ESPECIAL TV 3.0 – 10.09.2025

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Nos artigos do ESPECIAL de hoje, você vai ler sobre a TV 3.0: TV 3.0 e YouTube: a combinação que pode transformar a presença das marcas, Lula assina decreto que regulamenta TV 3.0, TV 3.0 : Publicidade e Mídia em Transformação, O futuro da TV não é a TV, Governo assina decreto da TV 3.0 e abre espaço para nova dinâmica no mercado publicitário e  TV 3.0 no SET EXPO 2025. 

 

TV 3.0 e YouTube: a combinação que pode transformar a presença das marcas

Por Fernando Puhlmann – Especialista em YouTube

O consumo de mídia está mudando rapidamente, e duas plataformas estão despontando como protagonistas nessa transformação: a TV 3.0 (DTV+), que começa a se consolidar no Brasil, e o YouTube, já consolidado como a maior vitrine digital do mundo. Para marcas que querem crescer, aumentar visibilidade e se conectar com seu público de maneira mais estratégica, unir essas duas forças pode ser um divisor de águas.

A revolução da TV 3.0

Em agosto de 2025, o governo federal oficializou o padrão DTV+ como nova geração da televisão digital no Brasil. Baseado na tecnologia ATSC 3.0, o modelo já está em testes no Rio de Janeiro e em São Paulo, com previsão de estreia comercial durante a Copa do Mundo de 2026.

O que isso significa na prática? A TV aberta passa a ter:

  • Transmissão em 4K e até 8K, com áudio imersivo.

  • Interatividade, permitindo que o espectador clique, explore ou até compre produtos diretamente pelo controle remoto.

  • Publicidade geosegmentada, com anúncios direcionados por cidade, bairro ou perfil do espectador.

  • Dados de audiência mais precisos, dando às marcas a chance de medir resultados com a mesma precisão do digital.

Executivos de grandes grupos, como a Globo e a RBS, já destacam que a TV 3.0 será uma oportunidade de trazer de volta investimentos publicitários que migraram para as redes sociais. Afinal, combina o alcance e credibilidade da TV aberta com a personalização do digital.

YouTube: o gigante do engajamento

Se a TV 3.0 é a grande novidade, o YouTube já é um território consolidado para marcas que querem presença digital de peso.
Alguns números impressionam:

  • A plataforma tem hoje 2,53 bilhões de usuários ativos por mês.

  • Ela alcança 76% dos consumidores globais.

  • Quase metade dos usuários (47%) interage com marcas semanalmente, e 32% fazem isso todos os dias.

Além disso, o YouTube oferece uma gama de formatos publicitários estratégicos:

  • Bumper Ads (6 segundos, não puláveis), ideais para reforço de marca.

  • In-Feed Video Ads, que aparecem em meio a conteúdos relevantes.

  • Masthead Ads, no topo da página inicial, perfeitos para lançamentos de impacto.

Mas não é só sobre anúncios: o conteúdo orgânico também faz diferença. Canais que apostam em vídeos educativos, bastidores e storytelling conseguem criar comunidade, engajar e formar autoridade. Como disse um profissional de marketing no Reddit: “YouTube ads funcionam… mas o mais importante é criar uma biblioteca de conteúdo antes mesmo da campanha começar”.

Quando TV 3.0 e YouTube se encontram

Se olharmos para as duas plataformas em conjunto, fica claro o potencial:

  • TV 3.0 permite campanhas personalizadas, de alto impacto e com compras integradas.

  • YouTube entrega escala global, engajamento contínuo e métricas detalhadas.

Um exemplo prático ajuda a visualizar: imagine uma marca regional de surfwear.

  1. Na TV 3.0, ela pode veicular anúncios interativos voltados apenas para cidades litorâneas, permitindo que o espectador clique e veja os looks.

  2. No YouTube, o mesmo público encontra vídeos com surfistas locais, dicas de estilo e bastidores das coleções, reforçados por anúncios no Masthead no dia do lançamento.

  3. Juntas, as plataformas criam um ciclo integrado: o anúncio na TV leva ao YouTube, e o conteúdo do YouTube reforça a marca no momento em que o consumidor está relaxando em frente à TV.

O que isso representa para as marcas

A mensagem é clara: estamos diante de uma nova era da comunicação. A TV 3.0 devolve ao meio televisivo a relevância perdida para as redes sociais, enquanto o YouTube continua como principal espaço de conexão digital.

