Você vai ler na coluna de hoje: A estratégia multiplataforma calculista da ESPN que desafia a lógica do “tudo grátis”, A FIERGS sediará o Método CIS, que já impactou mais de 1,5 milhão de pessoas, Webinar da AMPRO discute boas práticas no relacionamento entre agências e anunciantes, Empresas brasileiras perdem credibilidade quando simulam ações ESG, Presença digital não é suficiente: como transformar visibilidade em negócios, Professor brasileiro perde 21% do tempo de aula para manter disciplina, Etarismo ao contrário: por que empresas NÃO querem contratar jovens da geração Z?, Inteligência Artificial: Transformando Negócios e Criando Oportunidades e ChatGPT é como um superpoder, ‘permite acreditar que tudo é possível’, diz nº 2 da OpenAI
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A estratégia multiplataforma calculista da ESPN que desafia a lógica do “tudo grátis”
Por Eduardo Mendes
As brigas do racha político no São Paulo foram contadas por André Hernan em matéria publicada no site da ESPN na última terça-feira. Na quinta, Bruno Andrade e Felipe Silva escreveram sobre detalhes da investida do Shaktar Donetsk por Gabriel Mec, a revelação de 17 anos do Grêmio.
Reforços recentes da ESPN, eles carregam o selo de jornalistas que transformaram bastidores em capital próprio, distribuindo informações exclusivas em redes digitais e colaborações pontuais com veículos tradicionais.
Em breve, as apurações de Hernan e Andrade também estarão no “Fala Fonte”. O programa é um dos cinco novos projetos que simbolizam a ofensiva da ESPN no YouTube, plataforma onde o canal já soma 7,2 milhões de inscritos.
Três dessas iniciativas já haviam sido reveladas nas últimas semanas. Agora, a lista se completa com um react de jogos feito por talentos da casa. Detalhe: as transmissões serão acompanhadas por um QR Code que leva direto para o Disney+, oferecendo ao fã a chance de assinar e assistir ao jogo ao vivo.
Batizada de “experiência interativa”, o evento combina estúdio, escalação em tempo real e estatísticas ao vivo. A estreia foi no último sábado, com a narração sem imagens de Chelsea x Liverpool pela Premier League.
A frente aberta pela ESPN no digital/YouTube terá o futebol como âncora, reciclará IPs já testados na TV, importará formatos da matriz americana, e será ancorada por uma estratégia sóbria.
Nas palavras de Carlos Maluf: “não estamos sendo radicais na forma de como entrar no YouTube.”
Por trás dessa cautela, está uma convicção pouco disfarçada: o YouTube pode ser vitrine e funil para atingir novos públicos, porém não é o centro do plano.
Como bem explicou o head de esportes da Disney, trata-se de uma atuação multiplataforma que vem sendo construída há quase dois anos e entregará “conteúdo decente sem canibalizar o negócio principal.” Leia-se: TV paga e Disney+.
O YouTube herdou o lugar de sucessor da era OTT, com a narrativa de ser “a nova TV” e sob o mantra “construa e eles virão”.
Na conversa com Maluf dias antes da estreia da transmissão interativa, porém, ficou muito evidente que a ESPN não será movida pelo FOMO do tudo grátis no YouTube.
É a segurança de quem ostenta um catálogo de US$ 80 bilhões em direitos esportivos adquiridos pela matriz nos últimos sete anos.
A sobriedade como estratégia
A ESPN não embarca na fórmula da resenha e do humor exagerado (e muitas vezes forçado) que marcou a recém estreia da GE TV e rendeu acusações de cópia da CazéTV. A linha é outra: austeridade, sem concessões fáceis.
“A forma de entregar informação será diferente. Não no mérito, mas pelo procedimento.”
A frase matadora remete à época em que Maluf exerceu a advocacia até o início dos anos 2000, quando a ESPN carregava o “Brasil” no nome e o sinal HD acabava de chegava no país.
