A Kantar IBOPE Media atualiza a representatividade e outros artigos da semana – 18.12.2025

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Você vai ler na coluna de hoje: A Kantar IBOPE Media atualiza a representatividade, JC Comunicações amplia seu portfólio e agora representará a IWM Influenciadores no Rio Grande do Sul, A Sebrae RS conecta pequenas empresas às principais tendências globais por meio de programas de imersão internacional, O futuro do jornalismo já começou — e não está acontecendo nas redações, Vinte Anos de Protarget, Os 10 fatos de comunicação, marketing e mídia de 2025, A Docile celebra 30 anos da Planeta Atlântida como a guloseima oficial do festival, TV aberta: estratégias para streaming, CTV e canais Fast e  30 Tendências de Marketing Digital e Redes Sociais Para 2026.

 

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A Kantar IBOPE Media atualiza a representatividade

 

 

A partir de 1º de janeiro, com base em novas estimativas populacionais, a Kantar IBOPE Media atualizará a representatividade do ponto de classificação de audiência televisiva, em que 1 ponto equivale a 1% do universo pesquisado em cada mercado medido.

Em 2026, 1 ponto de classificação de audiência nos 15 mercados regularmente medidos pela empresa representará 277.670 domicílios e 69.996.184 indivíduos. Abaixo está a lista de equivalência para os demais mercados medidos pela empresa.

Equivalente a 1 ponto de classificação de audiência.

 

Mercado/Região                       Domícílios com TV                     Família com TV + ou – 4 pessoas

15 Mercados                                           277.670                                       699.962

 

Grande São Paulo                                   78.781                                          199.633

 

Grande Campinas                                     8.761                                            22.272

 

Grande Rio de Janeiro                           49.778                                         122.054

 

Grande Belo Horizonte                          22.184                                           55.330

 

Grande Vitória                                           7.310                                            18.462

 

Grande Porto Alegre                               15.961                                            37.514

 

Grande Curitiba                                      12.511                                             32.040

 

Grande Florianópolis                              5.672                                             13.641

 

Grande Goiânia                                    10.100                                              25.019

 

Distrito Federal                                    10.034                                             26.506

 

Grande Salvador                                  13.794                                             32.968

 

Grande Fortaleza                                13.723                                              35.677

 

Grande Recife                                     14.118                                               35.792

 

Grande Belém                                      7.765                                              22.460

 

Manaus                                                 7.168                                              20.596

 

Sobre a Kantar IBOPE Media

A Kantar IBOPE Media, divisão latino-americana da Kantar Media, é a principal fonte de dados de mídia na região. Com operações em 13 países e mais de 3.000 funcionários, fornece ao mercado informações sobre audiência, consumo e investimentos em publicidade, auxiliando os clientes na tomada de decisões estratégicas.

 

 

JC Comunicações amplia seu portfólio e agora representará a IWM Influenciadores no Rio Grande do Sul

 

Uma plataforma de influenciadores orientada por dados se integra a um ecossistema multimídia que abrange marcas digitais, de conteúdo, de áudio e premium.

A JC Comunicações anuncia a inclusão da IWM Influenciadores em seu portfólio de representações no Rio Grande do Sul. A plataforma se integrará a um ecossistema de mídia já composto por soluções digitais, conteúdo premium, rádio e inteligência de dados, ampliando as possibilidades de estratégias integradas para anunciantes e agências.

A IWM Influenciadores opera como uma empresa de AdTech, conectando marcas a criadores de conteúdo por meio de tecnologia proprietária, inteligência de dados e mídia programática, em um modelo focado em desempenho de marca — um conceito que combina construção de marca, alcance qualificado e desempenho mensurável.

Com quase 45 anos de experiência em comunicação no Rio Grande do Sul, a JC Comunicações reforça seu compromisso em acompanhar a evolução do mercado, ampliando seu portfólio com soluções alinhadas às novas dinâmicas do consumidor, sem perder o rigor comercial e estratégico que sempre marcou sua história.

A plataforma permite que influenciadores expandam seu alcance orgânico, apliquem estratégias de multisegmentação, remarketing e mensuração detalhada, garantindo transparência, controle e eficiência em todas as etapas das campanhas.

Segundo Lucas Pontes, diretor da JC Comunicações, a chegada da IWM consolida um movimento estratégico mais amplo:

“Hoje, as marcas precisam de soluções integradas com dados, conteúdo, alcance e resultados. O IWM se encaixa perfeitamente nesse modelo e fortalece um ecossistema que construímos ao longo dos anos, sempre focado em entregar resultados reais ao mercado.”

Com a nova parceria, a IWM Influenciadores passa a integrar um portfólio que já inclui Seedtag (IA contextualizada), Ozem.fm (áudio digital e podcasts), Grupo Perfil, Coquetel Passatempos, Plataforma Recreio, ELLE Brasil, ELLE Decor, as rádios 98 FM Curitiba e Mundo Livre FM Curitiba, além de uma ampla rede de rádios do interior do Rio Grande do Sul.

A integração dessas plataformas permite à JC oferecer projetos transmídia completos, combinando influência, dados, conteúdo editorial, áudio e mídia digital em estratégias personalizadas para diferentes objetivos de comunicação.

A nova representação agora é oficialmente oferecida pela JC Comunicações no Rio Grande do Sul, reforçando seu papel como uma agência de representação preparada para conectar tradição, inovação e uma visão de futuro — sempre focada em resultados concretos para marcas, agências e parceiros.

 

 

A Sebrae RS conecta pequenas empresas às principais tendências globais por meio de programas de imersão internacional

 

A metodologia em três etapas garante preparação, experiência prática e aplicação efetiva do aprendizado na região do Rio Grande do Sul.

Com o objetivo de conectar pequenas empresas do Rio Grande do Sul às principais tendências globais, o Sebrae RS consolidou em 2025 um dos programas de imersão internacional mais robustos já realizados pela instituição. A metodologia, implementada há 14 anos, que combina preparação, experiência em campo e acompanhamento pós-evento, tem garantido que os empreendedores tragam novas práticas, inovação e oportunidades concretas de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul.