Para as marcas, isso significa:

  • Mais alcance: presença na TV aberta e no maior canal digital de vídeo do mundo.

  • Mais precisão: segmentação geográfica e demográfica em ambas as plataformas.

  • Mais resultado: campanhas interativas, mensuráveis e integradas.

Quem conseguir orquestrar ações que unam a força da televisão com a inteligência do digital terá um diferencial competitivo enorme nos próximos anos.

 E você? Já pensou como sua marca pode usar a TV 3.0 e o YouTube juntos para aumentar relevância e vendas?

 

 

Lula assina decreto que regulamenta TV 3.0

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (27) decreto que regulamenta a TV 3.0 no Brasil. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.

Na ocasião, o ministro Siqueira Filho defendeu que a TV 3.0 é a televisão do futuro: “Aberta e gratuita, com imagem e resolução 8K, interatividade avançada e imersão sonora. São novas formas de assistir, participar e se informar. Muda jeito de ver vídeo, mas a televisão continua sendo o principal meio de comunicação do país”.

Para Siqueira Filho, o momento é da TV se modernizar. “A TV vai continuar gratuita, mas com a conexão a internet o telespectador terá uma experiência totalmente nova. Será possível acionar narração, voltar no programa, conversar com outros telespectadores, dar replay no gol, comprar o aparelho que aparece na novela”, listou.

O ministro também explicou que os anúncios poderão ser segmentados conforme a realidade e região do público. “O impacto vai além da tela e chega na economia”, garantiu.

Em abril, durante o balanço de dois anos de governo, Lula defendeu a implementação da tecnologia. O novo modelo permitirá às emissoras um salto de resolução, do Full HD para 4K ou até 8K.

“Vem aí a TV 3.0, sistema que vai fazer o casamento definitivo da TV aberta com a internet. Com isso, a população brasileira terá acesso à televisão de última geração, com imagem e som de altíssima definição. Isso significa mais informação e mais qualidade para a população brasileira”, declarou Lula na ocasião.

“Destaco o momento histórico que vai além e é muito importante para nós”, começou ele, citando o encontro dos representantes dos principais canais da TV aberta no evento de assinatura.

Novaes afirmou para Lula que ainda durante o governo do petista, “a televisão 3.0 deverá chegar ao aparelho celulares de todos os brasileiros”.

“Isso gratuitamente, sem consumir o pacote de dados [da internet]. É mais um passo importante para democratizar a comunicação e o acesso”, afirmou.

Já o CEO do Grupo Record, Marcus Vinícius Vieira defendeu que a TV 3.0 é a oportunidade para o usuário navegar em duas tecnologias ao mesmo tempo. “Isso vai ser fundamental. É a democratização, digamos assim, desse veio”, observou.

Segundo ele, as TVs, e a própria Record, vem se preparando há muito tempo com todo o setor para essa nova tecnologia. “A Record vai estar pronta para esse momento. Nós entendemos que esse momento jamais poderia ser alcançado sem os nossos parceiros, os nossos afiliados. E, com certeza, eles [regionalmente] também vão ser alcançados”, garantiu.

 

Entenda

A fase preparatória para implementação da TV 3.) está prevista para ser concluída em 2025, com as primeiras transmissões no primeiro semestre do ano que vem, nas grandes capitais. O processo de expansão até atingir a cobertura de todo o território nacional deve levar até 15 anos.

A política recebeu o investimento de R$ 7,5 milhões do governo. A maior eficiência na transmissão do serviço vai permitir a entrada de novos radiodifusores, tornando o setor mais democrático e acessível. Com o uso da internet, a TV 3.0 terá potencial de servir como ponto de acesso a serviços públicos digitais e como ferramenta de inclusão e participação social.

Um dos diferenciais, é que a TV vai oferecer imagens em 4K e até 8K, som imersivo, maior interatividade e integração com a internet. O objetivo é oferecer uma experiência personalizada para os telespectadores, aproximando a TV aberta dos serviços de streaming.

 

O que prevê o decreto?

O decreto estabelece a adoção da tecnologia de transmissão do sistema ATSC 3.0, conforme recomendação do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD). O Fórum, criado para assessorar tecnicamente o governo brasileiro na implantação do serviço de TV digital no país, é uma entidade sem fins lucrativos que reúne representantes dos setores de radiodifusão, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento, além de fabricantes de televisores, transmissores e softwares.

