médio em 2023, quase o dobro da OCDE.

Essa lacuna educacional gera consequências estruturais: apenas 64% dos jovens sem ensino médio estão empregados, contra 75% dos que têm formação completa.

Além disso, 59% dos trabalhadores sem ensino médio recebem menos da metade da renda mediana do Brasil, comparado a apenas 28% na OCDE, evidenciando grande desigualidade salarial.

 

Ensino técnico cresce, mas está distante de padrões da América Latina

O ensino técnico, fundamental para o desenvolvimento de mão de obra especializada, cresceu de 8% para 14% dos alunos do ensino médio entre 2013 e 2023, mas ainda representa um terço da média da OCDE e é inferior à de outros países latino-americanos.

As reformas do Novo Ensino Médio buscaram flexibilizar a educação vocacional, porém o caminho para resultados mais ambiciosos permanece longo, aponta a organização.

Só um em cada quatro jovens adultos tem faculdade

Os desafios, contudo, não se limitam ao ensino médio. A situação também é problemática no ensino superior. Apenas 24% dos jovens adultos têm essa qualificação, menos da metade do índice verificado nos países da OCDE.

Três quartos dos que entram em faculdades e universidades no Brasil tiraram pelo menos um ano sabático (gap year) entre o ensino médio e a universidade, um número bem acima da média de 44% da OCDE. Embora possa ter benefícios individuais, essa situação levanta questões sobre o planejamento e a transição para a vida acadêmica.

Outras preocupações relacionadas ao ensino superior estão relacionadas ao tempo de conclusão. Apenas 38% dos estudantes concluíram a faculdade no tempo mínimo. Mesmo com três anos adicionais, essa taxa sobe para 49%, enquanto na OCDE, as taxas são de 43% e 70, respectivamente.

A evasão no primeiro ano de cursos de bacharelado no Brasil é de 25%, quase o dobro da média da OCDE (13%). Isso pode indicar uma desconexão entre as expectativas dos alunos e a realidade dos cursos, talvez por falta de orientação vocacional ou de apoio adequado aos calouros.

Apenas 1% dos jovens adultos tem mestrado, muito abaixo da média de 16% da OCDE. A falta de profissionais com formação avançada pode limitar a inovação e o desenvolvimento em áreas estratégicas do país.

O ensino superior no Brasil oferece um retorno financeiro significativamente alto, comparativamente aos países da OCDE. No Brasil, trabalhadores com esse nível educacional ganhavam, em média, 148% mais que os que tinham ensino médio completo em 2023. Nos países que fazem parte da organização, essa diferença é de 54%.

A OCDE aponta que essa disparidade salarial no Brasil revela tanto a valorização da educação quanto a alta desigualdade no país.

 

Investimento educacional total supera o da OCDE, mas por aluno é muito inferior

Os dados da OCDE mostram que o Brasil enfrenta um problema educacional que revela muito sobre os desafios estruturais do país: apesar de destinar uma parcela significativa de seu PIB à educação — superior à média dos países desenvolvidos —, o investimento por aluno permanece dramaticamente baixo.

O Brasil destina 4,3% de sua economia ao financiamento público da educação (fundamental ao superior), superando a média de 3,6% da OCDE. Mas o gasto público anual por aluno, excluindo pesquisa e desenvolvimento, é de apenas US$ 3.762, representando cerca de um terço da média da OCDE, que investe US$ 15.102 por estudante.

O alto percentual do PIB comparativamente ao baixo gasto por aluno aponta para um problema estrutural: a diluição do investimento pela grande população estudantil brasileira.

Agravando esse cenário, os dados revelam uma tendência preocupante. Entre 2015 e 2021, o gasto público em educação no Brasil diminuiu 2,5% ao ano, contrastando com o aumento anual de 2,1% registrado na OCDE no mesmo período. Simultaneamente, a participação da educação no orçamento governamental encolheu de 11% para 10,6%, sinalizando uma perda de prioridade política do setor.

Alguns indicadores, entretanto, vêm melhorando nos últimos anos. As matrículas de crianças de até dois anos aumentaram de 16% para 25% do total, mesmo considerando que a gratuidade da educação infantil começa aos quatro anos. Mesmo com crescimento, os números são baixos para os padrões da OCDE.