No mês passado, Maluf recebeu um troféu com a réplica de uma das fadas da Disney em comemoração aos seus 25 anos na empresa. Suas quase três décadas de experiência, incluindo negociações de direitos, explicam o tom ponderado: ele sabe que é preciso conversar com o público jovem, mas sem entregar o “filé mignon” de graça.
“Temos de tomar cuidado com o ambiente gratuito, onde alguns navegam com seu melhor evento. Nós somos diferentes.”
O mantra: proteger o que ainda dá dinheiro
Na ESPN, há um lema que funciona como missão de defesa: preservar o patrimônio de streaming e TV paga. E os números da matriz revelados recentemente pelo The Athletic reforçam a lógica.
O canal ainda recebe cerca de US$ 15 mensais de cada um dos 61 milhões de lares com cabo ou serviços como YouTube TV, aproximadamente US$ 1 bilhão por mês, antes mesmo de vender anúncios. Vale lembrar que, em 2011, pouco mais de três décadas após sua estreia, a ESPN chegou a 100 milhões de assinantes.
Essa proteção tornou-se ainda mais urgente em um cenário em que os direitos esportivos se fragmentaram. A pulverização da propriedade de mídia esportiva foi citada por Maluf em diversos momentos da conversa. Em um passado recente não era assim.
O executivo foi nomeado como head de esportes da Disney no início de 2019 em um reflexo da fusão Disney e FOX. A ESPN Brasil passava, então, a ter um gestor responsável.
“Basicamente, foi a junção de dois canais lineares, apesar de que a ESPN já tinha um destaque no digital. Isso não é de agora. Mas lá atrás, eu negociava com uma rede de TV a cabo no Brasil apenas.”
Para retratar as metamorfoses do canal ( ESPN Internacional, ESPN HD, ESPN+, ESPN 360) Maluf usa a metáfora do filme que nunca para de rodar. Só que agora, a sala está abarrotada com “um monte de plataforma”.
Hoje, são oito players no país disputando o mesmo filão de transmissões esportivas no YouTube, dentro do discurso multiplataforma. O digital virou o novo vetor de crescimento.
Projeções recentes de James Mortimer indicam que o mercado de direitos deve crescer entre 4,5% e 6,2% ao ano até 2030, chegando a US$ 114 bilhões. O problema: os direitos “premium” são escassos e cada vez mais caros.
E aqui está o ponto central da visão de Maluf: quem tem o conteúdo, controla a propriedade e decide onde vai exibir.
“O YouTube não é o fim de tudo” avisa.
Critério como vantagem competitiva
Maluf defende que deter direitos exige critério. Ele rejeita, por exemplo, a estratégia de exibir um mesmo jogo em três canais distintos como fez a Globo recentemente, mostrando Brasil x Chile na TV aberta, SporTV e GE TV (YouTube). É uma prática que dilui valor.
Na ESPN, a grade é definida com duas semanas de antecedência e segue princípios seletivos: todo direito vai para o Disney+; a TV pode abrir mão de jogos secundários, mas nunca do premium; e eventos pulverizados em múltiplos canais não entram.
A grade da LaLiga ilustra essa lógica. No fim de semana, Sevilla x Barcelona ficou exclusivo do Disney+, enquanto Real Madrid x Villarreal foi dividido entre streaming e TV. E para a estreia no YouTube, Real Sociedad x Rayo Vallecano exibido com imagens.
Maluf insiste: “não dá para ter tudo”, mas controlar os direitos permite atacar nichos estratégicos.
A Série B virou um desses nichos e uma “grata surpresa”. Números acumulados até agosto mostram que a Segunda Divisão do Brasileiro tem impulsionado a audiência em 2025: +18% de alcance nos canais ESPN, chegando a 6,6 milhões de lares com TV paga e 12,6 milhões de pessoas (+12% vs. 2024). No primeiro semestre, o canal principal cresceu 23%, alcançando 5,5 milhões de lares.