Segundo Augusto Martinenco, gerente de competitividade setorial, a proposta da Sebrae RS vai muito além da simples visita a feiras e eventos. “Os programas de imersão internacional são estruturados em três etapas principais”, explicam. “A primeira é a preparação, na qual orientamos os empresários sobre o que encontrarão, alinhamos os objetivos individuais e organizamos a agenda para que cada participante possa aproveitá-la ao máximo. Durante a imersão, vivenciamos o programa, participamos de grandes eventos e realizamos visitas técnicas a operações de referência nos países visitados. Na fase pós-imersão, cada empresa desenvolve um plano de ação e recebe nosso apoio para aplicar o que fizer mais sentido para o seu negócio.”

Martinenco destaca que esse modelo é um dos grandes diferenciais da Sebrae. “Não se trata apenas de consumir conteúdo. O foco está em transformar insights em prática, respeitando as particularidades locais. Acompanhamos as empresas no processo de implementação e celebramos os resultados em reuniões que demonstram, na prática, o impacto da experiência internacional.”

Ao longo de 2025, o Sebrae RS apoiou programas de imersão em nove importantes polos internacionais, conectando empreendedores a ecossistemas de renome mundial nos setores de varejo, indústria, inovação, turismo, alimentação e saúde. No total, dezenas de empresas do Rio Grande do Sul participaram das atividades, visitando os Estados Unidos, Alemanha, Itália, França, Portugal e outros polos estratégicos, ampliando sua visão de mercado e fortalecendo sua capacidade de inovação.

As imersões incluíram:

NRF – Nova Iorque (Varejo): Conecte-se com o maior evento global de varejo e visite operações inovadoras.

SXSW – Austin (Inovação e Economia Criativa): imersão nas tendências emergentes e no movimento de startups.

Hannover Messe – Alemanha (Indústria): Exposição a tecnologias avançadas da Indústria 4.0.

Salone del Mobile – Milão (Móveis): uma referência mundial em design, mobiliário e arquitetura.

NRA Show – Chicago (Alimentos e Bebidas – Serviços e Varejo): Tecnologias, processos e tendências na indústria de alimentação fora do lar.

SIAL Paris – A&B (Indústria, Serviços e Agricultura): inovação global em alimentos e bebidas.

Anuga – Colônia (A&B): a maior feira mundial de alimentos, com foco em novos mercados e produtos.

Medica – Düsseldorf (Saúde): inovação em tecnologia médica, equipamentos e soluções hospitalares.

BTL – Lisboa (Turismo): uma referência europeia para destinos turísticos e empresas, com foco em oportunidades de internacionalização.

De forma geral, o programa proporcionou às empresas do Rio Grande do Sul acesso direto a novos desenvolvimentos, aprendizado estratégico acelerado e fortalecimento de redes internacionais.

Para Martinenco, os resultados de 2025 confirmam a importância de investir em experiências globais. “O que buscamos é ampliar horizontes, estimular novas ideias e trazer para o Rio Grande do Sul os desenvolvimentos mais atuais do mundo. Quando as empresas retornam e aplicam o que aprenderam, toda a economia do Rio Grande do Sul se beneficia.”

A Sebrae RS continuará expandindo o programa em 2026, reforçando o apoio à internacionalização de pequenas empresas e à competitividade de setores estratégicos no estado.

 

 

O futuro do jornalismo já começou — e não está acontecendo nas redações

Por Rodrigo Mesquita

 

As previsões mais recentes do Nieman Lab (Harvard) e da Columbia Journalism Review deixam um recado claro: o jornalismo não está apenas enfrentando uma crise de modelo de negócios. Está perdendo o centro da mediação informacional.

A notícia já não chega ao público pelos jornais. Chega mediada por plataformas, algoritmos, influenciadores e, cada vez mais, por sistemas de IA que entregam respostas “suficientes” antes do clique.

O paradoxo é conhecido — e incômodo: o público ainda confia no jornalismo profissional, mas organiza sua compreensão do mundo fora dele.

Grande parte das respostas da indústria segue concentrada em ajustes incrementais: novos formatos, novas linguagens, novas ferramentas. Os textos do Nieman Lab e da CJR apontam algo mais profundo: o problema não é de formato. É de mediação.

O risco não é apenas econômico. É institucional. Sobreviver financeiramente pode não significar continuar relevante na vida pública.

Ler essas previsões não é acompanhar tendências. É encarar a pergunta que muitos preferem adiar: o jornalismo vai apenas se adaptar ao novo ecossistema — ou pretende voltar a organizar a esfera pública em um mundo mediado por máquinas?

Para quem quiser ir mais fundo, abaixo os links:

Nieman Journalism Lab (Harvard)

News media is becoming part of AI systems: Notes from the JournalismAI Festival 2025 https://www.niemanlab.org/2025/12/news-media-is-becoming-part-of-ai-systems-notes-from-the-journalismai-festival-2025/

Journalism’s songwriter era https://www.niemanlab.org/2025/12/journalisms-songwriter-era/

Joy, not just fatigue, will shape news habits in 2026 https://www.niemanlab.org/2025/12/joy-not-just-fatigue-will-shape-news-habits-in-2026/

The rise of agentic journalism https://www.niemanlab.org/2025/12/the-rise-of-agentic-journalism/

The future of news is happening where no one is looking https://www.niemanlab.org/2025/12/the-future-of-news-is-happening-where-no-one-is-looking/

De-influencing news influencers https://www.niemanlab.org/2025/12/de-influencing-news-influencers/

New global perspectives will hit your inbox https://www.niemanlab.org/2025/12/new-global-perspectives-will-hit-your-inbox/

Student journalists rise to an unprecedented challenge https://www.niemanlab.org/2025/12/student-journalists-rise-to-an-unprecedented-challenge/

The media will become terminally addicted to gambling https://www.niemanlab.org/2025/12/the-media-will-become-terminally-addicted-to-gambling/

