Como o home office vem tirando protagonismo da geração Z e outros artigos da semana – 17.12.2025

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Você vai ler na coluna de hoje: Como o home office vem tirando protagonismo da geração Z , Economia da China fica estagnada em novembro e crescem pedidos de reforma, Planeta Atlântida lança iniciativa para incentivar conexões reais entre os jovens, Medrosos, negativos e cínicos: estudo revela retrato da geração Z, Por que a Geração Z quer Criptomoedas de Natal, Por que a Geração Z evita ligações telefônicas — e o impacto disso no trabalho e nos negócios, Dinheiro traz felicidade na vida e no trabalho?, Setor editorial e de livros registra expansão de 13% entre 2023 e 2025 e  Eletromidia e JCDecaux anunciam, em parceria, a OpenMetrics.

 

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Como o home office vem tirando protagonismo da geração Z e reorganizando carreiras sem que os jovens percebam

Por Caio Aviz

 

O home office altera dinâmicas internas, reduz oportunidades e reorganiza a experiência profissional da geração Z

Nos últimos anos, especialistas vêm alertando sobre os impactos do trabalho remoto nos profissionais mais jovens, o que atraiu atenção internacional.

Embora o home office tenha se consolidado após 2020, análises recentes mostram que o distanciamento diminui visibilidade, restringe aprendizados e afeta, de modo direto, a progressão de carreira dessa geração.

Esse movimento evidencia que a preocupação inicial dos jovens sobre perda de protagonismo se confirma gradualmente, o que reforça discussões sobre a importância da presença física na formação profissional.

 

Estudos revelam prejuízos diretos no desenvolvimento dos jovens

A mudança na dinâmica de trabalho decorre da adoção ampla do teletrabalho e, por isso, afeta de maneira imediata profissionais que dependem de convivência presencial para aprender.

Afinal, estar no escritório facilita o acesso a mentores, trocas informais e oportunidades de exposição que influenciam diretamente a evolução na carreira.

Além disso, pesquisas mostram que jovens se sentem isolados, o que limita o contato diário com colegas e reduz, ainda que de forma discreta, a capacidade de fazer perguntas e desenvolver habilidades práticas.

Empresas reconhecem que o retorno parcial melhora as interações e, por isso, muitas passaram a estimular a presença física.

Entretanto, o impacto prático permanece evidente: mesmo com produtividade maior no home office, a perda de aprendizado reduz avanço profissional.

 

Impactos profissionais e sociais do trabalho remoto

A limitação de treinamentos representa um dos principais desafios para os jovens e, apesar disso, muitos ainda preferem modelos híbridos.

Muitos profissionais utilizam o escritório como espaço de aprendizado essencial e, por consequência, buscam equilibrar autonomia e presença física.

Além disso, análises mostram que jovens que permanecem exclusivamente em home office recebem menos retorno técnico, o que corrige gaps, mas, ao mesmo tempo, não gera avanço expressivo na carreira.

Esse cenário evidencia como a distância influencia, de forma limitada, o desenvolvimento dos novos profissionais.

 

A percepção dos jovens sobre suas oportunidades

Embora o teletrabalho ofereça flexibilidade, a mudança provoca sensação de estagnação entre profissionais que aguardavam evolução mais rápida.

Muitos observam que, mesmo com autonomia ampliada, a falta de contato direto reduz aprendizado, o que reforça receios sobre perda de competitividade.

Esse sentimento cresce porque a ausência de convivência diária impede trocas espontâneas que aceleram o crescimento técnico.

 

Decisões para preservar o desenvolvimento profissional

Atualmente, muitos jovens tentam reorganizar rotinas diante da necessidade de manter presença física para não comprometer oportunidades.

O retorno aos escritórios influencia diretamente quem depende de mentorias constantes e, por isso, exige que profissionais ajustem suas agendas para acompanhar equipes.

Assim, o contato direto atende demandas essenciais de aprendizado, mas, ainda assim, não elimina o desafio de equilibrar flexibilidade e evolução na carreira.

Essa dinâmica demonstra como o home office, embora benéfico em muitos aspectos, impacta de forma reduzida a progressão dos jovens.

 

O trabalho remoto em um contexto mais amplo

A expansão do home office segue uma tendência global de reorganização do trabalho e, ao mesmo tempo, levanta debates sobre formação profissional.

Esse comportamento reforça a importância de compreender como o teletrabalho influencia não apenas a rotina individual, mas também as estruturas corporativas que dependem do desenvolvimento dos mais jovens.