Conforme o governo, o ATSC 3.0 é um conjunto de padrões que especifica um dos sistemas de transmissão digital mais avançados do mundo. Engloba camada física, transporte, áudio, vídeo, legendas, interatividade, mensagens de emergência, segurança e datacasting. Também permite que as emissoras acompanhem as demandas do mercado e as evoluções tecnológicas. Caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o planejamento das faixas de frequência para garantir a transição tecnológica.

O decreto também contempla a implantação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, que integrará conteúdos de comunicação pública e informações governamentais.

 

O que muda com a TV 3.0?

A implementação da TV 3.0 será gradual e deverá ser concluída até a Copa do Mundo de 2026 nas principais cidades. O modelo conecta a internet aos canais abertos, adotando formato semelhante ao existente em países como Japão e Coreia do Sul. Entre as inovações nacionais, o governo destaca o DTV Play, recurso que organiza canais em aplicativos.

“Será possível navegar entre a programação da emissora e conteúdos via internet diretamente pelo menu da TV, usando aplicativos, de forma semelhante às plataformas de streaming”, explica o professor e doutor em comunicação Paulo Henrique Almeida

Entre as principais novidades, estão:

Imagem em resolução 4K com HDR;

Som de qualidade cinematográfica (áudio imersivo);

Personalização do conteúdo conforme preferências do usuário;

Recursos de acessibilidade aprimorados (como Libras e audiodescrição);

Integração com a internet para consumo sob demanda e serviços interativos;

Capacidade de segmentar transmissões por região e perfil.

Interatividade

Conforme o Ministério das Comunicações, o tipo de interação dependerá do provedor de conteúdo. Será possível, por exemplo, participar de enquetes, escolher câmeras em um reality show ou comprar produtos exibidos na tela.

Durante partidas de futebol, o telespectador poderá rever um lance polêmico com um clique no controle remoto — funcionalidade típica das plataformas de streaming, agora disponível na TV aberta.

O acesso à TV 3.0 será gratuito, mas inicialmente exigirá conversor, até que as televisões vendidas no Brasil estejam totalmente preparadas para o novo padrão.

 

Conteúdos pela TV

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada em julho mostra que 53,5% dos usuários de internet no Brasil acessam conteúdos pelo aparelho de televisão.

O levantamento, realizado em 2024, aponta o celular como principal meio de acesso (98,8% dos entrevistados), seguido pela TV (53,5%). Já o uso do microcomputador caiu de 63,2% em 2016 para 46,2% em 2019, atingindo 33,4% em 2024 — o menor índice da série histórica.

Para o diretor do Departamento de Inovação, Regulamentação e Fiscalização da Secretaria de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Tawfic Awwad Junior, os números refletem uma tendência global e reforçam o potencial da TV 3.0.

 

Implantação gradual

Especialistas alertam para a complexidade da implementação da TV 3.0. Professor e pesquisador de cibernética e inteligência artificial, Romes de Araújo aponta que implantar uma nova estrutura de redes em um país com o tamanho continental do Brasil vai exigir um trabalho coordenado e eficiente, bem como investimentos por parte do governo.

“Em alguns casos, esse novo formato exigirá dos usuários a troca de aparelhos ou a compra de adaptadores, como na transição do sinal analógico para o digital”, explica.

 

Cenas de cinema

As tendências apontam para o crescimento contínuo de serviços de streaming, integração com dispositivos inteligentes e ampliação da produção de conteúdo original.

“Espera-se maior realismo nos conteúdos, com reprodução de cores mais precisas, nitidez em cenas de ação e som tridimensional, criando um entretenimento mais próximo do cinema”, ressalta Paulo Henrique Almeida.

Romes de Araújo destaca o potencial de consumo nos próximos anos, sobretudo pela gratuidade. “Com a TV 3.0, esse padrão de consumo característico da internet, mas pago, vai se encontrar com a oferta gratuita e o amplo alcance da TV. Será algo de altíssimo impacto em nossa economia, especialmente porque a TV 3.0 permite a personalização de anúncios, seja por região ou perfil do próprio telespectador”, prevê.

 

 

TV 3.0 : Publicidade e Mídia em Transformação

Por Marcos Amazonas

 

A TV 3.0 promete transformar a experiência do espectador e inaugura um novo capítulo para a mídia e a publicidade.

Pela primeira vez, a televisão aberta poderá unir seu alcance massivo a uma segmentação refinada, aproximando-se da lógica de inteligência de dados que, até hoje, era privilégio do ambiente digital.

