Governo define regras de autoexclusão e combate à ludopatia no mercado de apostas e outros artigos da semana – 12.11.2025

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Você vai ler na coluna de hoje: Governo define regras de autoexclusão e combate à ludopatia no mercado de apostas, “Olá, Corajosas!” chega à segunda edição reunindo novas vozes femininas do empreendedorismo brasileiro, Recuperação judicial volta ao centro do debate e ganha adesão entre empresários, O fim da indústria automotiva como conhecemos: executivos do setor apontam nova era e Cinco tendências para o marketing de influência em 2026.

 

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Governo define regras de autoexclusão e combate à ludopatia no mercado de apostas

Por Adalberto Leister Filho

 

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF) publicou a Portaria nº 2.579 e a Instrução Normativa nº 31, que estabelecem novas diretrizes para proteção ao apostador no mercado de apostas de quota fixa. As medidas incluem mecanismos de autoexclusão centralizada, autolimites de apostas e a criação de um banco de dados de apostadores com comportamento compulsivo.

“Estamos dando a possibilidade de as pessoas decidirem se querem restringir temporariamente sua exposição às apostas, de forma centralizada e segura, inclusive reduzindo seu acesso à publicidade”, afirmou Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

“Isso é um avanço que coloca o Brasil em uma posição de vanguarda no mundo, no cuidado com a nossa população”, completou.

A autoexclusão poderá ser feita voluntariamente pelo próprio apostador, com duas modalidades: específica, válida para uma única operadora; e centralizada, que bloqueia o acesso a todas as plataformas autorizadas no país.

As operadoras também deverão oferecer ferramentas para limitar valores apostados, número de apostas por período, alertas de tempo de sessão e pausas temporárias.

 

Cadastro

A portaria determina que todas as operadoras licenciadas adotem um cadastro único de clientes, com o objetivo de garantir rastreabilidade, segurança e controle sobre o perfil dos apostadores.

“Essa iniciativa não é uma jabuticaba [ou seja, não acontece apenas no mercado brasileiro]. Já existe em outros mercados regulados, como Inglaterra e Austrália. Esse banco de dados será mantido pela SPA e consultado pelas operadoras”, contou André Gelfi, diretor conselheiro e cofundador do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), à Máquina do Esporte.

Pela nova regra, as casas de apostas devem verificar no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap) se o CPF do usuário está na base de autoexclusão centralizada. Essa consulta deve ocorrer na abertura de cadastro, no primeiro login do dia e a cada 15 dias para todos os usuários ativos.

 

Adaptação

Haverá um período de 30 dias para a implementação dos mecanismos de autoexclusão. E as operadoras de apostas também terão um tempo de adaptação de 90 dias para realizarem os ajustes técnicos necessários para a imposição dos autolimites prudenciais. Com isso, a plataforma deve ser liberada aos apostadores até o fim deste ano.

A SPA será responsável por manter o banco de dados atualizado com informações de apostadores que solicitaram autoexclusão por apresentarem sinais de ludopatia. A ideia é que seja mais um mecanismo para enfrentar o problema da compulsão por apostas.

“Existia uma preocupação no Brasil de que um apostador poderia se autoexcluir de uma plataforma, mas acessar outro operador de apostas. As empresas não podiam divulgar informações desses clientes por causa da Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD)”, explicou Udo Seckelmann, líder do departamento de Web3 & Gaming do escritório Bichara & Motta Advogados.

“Por isso, a Secretaria de Prêmio e Apostas se movimentou para montar um sistema centralizado, que não violasse a LGPD, em que todos os operadores licenciados no Brasil pudessem consultar”, acrescentou.

 

Ludopatia

Não há estatística do Ministério da Saúde sobre o número de brasileiros que sofre de compulsão por apostas. No entanto, acredita-se que o problema tenha se agravado após a regulamentação das operadoras no Brasil, já que houve um crescimento acentuado nos gastos com marketing e publicidade nesse setor.

De acordo com uma pesquisa do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), divulgada no ano passado, o Brasil possui uma média de 2 milhões de pessoas viciadas em jogos.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, 1,2% da população adulta no planeta sofra algum tipo de transtorno relacionado a apostas.

 

 

“Olá, Corajosas!” chega à segunda edição reunindo novas vozes femininas do empreendedorismo brasileiro

 

A obra coletiva que emocionou e inspirou mulheres empreendedoras em todo o país ganha sua segunda edição. Idealizado por Iva Cardinal, fundadora da Confraria do Batom, o projeto “Olá, Corajosas! 99 cartas de mulheres empreendedoras para inspirar e engrandecer a sua jornada” retorna com novas histórias, mantendo o mesmo propósito: dar voz às mulheres que transformam suas trajetórias em mensagens de coragem, afeto e aprendizado.