Assim, a consolidação do modelo híbrido passa a integrar uma sequência de ajustes que moldam expectativas e reorganizam o futuro profissional da geração Z.

 

O futuro da formação dos jovens no mercado de trabalho

Especialistas, gestores e jovens profissionais avaliam que o impacto limitado do home office poderá representar um desafio contínuo para essa geração.

A capacidade de crescer profissionalmente em um ambiente de pouca convivência gera dúvidas, embora o modelo remoto ofereça benefícios relevantes.

Enquanto isso, a necessidade de repensar interações e processos de aprendizado reforça a preocupação com o desenvolvimento técnico dos jovens.

 

 

Economia da China fica estagnada em novembro e crescem pedidos de reforma

 

O crescimento da produção industrial da China desacelerou para uma mínima de 15 meses em novembro, enquanto as vendas no varejo registraram seu pior desempenho desde que o país encerrou abruptamente as restrições de ‘Covid-19 zero’, destacando a necessidade urgente de novos impulsionadores de crescimento rumo a 2026.

Com o enfraquecimento dos subsídios de Pequim ao consumidor, uma crise imobiliária prolongada pesando sobre os gastos das famílias e o investimento industrial correndo o risco de mais deflação, as autoridades têm se apoiado nas exportações para sustentar o crescimento.

Essa estratégia agora parece cada vez mais insustentável, uma vez que os parceiros comerciais de todo o mundo se irritam com o superávit comercial de US$1 trilhão da China e procuram erguer barreiras à importação.

A produção industrial aumentou 4,8% em novembro em relação ao ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, o ritmo mais fraco desde agosto de 2024, desacelerando em relação aos 4,9% registrados em outubro. A previsão em pesquisa da Reuters era de alta de 5,0%.

 

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As vendas no varejo, um indicador do consumo, cresceram 1,3%, o ritmo mais fraco desde dezembro de 2022, quando a segunda maior economia do mundo encerrou as restrições à pandemia, bem abaixo dos 2,9% em outubro e da previsão de um ganho de 2,8%.

‘As exportações fortes limitaram a necessidade de turbinar a demanda doméstica este ano, e os subsídios começaram a se esgotar’, disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

‘Acho que as autoridades voltaram sua atenção para 2026, já que a meta de crescimento de cerca de 5% parece estar ao alcance para este ano, portanto, há pouca motivação adicional para mais estímulos.’

Economistas afirmam que a economia já passou do ponto em que um estímulo adicional seria uma solução eficaz.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional pediu a Pequim que acelere a reforma estrutural e tome medidas em relação ao setor imobiliário, já que cerca de 70% da riqueza das famílias chinesas está vinculada a imóveis.

A correção do problema do setor imobiliário nos próximos três anos custará o equivalente a 5% do PIB, segundo estimativas do FMI.

É preciso fazer mais para aumentar a confiança dos consumidores domésticos, disse Fu Linghui, porta-voz da administração alfandegária da China, em uma coletiva de imprensa após a divulgação dos dados.

 

 

Planeta Atlântida lança iniciativa para incentivar conexões reais entre os jovens

 

O Planeta Atlântida lança, nesta sexta-feira (12), o projeto  Vibe Real, que propõe incentivar conexões reais entre os jovens por meio de conteúdos 360° nas redes sociais e nos veículos do Grupo RBS. O objetivo é ampliar o debate sobre equilíbrio, bem-estar e vínculos autênticos em um contexto em que indicadores apontam aumento de ansiedade, depressão e pressão social entre adolescentes e jovens adultos no Brasil.

A iniciativa busca impactar os planetários em diferentes abordagens e plataformas. Nas páginas de Atlântida, serão divulgados regularmente conteúdos interativos. Ouvintes da rádio vão poder acompanhar drops de um minuto com dicas práticas sobre como lidar com ansiedade, cansaço e pressão, com abordagem leve e conectada a temas atuais. A ATL TV, canal do YouTube da Atlântida, vai incorporar a discussão à pauta de seus programas. No site da Atlântida, o projeto ganha um submenu com matérias semanais sobre comportamento e vida digital.

Em GZH e Zero Hora, serão publicadas reportagens especiais que abordam saúde mental de jovens com profundidade, baseadas em dados, pesquisas e entrevistas com especialistas. Na Gaúcha e na RBS TV, será possível conferir entrevistas com profissionais em programas como Timeline e Jornal do Almoço.

