ARTIGOS DA SEMANA – 20.12.2024

old-woman-celebrating-world-photography-day (1)

BABY BOOMERS: CONHEÇA A GERAÇÃO QUE TRANSFORMOU O MUNDO

Por Priscila Horvat

Os Baby Boomers, geração nascida entre 1946 e 1964, são um verdadeiro marco na história recente. Criados no período de reconstrução e prosperidade do pós-guerra, eles viveram revoluções tecnológicas, movimentos sociais e culturais que redefiniram o século XX. Agora, com idades entre 60 e 78 anos, continuam influenciando a sociedade de maneiras profundas, ao mesmo tempo em que lidam com novos desafios relacionados à saúde e ao envelhecimento.

Baby Boomers: eles são únicos!

Batizados em referência ao “baby boom“, a explosão de nascimentos após a Segunda Guerra Mundial, os boomers cresceram em um contexto de otimismo econômico e avanço tecnológico. Eles testemunharam o surgimento da televisão, foram pioneiros no uso dos primeiros computadores pessoais e participaram ativamente de movimentos históricos como a luta pelos direitos civis.

Além disso, essa geração foi protagonista na transformação do papel da mulher na sociedade e no início das discussões sobre sustentabilidade ambiental. A popularização de viagens de lazer, a ascensão da classe média e o consumo em massa são alguns dos legados econômicos desse grupo.

A seguir, confira 12 características marcantes da geração Baby Boomer:

  1. Crescimento em um período de prosperidade
    • Nascidos no pós-Segunda Guerra Mundial, os boomersviveram um período de otimismo econômico e reconstrução;
  2. Explosão populacional (baby boom)
    • Representaram um aumento significativo na taxa de natalidade, marcando uma transformação demográfica nas sociedades ocidentais;
  3. Testemunhas de grandes transformações sociais
    • Participaram e vivenciaram movimentos históricos, como os direitos civis, a contracultura, o feminismo e o ambientalismo.
  4. Primeiros consumidores de tecnologias de massa
    • Cresceram com a popularização da televisão e, mais tarde, adotaram o computador pessoal, estabelecendo novas formas de comunicação e entretenimento;
  5. Cultura de trabalho e ambição profissional
    • Valorizam a estabilidade no emprego, construíram carreiras longas e ajudaram a moldar as noções modernas de sucesso e progresso;
  6. Engajamento político e social
    • Foram uma geração altamente politizada e ativa, com forte presença em protestos e movimentos que moldaram políticas públicas e valores sociais;
  7. Estilo de vida familiar tradicional (inicialmente)
    • No início, adotaram modelos familiares mais convencionais, com papéis de gênero definidos, mas também desafiaram essas normas nas décadas seguintes;
  8. Contribuição para o consumo em massa
    • Impulsionaram a economia com o crescimento da classe média e o aumento do consumo de bens e serviços;
  9. Maior longevidade com desafios de saúde
    • Estão vivendo mais do que as gerações anteriores, mas também enfrentam maiores taxas de doenças crônicas, como diabetes, obesidade e problemas cardíacos;
  10. Busca por legado
    • Refletem sobre o impacto de suas ações e buscam transmitir valores e conhecimentos às gerações futuras, além de contribuir para causas comunitárias;
  11. Adaptação às mudanças tecnológicas
    • Embora não nativos digitais, muitos adotaram ferramentas tecnológicas para comunicação e lazer, como smartphones e redes sociais;
  12. Ativismo ambiental
    • Apesar de inicialmente consumistas, tornaram-se pioneiros nas discussões sobre preservação ambiental e sustentabilidade, preocupações que continuam relevantes para muitos boomers.

Essa combinação de experiências e valores torna os Baby Boomers uma geração singular, com um impacto histórico duradouro e desafios únicos no contexto atual.

Impacto cultural e engajamento

Os boomers mantêm um forte engajamento em atividades comunitárias e no mercado de trabalho. Muitos são voluntários, participam de organizações locais e se dedicam a hobbies que vão de jardinagem a viagens pelo mundo.

Apesar de aposentados ou próximos disso, continuam sendo grandes consumidores de produtos e serviços, moldando estratégias de mercado.

A televisão, um símbolo dessa geração, foi tanto um meio de entretenimento quanto de formação política e cultural. Os Baby Boomers vivenciaram eventos históricos como a chegada do homem à Lua e protestos contra a Guerra do Vietnã por meio das telas, conectando-se a realidades além de suas comunidades.