The 2025 gift guide for journalists https://www.niemanlab.org/2025/12/the-2025-gift-guide-for-journalists/

The closing of the shop https://www.niemanlab.org/2025/12/the-closing-of-the-shop/

AI will probably force you to gate your content https://www.niemanlab.org/2025/12/ai-will-probably-force-you-to-gate-your-content/

Revenue diversity is the path forward https://www.niemanlab.org/2025/12/revenue-diversity-is-the-path-forward/

In 2026, AI will outwrite humans https://www.niemanlab.org/2025/12/in-2026-ai-will-outwrite-humans/

Columbia Journalism Review / Tow Center (Columbia University)

What our AI-mediated news future looks like https://www.cjr.org/analysis/what-our-ai-mediated-news-future-looks-like.php

The direct-to-consumer playbook https://www.cjr.org/feature/the-direct-to-consumer-playbook.php

How news changes when journalism becomes influencer content https://www.cjr.org/feature/how-news-changes-when-journalism-becomes-influencer-content.php

Bias busters: AllSides, “objective balance” and the catalogue fallacy https://www.cjr.org/feature/bias-busters-allsides-objective-balanced-catalogue-conspiracy-disinformation.php

Visions of 2050: Roundtable with prominent media figures https://www.cjr.org/feature/visions-of-2050-roundtable-prominent-media-figures-lorenz-remnick-tucker-ben-smith-swisher-lemon-esther-wang.php

Future forecasting — Editor’s note (Tow Journalism 2050) https://www.cjr.org/editors-note/future-forecasting-editors-note-tow-journalism-2050.php

 

 

Vinte Anos de Protarget

Por Annie Müller

 

Neste dezembro, completo 20 anos de Protarget. Não sei muito como mensurar todo esse tempo.

Quantas pessoas cruzaram meu caminho, quantas ainda estão, quantas empresas me oportunizaram aprender e crescer, com quantas criações e estratégias de marcas eu contribuí.

Entrei com vinte anos cheia de sede e de ideias. Eu cursava publicidade na ESPM, jornalismo na PUC e entrava na Pro para atender um cliente.

No meio tempo, estudava literatura e publiquei 4 livros.

Duas décadas depois, um pós-graduação em Londres, outro no Brasil, um bootcamp de planejamento, um mestrado incrível em Escrita Criativa, muitos cursos de planejamento ao marketing digital, de comportamento à filosofia.

Nos últimos anos, da gestação à gestão: aprendi dois lados que eu não conhecia e que de certa forma são os mesmos. Maternar crianças, maternar times, cuidar, educar, orientar, ensinar. E, principalmente, aprender com todos eles. Quando me perguntaram, numa entrevista, o que mais motiva, não hesitei: evoluir. Pra mim, o conhecimento e o crescimento sempre me moveram mais do que qualquer outro ganho. Sim, números importam. Na rede social-profissional, são o balizador de desempenho. Mas, não podem ser o meio nem o fim. Minhas primeiras duas décadas de Protarget são sobre pessoas e projetos. São sobre muita criação, realização e, principalmente, evolução. A inércia não tem graça. Somos seres em movimento, já cantou Jorge Drexler. Somos metamorfose ambulante, disse Raul. Que delícia que é viver e aprender e trabalhar com o que se gosta, nem sempre gostando de todos os dias. Porque também faz parte. Quero ensinar meus filhos, a conhecida geração Nutella, que não é tudo docinho. Os desafios podem ser amargos. E a graça do movimento também está nas curvas radicais, nos terrenos esburacados, nas subidas íngremes e descidas sem freio. Um frio na barriga nos deixa atentos, alertas e espertos para, justamente, evoluir.

Bora pros próximos capítulos.

Mais madura, mais experiente e sempre cheia de sede do novo.

 

 

Os 10 fatos de comunicação, marketing e mídia de 2025

Por Bárbara Sacchitiello

 

Como já se tornou tradição, Meio & Mensagem dedica sua última edição semanal de 2025 a relembrar os principais fatos que impactaram a indústria da comunicação, marketing e mídia ao longo dos últimos 12 anos.

Dentre os principais fatos do ano, estão a fusão das holdings Omnicom e IPG e os desdobramentos globais e para o mercado brasileiro; a intensificação da concorrência entre os serviços de delivery, com investimentos da entrante Keeta e aportes de 99Food e Rappi, além da parceria de iFood com Uber para integrar o serviço de ambos os apps; e a escalada da pulverização das transmissões esportivas que, além do futebol brasileiro e sul-americano, agora contempla a Copa do Mundo 2026, com o SBT como novidade, a Fórmula 1, que voltará à Globo na próxima temporada, e a NFL que está em players como Globo, Sportv, ESPN/Disney+ e no GE TV, canal multiplataforma que a Globo criou no YouTube para ampliar a cobertura digital.

Relembre, abaixo, os 10 fatos mais impactantes do ano na indústria da comunicação:

 

Grupos vão às compras

Em fevereiro, o Publicis Groupe adquiriu 100% do BR Media Group, empresa de marketing de influência cofundada pelo CEO Celso Ribeiro. Detentora de uma rede de mais de 500 mil creators, é a maior empresa do segmento na América Latina. Já FSB holding, maior conglomerado de RP do País, fez três grandes movimentações na publicidade. Em agosto, assumiu o controle integral da Jotacom, agência full-service que atende Duolingo, Heinz, Burger King e Mercado Pago. Com o negócio, Márcio Oliveira, ex-CEO da R/GA São Paulo, foi contratado como coCEO, ao lado de Jaderson de Alencar. Desde 2022, o grupo tinha 60% da operação fundada por Jurgis Figueiredo, que integra o conselho de publicidade da FSB Holding ao lado de Alexandre Loures, sócio-controlador; Marcos Trindade, sócio-CEO; e Diego Ruiz, sócio. Em junho, ingressou na área de produção ao adquirir participação minoritária na Santeria. Em novembro, oficializou a compra da Calia. A holding adquiriu 80% e o sócio Gustavo Mouco ficou com 20%, assumindo o comando da agência. Humberto Pandolpho, presidente anterior, ingressou no conselho de publicidade da FSB Holding.