A temática explorada pelo selo Vibe Real também vai nortear o evento Aquece Planeta Atlântida, que será realizado no dia 21 de dezembro com ações que promovam engajamento e conexão do público em Porto Alegre.

Celebrando em 2026 três décadas de história como um dos maiores festivais de música do país, o Planeta Atlântida reforça, com o Vibe Real, seu compromisso com temas relevantes para a juventude.

 

 

Medrosos, negativos e cínicos: estudo revela retrato da geração Z

Por Agência O Globo

 

As pessoas já os pintam como a geração mais mimada, porém, um novo estudo comprovou que a geração Z — nascidos entre 1997 e 2012 — enxergam o mundo como um “lugar assustador”. E não só isso, mas apresentam níveis elevados de ansiedade em relação as outras pessoas ao seu redor.

O professor Gabriel Rubin, cientista da Universidade Estadual de Montclair, em Nova Jersey, realizou entrevistas aprofundadas com 107 jovens sobre suas opiniões a respeito de política, risco e protesto. A maioria dos entrevistados concordou com a a afirmação: “A Geração Z vê o mundo como um lugar assustador”. Sendo os maiores temores as redes sociais e a economia.

“Os jovens percebem riscos em todos os lugares para onde olham”, afirmou o professor. E segundo ele, os resultados podem reforçar o estereótipo que define os jovens como aqueles que se chateiam e se ofendem com muita facilidade.

Segundo o pesquisador, o estudo, apresentado na Conferência da Sociedade para Análise de Risco, revelou três principais conclusões sobre como a Geração Z encara o risco. A primeira é que a geração Z vê o mundo como um lugar assustador devido a fatores como as suas experiências durante os confinamentos da Covid-19.

 

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Em segundo é que eles estão cada vez mais céticos quanto à sua capacidade de mudar o mundo. Para eles, o planeta parece mais arriscado quando se tem pouco controle sobre os resultados. E em terceiro lugar, a geração Z tende a ter uma visão negativa do futuro, com muitos se sentindo estressados ou deprimidos por questões existenciais como as mudanças climáticas, para as quais não existem soluções fáceis.

O estudo também mostrou que essa geração encara os problemas como algo fácil de lidar ou difícil, não há meio termo entre os dois lados, ou seja, que eles não entendem que os riscos existem em um espectro e podem ser avaliados e gerenciados.

Rubin afirma que os resultados da pesquisa apresentam uma “mudança preocupante” na perspectiva da Geração Z, já que entrevistas anteriores tinham um tom muito mais positivo.

“Agora, a geração se tornou mais negativa, cínica e assustada”, disse.

Outros grandes riscos percebidos pela Geração Z incluem tiroteios em escolas, discriminação e direitos dos imigrantes, divisão política, segurança e taxas de criminalidade, além de problemas de saúde mental.

A pesquisa revelou um impacto particularmente forte sobre as mulheres jovens, com quase todas considerando seus direitos ameaçados e em situação de “retrocesso”.

“Estou muito surpreso com o crescente cinismo. Quando iniciei esta pesquisa em 2022, as entrevistas foram otimistas, porém, com o passar do tempo, as visões da Geração Z estão mudando e há uma sensação geral de que promover mudanças é difícil”, revelou o professor.

Em uma mesa redonda realizada em 2022, especialistas se reuniram para discutir se a Geração Z é mais sensível.

Alguns sugerem que a Geração Z lida com a Sensibilidade de Processamento Sensorial (SPS), o que significa que processa estímulos e outras informações de forma mais profunda e intensa do que as gerações anteriores.

Isso pode levar ao aumento da ansiedade e da depressão, afetando a qualidade de vida e o bem-estar, acrescentaram.

 

 

Por que a Geração Z quer Criptomoedas de Natal

Por Marília Almeida

 

A cartinha para o Papai Noel está diferente. Um estudo da Visa aponta que as criptomoedas passaram a fazer parte da lista de presentes de Natal dos brasileiros: 64% das pessoas ouvidas responderam que ficariam animadas caso recebessem criptomoedas como presente de Natal. Na América Latina, o percentual cai para 57% e, globalmente, diminui para 38%. Uma parte dos brasileiros disseram ainda que consideram dar criptomoedas de presente neste fim de ano (10%).