Desafios

Embora vivam mais do que gerações anteriores, os boomers enfrentam questões de saúde preocupantes. Um estudo liderado por cientistas de Oxford e do University College de Londres revelou que problemas como diabetes tipo 2, obesidade, colesterol alto e doenças cardíacas afetam esse grupo de forma mais precoce.

De acordo com a pesquisa, os Baby Boomers têm 50% mais chances de desenvolver doenças crônicas em comparação às gerações anteriores. Fatores como hábitos de vida menos saudáveis e maior sedentarismo contribuem para o cenário.

O impacto não se restringe ao indivíduo. O envelhecimento acelerado da população nos países desenvolvidos está pressionando sistemas de saúde e previdência. Governos e instituições enfrentam a necessidade de investir mais em assistência médica e estratégias para garantir qualidade de vida a essa crescente parcela da população.

Enquanto avançam para as próximas décadas, os boomers lembram a importância de equilibrar progresso e sustentabilidade, garantindo que suas conquistas sirvam de inspiração para as gerações que os seguem.

 

O REAL POTENCIAL DO BRANDING E COMO ELE PODE TRAZER VALOR À MARCA E AO ACIONISTA

Por: Eduardo Tomiya

O tema branding tem sido amplamente explorado, mas, em conversas com colegas engenheiros, ainda percebo que é frequentemente associado apenas a logotipos, nomes ou identidade visual. O mercado muitas vezes não compreende claramente o real potencial dessa ferramenta e como grandes marcas utilizam o conceito de valor de marca para apoiar operações financeiras, fundamentar decisões estratégicas e monitorar um dos ativos intangíveis mais valiosos de muitas empresas.

É importante destacar que há uma metodologia robusta e bem estruturada que oferece suporte a inúmeras operações. No meu caso, uma das empresas que fundei (BrandAnalytics), especializada em Brand Valuation, foi adquirida por um dos maiores grupos multinacionais de comunicação e pesquisas de mercado, o que reforça a relevância e seriedade desse tema no contexto corporativo global.

O que é branding e o que não é?

“Branding é o que dizem sobre você quando você não está presente,” como bem colocou Jeff Bezos. Branding é o processo de construção, gestão e entrega consistente de uma promessa de marca aos consumidores e stakeholders. Vai muito além de logotipos ou slogans; trata-se de criar experiências únicas e significativas que diferenciam a marca no mercado e geram valor sustentável para a empresa. Por outro lado, branding não se limita à publicidade, ao nome ou ao logotipo. Esses são apenas elementos visuais ou táticos. O verdadeiro branding integra cultura organizacional, estratégia de negócios e percepções do público.

Por que branding é relevante para investidores?

O caso da Snapple é emblemático. Criada em 1972, a marca destacou-se como uma alternativa aos refrigerantes, com uma cultura forte e única, expressa pelo slogan “If it’s not in nature, it’s not in Snapple” (“se não está na natureza, não está na Snapple”, em tradução livre) e pela carismática “Snapple Lady”, Wendy Kauffman, que se tornou um sucesso nos Estados Unidos ao interagir diretamente com os consumidores.

Quando a Quaker adquiriu a Snapple em 1994, decidiu aplicar uma estratégia de marketing de massa semelhante à usada para a Gatorade, com foco na distribuição centralizada em supermercados. Essa abordagem, no entanto, ignorou a essência da marca e seu posicionamento alternativo. O resultado foi desastroso: em apenas três anos, a Quaker vendeu a Snapple para a Triarc por menos de 1/5 do valor pago originalmente.

A Triarc resgatou a identidade original da Snapple, recuperando o slogan “Made from the best stuff on Earth” (“Feito com as melhores coisas da Terra”, em tradução livre), relançando produtos e trazendo de volta a “Snapple Lady”. Em 2000, a Cadbury adquiriu a marca por US$ 1 bilhão, demonstrando como respeitar a identidade da marca pode ser decisivo para sua valorização.

Esse caso reforça duas lições importantes:

  1. Marcas mal geridas podem destruir valor.
  2. Marcas subvalorizadas oferecem oportunidades de investimento para reposicionamento e geração de lucros.

Muitos banqueiros e private equity de meu círculo de amigos me confessaram ter sido nesse caso que aprenderam e verificaram que branding pode ser uma grande oportunidade para investimentos, e que seu processo correto de gestão pode trazer um substancial valor ao acionista.

E no Brasil?

