Como Conquistar a Geração Z e outros artigos da semana – 22.10.2025

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Você vai ler na coluna de hoje: Como Conquistar a Geração Z: 3 Estratégias para Atrair e Reter Talentos, Falta de trabalhadores faz Alemanha “desaposentar” idosos e permitir que os aposentados continuem trabalhando, Banrisul é o primeiro banco a operar com o Programa BNDES de Regularização de Dívidas Rurais, Parque brasileiro supera a Disney e conquista o topo entre os melhores do mundo, As marcas mais inovadoras de 2025, segundo a Kantar, Brechós ganham espaço e impulsionam consumo consciente da moda no Brasil e Carro elétrico de R$ 53 mil chega ao Brasil em novembro para desbancar o BYD Dolphin Mini.

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Como Conquistar a Geração Z: 3 Estratégias para Atrair e Reter Talentos

Por Roberta Matuson

 

Um relatório da consultoria Gallup mostra que o engajamento de profissionais da Geração Z vem caindo e que muitos jovens profissionais estão ativamente em busca de novas oportunidades de trabalho. A pesquisa identifica elementos que medem até que ponto as necessidades básicas dos funcionários no trabalho são atendidas, se eles se sentem apoiados e valorizados, recebem expectativas e feedback claros e têm oportunidades de aprender e crescer.

Desde que começou a ingressar no mercado de trabalho, trazendo novas prioridades e demandas, essa geração está reescrevendo as regras sobre o que é necessário para engajar e reter os melhores talentos.

Se a sua empresa não reconhece os funcionários, especialmente os mais jovens, adota um estilo de gestão ultrapassado e não oferece um plano claro de crescimento, está perdendo os talentos mais promissores. Por outro lado, companhias que investem em reconhecimento genuíno, crescimento transparente e liderança personalizada conseguem atrair profissionais da Geração Z, enquanto os concorrentes veem a rotatividade disparar.

Veja como transformar sua estratégia de atração e retenção de talentos para uma geração que exige mais da liderança, e não hesita em deixar a empresa quando suas expectativas não são atendidas.

 

3 passos para atrair e reter a Geração Z
  1. Reconhecimento rápido

A maioria dos profissionais da Geração Z não se satisfaz com e-mails genéricos de “bom trabalho” ou com um elogio ocasional em reuniões de equipe. Essa geração espera que o reconhecimento seja:

Rápido: comemore as conquistas assim que acontecerem. Reconhecimentos tardios soam artificiais e são facilmente esquecidos;

Autêntico: evite elogios padronizados como “ótimo trabalho”. Personalize o feedback (Exemplo: “Você resolveu aquele problema do cliente e elevou a reputação da equipe. Mandou muito bem”) para mostrar que está atento e realmente acredita no que está dizendo.

Relevante: os profissionais da Geração Z não são todos iguais. Pergunte como eles preferem ser reconhecidos. Alguns podem gostar de um elogio público, outros preferem uma mensagem privada ou a chance de participar de projetos mais desafiadores que ajudem no desenvolvimento de suas habilidades.

  1. Crescimento de carreira claro

A Geração Z se mostra menos interessada em trilhas de liderança tradicionais e mais focada em crescimento pessoal e oportunidades para demonstrar seu potencial. Para mantê-los engajados, tenha:

Caminhos transparentes: mostre como o crescimento pode acontecer, seja com movimentações laterais, liderança de projetos, desenvolvimento de habilidades ou novos papéis. Não deixe um mistério em torno de promoções ou mudanças de área;

Planos de desenvolvimento personalizados: construa, junto com cada colaborador, um plano individual de crescimento baseado em seus interesses e pontos fortes;

Mentalidade de sucessão: mostre que é possível crescer dentro da posição atual, mesmo que cargos de gestão não sejam o objetivo. Metas de curto prazo, oportunidades de colaboração entre equipes e feedbacks constantes fazem com que o futuro dentro da empresa pareça possível.