No último ano antes do ensino fundamental, 90% das crianças brasileiras estão matriculadas, índice ligeiramente inferior aos 96% da OCDE.

Outro indicador favorável ao Brasil é a redução no tamanho das salas: a média de 20 alunos por turma em 2023 representa redução de três estudantes desde 2013. Contudo, a carga horária brasileira de 800 horas anuais no ensino fundamental permanece inferior aos padrões internacionais.

Nos países da OCDE, a média no fundamental I (equivalente até o quinto ano no Brasil) é de 804 horas, e no fundamental II (do sexto ao nono ano) é de 909 horas.

 

Brasil garante espaço no conselho da World Out Of Home Organization

 

A World Out Of Home Organization (WOO), que conta com um conjunto de membros que se estendem por mais de 60 países, representando o setor de publicidade out-of-home (OOH) globalmente, agora também abre espaço pela primeira vez para o Brasil. O país passa a ter uma cadeira no conselho da instituição mundial. O anúncio deve ocorrer até outubro e envolve o período 2026/2027. Co-fundador da helloo e da elemidia, Felipe Forjaz será o representante brasileiro. Ele, que já foi presidente da Associação Brasileira Mídia Out Of Home (ABOOH), atualmente faz parte do Conselho Consultivo.

“Fazer parte do Conselho da WOO é uma grande honra acompanhado de grande responsabilidade, pois estarei representando a indústria do OOH brasileira e tenho como objetivo trazer para o conhecimento desse mercado desafios que outros países enfrentam, seja de ordem restritiva como também de avanços tecnológicos”, destaca Forjaz. O presidente do WOO, Tom Goddard, também enfatiza o momento. “Estou confiante de que Felipe servirá aos interesses de toda a Comunidade OOH no Brasil de forma colaborativa e com distinção, para elevar os padrões e cultivar relações internacionais mais próximas.”

Halisson Pantarolla, presidente da Central de Outdoor, considera o momento de grande reconhecimento. “A nomeação de Felipe representa a maturidade de todo o ecossistema OOH brasileiro. É o reconhecimento dos esforços de empresas e líderes que trabalharam incansavelmente para elevar os padrões e garantir o papel legítimo do Brasil no cenário global do setor. Para Felipe Viante, presidente da Associação, o ingresso de um representante brasileiro no conselho da WOO amplia a representatividade do Brasil em debates internacionais sobre tendências, métricas, tecnologia e boas práticas que moldam o futuro da comunicação OOH no mundo. “Isso significa participar ativamente da construção de padrões globais, além de abrir espaço para que experiências locais sejam reconhecidas e compartilhadas em escala global”, enfatiza Viante.

Andrea Weiss, CEO da ABOOH, considera o momento histórico. “É um marco estratégico para o fortalecimento da mídia Out of Home no país. Integrar o conselho da WOO não é apenas um reconhecimento da relevância do Brasil no cenário da mídia OOH, mas também um convite para que o país lidere e colabore ativamente na transformação da indústria, conectando pessoas, marcas e cidades em escala global.” Forjaz também reforça a posição estratégica em relação aos desafios do segmento com o incremento da tecnologia. “Com o crescimento da compra automatizada, via programática, a dependência de dados para entrega de métricas se torna um grande desafio para que o meio siga crescendo”, avalia o novo conselheiro da WOO.

“Com o crescimento no investimento publicitário no meio OOH, a cobrança por métricas claras e comparáveis se torna uma realidade e um grande desafio para os próximos anos”, completa Forjaz. Para a ABOOH, estar presente neste fórum global é fundamental para dar voz às particularidades e ao potencial do mercado brasileiro, que se destaca pela criatividade, alcance e capacidade de inovação em campanhas que conectam marcas e pessoas nos mais diversos territórios.