Exemplos nacionais também ilustram o impacto do branding nas transações financeiras. Em 2017, a M. Dias Branco adquiriu a Piraquê por R$ 1,55 bilhão. O valor pago superou em muito o dos ativos físicos, evidenciando o peso dos ativos intangíveis, como:

  • Processo de fabricação – padrão de qualidade elevado.
  • Produtos icônicos– como a famosa goiabinha, reconhecida por gerações.
  • Sistema de distribuição – forte presença no mercado carioca.
  • Governança e controle financeiro – práticas sólidas e rentabilidade consistente.
  • Marca – uma marca forte, capaz de garantir vendas estáveis e um premium price.

Outro exemplo é a aquisição da Kopenhagen pela Nestlé em 2023, onde ativos intangíveis, como marcas icônicas (Língua de Gato e Nhá Benta), sistemas de distribuição e processos de fabricação artesanal, desempenharam um papel central na operação.

Esses casos demonstram que marcas são ativos intangíveis muitas vezes mais valiosos do que ativos físicos, influenciando diretamente o valor acionário por meio da fidelização de consumidores e diferenciação competitiva.

Valor de marca para suporte às operações financeiras

No meu livro, explico em detalhes casos de Valor de marca para suportar operações financeiras, como foi o caso de Klabin e Casa&Video, respectivamente, para uma transferência de marca de uma empresa (Sogemar) para outra (Klabin S.A.) e para fornecer a marca como garantia de um processo de recuperação judicial. Os dois casos com bastante êxito.

É indiscutível como todos os casos o branding é uma das importantes alavancas de valor do negócio, e seu processo de monitoramento pode ser estratégico para empresa e investidores, garantindo a perenidade de longo prazo da empresa.

É indiscutível que há um valor, mas como avaliar marcas?

Existem diversas metodologias para avaliar marcas, como análise do uso econômico, royalties, avaliações de mercado e projeções financeiras. Destaco o uso econômico como referência principal, baseado em três pilares:

  1. Profunda conexão com o negócio – marcas são parte do valor do acionista e devem ser avaliadas por modelos como o Fluxo de Caixa Descontado.
  2. Percepção externa – a avaliação deve considerar a visão dos consumidores, por meio de pesquisas de mercado quantitativas.
  3. Proteção legal – a marca deve estar registrada em órgãos de propriedade intelectual.

A norma ISO 10668 orienta esses aspectos, garantindo consistência nas avaliações.

Valor de marca como métrica estratégica

Monitorar o valor da marca é essencial para identificar pontos fortes e fracos, validar estratégias e alinhar ações com os objetivos corporativos. Além disso, o valor da marca além dos usos financeiros oferece aos executivos uma ferramenta estratégica de:

  1. Retorno sobre investimento de marketing e comunicação (ROI), superando modelos tradicionais de curto prazo, como o Marketing Mix Modeling.
  2. Decisões de arquitetura de marcas – quantas marcas tenho que ter em meu portfólio, como decidir descontinuar uma marca ou potencializar a criação de uma marca corporativa?
  3. Decisões de Extensão de marcas – Quais são as categorias que a marca pode estender, e quais são o que chamamos de over-stretch?
  4. Como suportar um plano e estrutura de marketing para otimizar o valor de uma marca?
Conclusão

Concluo este artigo com uma declaração de Warren Buffett em uma conferência, respeitando o tema de reputação da marca. Portanto, entender o valor deste ativo pode ser muito estratégico para as empresas:

“If you lose dollars for the firm I will be understanding.

If you lose reputation for the firm, I will be ruthless.”

Warren Buffett em seu discurso no BIG/MRS conference 2014

(“Se você perder dólares para a empresa, eu serei compreensivo. Se você perder reputação para a empresa, eu serei implacável”, em tradução livre.)

Em meu livro Valor do Branding, exploro o papel das marcas como alavancas de diferenciação competitiva e impacto financeiro, trazendo reflexões valiosas para empresas e investidores.

 

COM MERCADO PAGO, RECORD CHEGA A 7 COTAS NO BRASILEIRÃO

Por Bárbara Sacchitiello

O Mercado Pago será um dos anunciantes da Record nas transmissões do Campeonato Brasileiro em 2025. Com a chegada da marca, já são sete os patrocinadores que estarão nos jogos da Liga Forte União (LFU), que a emissora exibirá na TV aberta, com exclusividade.

Antes, a Record já havia anunciado os patrocínios de Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King.

Para o Mercado Pago, o patrocínio complementa a estratégia de ampliar a conexão com o público brasileiro por meio do esporte.

temporada 2025 do futebol marcará o retorno da Record às transmissões do Brasileirão após mais de uma década. A emissora firmou parceria com a Liga Forte União, que é composta por times como Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional e Vasco.