Entre os entusiastas de criptomoedas como presente de Natal, representantes da Geração Z, que têm hoje entre 16 anos e 28 anos, são maioria: nos EUA, quase metade dos adultos da geração Z afirmaram que ficariam animados em receber criptomoedas como presente. No Brasil, o cenário não deve ser muito diferente.

Dados da pesquisa Raio-X do Investidor, feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apontam que representantes da Geração Z já correspondem a 57% dos investidores de moedas digitais. A geração é seguida pelos Millenials (30%), que têm hoje entre 29 e 43 anos.

Mas por que a geração Z se anima tanto em ganhar criptomoedas? Uma das explicações é sua característica de nativa digital. “Essa geração se acostumou desde cedo a usar apps e serviços digitais. O fato de as criptomoedas e seu processo de compra ser digital aproxima naturalmente essa geração”, diz Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Finanças da FGV (FGV-Cef).

A segunda razão é que as principais criptomoedas (bitcoin e ethereum) registram muito sobe e desce de preços. Jovens costumam ser atraídos por risco, complementa Yoshinaga. “O pensamento é: vou comprar, porque talvez passe a valer US$ 1 milhão de no futuro. Eles se percebem como alguém que tem tempo para esperar e ver se vai dar certo”. Colabora com isso o fato de que a geração ainda não levou um grande tombo nos investimentos. “Com exceção da Covid, ela não passou por nenhuma grande crise. Isso aumenta o seu apetite”.

Uma parte dos jovens da Geração Z podem ainda morar com os pais, e um eventual prejuízo com a aplicação não o compromete tanto. “Esses jovens apostam que o ativo tem potencial de alta, e se der errado não tem tanto problema assim, pois seu comprometimento financeiro ainda não é tão alto”, conclui a coordenadora do FGV-Cef.

Por fim, as redes sociais também tem sua parcela de influência neste panorama geracional. “A população jovem é encantada pela narrativa de que alguém ficou milionário ao apostar em criptomoedas”.

O desejo de consumo natalino não é ruim, conclui Yoshinaga: mostra que a geração mais jovem está querendo guardar dinheiro. “É uma oportunidade para os pais incentivarem a educação financeira”. Lembrando que as criptomoedas devem ser apenas parte de um portfólio de investimentos, e a aplicação deve se concentrar em objetivos de médio e longo prazo, dado sua alta volatilidade.

 

 

Por que a Geração Z evita ligações telefônicas — e o impacto disso no trabalho e nos negócios

Por Redação Alô Alô Bahia

 

Atender ligações telefônicas não faz parte da rotina de boa parte da Geração Z. Uma pesquisa da plataforma britânica Uswitch, que ouviu 2 mil pessoas, revela que 1 em cada 4 jovens entre 18 e 34 anos nunca atende o telefone. O levantamento aponta ainda que 70% preferem mensagens de texto e 56% associam ligações inesperadas a más notícias.

A mudança de comportamento já é sentida no ambiente corporativo. Se antes a comunicação profissional era baseada em chamadas, hoje jovens profissionais priorizam mensagens escritas, e-mails e plataformas como Slack e Teams, criando um choque geracional dentro das empresas.

“É uma geração que nasceu imersa no digital. Eles buscam agilidade, eficiência e autonomia, e as mensagens permitem conexão sem interromper o fluxo do trabalho, como acontece com as ligações”, explica Aimée Rocha, gerente de aquisição e gestão de talentos do Grupo L’Oréal, que lidera programas voltados à Geração Z.

 

Desconforto com a imprevisibilidade

Para especialistas, o incômodo com chamadas está ligado à imprevisibilidade e à exigência de respostas imediatas. “Uma ligação pode soar invasiva quando a mesma conversa poderia acontecer por mensagem, com tempo para refletir”, analisa Aline Riccio, vice-presidente da consultoria Korn Ferry para a América do Sul.

A consultora de RH Letícia Pavim, cofundadora da Rede Pavim, que capacita líderes de grandes empresas, confirma a percepção. “Há muitas reclamações de líderes sobre a comunicação dos jovens”, afirma. Ela própria, integrante da Geração Z, admite evitar chamadas: “Não gosto de ligação. Deixo o celular no ‘não perturbe’ há anos”.

 

Impactos na cultura e nos resultados

Embora pareça apenas uma mudança de hábito, a preferência por mensagens já gera impactos na dinâmica das empresas. “A comunicação escrita abre espaço para interpretações e pode atrasar decisões”, pontua Pavim. Segundo ela, tarefas se alongam, combinados ficam incompletos e expectativas deixam de ser alinhadas.