O livro nasceu de um encontro marcante de Iva com a empresária Luiza Helena Trajano, que a inspirou a escrever cartas para compartilhar experiências. Anos depois, a ideia evoluiu para um projeto colaborativo, reunindo autoras de diferentes idades, origens e segmentos da economia, da indústria ao agronegócio, do terceiro setor à tecnologia.

Com o sucesso da primeira edição, lançada em 2024, Olá, Corajosas! consolidou-se como um movimento de representatividade, inclusão e empreendedorismo feminino. A diversidade segue como pilar central nesta nova fase, que amplia a participação de mulheres de várias regiões do Brasil, com histórias de superação, recomeço e propósito. “A ideia é seguir ampliando vozes. Cada mulher tem uma carta dentro de si, e quando ela é colocada no papel, inspira outras a acreditarem na própria força. O livro é sobre empatia, aprendizado e legado”, afirma Iva Cardinal, organizadora do projeto.

Mantendo seu caráter social, o Volume II destina parte da renda e exemplares para o Instituto Ascendendo Mentes, que atua com jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade social, e para o Núcleo Porto Alegre do Grupo Mulheres do Brasil, que promove o protagonismo e a igualdade de gênero. O lançamento do Volume II acontecerá em 17 de novembro de 2025, das 14h às 22h, na Plaenge, em Porto Alegre (RS). O evento reunirá parte das novas autoras e convidadas em uma tarde de autógrafos, encontros e celebração da força feminina no empreendedorismo. O projeto inclui um lançamento em São Paulo ainda em 2025.

 

Sobre a Confraria do Batom

Criada em 2009 por Iva Cardinal e Daniela Arruda, a Confraria do Batom é uma rede pioneira de empreendedorismo feminino, com mais de 15 anos de atuação em projetos voltados à conexão, desenvolvimento e prosperidade das mulheres. Entre suas iniciativas estão o Business Club, o evento Vai Lá e Faz Networking e o primeiro coworking exclusivamente feminino do Brasil

Serviço

Lançamento do livro “Olá, Corajosas! – Volume II”

Data: 17 de novembro de 2025 (segunda-feira)

Horário: 14h às 22h

Local: Plaenge – Rua Carlos Berta, Jardim Europa, Porto Alegre (RS)

Mais informações: www.99cartas.com.br

Instagram: @confrariadobatom | @99cartasoficial_

 

 

Recuperação judicial volta ao centro do debate e ganha adesão entre empresários

 

Alta de pedidos e influência de comunicadores de finanças reacendem o debate sobre o papel da recuperação judicial como ferramenta legítima de preservação de empresas e empregos

Com o aumento de 26% nos pedidos de recuperação judicial no primeiro trimestre de 2025, conforme levantamento da Serasa Experian, o tema voltou a ganhar destaque no meio empresarial e nas redes sociais, especialmente entre influenciadores de finanças e negócios. A discussão reacende a importância da recuperação judicial (RJ) como instrumento jurídico legítimo para reestruturação de empresas em crise  e não como sinônimo de falência, como ainda é interpretado por boa parte do empresariado brasileiro.

O advogado e contador Marcos Pelozato, especialista em reestruturação empresarial há 14 anos, explica que o instituto foi criado para proteger empresas economicamente viáveis que enfrentam dificuldades momentâneas. “A recuperação judicial é uma medida de reorganização, não de encerramento. Ela serve para preservar empregos, manter a atividade produtiva e permitir que a empresa volte a operar com saúde financeira. O problema é que muitos empresários só recorrem a ela quando já estão no limite”, afirma.

A Lei nº 11.101/2005, que rege o processo de RJ, prevê a renegociação de dívidas sob supervisão do Judiciário e busca garantir a continuidade das operações. No entanto, segundo dados da Serasa, menos de 0,01% das 7,3 milhões de empresas endividadas no país utilizam o mecanismo, apesar do crescente número de encerramentos precoces, cerca de 2 milhões de companhias fecham as portas anualmente.

Pelozato ressalta que parte da resistência decorre da falta de informação e de cultura de gestão preventiva. “Ainda há muito preconceito. Muitos empresários acham que pedir recuperação é confessar derrota, quando na verdade é um ato de gestão responsável. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse tipo de processo é visto como sinal de maturidade empresarial”, explica.