Além da exibição na TV aberta, de um jogo por rodada, a Record também transmitirá a mesma partida no R7.com e na plataforma PlayPlus.

A reportagem apurou que a Record está prestes e anunciar o acordo com mais uma marca patrocinadora, que totalizará 8 anunciantes no Brasileirão 2025.

Brasileirão dividido

Além da Record, a LFU também firmou parceria com o YouTube (que transmitira o mesmo jogo da Record, a cada rodada), e com o Prime Video.

Na TV Aberta, o Brasileirão estará dividido em duas emissoras. Além da Record, a Globo também exibirá os jogos da competição. O grupo firmou acordo com a Libra, organização que reúne clubes como Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Santos, Atlético Mineiro, Grêmio e Bahia.

O acordo da Globo os times da Libra, aliás, envolvem não apenas a TV aberta, como também o SporTV.

 

HOME OFFICE NO BRASIL ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS, DIZ ESTUDO

Por Raphaela Peixoto

Um levantamento que traz as principais tendências e práticas inovadoras no ambiente de trabalho indica a recuperação do trabalho presencial no país. Segundo pesquisa, apenas 13,3% das empresas mantêm um regime totalmente remoto, enquanto 65,9% das empresas adotam regimes 100% presenciais ou híbridos. O estudo foi conduzido pela multinacional francesa Swile em parceria com a Leme Consultoria. Ele é transformado em um anuário, intitulado de “Planeta Firma — Anuário de Benefícios Corporativos, Boas Práticas e Tendências para os Recursos Humanos”.

Flexibilidade

A mesma pesquisa também aponta que a demanda dos colaboradores por autonomia na escolha de benefícios corporativos. A adesão a benefícios flexíveis saltou de 26,2% para 39,3% em três anos. Ainda conforme o estudo, a 56,2% responderam que preferem poder usar os benefícios de acordo com seu estilo de vida.

Ainda sobre os benefícios, o levantamento demonstra que os benefícios oferecidos têm um papel significativo na escolha dos candidatos durante o processo seletivo. Segundo a pesquisa, 57% dos funcionários consideram esse fator decisivo, enquanto 39% adotam o pacote de benefícios como critério de desempate.

Segundo o levantamento, “empresas que investem em benefícios bem estruturados conseguem alinhar produtividade, retenção de talentos e competitividade”.

Inteligência Artificial no trabalho

O levantamento também afirma que apesar da Inteligência Artificial ser vista como uma tendência para o futuro do trabalho para os próximos anos, nem todos estão preparados para essa revolução. Os dados mostram que quase metade dos colaboradores (48%) não utiliza nenhum recurso de Inteligência Artificial no cotidiano.

“Especialistas apontam que o desafio para o futuro é equilibrar a IA com o fator humano – que vai continuar sendo essencial”, diz a pesquisa.

Foram entrevistadas 792 pessoas jurídicas e 901.163 colaboradores das empresas. Do total de entrevistados, 66,88% são da região sudeste, seguida pela região sul (1,58%). As regiões centro-oeste, nordeste, e norte, representam, respectivamente, 5,55%, 4,70% e 1,29% dos entrevistados.

 

CLASSE MÉDIA NO BRASIL: SAIBA QUAL É A SUA RENDA ATUAL

Por Jessica Cassana

A definição de quem pertence à classe média no Brasil é um tema debatido, principalmente em momentos de crise econômica. Historicamente, essa camada social tem sido vista como um pilar do desenvolvimento e consumo no país, mas com as transformações econômicas dos últimos anos, muitos brasileiros se questionam sobre a real condição da classe média hoje.

Quais são os parâmetros que definem quem é parte dessa classe social e como ela está estruturada em 2024?

A faixa de renda da classe média no Brasil

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e os dados do IBGE, a classificação da classe média no Brasil não é única e pode variar de acordo com diferentes critérios, como renda familiar, poder de compra e até mesmo a localização geográfica. No entanto, um padrão amplamente aceito estabelece que as famílias com renda per capita mensal entre R$ 1.926 e R$ 8.303 estão inseridas nesta categoria.

Dentro dessa faixa, o Brasil é dividido em vários estratos econômicos. A classe média é comumente subdividida em classe média baixa, classe média média e classe média alta, com base no rendimento familiar, sendo que a classe média baixa tem uma renda próxima da linha de pobreza, enquanto a classe média alta se aproxima da faixa de alta renda.

Em 2024, os riscos de empobrecimento e a perda de poder aquisitivo têm sido maiores para a classe média devido ao aumento da inflação e os desafios econômicos impostos pela pandemia e pela instabilidade política. Esses fatores têm impactado diretamente a capacidade de consumo e a ascensão social de grande parte da população que antes se via dentro dessa faixa de renda.