  1. Personalização da liderança e comunicação

A Geração Z não se interessa por gestores que aplicam o mesmo modelo para todos. Pelo contrário, eles valorizam uma liderança que reconheça sua individualidade.

Mantenha uma comunicação flexível: pergunte como seus colaboradores da Geração Z preferem se comunicar. Alguns preferem mensagens pelo Slack; outros valorizam reuniões agendadas. Se possível, adapte-se ao estilo deles;

Tenha canais de feedback: crie espaços regulares para que a Geração Z também possa dar feedback, e não apenas recebê-lo;

Seja humano: seja aberto sobre o que está aprendendo e como está se adaptando, não apenas como empresa, mas como líder. Compartilhe seus erros com transparência, para que os jovens da Geração Z vejam que até mesmo você ainda tem o que aprender.

 

Lições para líderes

Pare de adivinhar o que a Geração Z quer e pergunte a eles.

Invista em reconhecimento e planos de carreira personalizados, em vez de trilhas profissionais ultrapassadas e genéricas.

Seja um líder que ouve e se comunica com flexibilidade, não o chefe do tipo “é do meu jeito ou nada feito”.

 

*Roberta Matuson é colaboradora da Forbes US. Ela é especialista em liderança e em mudanças no mercado de trabalho.

 

 

Falta de trabalhadores faz Alemanha “desaposentar” idosos e permitir que os aposentados continuem trabalhando

Por Victor Bianchin

 

Em setembro de 2023, a Europa voltou seus olhos para a Alemanha. O país que, em geral, sempre foi uma das economias mais sólidas da zona do euro estava em alerta: combinar uma maior expectativa de vida com um cenário demográfico de pirâmide invertida e um contexto inflacionário desenhava um panorama pouco promissor para aqueles prestes a se aposentar. Na verdade, o sistema estava levando aposentados a voltarem a procurar trabalho para complementar as pensões.

Dois anos depois, as coisas não melhoraram — então, o governo normalizou a situação.

 

Uma mudança estrutural

O governo do chanceler Friedrich Merz colocou sobre a mesa uma proposta clara e pragmática: permitir que os aposentados que decidirem continuar trabalhando recebam até 2.000 euros (R$ 12,5 mil) por mês isentos de impostos, o chamado “plano de pensão ativa”, uma medida criada para enfrentar a crescente escassez de mão de obra que afeta a maior economia da Europa.

A iniciativa faz parte do pacote de reformas que o Executivo apresentou como seu “outono de reformas” e, segundo o rascunho legislativo obtido pelo Financial Times, entrará em vigor em 1º de janeiro. A coalizão com os social-democratas está prestes a aprová-la com o argumento de reter experiência e conhecimento nas empresas e aumentar a taxa de emprego em um país que enfrenta uma das transições demográficas mais severas do continente.

A medida isenta de impostos até 2.000 euros (R$ 12,5 mil) mensais de rendimentos trabalhistas adicionais para pessoas aposentadas, mas não elimina as contribuições: empregados e empregadores continuarão pagando contribuições sociais sobre esses salários, o que (segundo o Executivo) ajudará a reforçar as finanças da saúde e das pensões, ao mesmo tempo que melhora a liquidez das empresas com experiência sênior.

As vantagens já existentes para quem opta pela aposentadoria antecipada não são eliminadas (a idade legal continua sendo 67 anos, com incentivos para se aposentar aos 63). A mudança pretende, na verdade, oferecer um incentivo fiscal para que quem puder e quiser prolongar sua vida laboral o faça.

 

Custo público e projeções

O próprio governo estima que abrir mão da arrecadação de impostos por esse incentivo custará cerca de 890 milhões de euros por ano a partir de sua entrada em vigor — um número que alguns institutos consideram otimista: o Instituto IW calcula um custo anual mais próximo de 1,4 bilhão e estima em cerca de 340 mil pessoas o universo potencial de beneficiários.

Economistas como Holger Schmieding alertam, no entanto, que o impacto líquido pode se tornar positivo em dois ou três anos, caso o aumento da atividade econômica e das contribuições compense a perda fiscal inicial, além do possível “efeito psicológico” de valorizar socialmente a contribuição dos mais velhos.