 

OOH: Concorrências e aquisições

O mercado de mídia OOH atingiu sua maior participação na compra de mídia em 2025, somando 12,1%, segundo o Cenp-Meios. O setor também teve grandes aquisições e concorrências.Uma das maiores foi a disputa pela comercialização de publicidade nos 17 aeroportos da Aena, incluindo Congonhas. O consórcio entre Helloo e Neooh venceu o processo de R$ 1,2 bilhão. Já a Eletromidia venceu a concorrência pela Linha 6 — Laranja, operada pela Linha Uni, do Metrô de São Paulo, enquanto a JCDecaux, que possui a concessão do Metrô de São Paulo, renovou seu contrato até 2036. A Eletromidia também adquiriu os ativos da Clear Channel no Brasil, da Urbana Mídia, responsável pelos abrigos de ônibus de BH, e da Context Creative Tech, startup do Grupo Dreamers. A Neooh, por sua vez, adquiriu a Wide Digital, especializada em retail media, e assumiu a operação de retail media nas lojas da TIM e os ativos no BH Airport.

 

Batalha do Delivery

Os aplicativos de delivery entraram numa corrida bilionária pela preferência dos consumidores. O mercado ganhou um novo concorrente, a Keeta, da chinesa Meituan, que tem planos de investimento de R$ 5,6 bilhões previstos para o País até 2030. Já a 99Food, da também chinesa DiDi, retomou sua operação com aporte de R$ 2 bilhões. O Rappi, por sua vez, iniciou plano de investimento de R$ 1,4 bilhão em três anos. Já o iFood firmou parceria com a Uber para integração dos apps. A maior disputa por consumidores, entregadores e restaurantes reverberou na mídia. O iFood escalou Rodrigo Faro, a 99Food uniu Ivete Sangalo e Pedro Sampaio, enquanto o Rappi contratou o cantor Naldo Benny e a Keeta estreou seus esforços de  comunicação com campanha estrelada por Fábio Porchat.

 

No ritmo chinês

No ano em que o Salão do Automóvel retornou ao calendário de São Paulo após sete anos de ausência, as montadoras chinesas foram um destaque do segmento, alcançando 10% de participação de mercado. A BYD, em oitavo (4,26%), a GWM, em décimo-terceiro (1,63%) e a Omoda & Jaecoo (foto), em vigésimo-primeiro (0,23%), são as chinesas mais bem colocadas no ranking de emplacamento da Fenabrave no acumulado do ano até novembro. Apenas em 2025, seis marcas chegaram ao País: Leapmotor, em parceria com a Stellantis; Geely, em associação com a Renault; Caoa Changan, com a Caoa Chery; SAIC  Motor, com a marca britânica MG Motor; a GAC Motor; e a própria Omoda & Jaecoo. Além de elevar o nível tecnológico do setor, a chegada de uma nova onda de fabricantes chinesas aumentou os investimentos em comunicação e marketing, aquecendo o mercado publicitário.

 

Esporte Pulverizado

A fragmentação dos direitos de transmissão em diferentes plataformas ganhou escala. A Série A do Brasileirão foi exibida, pela primeira vez, pela TV aberta (Globo e Record), TV paga (SporTV), digital (CazéTV e Ge TV, canal lançado pela Globo), streaming (Prime Video) e pay-per-view (Premiere). A NFL, há mais de 30 anos na ESPN, agora está no SporTV e Ge TV, além da própria ESPN e Disney+. A pulverização atingiu, ainda, a Copa do Mundo de 2026. O torneio será exibido na TV aberta (Globo e SBT, em parceria com N Sports), TV por assinatura (SporTV), streaming (Globoplay), digital (CazéTV e YouTube) e rádio (Jovem Pan, Rádio Bandeirantes, Rádio Itatiaia e Rádio Gaúcha). Como consequência da fragmentação, a disputa pelas verbas dos anunciantes  está mais acirrada, exigindo sofisticação da entrega das plataformas.

 

A Nova Número 1

Cerca de um ano depois de ter sido comunicada, a aquisição do IPG pelo Omnicom foi concretizada, no final de novembro. No início, houve especulações sobre o naufrágio precoce da união das duas holdings, que foi o que aconteceu em 2013, quando o Omnicom e o Publicis Groupe anunciaram fusão que, no ano seguinte, foi cancelada. Dessa vez foi diferente: os dois grupos norte-americanos passam a formar a maior holding global, com receita de US$ 26,4 bilhões, destronando o WPP, que, durante muito tempo, ficou com a primeira posição do ranking, com receita de US$ 18,8 bilhões, e relegando o Publicis Groupe, que, com sua receita de US$ 17,3 bilhões, estava próximo de alcançar ou até ultrapassar o WPP. Um dos desdobramentos da fusão foi a extinção de redes criativas globais como DDB, FCB e MullenLowe. A McCann é a única marca do IPG que permanece, ao lado da BBDO e da TBWA, do Omnicom. A nova liderança global é uma combinação de realocações de nomes de ambos os grupos. No Brasil, especula-se se que a DM9 se unirá à Lew’Lara e à iD\TBWA. Por ora, a agência se reporta à TBWA, assim como a Africa Creative — ambas eram parte da recém-extinta DDB.

 

Troca de Comando

Em setembro, chegou ao final a gestão de Mark Read no WPP. Durante os sete anos em que foi CEO, o executivo conduziu um processo de simplificação que incluiu fusões entre as suas principais redes criativas globais. Foi, também, um período marcado pela corrida do grupo em direção à inteligência artificial. As estratégias, porém, não se refletiram nos números: por diversos trimestres consecutivos, o WPP apresentou quedas em sua receita líquida. Foi nesse contexto que Cindy Rose assumiu as rédeas da companhia, há três meses. Como parte do board, ela já havia sinalizado a necessidade de o grupo intensificar os investimentos em IA, dados e tecnologia. Em visita ao Brasil, em novembro, para a inauguração do WPP Campus São Paulo, a profissional, egressa da Microsoft, disse que a prioridade imediata é garantir uma cultura de alta performance, capaz de reter clientes e acelerar a conquista de novos negócios. “É preciso fazer o básico de maneira brilhante. Somente isso já será capaz de melhorar nosso desempenho”, afirmou.