O perfil da classe média no Brasil: composição e características

A classe média brasileira tem características específicas que a diferenciam de outras camadas sociais. Em termos demográficos, ela é composta principalmente por pessoas com ensino superior completo ou incompleto, além de ser, em sua maioria, composta por trabalhadores assalariados, pequenos empresários e profissionais liberais.

Nas grandes cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a classe média também é responsável por boa parte do consumo, principalmente em setores como educação, saúde, habitação e tecnologia. A classe média alta, em particular, consome mais serviços de qualidade, como educação privada de alto padrão, viagens internacionais e bens de luxo.

No entanto, há uma crescente divergência entre as regiões do Brasil. Enquanto nas grandes capitais e regiões metropolitanas, o perfil da classe média continua a ser mais forte, no interior e nas regiões mais afastadas, esse perfil se enfraquece, uma vez que as condições econômicas dificultam o acesso aos serviços essenciais e o consumo básico.

Desafios enfrentados pela classe média no Brasil

A classe média brasileira tem enfrentado uma série de desafios nos últimos anos, muitos dos quais estão relacionados a uma economia instável, altos índices de inflação e desemprego. Embora muitas famílias da classe média tenham conseguido manter um certo padrão de vida, o aumento dos custos, especialmente com alimentos, combustíveis e energia elétrica, tem pressionado fortemente o orçamento doméstico.

Além disso, a falta de oportunidades de emprego e o endividamento crescente são desafios significativos. Muitos integrantes da classe média têm recorrido ao empréstimo pessoal e ao crédito rotativo para sustentar seu estilo de vida, o que tem levado a um aumento da inadimplência, especialmente entre as faixas de renda mais baixas dentro da classe média.

A desigualdade social no Brasil também impacta diretamente a classe média. Apesar de ser uma camada social que, teoricamente, possui acesso a bens e serviços básicos, muitos membros da classe média não conseguem usufruir plenamente de direitos como saúde de qualidade e educação superior acessível.

Isso, em muitos casos, leva ao surgimento de uma classe média precarizada, que se vê obrigada a recorrer a soluções temporárias para suprir suas necessidades.

O impacto das políticas públicas sobre a classe média

A classe média no Brasil é bastante sensível às políticas públicas, especialmente no que se refere a tributação, aumento de impostos e a qualidade dos serviços públicos. A falta de confiança nas políticas de saúde e educação públicas leva muitos a buscar alternativas privadas, o que aumenta as desigualdades entre os diferentes estratos sociais.

No entanto, uma boa gestão pública poderia favorecer a classe média, proporcionando melhores condições de acesso à educação e serviços de saúde gratuitos de qualidade.

Em tempos de crise, como as que o Brasil tem enfrentado nos últimos anos, as políticas de bem-estar social e distribuição de renda se tornam essenciais para garantir que a classe média não se reduza a uma camada vulnerável, sem a capacidade de consumir ou de manter sua posição econômica.

O futuro da classe média no Brasil

A classe média brasileira se encontra em um ponto crítico, com desafios econômicos significativos e uma constante pressão para manter seu poder de compra diante das adversidades.

No entanto, com as políticas públicas certas e uma maior estabilidade econômica, há espaço para que essa classe volte a se expandir e recupere o protagonismo no consumo e no desenvolvimento econômico do país.

Entender a classe média no Brasil é fundamental para planejar soluções que promovam o bem-estar social e a justiça econômica, oferecendo oportunidades reais para que mais brasileiros possam ascender para essa faixa, garantindo a estabilidade e o crescimento para todos.

Envelhecimento Ativo

Daqui a 26 anos, em 2050, teremos um divisor de águas demográfico:

* 21% da população mundial estará acima dos 60 anos, comparado com somente 8% em 1950 e 12% em 2013 (19).

* Haverá mais de dois bilhões de pessoas acima de 60 anos (19).

* O número de pessoas acima dos 60 anos irá ultrapassar o número de crianças abaixo dos 15 anos. Já há mais pessoas acima dos 60 anos do que abaixo dos 5 anos (19).

* Em 64 países, 30% da população estarão acima dos 60 anos. A maioria dos países desenvolvidos estará nessa lista, mas também estarão nela incluídos a maior parte da América Latina e grandes partes da Ásia, inclusive a China. Atualmente, o Japão é o único país com tal proporção de idosos (18).