Nos últimos meses, o tema ganhou projeção também entre comunicadores de finanças e influenciadores digitais, que passaram a tratar a recuperação judicial como ferramenta legítima de renegociação. Para Pelozato, o debate público ajuda a esclarecer o papel do instrumento e pode inspirar mudanças culturais no ambiente corporativo. “Quando o assunto chega às redes e começa a ser discutido de forma didática, ele deixa de ser tabu. A recuperação judicial precisa ser compreendida como política de continuidade, não como última instância de desespero”, afirma.

Pelozato defende que empresários e profissionais da área busquem capacitação em gestão de crise e reestruturação financeira. “A RJ é um processo complexo, que exige preparo jurídico, contábil e estratégico. Quando conduzida por equipes qualificadas, ela salva negócios e fortalece a economia real. É uma ferramenta de recuperação, não de encerramento”, conclui.

 

Sobre Marcos Pelozato

Marcos Pelozato é advogado, contador e empresário com 14 anos de atuação no setor de reestruturação empresarial e recuperação judicial. Reconhecido como referência no segmento, presta assessoria estratégica a empresas em crise financeira, com foco em reorganização societária, gestão de passivos e recuperação de negócios.

À frente de um escritório especializado, Marcos também atua como mentor para advogados e contadores interessados em ingressar na área de reestruturação, com o objetivo de ampliar o número de profissionais capacitados a atuar diante da crescente demanda por soluções eficazes em gestão de crise.

Para mais informações, acesse: youtube.com/@marcospelozato.oficial

 

 

O fim da indústria automotiva como conhecemos: executivos do setor apontam nova era

Por Juliana Estigarríbia

 

Os primeiros projetos de carros, em meados do século XIX, eram elétricos. Com o avanço e o lobby do petróleo, movimento liderado pelo magnata norte-americano John D. Rockefeller, a indústria automotiva se voltou para a produção de veículos a combustão.

Periodicamente, as montadoras buscam novas tecnologias para atrair o consumidor, mas só depois de cerca de 100 anos da invenção dos primeiros automóveis, o carro elétrico voltou à prancheta dos engenheiros e entrou de vez na linha de produção da indústria.

Agora, a longevidade das empresas do setor não depende somente de novos veículos mas de outros modelos de negócios, de acordo com um estudo global da KPMG com executivos C-level do setor ao qual a Bloomberg Línea teve acesso.

“O modelo de negócio vai mudar, não só os produtos. Isso inclui um ecossistema muito mais ‘fora da caixa’, envolvendo a reestruturação da cadeia de fornecedores para as empresas operarem de forma mais eficiente”, afirmou Ricardo Roa, sócio da KPMG, em entrevista à Bloomberg Línea.

A 25ª edição do “Global Automotive Executive Survey – GAES” incluiu em sua metodologia entrevistas com cerca de 775 executivos C-level do setor automotivo – incluindo CEOs de montadoras – em 22 países da Ásia, da Europa e das Américas, nos meses de abril e maio deste ano.

Segundo o estudo, 36% dos executivos veem uma transformação total do setor automotivo globalmente nos próximos três anos. No entanto, no recorte Brasil, essa fatia corresponde a apenas 17%.

Roa explicou que, no período de entrevistas dessa edição, o governo brasileiro tinha acabado de anunciar a regulamentação da nova política industrial do setor automotivo, o Programa “Mover”, que deve permanecer em vigor até 2029.

“Todas as discussões do setor, no país, giram em torno da mudança da matriz energética rumo à eletrificação. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, aqui não estamos tratando ainda de veículo autônomo”, disse o especialista.

“Isso significa que dificilmente veremos grandes transformações no mercado doméstico nos próximos anos.”

A maioria dos executivos (87%) do setor no Brasil e no mundo (86%) disse na pesquisa que está investindo “fortemente” em inteligência artificial (IA) e tecnologias emergentes.

“A pergunta era direcionada para quem usa IA no seu core business, voltada à automação do sistema produtivo, da operação em si. O objetivo é descobrir como os executivos veem essa adaptação”, disse Roa.

Ele lembrou que, desde o ano passado, montadoras e empresas da cadeia de fornecedores no Brasil anunciaram um investimento total próximo de R$ 180 bilhões até 2032, concentrados na transformação do portfólio de projetos, o que está basicamente atrelado a novas tecnologias e sistemas de propulsão.