 

Idoso

O governo olha, entre outros exemplos, para a Grécia: quando Atenas permitiu que os aposentados mantivessem integralmente sua pensão e tivessem uma alíquota reduzida (10%) nos tributos sobre seus rendimentos trabalhistas, o número de trabalhadores aposentados passou de 35 mil em 2023 para mais de 250 mil em setembro do ano seguinte — um salto que ilustra o poder dos incentivos fiscais para mobilizar a oferta de trabalho entre os grupos mais velhos.

Essa experiência é usada em Berlim como sinal de que a política pode funcionar, embora a escala, as estruturas trabalhistas e as culturas de emprego sejam diferentes.

O gesto busca atacar vários sintomas estruturais: a Alemanha registra hoje algumas das jornadas médias de trabalho mais curtas da OCDE e um acentuado crescimento do trabalho em meio período (que já alcança 30% da força de trabalho, mais que o dobro do registrado no início dos anos 1990). A política pretende tanto aumentar as horas efetivas quanto reter o capital humano que, de outro modo, se perderia das empresas.

Manter funcionários seniores no quadro pode ajudar a reduzir gargalos em setores com escassez de profissionais qualificados e facilitar a transferência de know-how, mas também traz o desafio de adaptar cargos, ergonomia e políticas internas a uma força de trabalho mais envelhecida.

 

Riscos políticos e econômicos

O principal risco é duplo: por um lado, a medida pode penalizar jovens e trabalhadores em início de carreira se as empresas optarem por reter cargos com folhas de pagamento mais baratas e funcionários mais experientes.

Por outro lado, a estimativa fiscal do Executivo pode ficar aquém caso a adesão seja alta, pressionando as contas públicas em um momento em que o custo dos sistemas sociais já pesa sobre o orçamento. Além disso, o Financial Times lembra que existe uma dimensão de equidade e de narrativa pública: promover que as pessoas trabalhem por mais tempo é politicamente sensível quando há setores com empregos precários e salários estagnados.

Em última análise, o plano de permitir essa isenção de impostos para aposentados que trabalham é, em essência, uma resposta pragmática a um choque demográfico e à falta de mão de obra qualificada: busca monetizar a experiência de vida, sustentar as contribuições e fortalecer a economia sem recorrer apenas à imigração em massa ou a aumentos bruscos na jornada de trabalho.

Ainda assim, seu sucesso dependerá da magnitude da adesão, de como será combinado com outras políticas trabalhistas (formação, conciliação, redistribuição do trabalho em meio período) e da honestidade das projeções fiscais: se a adesão for alta, o custo pode se aproximar das estimativas mais pessimistas; se for moderada, a iniciativa pode se tornar um respeitável exercício de ajuste institucional que contribua para prolongar a vida ativa de muitos e mitigar, parcialmente, o custo do envelhecimento.

 

 

Banrisul é o primeiro banco a operar com o Programa BNDES de Regularização de Dívidas Rurais

 

 

O Banrisul já iniciou a operação do Programa BNDES de Regularização de Dívidas Rurais desde a última quarta-feira (15). Produtores rurais de 459 municípios gaúchos afetados por eventos climáticos, como a enchente do ano passado e as sucessivas secas, podem entrar em contato com sua agência de relacionamento para solicitar financiamento.

A Medida Provisória nº 1.314/2025, publicada pelo Governo Federal, permite que produtores rurais, mediante apresentação de laudo técnico, que tenham sofrido perdas em duas ou mais safras, entre 1º de julho de 2020 e 30 de junho de 2025, em decorrência de eventos climáticos adversos, renegociem suas dívidas em condições diferenciadas.

Segundo o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, a iniciativa complementa os esforços já empreendidos pelo Governo do Estado, em parceria com o Banco, para dar fôlego aos produtores rurais, com o aporte de R$ 150 milhões destinado ao alongamento das dívidas do crédito rural — medida anunciada em julho pelo governador Eduardo Leite. “Nosso compromisso é ajudar a ‘consertar o campo’, reorganizar as finanças dos produtores e garantir a continuidade do plantio, promovendo, assim, a recuperação da capacidade produtiva do agronegócio gaúcho”, afirma.