 

AS MARCAS LÍDERES EM INFLUÊNCIA DIGITAL NO BRASIL, SEGUNDO PESQUISA

Por Meio&Mensagem

A era das redes sociais desafia empresas a se tornarem protagonistas também no mundo digital. A fim de compreender os fatores que levam ao destaque digital das marcas, a percepção de inovação e o comportamento de interação dos consumidores, o TEC Institute apresenta o levantamento “Radar de Influência Digital”.

A pesquisa, realizada em parceria com a MIT Technology Review Brasil e a Bendita Imagem, revela que o Mercado Livre lidera no Brasil, com 1.026 pontos, seguido do Nubank (747) e Google (702) são as empresas com maior liderança em influência digital no País.

A pontuação foi obtida com base em um formulário online aplicado a mais de 400 pessoas de todo o País. Cada participante classificou as marcas — entre 5, 3 e 1 ponto — de acordo com a posição em termos de lembrança.

Os consumidores citaram até três marcas que consideram ter uma forte presença digital, e pontuaram as empresas de 1 a 5 para justificar sua escolha e frequência de interação.

O terceiro e o quarto lugar são ocupados por Amazon (696) e Netflix (639), respectivamente. As marcas do top 5 se destacam por seus conteúdos relevantes e atrativos, respostas rápidas e eficientes, comunicação personalizada e variedade de produtos e serviços.

Questionados como interagem com as marcas, “usando os produtos diariamente” foi a resposta mais comum entre os participantes. Na sequência, aparecem “comprando os produtos/serviços online”, “através das redes sociais”, “visitando o site da marca”, e “via aplicativo”.

Em termos que frequência, a maior parte dos respondentes contatam com a marca ocasionalmente, de 1 a 3 vezes por semana. “Raramente” (uma vez por semana)” ficou em segundo lugar; “Muito frequentemente (mais de um dia)” em terceiro; “frequentemente (uma vez ao dia)” em quarto e “nunca”, na quinta posição.

Contudo, o ranking não é o mesmo para todas as regiões do Brasil. No Centro-Oeste, Amazon lidera, com Nike, Nubank, Apple e iFood nas posições seguintes. Já no Norte e no Sudeste, o top 5 é composto por: Amazon, Mercado Livre, Google, Nubank e Netflix.

O Mercado Livre fica em primeiro lugar no Sul e Nordeste. Para a primeira região, o top cinco fica completo com Nubank, Amazon, Google e Netflix. No Nordeste, Google, Amazon, Nubank e Netflix aparecem na sequência.

O que os resultados indicam?

 Entre os insights obtidos a partir dos resultados, TEC Institute ao lado das empresas parceiras, aponta que lembrança do consumidor não tem a ver com capacidade de inovação. De acordo com o estudo, não há uma correlação direta entre os atributos, mostrando espaço para trabalhar inovação como um diferencial competitivo.

O Mercado Livre aparece com uma força de marca consistente, já que marcou presença em todas as posições do top 3, por exemplo. Contudo, para empresas que apresentam presença em posições secundárias, ainda que possam ser uma das fortes concorrentes, talvez não sejam consideradas as marcas principais pelos consumidores.

O estudo mostra também que existem marcas com relevância de nicho, como a Netflix. Elas podem ser lembradas por sua atuação, mas não necessariamente é o que as leva ao topo das listas.

Para que sejam posicionadas como líderes, as marcas podem ficar em estratégias como melhoria da percepção de inovação e investir em campanhas de awareness que as associem ao topo da mente dos consumidores.

 

GERAÇÃO Z ‘ABANDONA’ TECNOLOGIA E TEM NOVA ÁREA COMO FOCO PROFISSIONAL

 

Por Lorena de Sousa

Pesquisa revela que a saúde é a principal escolha profissional dos jovens. Nesse cenário, grandes empresas de tecnologia perdem popularidade.

A Geração Z – jovens nascidos em meados dos anos 1990 e 2010 – está redefinindo suas expectativas profissionais. Ao contrário das gerações anteriores, que viam o futuro na tecnologia, os jovens de hoje estão direcionando suas aspirações para um setor mais tradicional: a saúde.

A mudança foi evidenciada por um estudo conduzido pela Sociedade Nacional de Acadêmicos do Ensino Secundário dos Estados Unidos (NSHSS).

Entre 17 de janeiro e 6 de março de 2024, mais de 10 mil jovens foram entrevistados pelos pesquisadores, e o resultado destacou a saúde como a principal escolha. Isso empurra gigantes da tecnologia, como Google, Amazon e Apple, para posições menos favoráveis na preferência dos estudantes.

