REDES VAREJISTAS APOSTAM EM AUTOATENDIMENTO – 12.08.2022

The girl makes an order in a fast food restaurant at the self-service terminal in the Mall. Modern technologies and displacement of manual labor

O varejo nacional está se reinventando desde o início da pandemia de Covid-19 e uma tendência do setor é a autonomia no atendimento, além das apostas em conveniências, mercados de proximidades e pequenas lojas instaladas em lugares de acesso limitado, como empresas e condomínios.

Esse novo modelo de atendimento vem sendo praticado há algum tempo por gigantes varejistas mundo afora. No Brasil, as empresas estão aderindo cada vez mais a tecnologia e praticidade nos negócios.

De acordo com Eduardo Muniz, CEO da VMtecnologia, empresa especializada em plataformas de gestão e pagamento para micro markets (minimercados), o número de pontos de venda que utilizam a solução da empresa cresceu 127% no último ano, depois de uma escalada de 350% na virada para 2021. Os números são ainda mais significativos quando falamos em valores transacionados, de 2020 para 2021 houve um aumento de 505%.

“Nos últimos 30 dias, alcançamos 2.449 pontos de venda. Acredito que, em 2022, vamos mais do que dobrar a quantidade de estabelecimentos ativos e consequentemente os números de transações e valores recebidos”.

O empresário explica que os minimercados, ou mercados de conveniência, são uma tentativa de aumentar a capilaridade em bairros afastados e trazer uma operação de menor porte que se adeque ao dia a dia de uma população cada vez mais ágil e sem tempo para grandes compras. Por sua vez, esses mercados são uma evolução dos grandes supermercados, derivados, no passado, dos hipermercados.

“É um mercado em ascensão, onde a conveniência é o atrativo. Se você está mais perto do consumidor da sua marca, você tem uma vantagem: ele tropeça primeiro em você do que no seu concorrente. É o que chamamos de consumo de ultraconveniência”, afirma Muniz.

Antes da pandemia, a VMtecnologia atendia uma gama de clientes que tinham máquinas automáticas de conveniência. Elas começaram a ser substituídas em 2017, momento em que surgem as pequenas lojas dentro das empresas.

Muniz conta que os micro markets atendem a todas as zonas das cidades, independentemente da faixa de renda da população.

“O que determina o acesso a minimercados é a quantidade de moradores de um condomínio. Para um operador, é melhor um edifício que concentra moradores das classes C e D, com bastante gente, do que um condomínio de classe A com pouca gente”, explica.

Uma pesquisa realizada pela consultoria MCkinsey mostra que o cliente de um supermercado, por exemplo, aceita esperar apenas sete minutos para ser atendido antes de se aborrecer. Um intervalo superior a 15 minutos é intolerável, e leva o consumidor a desistir da compra.

“Por isso o autoatendimento é uma tendência que veio para ficar, o cliente vai direto no totem, passa o produto e paga o pedido com cartão de crédito, débito ou até via pix, sem qualquer contato com os funcionários. Essa ação reduz em cerca de 80% a espera nas filas”, garante Muniz.

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