 

A Disputa pelo Império do Streaming

Fruto da fusão entre Warner Media e Discovery, em 2021, a Warner Bros. Discovery (WBD) anunciou, em junho, o plano de se dividir em duas empresas distintas e de capital aberto em 2026: Streaming & Studios e Global Networks, com marcas de entretenimento, esportes e notícias. Antes da concretização do plano, concorrentes se apresentaram para comprar os ativos. Neste mês, a Netflix chegou a comunicar a compra da empresa, numa oferta de US$ 82,7 bilhões em dinheiro e ações da Netflix. No entanto,dias depois a Paramount Skydance fez uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões em dinheiro por toda a empresa. Até então, a Paramount havia feito três ofertas, rejeitadas pela WBD. Diante da nova investida, a empresa comunicou que seu conselho analisará a proposta. Uma resposta é aguardada até o dia 19, mas a conclusão do negócio ainda esbarra em questões legais e políticas.

 

A Próxima Fase do Commerce no Social

O mercado brasileiro ganhou novas opções de ferramentas que permitem a criadores de conteúdo e marcas venderem produtos em redes sociais, adicionando uma nova camada na relação entre anunciantes, audiência, creators e plataformas. Em maio, o TikTok Shop iniciou operações no Brasil. Nele, os usuários podem adquirir produtos no feed de conteúdo orgânico, em transmissões ao vivo, numa vitrine exibida no perfil da marca e numa aba no app. Já no final de setembro, estreou o YouTube Shopping, com Mercado Livre e Shopee. A parceria permite que creators marquem produtos dos catálogos de ambos os varejistas em seus vídeos, lives, posts e Shorts. No embalo da concorrência, o Kwai Shop, presente no País desde outubro de 2024, estreou sua primeira campanha, em novembro deste ano. Criada pela Ogilvy, a ação reforça a proposta da plataforma de unir entretenimento, descoberta e compra em um único lugar.

 

Concorrência das Canetas Emagrecedoras

Antes da queda da patente da semaglutida, usada nas fórmulas de Wegovy e Ozempic, da Novo Nordisk, em 2026, a concorrência de canetas emagrecedoras acelerou no País. A Eli Lilly iniciou as vendas do Mounjaro e a EMS lançou dois medicamentos usando o princípio liraglutida: Olire e Lirux. Cimed e Hypera devem ser as próximas locais a entrar na categoria, que ultrapassará US$ 100 bilhões no mundo até 2030. Além de impulsionar a receita das farmacêuticas, as canetas estão impactando outros setores. O uso do fármaco acarretou queda de 11% nos gastos com alimentos nos EUA. Mudanças nos hábitos dos pacientes também têm efeito indireto em maior disposição a interações sociais, movimentando o setor de entretenimento, bem-estar e vestuário.

 

 

A Docile celebra 30 anos da Planeta Atlântida como a guloseima oficial do festival

 

A marca reforça sua presença no maior evento musical do Sul do Brasil, proporcionando experiências que conectam o público com doçura e gentileza.

A Docile, maior exportadora de doces do Brasil e uma das 100 maiores empresas do mundo no segmento , confirma sua participação como Doce Oficial do Planeta Atlântida 2026, edição em que o maior festival de música e entretenimento do Sul do Brasil celebra três décadas de história. Nos dias 30 e 31 de janeiro, em Atlântida, Rio Grande do Sul, a marca reforça sua estratégia de conexão com o povo carioca, oferecendo experiências que unem as pessoas, baseadas no lema “Aproveitar com gentileza transforma o planeta”, que reforça a campanha institucional “Gentileza Transforma Tudo”.

Nesta edição, a Docile estará presente com ativações especiais na área VIP Inferior e manterá seus tradicionais espaços de descanso na arena, oferecendo momentos de pausa e bem-estar aos frequentadores do festival, sempre com um toque especial. Promotores da marca também estarão presentes durante todo o evento distribuindo brindes para quem estiver curtindo os shows, oferecendo uma dose extra de energia e alegria. Os produtos também estarão disponíveis para compra nos bares do local.

Essas iniciativas reforçam o propósito da Docile de estar presente em momentos de celebração coletiva, como a Planeta Atlântida, um espaço de encontros, conexões entre gerações e criação de memórias preciosas. Ao integrar genuinamente a experiência do público, a marca consolida sua presença em ocasiões memoráveis, sempre pautada pela gentileza e pelo cuidado com o próximo.

“Estar novamente no Planeta Atlântida é muito especial para a Docile, mas participar da edição de 30º aniversário torna essa presença ainda mais significativa. Acreditamos no poder dos encontros e na doçura que transforma experiências, e o festival personifica perfeitamente esse espírito que sempre buscamos transmitir ao nosso público”, destaca Jaqueline Hartmann, Gerente de Marketing da Docile.

 

 Sobre Docile

Presente no Brasil e em mais de 80 outros países, a Docile é uma empresa 100% brasileira e líder em exportação em seu segmento no país . Possui um portfólio de mais de 170 itens, entre tradicionais e premium, divididos em sete categorias: balas de goma, pastilhas, alcaçuz, chicletes, balas gelatinosas, refrescos em pó e marshmallows, carro-chefe da empresa, pioneira na oferta de marshmallows recheados. No mercado há mais de 30 anos – com fábricas em Lajeado/RS e Vitória de Santo Antão/PE – nasceu do empreendedorismo familiar e é movida pelo prazer de fazer doces e descobrir novidades, sem perder sua essência. Seu posicionamento é “Ser doce para criar um mundo mais doce” e se orgulha de ser a marca que espalha gentileza por onde passa.