“Muito do foco vai estar voltado para a área de produto, o que inclui itens como pesquisa e desenvolvimento, mão-de-obra e prestação de serviço, entre outros. Uma parcela importante será destinada à IA.”

 

Novos modelos de negócios

Segundo o sócio da KPMG, novas marcas devem surgir no mercado global nos próximos anos, com produtos que vão além de veículos.

“Se as montadoras tradicionais não se moldarem aos novos tempos e estabelecerem parcerias para mudar o modelo de negócio, estas empresas vão enfrentar problemas graves. Estamos vivendo uma das maiores disrupções da história do setor.”

O relatório destacou que 73% dos entrevistados acreditam que novos entrantes irão substituir as montadoras tradicionais até 2030. No entanto as empresas podem recuperar o domínio do setor ao apostar em estratégias de inovação.

“A indústria automotiva está em um ponto de inflexão e poucas empresas estão preparadas. A transformação deixou de ser opcional”, disse Roa.

As parcerias, em sua visão, não se restringem a startups.

Podem acontecer com grandes empresas de tecnologia para desenvolvimento de níveis diferentes de automação, bem como outras montadoras para ganhar escala em diferentes regiões, como a gigante Stellantis fez com a chinesa Leapmotor e a Renault estabeleceu com a Geely.

Uma maior verticalização das operações também está no radar.

Quando questionados sobre a importância das alianças para as empresas brasileiras, 90% dos entrevistados disseram que as parcerias estratégicas já contribuíram ou serão importantes para o crescimento dos negócios.

Na avaliação de Roa, nos próximos anos, os novos projetos das empresas não se restringirão apenas a produtos mas também vão envolver soluções de software embarcado, serviços embutidos, locação, car sharing (compartilhamento) e todo tipo de serviço de mobilidade.

Para tanto, o planejamento financeiro é primordial.

Roa afirmou que, se por um lado, o programa Mover foi formulado para estimular a inovação, algumas questões específicas ainda impactam negativamente a indústria automotiva no Brasil, como os custos tributários e trabalhistas, bem como a taxa de juros e o câmbio.

“A forte volatilidade do dólar atrapalha muito os custos. Quase toda a indústria automotiva no Brasil é dolarizada, o que causa um impacto relevante na aquisição de partes e peças que têm custo em moeda americana.”

 

Financiamento

Diante da necessidade de reformas estruturais na economia, alguns incentivos pontuais poderiam impulsionar a cadeia, segundo o estudo.

Atualmente, no Brasil, empresas de todos os setores industriais, incluindo o automotivo, devem contar com mais de R$ 12 bilhões em linhas de crédito do governo federal para investir em tecnologias da “indústria 4.0”, como Internet das Coisas (IoT), IA, robótica e nuvem.

A linha “Crédito Indústria 4.0”, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é voltada para empresas de diferentes portes.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o financiamento é importante especialmente diante do desafio das novas tarifas ao redor do mundo e do rearranjo das cadeias globais.

Na visão do sócio da KPMG, as tarifas da administração Donald Trump levam cada vez mais diferentes empresas a buscar “localizar” a cadeia de suprimentos.

Com os riscos de uma nova disrupção da cadeia de semicondutores, item vital para a indústria automotiva, governos e corporações têm buscado remodelar a cadeia de suprimentos.

“Enxergamos uma mudança robusta para reestruturar toda a cadeia, mas isso não é uma tarefa fácil. Não vemos uma mudança, como o nearshoring, tão rapidamente”, disse Roa.

Nacionalizar [uma linha de produção] é ter um payback alto e rápido. Por essa razão muitas empresas acabam aproveitando regimes como o ex-tarifário para importar e tentar equalizar custos”, acrescentou.

De acordo com o estudo da KPMG, 73% dos executivos entrevistados no Brasil apontaram que estão reestruturando ativamente as cadeias de suprimentos, com a priorização de modelos regionais ou de produção local para consumo local.

“Conflitos geopolíticos, mudanças nos ambientes regulatórios, vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos e avanços tecnológicos acelerados estão criando um mercado automotivo imprevisível e fragmentado”, disse Roa.

Em meio a esses desafios, ele ressaltou que o consumidor vem mudando suas preferências em direção à eletrificação e à digitalização.

“As montadoras enfrentam uma pressão crescente para inovar em uma velocidade e uma escala que desafiam as formas tradicionais de operação.”