Além disso, habilidades que exigem interação em tempo real — como negociação, resolução de conflitos e feedbacks sensíveis — podem ser prejudicadas. “Evitar totalmente a comunicação por voz limita o desenvolvimento dessas competências, que são fundamentais para quem vai liderar”, avalia Riccio.

O reflexo também chega aos negócios. “Quando tudo vira e-mail, respostas demoram dias. Negociações travam”, diz Pavim. “Contratos e parcerias dependem de confiança. Um atendimento frio e distante facilita a troca por outra empresa.”

 

Equilíbrio em ambientes multigeracionais

Para especialistas, o caminho passa por acordos claros e flexibilidade em ambientes com profissionais de diferentes gerações. “É importante conversar sobre preferências: quando usar mensagem e quando a ligação é necessária”, sugere Pavim.

Rocha reforça que os estereótipos nem sempre se confirmam. “A Geração Z não é silenciosa. É extremamente comunicativa, criativa e conectada — apenas se expressa de outras formas.”

A solução está no equilíbrio. “A ligação é só mais uma ferramenta”, resume Riccio. “Cada situação pede um canal diferente.” Práticas simples, como avisar antes de ligar, definir protocolos de comunicação e criar momentos fixos de alinhamento, ajudam a reduzir conflitos e melhorar resultados.

 

 

Dinheiro traz felicidade na vida e no trabalho?

Por Lucas Gabriel Slompo

 

A relação entre dinheiro e felicidade é uma questão central que transcendeu a filosofia para se tornar um tema estratégico na gestão de pessoas e na estratégia organizacional. A resposta é complexa: o dinheiro é fundamental, mas não é o fator decisivo, especialmente quando as necessidades básicas estão satisfeitas.

O estudo que realizamos com empresas e funcionários brasileiros, denominado O Conceito de Felicidade como Indicador Aplicado às Empresas no Brasil, propõe o Índice de Felicidade Organizacional (IFO) e lança luzes sobre essa questão ao analisar o bem-estar dos trabalhadores brasileiros. Os achados da nossa pesquisa reforçam uma perspectiva consolidada: a satisfação financeira é um pilar crucial, mas coexiste com outros fatores de peso igual ou superior.

O dinheiro é o oxigênio que permite a sobrevivência e a segurança, mas o propósito, o apoio social e o crescimento pessoal são o coração e a alma de uma vida e de uma carreira verdadeiramente felizes

No âmbito global, pesquisas de especialistas como Kahneman e Deaton já haviam estabelecido um limite de saturação para a renda, sugerindo que ganhos adicionais melhoram a avaliação geral da vida, mas não necessariamente o bem-estar emocional cotidiano, uma vez atingido um patamar de segurança. O dinheiro, portanto, compra a segurança e a estabilidade que removem fontes significativas de infelicidade e estresse, sendo o alicerce que permite a construção de uma vida plena.

No entanto, o indicador IFO, que criamos, ao ponderar as variáveis que compõem a felicidade no trabalho, demonstra que a equação vai muito além do contracheque. A variável “Satisfação Financeira” recebeu o peso 3 (numa ordem que vai de 1 a 5) no índice, o que a coloca em um patamar de alta relevância. Contudo, ela é superada em peso pela variável “Propósito no Trabalho” e pelo “Apoio Social”, ambas com peso 4.

Essa hierarquia de fatores é reveladora. Ela sugere que, para o trabalhador brasileiro, o significado do que se faz e a qualidade das relações interpessoais no ambiente de trabalho são preditores mais fortes de felicidade do que a remuneração em si, uma vez que esta seja considerada justa e suficiente. O propósito confere sentido à jornada diária, transformando o trabalho em fonte de realização pessoal. O apoio social, por sua vez, atende à necessidade humana fundamental de pertencimento e conexão, sendo um poderoso amortecedor contra o estresse e a solidez.

Outros fatores intrínsecos e eudaimônicos, como “Aprendizado e Desenvolvimento” (peso 4) e “Saúde Física e Mental” (peso 3), também se destacam. Isso indica que o trabalhador busca ativamente o crescimento, a aquisição de novas competências e um ambiente que valorize seu bem-estar integral. Empresas que investem em desenvolvimento contínuo e em políticas de suporte à saúde mental demonstram um compromisso que transcende a transação financeira.