Até aqui, o intervalo comercial seguiu uma lógica homogênea: todos os espectadores expostos ao mesmo programa recebiam as mesmas mensagens. O planejamento das campanhas era apoiado nas pesquisas de audiência, que ofereciam apenas estimativas de grupos genéricos — idade, sexo, classe social, renda aproximada, escolaridade — e sua participação percentual em cada programa. Dados úteis, mas insuficientes: mostravam quais grupos assistiam e em que proporção, mas não revelavam os interesses, os valores ou os comportamentos que orientam de fato a relação desses espectadores com os conteúdos e com as marcas.

A TV 3.0 rompe essa limitação. Ao integrar transmissão digital e conectividade, permitirá que diferentes grupos de espectadores, mesmo assistindo ao mesmo programa e no mesmo horário, recebam breaks comerciais distintos em transmissão simultânea. Trata-se da publicidade segmentada — ou endereçável — que fala a conjuntos de espectadores reais, de comportamentos e afinidades, superando as antigas categorias puramente estatísticas. A consequência é poderosa: campanhas mais relevantes, construídas para dialogar com cada grupo de forma mais próxima, aumentando a credibilidade das mensagens e a efetividade para as marcas.

E essa lógica não se limita aos intervalos. O conhecimento mais profundo sobre quem acompanha os programas passará a oferecer mais precisão às ações comerciais que ocorrem durante os programas (merchandising, product placement, branded content). Produtos, marcas e mensagens poderão ser integrados de forma mais coerente às narrativas, alinhados às expectativas e ao perfil dos grupos de espectadores. O resultado tende a ser ações mais assertivas, percebidas como parte natural da experiência — e não como uma intervenção forçada.

Na visão maximalista, trata-se de uma mudança cultural. Publicidade e mídia deixam de competir pela atenção e passam a se entrelaçar em propósito. O anúncio deixa de ser uma pausa e se transforma em um território de encontro — entre marcas que desejam relevância, programas que buscam impacto e espectadores que exigem sentido.

A TV 3.0 devolve à televisão aberta a chance de renovar seu protagonismo, combinando escala e impacto cultural com segmentação e inteligência estratégica. Para a publicidade, significa deixar de ser invasão para se tornar experiência. Para o espectador, significa que a TV volta a falar sua língua, com mensagens mais próximas, relevantes e verdadeiras.

 

O futuro da TV não é a TV

Por Ricardo Godoy – Head de Inovação & Futuro da TV

 

É o vídeo em convergência, presente em todo lugar.

Vivemos uma era em que as telas perderam fronteiras: a televisão da sala se conecta ao celular no bolso, ao carro inteligente, às vitrines digitais. O conteúdo não é mais apenas transmitido, ele circula em rede, encontra o espectador e se molda a cada contexto.

Esse novo ciclo é uma alquimia tecnológica: broadcast, streaming, redes sociais, inteligência artificial e T-Commerce se fundem em experiências únicas. Não se trata apenas de assistir, mas de participar em tempo real, votar, comprar, interagir, criar.

No centro desse movimento está a leveza: engajar marcas e consumidores de forma natural, através do entretenimento. Não interromper, mas integrar. Não invadir, mas convidar. O entretenimento se torna o fio condutor que une tecnologia, negócios e pessoas.

A TV, como a conhecíamos, já é passado.

O que surge agora é a convergência total do vídeo um espaço em que dados e criatividade se encontram para gerar impacto positivo, oportunidades comerciais e novas formas de conexão humana.

Este é o futuro que escolhemos construir.

Um futuro em que o vídeo deixa de ser mídia de interrupção para se tornar plataforma de engajamento e criação coletiva.

 

Governo assina decreto da TV 3.0 e abre espaço para nova dinâmica no mercado publicitário

 

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que oficializa a transição da TV digital para o padrão TV 3.0, dando início a uma das maiores transformações da comunicação no Brasil. O novo modelo substituirá gradualmente o sistema digital em vigor desde 2007, integrando a TV aberta à internet. As transmissões estão previstas para começar no primeiro semestre de 2026, nas principais capitais, e a expansão para todo o país deve se estender por até 15 anos.

O impacto vai muito além da qualidade de imagem 4K, áudio imersivo e interatividade prometidos pela TV 3.0: o novo padrão deve inaugurar uma era de publicidade segmentada na TV aberta, permitindo anúncios personalizados, métricas em tempo real e maior precisão no alcance de públicos específicos, mudanças que até hoje estavam restritas ao digital.