Nas redes, o efeito se multiplicou: a Série B gerou 1 milhão de interações, 15 milhões de views e 30 milhões de impressões em Instagram, Facebook, Twitter/X e TikTok.
A força (e o limite) do digital
No TikTok, a ESPN ainda ostenta o selo “Brasil” para se diferenciar da matriz. São 5,3 milhões de seguidores em apenas dois anos, mais que os 4,2 milhões do Instagram e próximo do YouTube. O crescimento, garante Maluf, foi 100% orgânico. A estratégia: de cinco a seis recortes de um mesmo conteúdo distribuídos em diferentes plataformas.
O futebol domina o feed e concentra a audiência: já são mais de 503 mil curtidas acumuladas. No Instagram, há mais equilíbrio, com espaço para os esportes premium do portfólio: NBA, NFL e tênis. Na última quinta, o feed trouxe Stephen Curry na apresentação do Golden State Warriors e um lance de Facundo Cerundolo no ATP de Xangai.
Essa vitrine digital, porém, não altera a hierarquia de direitos.
A ESPN tem contrato com a NFL até 2033, inicia nesta temporada o novo acordo com a NBA por 11 anos, renovou o US Open por 12 temporadas e garantiu Wimbledon até 2036. Um pacote bilionário construído com renegociações feitas nos últimos sete anos. E Maluf avisa: eles não estarão no YouTube. Pelo menos por enquanto.
O DTC não é ruptura!
A ESPN está replicando no Brasil a mesma jogada global da Disney: migrar seu peso histórico para o digital, sem afetar o negócio principal de TV paga e streaming.
No fim de agosto, o canal lançou nos EUA seu aguardado serviço direto ao consumidor. Por US$ 29,99 mensais, os fãs acessam todos os 12 canais lineares, sem cabo, satélite ou intermediários.
O novo produto não busca canibalizar o cabo. Pelo contrário, todos os assinantes tradicionais continuam com acesso liberado ao novo aplicativo, mantendo a base bilionária de receitas. O DTC surge, assim, como complemento e não ruptura imediata.
E os números validam a aposta: segundo dados da Antenna revelados na conferência Tuned In, ESPN e Fox One somaram 1 milhão de inscrições em apenas dez dias.
O dado é relevante por um motivo simples: são novos clientes, não migrações de outros planos da Disney. Como destacou Rameez Tase, presidente da Antenna, ficou comprovado que existe um público fora do cabo disposto a assinar quando o produto é atraente.
No Brasil, Maluf lembra que o D2C não é novidade. E o contexto ajuda: a TV a cabo encolhe em ritmo acelerado. Em junho, o número de acessos caiu 23% em relação a 2024, segundo a Teleco.
O declínio afeta diretamente as receitas: R$ 2,7 bilhões em junho de 2025 contra R$ 3,3 bilhões no mesmo mês do ano anterior, menos R$ 600 milhões em um único trimestre.
Fragmentação como regra do jogo
Na nova ordem das transmissões, a pulverização dos direitos deixou de ser exceção.
Como mostra o caso da ESPN no Brasil, essa realidade acelerou dois movimentos: serviços diretos ao consumidor (DTC) e transmissões em sinal aberto (OTA). O resultado é uma arquitetura multicamadas, que tenta equilibrar alcance, receita e relevância da marca.
Na visão de Mortimer, o futuro é agnóstico em relação a plataformas. A nova lógica da mídia esportiva é encontrar os fãs onde eles estão, e não onde você gostaria que estivessem.
Neste cenário reconfigurado e lotado, a ESPN encara a perda de exclusividades sem drama. Com a entrada da Globo na NFL, o canal foi forçado a desmontar seu super pacote de NFL e, a partir desta temporada, alterna as finais da NBA com o Prime Video.
Para Maluf, a ESPN preserva seu prestígio ao oferecer o melhor do catálogo em todas as plataformas, mesmo que o tradicional slogan de “Líder Mundial em Esportes” tenha se rendido ao “Próxima Era” para simbolizar que está abraçando de vez o streaming não por opção, mas por necessidade.