 

 

Cinco tendências para o marketing de influência em 2026

Por Amanda Schnaider

 

A MField, empresa especializada em influência e cultura digital, apresenta nesta segunda-feira, 10, o estudo Mapa da Influência. Após ouvir 116 profissionais entre marcas, agências e creators, a pesquisa indica cinco macro tendências para o mercado de marketing de influência em 2026. Confira abaixo:

 

  1. Autenticidade e Humanização

A primeira delas é a Autenticidade e Humanização, com 26,55% das menções. Os respondentes revelaram que “o cansaço do fake” e a busca por “conexão real” e “propósito” são os motores dessa tendência, que aponta o verdadeiro e genuíno como novo algoritmo da relevância.

“Estamos vendo um marketing performático como modelo dominante nos últimos anos e a influência voltou a ser sobre pessoas. As marcas, de fato, reaprendendo a ouvir antes de falar”, destaca Flávio Santos, CEO da MField.

 

  1. Comunidade

A segunda tendência é a Comunidade, com 14,96% das menções. Esse pilar indica que o conceito de influência não é mais sobre a quantidade de seguidores, mas sobre a qualidade dos vínculos.

O estudo ressalta que as comunidades são espaços de conexão real, identificação e pertencimento, e que as marcas e creators atualmente constroem esses espaços onde os valores compartilhados são mais valiosos do que o alcance.

Além disso, a pesquisa mostra que 77% das pessoas já compraram algo influenciadas por uma comunidade, e oito em cada dez brasileiros confiam mais em recomendações de fãs do que em publicidade tradicional.

 

  1. Micromovimentos e Nichos

A terceira tendência são os Micromovimentos e Nichos (12,43%), que revela que quanto menor o público, mais forte é o vínculo. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados identificam os micros como principais agentes dos próximos movimentos e 36% reconhecem o poder do consumidor e acreditam na evolução do Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC).

O levantamento ainda mostra que os microinfluenciadores, nichos e UGC desenham um novo cenário da influência, mais participativo, comunitário e guiado pela confiança construída de dentro para fora. “Estamos vivendo um momento de transferência do poder de influência. Está saindo desses grandes nomes para esses micronichos. De fato, o microinfluenciador acaba sendo o novo departamento de cultura das marcas”, reforça Santos.

 

  1. Profissionalização e Estratégia

A Profissionalização e Estratégia (10,17%) aparece como quarta tendência, indicando que a influência amadureceu nos últimos anos. A pesquisa revela que se por um lado os criadores estão se estruturando, por outro, as marcas também têm impulsionado essa profissionalização, não só contratando influenciadores, mas criando programas estruturados que ajudam os creators a se tornarem empreendedores.

O CEO da MField ressalta que os creators deixaram de ser apenas porta-vozes, formadores de opinião, para se tornarem empreendedores, mesmo que dentro dos seus canais. “Eles entenderam que a profissionalização começou pelos briefings, começou pelas exigências de novos formatos, começou pela qualidade e isso respingou diretamente nos porta-vozes, que são os influenciadores. Sim, a influência amadureceu”, comenta.

 

  1. Tecnologia, Inovação e Dados

Por fim, a quinta tendência é a Tecnologia, Inovação e Dados (8,47%). De acordo com o estudo, a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, tem sido vista como uma aliada estratégica da influência humana.

Neste contexto, o grande desafio apontado pela pesquisa é integrar o trabalho do criador e sua personalidade com as ferramentas tecnológicas, como a IA, para potencializar sua entrega. “Vejo muito esse futuro de influência híbrida. Trazer essência humanizada, conteúdos orgânicos, autenticidade, mas, ao mesmo tempo, coexistirmos com esse lugar tecnológico, de inteligência artificial como um todo”, complementa Santos.

Além das cinco tendências, o estudo identificou ainda outros pilares que moldarão o futuro do marketing de influência: Conteúdos Longform e Profundos; Social Commerce e Monetização; Cultura, Regionalização e Diversidade; Temas Emergentes e Estilo de Vida; e Sustentabilidade e ESG. Veja abaixo:

 

 

Metodologia

Para chegar nesses resultados, o levantamento entrevistou 116 profissionais da creator economy, entre marcas, agências e creators. Ao todo, foram mais de 176 respostas, à pergunta “Qual tendência você acredita que vai moldar o marketing de influência nos próximos anos?”, sendo que 49 entrevistados deram mais de resposta.

As entrevistas foram realizadas a partir de junho de forma presencial, em eventos da creator economy. Dessa forma, as respostas foram transcritas e categorizadas em grupos gerais, resultando em uma análise quantitativa e qualitativa, onde uma pessoa pode ter indicado mais de uma tendência.

 

 

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