 

Sobre Felipe Forjaz

Casado com Mariana, pai de Felipe, 15, e Manoela, 12, administrador de empresas com MBA pela Universidade de Miami, Forjaz desenvolveu sua carreira no empreendedorismo. Iniciou carreira no OOH em 2003 como co-fundador e CEO da Elemidia, empresa pioneira no Digital Out of Home ( Dooh) até 2013. Em 2016, criou, na condição de co-fundador, a helloo, empresa adquirida pelo grupo brMalls (Allos) em 2021, o maior grupo de shoppings da América Latina. Ele foi CEO até 2024 e, em 2025, tornou-se membro do conselho consultivo da helloo. Em janeiro de 2022, foi eleito presidente da ABOOH para um mandato de dois anos. Atualmente é membro do conselho da Associação. Foi ainda eleito pelo mercado brasileiro de OOH em 2023 e 2024 como OOH Lifetime Achievement, prêmio organizado pela World Out of Home Organization. Forjaz é ainda associado à Br Angels, empresa privada focada no ecossistema de inovação e investimento em startups, formada por mais de 400 executivos de alto nível.

 

WOO

A World Out of Home Organization (WOO), que tem como presidente Tom Goddard, é a única associação global que representa e promove a indústria de publicidade Out of Home (OOH), também conhecida como publicidade exterior ou em espaços públicos. A organização trabalha para melhorar o setor, organizando um congresso internacional anual, realizando pesquisas, defendendo a liberdade de comunicação e o OOH junto às autoridades. A WOO também fornece informações e recursos aos seus membros, que incluem empresas de mídia OOH, agências e associações nacionais.

 

ABOOH

Com mais de 14 anos de mercado, a Associação Brasileira de Out Of Home é o lugar onde o setor de OOH se conecta e se une para impulsionar ainda mais todos os seus participantes. A entidade foi estruturada para unir o setor e impulsioná-lo, construindo uma imagem diferenciada e positiva para as empresas que participam da ABOOH. São mais de 230 mil painéis de associados espalhados pelo Brasil presentes em 200 dos principais centros urbanos

 

“Quase nada será mais feito como antes”

 

A BrazoMídia esteve presente no Adtech & Branding 2025, promovido pelo IAB Brasil, um dos maiores encontros do país sobre inovação, tecnologia e branding.

Nesta edição, o evento trouxe reflexões essenciais sobre o presente e o futuro da publicidade digital no Brasil, abordando desde o uso estratégico da inteligência de dados até a construção de marcas relevantes em um cenário cada vez mais fragmentado. O grande desafio das marcas, hoje, está em conquistar a atenção do consumidor em uma jornada complexa, que exige integração entre todos os atores do ecossistema para gerar resultados efetivos.

Entre os principais temas discutidos, destacamos:

  • Inteligência Artificial e Criatividade: como a IA está revolucionando a criação de campanhas, trazendo novas camadas de automação sem perder o valor da criatividade humana. A tecnologia permeou todos os painéis do evento.
  • Dados e Personalização: a importância de usar dados para oferecer experiências mais relevantes e personalizadas ao consumidor, sempre respeitando sua privacidade.
  • Diversidade e Inclusão: equipes diversas e campanhas autênticas como reflexo de uma sociedade plural e em constante transformação.
  • Educação Contínua e Repertório Pessoal: em um mundo de mudanças rápidas, a adaptabilidade é fundamental. A construção de um repertório sólido de conhecimento, por meio de estudo constante e informação de qualidade, amplia nossa capacidade de interpretar cenários, tomar decisões e se adaptar com mais segurança às transformações.
  • Retail Media: o avanço desse formato mostra como os ambientes de compra vêm se consolidando como potentes canais de mídia. Além de aproximar marcas e consumidores em momentos decisivos da jornada de compra, o retail media reforça a importância da integração entre dados, experiência e conveniência. Seu crescimento aponta para uma nova etapa da publicidade digital, em que a mídia no varejo se torna peça-chave para geração de resultados e para o fortalecimento das estratégias omnichannel.

Participar do Adtech & Branding 2025 foi uma grande oportunidade de acompanhar de perto as tendências que estão redefinindo o mercado. Foram discussões que reforçam o nosso compromisso em entregar soluções digitais estratégicas e conectadas ao futuro da mídia digital, sempre compartilhando conhecimento, que fortalece tanto empresas quanto profissionais.

 

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