 

 

TV aberta: estratégias para streaming, CTV e canais Fast

Por Sergio Damasceno Silva

 

As emissoras de TV aberta têm adotado estratégias muito similares quanto à adoção de serviços próprios de streaming, presença em canais Fast e acordos com fabricantes de TV conectada (CTV).

De forma geral, o conteúdo para CTV e canais Fast vem do acervo, o que, consequentemente, significa geração de receitas. Os canais Fast são perfeitos para gerar mais retorno com conteúdo antigo e recortes de cauda longa.

Ainda, reduzem a dependência da grade linear. Já a CTV, especialmente para o público jovem (millennials e geração Z), tende a virar o “canal principal”, onde se demanda apenas o que se quer ver, sem ficar refém da programação linear.

A pesquisa TV Conectada Brasil, da Comscore, divulgada este ano com base em dados do ano passado, aponta que a estratégia das emissoras se alinha tanto à busca da audiência mais jovem quanto à dispersão do anunciante por essas plataformas.

O levantamento abrangeu usuários de assinantes de video on demand (SVOD), video on demand suportado por anúncios (AVOD) e canais Fast.

De fato, a pesquisa abrangeu mais de 11 mil consumidores em seis países, dos quais 3 mil eram brasileiros.

CTV para TV aberta: 64% dos usuários de internet usam

Da população total de usuários de internet no Brasil em 2024:

– 64% assistem à CTV,

– 61% usam smart TV (a diferença entre CTV e smart TV é mínima, mas existe: smart é um aparelho de televisão com recursos integrados de internet e CTV significa qualquer dispositivo conectado à TV que permite o acesso à internet e a serviços de streaming (como o Chromecast do Google, Fire Stick da Amazon, Roku Express, Xiaomi Mi Stick e Apple TV)

– 8% consomem conteúdo por consoles de videogames,

– 13% por dispoisitovs de streaming (como os citados anteriormente)

– 9% por set-top boxes (como os das teles Claro, TIM e Vivo).

No País, usuários de CTV consomem, aproximadamente, quatro horas de conteúdo por dia.

A publicidade na CTV é bem diferente da que acontece na TV tradicional.

A última edição do Cenp Meios, divulgada em setembro deste ano, apontou que a televisão (aberta e paga) foi responsável por mais de R$ 5 bilhões dos investimentos publicitários e se manteve como o veículo preferido pelos anunciantes.

Contudo, essa conta ainda não detalha as demais plataformas que a TV aberta usa como o streaming, CTV e canais Fast.

 

Personalização de anúncios

Na pesquisa da Comscore, 56%disseram que preferem anúncios personalizados, 31% querem anúncios interativos, 21% desejam a opção shopping, pela qual seja direcionado para lojas online, tal qual acontece com as redes sociais, e 17% se interessam por gamificação.

“É importante ressaltar a diferença entre Fast e CTV. Fast é distribuição de conteúdo vertical e nichada sobre um assunto/tema. No caso da CTV, é apenas mais um dos meios de transmitir este conteúdo. Existem muitos outros, por exemplo, over the top (OTT), sites etc. Canais Fast são conteúdos adicionais/complementares à grade linear e, em geral, “verticais”, dedicados a conteúdos específicos. Temos desenvolvido tanto os nossos próprios canais fast (A Fazenda, por exemplo, que é sazonal) bem como conteúdos de parceiros para a plataforma, tais como Acelerados, Canal do Artesanato, Desimpedidos, Fitdance, Good Game TV e Manual do Mundo”, explica o diretor nacional comercialização multiplataforma da Record, Paulo Itabaiana.

 

Diversidade de conteúdo

O executivo diz que a emissora tem testado uma diversidade de conteúdo em Fast e CTV e que os aprendizados mostram que, independentemente de formato/duração, as pessoas procuram diferentes conteúdos e consomem de acordo com seus interesses e on demand.

Assim, a mesma visão tem a RedeTV!, aponta o head of digital & partnerships da emissora, Alexandre Dallevo.

“A RedeTV! aborda os canais Fast e a CTV não como substitutos, mas como complementares e a evolução natural da grade linear. A plataforma RedeTV! Go foi especificamente desenvolvida para casar a familiaridade da grade linear com a conveniência do streaming, operando em modelo always on. Ao disponibilizar a programação ao vivo e do acervo da emissora, garantimos ao público a possibilidade de se entreter e se informar onde e quando desejar. Os Fast channels, que oferecem programação segmentada por temas como culinária, humor e dança, replicam a sustentação publicitária do broadcast com a flexibilidade do streaming.”

Dallevo diz que a ideia é implementar estratégia híbrida entre conteúdo tradicional, de CTC e canais Fast: “O RedeTV! Go oferece tanto o acervo da emissora quanto sua programação ao vivo, mas a plataforma também inclui produções e conteúdos exclusivos desenvolvidos especificamente para o aplicativo, complementados por filmes e séries, licenciados através do nosso parceiro de tecnologia, a NxTV”, detalha.

 

Canibalização da audiência

Um dos dilemas da TV aberta com as novas plataformas é canibalizar a própria audiência, ou seja, o público pode, eventualmente, ‘fazer o zapping’ da própria emissora da TV linear para o streaming dessa mesma empresa. Embora pareça positiva, essa migração interfere diretamente sobre o retorno do investimento (ROI) publicitário: o anunciante que faz campanha na TV tradicional não, necessariamente, anuncia no mesmo canal de streaming dessa emissora.

 

Sem canibalização

Para a superintendente da TV Gazeta, Juliana Alganaraz, isso não é uma limitação. “Não acreditamos em canibalização. As telas apenas se diversificaram e o público escolhe onde ver o conteúdo. Quando a emissora é proprietária do conteúdo, apenas monetiza em múltiplas janelas, sem perda. Minha experiência com o MasterChef (Juliana foi CEO da Endemol Shine Brasil, responsável pelo formato do reality) reforça isso: quanto mais distribuído, maior o impacto da marca e melhores os resultados de negócio. Investir nessas plataformas é quase obrigatório. Ignorar Fast ou CTV seria como ter ignorado o YouTube anos atrás. Nosso objetivo é estar onde o público está, fortalecendo a marca e ampliando nosso alcance. Cada ponto de contato, independentemente do tamanho ou da plataforma, fortalece a relação com o público e melhora a oferta comercial, permitindo pacotes mais completos e atrativos”, argumenta.