O setor, que já foi visto como o auge do sucesso profissional, agora enfrenta um declínio na atratividade entre os novos talentos.

Saúde: novo horizonte profissional da GenZ

A pesquisa do NSHSS revela que as instituições de saúde, especialmente o St. Jude Children’s Research Hospital, a Mayo Clinic e a Health Care Service Corporation, são as mais desejadas. A mudança é motivada na busca por estabilidade e impacto social, aspectos fortemente valorizados pelos mais jovens.

Em 2024, 32% dos entrevistados destacaram a área como um campo de interesse, um aumento significativo comparado aos anos anteriores.

O declínio das big techs

Enquanto a saúde avança, empresas como Google e Amazon caíram várias posições na lista de preferências.

A Google, que ocupava o segundo lugar em 2018, desceu para a sétima posição. A Amazon e a Apple seguiram o mesmo caminho, refletindo uma mudança de paradigma sobre o que os jovens consideram desejável em um ambiente de trabalho.

Embora ainda importante, a tecnologia viu seu prestígio cair de 34% em 2022 para 28% em 2024 entre os jovens. Essa queda acentua o fim de uma era em que a inovação tecnológica era vista como o caminho mais promissor.

Agora, a Geração Z busca carreiras que combinem segurança, propósito social e flexibilidade.

Estabilidade e flexibilidade

A pesquisa da Handshake com recém-licenciados em 2024 confirma essa tendência. A estabilidade no emprego foi o aspecto mais valorizado, seguida pela localização e reputação das empresas.

Contudo, a falta de flexibilidade das empresas de tecnologia continua sendo um problema. A Geração Z valoriza a autonomia para decidir onde, quando e por quanto tempo trabalhar.

Passou bem percebido.

2024 não foi nada discreto. Pelo menos não para os gaúchos. Se todos os cenários e realidades do país e do mundo já eram desafiadores, aos gaúchos coube ainda mais complexidade. Aliás, algo que não acaba no dia 31 de dezembro e seguirá sendo vivida, transformada e relembrada. Mas não ficarei aqui tratando de algo onde tantos outros têm mais capacidade e conhecimento. Prefiro dizer que aprendemos, neste ano, algo que talvez estivesse um tanto esquecido: não aceitar as coisas sem reagir. Reagimos. E agora, no apagar das luzes deste período, olhar para um ano em que, tanto nos negócios empresariais quanto na gestão associativa vejo que evoluímos muito. Poderia ser melhor? Sempre pode. Mas conseguimos chegar fortes o suficiente para encarar o próximo com muita experiência e expectativas positivas. Faremos mais na agência. Ainda vamos aperfeiçoar e avançar na ARP. E pretendo, com toda boa vontade, seguir colaborando onde faço parte de alguma gestão. O tempo ou a falta dele, tornam os objetivos mais claros e a necessidade de ser ágil e assertivo ainda mais importantes. Já que 2024 passou bem percebido, que o 2025 seja o tempo de crescimento e solidificação que o tornaram notável.

 

GERAÇÃO Z E O IMPACTO GERACIONAL NO CONSUMO DIGITAL

Por: Carolina Nacle

Comecei a fazer alguns “bicos” aos 16 anos, mas posso dizer que entrei formalmente no mercado de trabalho em 1998. Fazendo as contas, posso dizer que tenho mais de 26 anos de carreira.

Muitos desses anos foram dedicados ao universo do marketing e comportamento.

Já naveguei em alguns bons mares e surfei algumas ondas de tendências, análises e movimentos. Uma das teorias que mais me deixou (e ainda deixa, confesso) reticente é aquela das “gerações”. Será que podemos mesmo olhar para recortes temporais e datas de nascimento das pessoas e enquadrá-las em atitudes e visão de mundo convergentes?

Às vezes penso no quanto essas análises podem ser subjetivas, mesmo teórica e cientificamente embasadas, como a Astrologia. Um pisciano sabe escolher roupa melhor do que um virginiano? Um senhor de 70 anos pode ser mais suscetível a um tipo de propaganda do que um rapaz de 17 anos?

Acredito que não devemos reduzir nossas análises a conclusões tão binárias, e os comportamentos são influenciados por inúmeras variáveis diferentes.

Mas, a cada dia, entendo que, sim, a geração é um ângulo de análise importante. Ao observar minhas filhas adolescentes, fico cada vez mais tentada a considerar esse aspecto: um prisma interessante para entender tendências e comportamentos predominantes, mesmo que não sejam definitivas ou aplicáveis a todos os indivíduos.