“O Banrisul foi o primeiro banco entre as 47 instituições financeiras a operar com o programa do BNDES, demonstrando sua agilidade no recebimento de propostas de produtores e no processamento de pedidos de financiamento”, destaca Fernando Lemos. Ele destaca que o Banrisul recebeu o terceiro maior volume de financiamento entre as instituições financeiras a operar no programa, totalizando R$ 880,7 milhões.

O diretor destaca que, com extrema rapidez e eficiência, o Banco desenvolveu um novo sistema para processar os pedidos de renegociação dos produtores da carteira do agronegócio da instituição, acelerando a qualificação técnica e creditícia.

O Programa de Regularização de Dívidas Rurais do BNDES oferece prazo de pagamento de até nove anos, com carência de até um ano. Os recursos são destinados a produtores rurais que possuam imóveis rurais em municípios que, entre 2020 e 2024, foram declarados em estado de calamidade pública ou emergência pelo Governo Federal devido a eventos climáticos adversos.

 

 

Parque brasileiro supera a Disney e conquista o topo entre os melhores do mundo

Por Isabella Fernandes

 

 

O Beto Carrero World, localizado em Penha (SC), acaba de conquistar um feito histórico. Segundo o Travellers’ Choice Awards 2025, premiação organizada pela plataforma internacional Tripadvisor, o parque foi eleito o segundo melhor parque temático do mundo, ficando atrás apenas do Ferrari World Yas Island, em Abu Dhabi.

Com mais de 100 atrações distribuídas em áreas para todas as idades, o parque catarinense superou nomes de peso como o Hollywood Studios e o Epcot, ambos da Disney.

 

 

Orgulho nacional e referência em turismo

O Beto Carrero World é o maior parque temático da América Latina e um dos principais destinos turísticos de Santa Catarina. Em nota oficial, a administração agradeceu aos visitantes pelas avaliações positivas e destacou que o reconhecimento é resultado do trabalho das equipes e da experiência oferecida ao público.

 

Inovação e parcerias globais

Entre os destaques recentes está a primeira área temática Nerf do mundo, fruto de uma parceria com a Hasbro Inc., empresa responsável pelos famosos lançadores de brinquedo. O investimento foi de cerca de R$ 100 milhões.

Inaugurado em 28 de dezembro de 1991 pelo idealizador João Batista Sérgio Murad, o parque segue crescendo e se modernizando. Murad, que faleceu em 2008 vítima de uma endocardite, deixou um legado que transformou o turismo brasileiro.

 

Localização estratégica

O Beto Carrero World está instalado junto ao Kartódromo Internacional Beto Carrero e ao Instituto Beto Carrero, com ampla área destinada a expansões e novos empreendimentos.

Localizado no município de Penha, o parque fica a 35 km de Balneário Camboriú, 60 km de Blumenau, 66 km de Joinville e próximo ao Aeroporto de Navegantes, com acesso facilitado pela BR-101.

 

 

As marcas mais inovadoras de 2025, segundo a Kantar

Por Meio & Mensagem

 

As conclusões foram obtidas a partir de dados recentes do Kantar Brand, bem como em pesquisas qualitativas para analisar as marcas mais inovadoras e as estratégias por trás do sucesso para não apenas navegar por mudanças, mas liderar o mercado ao traduzir o comportamento do consumidor, antecipar sinais emergentes e criar estratégias para o futuro com base nas dinâmicas globais.

De acordo com a companhia, o ponto comum entre as organizações destacadas é a construção sobre bases sólidas, empoderamento de equipes em todos os níveis e a tomada de decisão com base em insights.