 

 

Setor editorial e de livros registra expansão de 13% entre 2023 e 2025

Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

 

O setor editorial e livreiro no Brasil registrou, em 2025, mais de 54 mil empresas e estabelecimentos ativos em todas as etapas da cadeia, como editoras de livros, livreiros, distribuidores e gráficas e empresas de edição integrada. O número representa uma expansão em relação ao ano anterior, quando eram 51 mil empresas e estabelecimentos ativos.

Além disso, o segmento gera 70 mil empregos diretos. Os dados são de levantamento divulgado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), produzido em parceria com a Analytics Valuation Reporting Insights (AVRI).

Entre 2023 e 2025, houve um crescimento de 13% no número total de empresas, com destaque para o avanço das editoras e do comércio varejista de livros. E de 2024 para 2025, o aumento foi consistente em todos os segmentos mapeados, ressaltou a CBL.

 

Dimensão

Para a presidente da CBL, Sevani Matos, o estudo é fundamental para compreender a dimensão do setor do livro no Brasil. “Pela primeira vez, reunimos dados que mostram o tamanho do nosso setor. Esse diagnóstico nos dá base para avançar em políticas públicas, fortalecer nossos profissionais e ampliar o acesso ao livro em todo o país”, afirmou.

O levantamento fez, ainda, um mapeamento da estrutura do setor, com base nos dados de 2024. Do total de empreendimentos, 59% eram empresários individuais, 40% empresas privadas e 1% organizações sem fins lucrativos. Em relação ao porte, o setor é predominantemente formado por microempresas (83%), seguido por empresas médias e grandes (9%) e de pequeno porte (8%).

 

Geração de empregos

O comércio varejista de livros é o segmento que mais gera empregos no setor livreiro, com forte concentração na região Sudeste, responsável por 56% dos postos de trabalho. O comércio atacadista tem estabelecimentos situados principalmente em centros regionais de distribuição, com destaque para as capitais das regiões Sudeste, Nordeste e Sul.

A edição de livros reúne o maior número de estabelecimentos do setor, marcada pela predominância de empresários individuais, que representam 77% do total. A impressão de livros é o segmento com maior média de empregos por empresa, alcançando nove postos de trabalho por estabelecimento, também com destaque para as regiões Sudeste e Sul.

Em 2025, o estudo aponta, ainda, uma forte presença territorial do setor: 2.495 municípios brasileiros contam com pelo menos uma empresa ligada ao livro, o que, segundo a CBL, evidencia a capilaridade do setor e sua relevância nacional.

O estudo também analisou a relação entre a presença do comércio varejista de livros e os indicadores de desenvolvimento das cidades. Entre os 1.830 municípios que têm livrarias, o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) é 3% superior à média nacional. Segundo a CBL, o dado reforça que a existência de livrarias e pontos de circulação de livros está associada a melhores condições sociais, educacionais e culturais.

 

 

Eletromidia e JCDecaux anunciam, em parceria, a OpenMetrics

Por Renata Suter    

 

Eletromidia e JCDecaux anunciam parceria para fornecer métricas unificadas de audiência para o setor. A OpenMetrics surge como um movimento conjunto para estruturar as métricas em OOH e impulsionar um padrão mais transparente, comparável e estratégico para todo o mercado.

Um comitê independente, composto por agências de publicidade, plataformas de mídia programática e associações do setor, terá a missão de validar os dados e supervisionar a entrada de novos integrantes, seguindo critérios técnicos e parâmetros específicos do mercado de OOH.

As métricas de audiência poderão ser obtidas tanto por meio de sensores instalados nos equipamentos, quanto de dados mobile fornecidos por operadoras de telefonia, garantindo sempre o anonimato e a conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Demanda antiga do mercado, uma métrica unificada para comparar a audiência em diferentes plataformas, permitindo que agências e anunciantes distribuam o investimento publicitário de forma mais estratégica, tornando todo o setor mais transparente, eficiente e confiável. O Out of Home é hoje o meio que mais cresce no Brasil, com 12% de participação no total publicitário, segundo o último relatório do CENP Meios.

Para Alexandre Guerrero, CEO da Eletromidia, a unificação das métricas consolida um mercado mais eficiente, o que permitirá uma estratégia mais assertiva para marcas e agências. “Com esta iniciativa, elevamos o patamar do setor, possibilitando que as marcas alcancem sua audiência com precisão e que o OOH avance em mensuração, inteligência e eficiência”, conclui.

 

 

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