Quando observamos a geração Z (nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010), é impossível ignorar o contraste em relação às gerações anteriores, especialmente no ambiente de trabalho e no consumo.

No trabalho: uma nova mentalidade

A geração Z cresceu em um mundo digitalizado, globalizado e marcado por profundas mudanças sociais e econômicas. Isso moldou suas expectativas profissionais de maneira única.

Diferentemente das gerações anteriores, que frequentemente valorizavam estabilidade e lealdade à empresa, a geração Z tende a priorizar propósito e bem-estar. Eles buscam ambientes de trabalho que promovam diversidade, inclusão e flexibilidade.

Além disso, enquanto a geração X e os millennials foram adaptando-se às novas tecnologias, a geração Z já nasceu conectada. Isso os torna não apenas nativos digitais, mas também mais críticos em relação à adoção de ferramentas tecnológicas. Para eles, processos lentos e hierarquias rígidas são sinônimos de ineficiência. Por isso, esperam agilidade e clareza em todas as interações, desde o onboarding até o desenvolvimento de carreira.

Outro ponto relevante é a visão sobre a liderança. Se, para as gerações anteriores, o chefe ideal era uma figura de autoridade respeitada, a geração Z valoriza líderes que atuem como mentores, oferecendo orientação e apoio, mas sem sufocar sua autonomia. Essa abordagem evidencia o quanto eles desejam ser vistos como parceiros, e não subordinados.

No consumo: propósito e transparência em alta

Quando falamos de consumo, a geração Z também quebra paradigmas. Essa geração é mais consciente e crítica, dando preferência a marcas que demonstrem valores alinhados aos seus próprios. Sustentabilidade, responsabilidade social e autenticidade são pilares que influenciam suas decisões de compra.

Enquanto os millennials trouxeram o consumo de experiências para o centro das atenções, a geração Z vai além: eles esperam que essas experiências estejam integradas à digitalização e ao propósito. Um bom exemplo disso são as redes sociais, que para eles não servem apenas como plataformas de entretenimento, mas como ferramentas para descobrir produtos, interagir com marcas e participar de comunidades.

Além disso, essa “turma” (jeito geração X de falar) não tem paciência para estratégias de marketing tradicionais. Propagandas genéricas ou invasivas dificilmente os impactam. O que funciona é o conteúdo relevante, autêntico e personalizado. A presença de influenciadores, por exemplo, faz diferença, mas apenas quando eles são percebidos como genuínos e comprometidos com causas reais.

Geração Z: o que esperar e como estar preparado?
  1. Pesquisa intensa antes de comprar

A geração Z dedica tempo a comparar preços e produtos. Plataformas como YouTube, Instagram e TikTok são fontes comuns de pesquisa, onde influenciadores mostram reviews e dicas.

  1. Experiências compartilháveis

Esse público prefere produtos ou serviços que ofereçam experiências únicas e que possam ser compartilhadas nas redes sociais. Isso inclui desde embalagens chamativas até brindes exclusivos.

  1. Compras online

Embora muitos ainda visitem lojas físicas, a geração Z tem uma clara preferência por compras online devido à praticidade e ao acesso a mais opções. Durante eventos como a Black Friday, é comum que eles se organizem em listas de desejos ou carrinhos previamente preenchidos em plataformas digitais.

  1. Exclusividade e urgência

Estratégias como ofertas relâmpago e edição limitada despertam o senso de urgência dessa geração, incentivando compras rápidas. A geração Z é atraída por campanhas que criem a sensação de que estão adquirindo algo único.

  1. Conexão emocional

Personalidades digitais têm forte influência no comportamento de compras da geração Z. Promoções recomendadas por influenciadores são vistas como mais confiáveis, reforçando a importância das parcerias entre marcas e criadores de conteúdo.

Para finalizar, embora seja tentador rotular uma geração inteira com base em suas características predominantes, é importante lembrar que a diversidade dentro de cada grupo é imensa. Nem todo jovem da geração Z compartilha da mesma visão ou comportamento. No entanto, ao compreender as tendências gerais, podemos adaptar estratégias e diálogos mais eficazes, seja no trabalho, seja no mercado de consumo.

Afinal, entender a geração Z não é apenas uma questão de acompanhar o zeitgeist; é também uma oportunidade de aprender com suas prioridades e repensar as práticas estabelecidas. Eles não estão apenas mudando as regras do jogo – estão nos desafiando a criar um futuro mais ágil, consciente e conectado.

 

 

 

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de acordo com a nossa
Política de Privacidade ao continuar navegando você concorda com estas condições.