Para o mercado publicitário, trata-se de um ponto de ruptura. “Pela primeira vez, a TV aberta vai dialogar com o consumidor de maneira semelhante ao digital: com segmentação, interatividade e dados acionáveis. Isso significa que os anunciantes deixarão de falar com a massa de forma genérica e passarão a construir jornadas muito mais personalizadas, medindo em tempo real a efetividade das campanhas”, afirma Bruno Almeida, CEO da US Media.

 

Fim da divisão entre TV e digital

O executivo destaca que o maior impacto da TV 3.0 será justamente acabar com a histórica separação entre televisão e publicidade digital. “Se bem implementada, a TV 3.0 permitirá unir alcance massivo e segmentação, algo que até hoje eram universos separados”, explica Almeida.

Esse cenário deve reorganizar a forma como as marcas planejam seus investimentos em mídia. “Não espero uma migração brusca de verbas do digital para a TV, mas sim uma reorganização do mix de vídeo. A TV 3.0 se tornará mais competitiva dentro de uma estratégia unificada de ‘vídeo total’, onde pouco importa se o consumidor está no celular, no streaming ou na TV aberta”, afirma.

 

Nova dinâmica competitiva

Além de ampliar a atratividade da TV aberta, o novo padrão deve reposicionar as emissoras diante de gigantes do streaming e da Connected TV (CTV). Para Almeida, a mudança tende a ampliar a competitividade de todo o ecossistema. “O mercado caminha para um ambiente em que todo o vídeo será planejado de forma integrada. A TV 3.0 pode acelerar essa transição, desde que consiga entregar métricas confiáveis e interoperabilidade com as demais plataformas”, observa.

 

O que muda para marcas e agências

Embora o cronograma de implementação seja gradual, com etapas previstas para os próximos anos, especialistas apontam que o movimento exige atenção imediata de marcas e agências. O CEO da US Media recomenda cautela, mas também ação estratégica: “Não é hora de reposicionar grandes volumes de investimento. O caminho é buscar conhecimento, participar de pilotos e manter diálogo aberto com emissoras e parceiros para entender a evolução do padrão.”

 

Modernização do setor

A adoção da TV 3.0 representa também um marco de modernização tecnológica no país, conciliando o alcance universal da TV aberta com ferramentas de personalização típicas do digital. “Esse é o grande diferencial: preservar a gratuidade e a massificação da TV aberta, ao mesmo tempo em que se traz recursos que antes eram exclusivos da publicidade online. No fim, isso significa mais opções para os consumidores, mais concorrência e um ecossistema de vídeo mais equilibrado”, conclui Almeida.

 

Sobre a US Media

A US Media é um hub de soluções de mídia líder em Américas que oferece soluções inteligentes para criar conexões de valor entre marcas e audiências, viabilizando serviços de publicidade de ponta a ponta. As ofertas incluem a representação de vendas exclusivas de espaços publicitários, a otimização de campanhas em múltiplas plataformas, e a compra de mídia internacional, facilitando transações financeiras entre países.

Como parceira estratégica na inovação de investimentos em mídia, a US Media se destaca pela carteira de publishers exclusivos e por parcerias com as principais mídias globais. O portfólio da empresa inclui a representação exclusiva de vendas de anúncios para renomadas plataformas como Vevo, Magnite, OneFootball, WeTransfer, Tinder, Fandom , Zefr e Sojern.

 

TV 3.0 no SET EXPO 2025

Por Guilherme Ravache

 

Um momento histórico no SET EXPO 2025 (https://lnkd.in/dqvARFEm): pela primeira vez, os CEOs de Globo, SBT, Record e Band dividiram o mesmo palco para discutir o futuro da TV aberta no Brasil.

O debate trouxe visões sobre IA, regionalização, inovação, criatividade e expectativas para o lançamento da DTV+.

Daniela A. Beyruti (SBT) destacou a televisão como um porto seguro contra a desinformação. Enquanto, Paulo Marinho (Globo) trouxe os impactos transformadores da Inteligência Artificial. Cláudio Giordani (Band) reforçou o papel da criatividade e da regionalização e Marcus Vinícius Vieira (Record) enfatizou o potencial da DTV+ para fortalecer a TV aberta.

Agora queremos ouvir você: qual será o papel da TV daqui a 10 anos?

Confira o que aconteceu nesse encontro: https://lnkd.in/d5xzgKSy

 

 

 

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