Confira as estratégias em destaque de cada uma das marcas:

Netflix

A gigante do streaming lidera o segmento, impulsionando seu crescimento por meio da mentalidade de teste e aprendizado. Além disso, aplica a tecnologia aos negócios por meio de busca alimentada por inteligência artificial e storytelling interativo. Destaque também para experimentos em conteúdo, com apostas em games e esportes ao vivo.

Para 2026, a Kantar indica que a agilidade em IA deve ser instintiva, acelerando testes e aprendizado, desbloqueando também oportunidades alinhadas à marca.

ChatGPT (OpenAI)

Com o chatbot, a OpenAI demonstra o comprometimento necessário para avançar em novos territórios. Entre eles, a Kantar chama a atenção para desenvolvimentos recentes como funcionalidade multimodal, interação por voz e navegação em tempo real.

O relatório aponta que as inovações de maior impacto tem origem, justamente, no comprometimento, e o sucesso é atribuído àqueles que de destacam e ditam o ritmo do mercado, colocando em prática o que pregam e defendendo ideias ousadas.

KFC

A marca de fast-food abraça a curiosidade — característica para descobrir tensões ocultas, tendências emergentes e novas oportunidades. Isso, especialmente, por meio do social listening e IA.

O KFC da África do Sul, ao lado da empresa de design Play Braam, desenvolveu uma loja conceito que reinventou a experiência dos clientes por meio de pedidos digitais, jogos em realidade virtual e colaborações de design.

Trip.com

Inovações de sucesso partem da unidade e empatia, mas o alinhamento dos times não é o suficiente. É preciso que a colaboração faça parte de todo o processo para tomar decisões de forma rápida e agir de maneira inteligente. Também é importante ir além da tecnologia para descobrir as reais motivações das pessoas.

Um exemplo da adoção da estratégia é a Trip.com. Antes de novos projetos, a companhia promove conversas internas para garantir o alinhamento das equipes à uma estratégia comum que priorize os consumidores, garantindo clareza e avanço com confiança e empatia.

Clorox

A Clorox, marca de produtos de limpeza, é a prova de empresas que não apenas se adaptam às mudanças, elas as moldam. Em vez de criar produtos com apenas um uso, a companhia desenvolveu itens de longo prazo e entre categorias para gerar impulso e manter demanda constante.

O segredo é saber o que a marca representa a fim de desafiar suposições, reformular problemas e repensar normas para promover um crescimento transformador.

 

 

Brechós ganham espaço e impulsionam consumo consciente da moda no Brasil

Por Izabella Gomes

 

Venda de roupas usadas ganha força como alternativa sustentável e movimenta a economia circular

O mercado de brechós no Brasil cresce e vai além da economia. Feiras e lojas de produtos de segunda mão se consolidam como parte de um estilo de vida baseado no consumo consciente, na valorização da identidade e no respeito ao meio ambiente.

Enquanto o fast fashion — modelo de produção em larga escala e baixo custo — continua a causar impactos sociais e ambientais, o movimento dos brechós surge como uma alternativa de resistência e transformação cultural.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a indústria da moda é responsável por cerca de 10% das emissões de carbono e 20% do desperdício de água do planeta. Diante disso, os brechós ganham destaque por reduzir impactos ambientais, fortalecer comunidades e promover novas formas de consumo mais conscientes.

 

Brechó ou bazar? Belo Horizonte tem quase 3 mil lojas de roupas usadas

De acordo com a professora Francisca Dantas Mendes, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, os brechós têm papel importante na moda sustentável.

“Eles prolongam a vida útil dos produtos pós-consumo e possibilitam que consumidores encontrem peças antigas de acervos de outras pessoas, com valor histórico e de moda”, explica ao Jornal da USP.

Ela ressalta, porém, que os brechós, sozinhos, não conseguem resolver os problemas causados pelo fast fashion. “Não podemos dizer que o brechó vai resolver o impacto do processo produtivo acelerado da moda rápida, de baixo preço”, pontua.

Mesmo assim, o setor vem ganhando credibilidade e atraindo novos perfis de consumidores. “Hoje, o brechó é visto como um mercado consolidado de segunda mão. Há novos consumidores mais preocupados com o meio ambiente, que buscam peças de qualidade e reduzem o consumo exagerado”, afirma Francisca.