Sobre a oferta comercial, Juliana concorda que canais Fast e CTV podem atrair anunciantes que não investem na TV linear. “O Fast, por sua natureza, oferece entrada mais acessível e estratégia mais flexível, semelhante ao digital. Nas TVs conectadas, essa dinâmica tende a se repetir. Já trabalhamos com pacotes 360, incluindo YouTube e outras plataformas conectadas. O anunciante acompanha o conteúdo onde quer que esteja, garantindo uma experiência consistente para marca e audiência”, assegura.

 

Performance e distribuição

No Grupo Bandeirantes, a Newco Pay TV é a empresa responsável pelos canais Fast e pela plataforma de streaming Newco Play. Diariamente, a emissora avalia a grade programação e performance de cada formato de conteúdo para direcionar a distribuição.

“Cada um tem sua particularidade e engajamento do público. No Fast, realities facilitam a criação de canais 24/7 altamente temáticos como gastronomia, relacionamentos ou cotidiano profissional, e sustentam longas sessões de visualização. Para o CTV on demand, funcionam muito bem, especialmente quando há temporadas completas. Já no jornalismo, notícias têm apelo imediato e cumprem uma função clara: manter o público informado. Em Fast, canais lineares de jornalismo apresentam altíssima constância de audiência, especialmente em momentos de relevância nacional ou global, porém, na CTV, o valor rapidamente se deteriora, já não há interesse ou potencial por consumo prolongado”, exemplifica o diretor de distribuição e digital da Newco, Marcello Zeni.

O executivo diz que, nos últimos dois anos, foram dedicados esforços para entender o comportamento de consumo em Fast e CTV. “Isso nos permitiu adaptar com sucesso parte do conteúdo já existente no linear. Esse processo nos deu aprendizados valiosos e fortaleceu nossa presença nessas frentes. Agora, entramos em nova fase: além das adaptações, estamos desenvolvendo projetos e programas pensados especificamente para o ambiente Fast”, afirma Zeni.

 

Sem conflitos entre canais para a TV aberta

Assim como para a Gazeta, a Band não vê conflitos entre os diferentes canais. “Acreditamos na jornada da entrega das plataformas e conteúdo entregue em streaming. Não vemos o Fast como risco de canibalização, mas como parte de jornada integrada entre as plataformas. Trabalhamos com um ecossistema em que cada janela, seja linear, video on demand (VOD), video on demand baseado em publicidade (AVOD), streaming pago e Fast, cumpre um papel específico e complementar”, diz o diretor da Newco.

“Para a TV Cultura, Fast e CTV são complementares à TV aberta, não substitutos. A TV linear continua sendo o grande motor de alcance massivo, com forte papel de serviço público. Os canais Fast e a CTV entram como extensões dessa entrega: permitem segmentar melhor, criar experiências temáticas, testar formatos e ampliar a presença da marca Cultura em diferentes telas e contextos de consumo. No cenário de TV 3.0, enxergamos um ecossistema híbrido: a TV aberta integrada a experiências conectadas, interativas e on demand”, diz a vice-presidente da TV Cultura, Beth Carmona.

 

TV aberta como nave mãe

“A TV aberta, a nave mãe, é quem produz e dispara o conteúdo. As outras telas das redes sociais e da internet, como o canal do Youtube, replicam e multiplicam tudo o que é produzido. As experiências conectadas e on demand são essenciais. Já temos a TV Rá Tim Bum, 100% brasileira. Nos canais Fast, já replicamos boa parte do acervo, seja de música, educação, jornalismo e cultura”, diz.

Beth discorda da tese de que formatos diversos da TV linear possam, eventualmente, canibalizar o consumo de conteúdo da emissora. “Nossa lógica é oposta. Há um melhor aproveitamento e possibilidade enorme de atingir novos públicos. Quando o ecossistema é bem desenhado, um formato reforça o outro: o linear continua sendo a base de construção de relevância e confiança e Fast/CTV ajudam a aumentar frequência, alcance incremental e contato com públicos que já migraram para o consumo majoritariamente conectado”, argumenta.

 

De olho na DTV+

O fato é que as emissoras de TV tradicional estão avançadas na adoção de plataformas que envolvem CTV, streaming, VOD (que abrange tanto AVOD quanto SVOD) e canais Fast.

O que as deixa em situação confortável para o próximo passo, que é a DTV+, ou TV 3.0, que integra a transmissão tradicional por antena com os recursos da internet, com melhor qualidade de imagem e som, além de maior interatividade e personalização.

A DTV+, portanto, permitirá que o usuário vote em programas, pesquise sobre conteúdos, faça compras e acesse informações extras na própria tela da TV.

A previsão, de fato, é que a DTV+ entre em operação a partir de junho do ano que vem, simultaneamente à transmissão da Copa do Mundo.

 

 

30 Tendências de Marketing Digital e Redes Sociais Para 2026 (com exemplos práticos)

Por Rafael Terra

 

 

1) Pequenas Vitórias, Grande Impacto

O consumidor 2026 não comemora “conquistas gigantes”, mas micro melhorias diárias.

Dica prática: Construa campanhas que transformam cada uso do produto em “mini orgulho”.

 

2) Autenticidade Fluida: Identidade em Movimento

As pessoas não têm mais um “eu fixo”. São versões transitórias, contraditórias e multifacetadas.

Dica prática: Crie conteúdo para estados emocionais, não para “persona”.

 

3) Cibridismo Total

Não existe mais fronteira real/digital. A experiência é híbrida por padrão.

Dica prática: Crie gatilhos offline que ativam narrativas online — QR Codes, playlists, check-ins que liberam conteúdo secreto.