Essa mudança também é percebida por quem trabalha no ramo. Ana Carolina Patton, dona do Solarium Brechó e Ateliê, em Ribeirão Preto, conta que o público passou a ver essas lojas de forma diferente. “Antes o brechó era visto só como lugar de peça barata. Hoje, é valorizado como um espaço de identidade, estilo e exclusividade.”, ao jornal da USP

Ela observa diferenças entre gerações. “Os jovens procuram os brechós por estilo e autenticidade, além da consciência ambiental. Já o público mais velho busca preço, qualidade e também a nostalgia das peças antigas.”

Além de promover consumo consciente, os brechós movimentam a economia local. “Eles fazem parte da economia circular, geram renda para quem vende peças, criam empregos e fortalecem pequenos negócios. Tornam a moda mais acessível e democrática”, destaca Ana Carolina.

As histórias dos clientes também mostram o valor afetivo desse tipo de consumo. “Muitos encontram roupas iguais às que usavam na juventude ou peças que pertenceram a familiares. É emocionante ver a memória sendo despertada”, relata a empreendedora.

Para Francisca, esse vínculo histórico é um dos diferenciais do setor. “Nos brechós de qualidade, há peças com identidade e história. Com conhecimento e pesquisa, é possível encontrar itens de dez, 15 ou 20 anos atrás, que respeitam a história da moda e ajudam a construir um estilo único.”

Ela ressalta ainda que a moda sustentável vai além dos brechós. “Moda sustentável é pensar o produto respeitando os três pilares: economia, sociedade e meio ambiente. O resíduo é um erro de design. Precisamos pensar no pós-consumo e na economia circular”, defende.

Ana Carolina concorda e diz que o setor está em expansão. “O crescimento é visível. O estigma do ‘usado’ está acabando. Hoje, quem compra em brechó é visto como alguém com estilo e propósito no que veste.”

 

Carro elétrico de R$ 53 mil chega ao Brasil em novembro para desbancar o BYD Dolphin Mini

Por Alan da Silva 

 

Com chegada esperada para novembro de 2025, o Geely EX2 desembarca no Brasil marcando o segundo passo da Geely no país. A Geely Auto Brasil traz este hatch 100% elétrico para competir diretamente no segmento dos compactos, enfrentando modelos como o BYD Dolphin e o Chevrolet Spark.

A meta é conquistar motoristas brasileiros ao oferecer um veículo elétrico acessível e moderno que já fez sucesso na China, custando cerca de R$ 53 mil no país asiático.

O Geely EX2 promete atrair por sua tecnologia embarcada. O veículo possui duas opções de motorização elétrica: uma de 79 cv e outra de 116 cv. As configurações de bateria são de 30,12 kWh e 40,16 kWh, garantindo autonomia entre 310 km e 410 km.

A recarga rápida representa vantagem, com capacidade de atingir 80% da carga em aproximadamente 30 minutos.

Internamente, o EX2 oferece tela multimídia de 14,6 polegadas e painel digital, com recursos que incluem carregador por indução. Esses componentes destacam o carro como uma escolha moderna para consumidores atentos à tecnologia integrada.

 

Praticidade

Medindo 4,13 metros de comprimento, o Geely EX2 é voltado para o ambiente urbano. Com base na plataforma SEA, similar à do Volvo EX30, o modelo prioriza eficiência de espaço. O porta-malas tem capacidade de 375 litros, com um compartimento extra de 70 litros na parte dianteira.

Além do design inovador, o Geely EX2 é uma opção competitiva em termos de preço. O custo estimado entre R$ 150 mil e R$ 160 mil o posiciona bem frente a rivais diretos, ampliando seu apelo para consumidores que buscam economia.

A introdução do EX2 reflete a estratégia maior da Geely para expandir sua presença na América Latina. Após o sucesso do lançamento do SUV elétrico Geely EX5, a montadora agora foca em diversificar sua linha de veículos elétricos no Brasil.

 

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