 

4) Universos Narrativos (Fiction-First Brands)

Para se destacar no excesso, marcas precisam criar mundos, não posts.

Dica prática: Crie personagens, exageros e micro-histórias que viram temporadas.

Pendular Branding = alterne entre real e estranho para ser memorável.

 

5) IA Como Infraestrutura, Não Como Ferramenta

IA deixa de ser “algo que ajuda” e vira o sistema operacional silencioso do marketing.

Dica prática: Automatize tudo que não exige julgamento humano, como rascunhos, segmentação, scripts, respostas, tags, benchmarks.

 

6) Variação Criativa Não É Opcional — É LEI

IA só entrega resultado quando recebe insumos.

Dica: Toda campanha digital precisa de no mínimo: 5 criativos + 3 hooks + 3 CTAs + 2 propostas visuais. IA escolhe o campeão.

Quem entrega 1 criativo “bonitinho” não existe mais.

 

7) Não É Sobre Produto — É Sobre Marketing

Em mercados saturados, performance é 80% storytelling + distribuição.

Dica prática: Não mexa no produto — mexa na percepção.

 

8) WhatsApp Flows: A Era do Fluxo Conversacional Automatizado

Meta transforma o WhatsApp em máquina de vendas, pós-venda, suporte e remarketing.

Dica: Crie 3 flows obrigatórios, a qualificação, oferta quente e recuperação de interesse.

Hoje, quem não domina Flows perde dinheiro diariamente.

 

9) Rage Bait Inteligente (Palavra do Ano segundo Oxford)

Em português “Clique de Raiva”. Não é sobre ódio — é sobre reação emocional imediata.

Dica prática: Poste verdades desconfortáveis da sua categoria.

 

10) Digital Não É Presença — É Arquitetura

Negócios que tratam digital como “postar” perdem. O jogo é um fluxo conectado.

Dica prática: Redes → site → WhatsApp → CRM.

Se não existe esse ciclo, não existe faturamento.

 

11) Mobile-Only

Se não funciona perfeitamente no celular, está morto.

Dica prática: Revise tudo — vídeos, legendas, thumbs — no modo 1 mão / 3 segundos.

 

12) Regra dos 3 Segundos (Atenção Radical)

Abertura define 100% da retenção.

 

Dica prática: Comece todo vídeo pelo clímax, e não pela introdução.

 

13) Transparência da IA + Marca Pessoal

Consumidores querem saber onde há IA e onde há humano.

Dica prática: Conte sua metodologia, seu processo, sua verdade. Transparência ≠ fraqueza.

 

14) Creator x Marca: O Elo da Próxima Década

Instagram Creator Marketplace e TikTok Creative Exchange escalam parcerias inteligentes.

Dica: Trabalhe com micro e mid creators e entregue um script central. Eles viram seu “exército criativo”.

 

15) Vídeo Curto como Língua-Mãe da Internet

É o idioma universal. Não é tendência — é obrigação.

Dica prática: Publique 20 vídeos diferentes até achar 1 criativo campeão. Deixe ele trazendo resultados.

 

16) UGC Como Moeda de Conversão

A perfeição é suspeita. O improviso vende.

Dica prática: Peça ao cliente: “Mostre pra mim como você realmente usa isso”. Isso vira anúncio.

 

17) É no Feed que você cresce

Stories convertem na sua base, Feed escala em novos olhares.

Dica prática: 3 conteúdos épicos por semana no feed → crescimento previsível.

 

18) Pecado de Plataforma Única

Seu melhor post não pode morrer só no Instagram.

Dica prática: Transforme 1 conteúdo em 6 formatos: feed, stories, reels, shorts, LinkedIn, e-mail.

 

19) Leitura Escaneada (O Olho é o Novo Scroll)

Se não for lido em 0,7 segundos, é ignorado.

Dica prática: Mate parágrafos. Crie blocos. Use contraste. Frases de 3–5 palavras.

 

20) A Métrica Suprema: Conversa

Conversas guiam o algoritmo — não curtidas. Reels são a nova forma de começar conversas.

Dica prática: Poste perguntas que exigem opinião, não “sim / não”.

 

21) TikTok Além do Branding

Agora é tráfego, performance e social commerce.

Dica prática: Teste criativos com micro-ofertas. TikTok converte barato.

 

22) YouTube Shorts como Canal de Explosão

É o maior rio de distribuição orgânica.

Dica prática: Recorte tudo. Poste diariamente. Shorts não exige perfeição — exige volume.

 

23) Chatbot é o Primeiro Toque, Não o Último

A IA qualifica; o humano fecha.

Dica prática: Crie fluxos onde a IA identifica dor e envia para o humano no minuto certo.

 

24) Busca Não É Mais Link — É Resposta

Google, TikTok, ChatGPT viram “respondores”.

Dica prática: Conteúdos Q&A são prioridade absoluta.

 

25) A Volta Estratégica dos Blogs

Blogs agora alimentam as IAs.

Dica prática: Posts com perguntas diretas, listas e comparativos.

 

26) IA e Criadores Virtuais

Ter “você e seu avatar” vira vantagem competitiva.

Dica prática: Crie um co-host virtual para responder dúvidas e aparecer em vídeos.

 

27) Crescimento de Agências e Influência Profissional

Influência virou indústria técnica.

Dica prática: Tenha KPIs de influenciador: custo por influência, custo por prova social.

 

28) Live Shopping 2.0

Vendas rápidas e emocionais.

Dica prática: Lives de 15 minutos com ofertas-relâmpago.

 

29) Fluxo, Não Funil

Funis morrem porque pessoas não seguem passos. Elas circulam.

Dica prática: Tenha sempre 4 portas abertas – descoberta, prova, urgência e retenção.

 

30) Vídeos Curtos + Vídeos Longos no Instagram

Instagram passa a ter vídeos de 20 minutos e vira plataforma híbrida:

– Vídeos para viralizar (curtos)

– Vídeos para posicionar (longos)

Dica: Tenha dois calendários: explosão e profundidade.

 

 

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