E o que está por vir ganha um tom pragmático darwinista em mais uma figura de linguagem usada pelo calejado executivo da Disney.
“É a Lei de Darwin vivida: se não adaptar, você morre. E entender os formatos de negociações desses direitos é o ponto principal.”
A FIERGS sediará o Método CIS, que já impactou mais de 1,5 milhão de pessoas
Pela primeira vez, Porto Alegre sediará o Método CIS, considerado o maior treinamento de inteligência emocional do mundo. O evento acontecerá de 8 a 11 de outubro na FIERGS e deve reunir aproximadamente 3.800 pessoas ao longo de quatro dias de intensa imersão.
Com mais de 60 horas de treinamento imersivo, o Método CIS já impactou mais de 1,5 milhão de pessoas em mais de 83 países por meio de uma experiência que integra neurociência, psicologia positiva e práticas de aplicação imediata. Ao longo do evento, os participantes terão acesso a ferramentas exclusivas, projetadas para acelerar a tomada de decisões, aprimorar habilidades de liderança e aumentar o desempenho pessoal e profissional. Diferentemente dos cursos tradicionais, o Método CIS combina conhecimento científico com dinâmicas transformadoras, permitindo que cada participante tenha insights profundos e saia preparado para implementar mudanças concretas em sua rotina, negócios e relacionamentos.
Criado pelo doutor e autor de best-sellers Paulo Vieira, o Método CIS chega à sua 246ª edição com uma proposta reconhecida internacionalmente: proporcionar transformações práticas e profundas na vida pessoal, profissional e relacional dos participantes.
Além de Paulo Vieira, a programação conta com palestras e vivências conduzidas por especialistas como a autora de best-sellers e mentora feminina Camila Vieira e a mentora de inteligência emocional e produtividade Julia Vieira.
A inteligência emocional no centro das novas competências
Segundo o Fórum Econômico Mundial, a inteligência emocional está entre as dez habilidades essenciais para os profissionais do futuro. Pesquisas mostram que funcionários com alto quociente emocional têm até 58% mais chances de sucesso e melhor desempenho em ambientes de alta pressão. Em processos de contratação e promoções, essa habilidade já é considerada tão importante quanto o treinamento técnico.
“O Método CIS é um programa de treinamento que promove mudanças práticas na vida das pessoas. A inteligência emocional não é apenas um diferencial competitivo, mas uma necessidade para quem deseja alcançar alto desempenho, construir melhores relacionamentos e viver com mais propósito “, afirma Paulo Vieira.
A importância do evento em Porto Alegre
Porto Alegre é a maior cidade da região Sul do país em geração de riqueza. A capital lidera o PIB do Rio Grande do Sul e se destaca como um polo de inovação e empreendedorismo, com mais de 62.000 novos negócios abertos em 2024, especialmente nos setores de tecnologia, serviços e economia criativa. A cidade também ostenta uma das maiores rendas familiares médias da região, além de uma ampla gama de opções de ensino superior e um mercado de trabalho diversificado.
No entanto, nos últimos anos, a região tem enfrentado momentos significativos de instabilidade, como crises econômicas, mudanças no mercado de trabalho e eventos climáticos extremos. Nesse contexto, o Método CIS chega à capital gaúcha como uma oportunidade para profissionais e famílias que buscam reorganizar prioridades, tomar decisões mais conscientes e desenvolver equilíbrio emocional para enfrentar as demandas da vida com mais tranquilidade e propósito.
“Apesar da reconhecida bravura e coragem do povo gaúcho, enfrentar desafios significativos como enchentes, pandemias, mudanças estruturais e a implementação de novas tecnologias mostrou que a força por si só não basta. Por isso, estamos apresentando o Método CIS para ajudar a superar esses desafios e impulsionar uma nova fase de crescimento. Com ele, a coragem se alia à estratégia, à resiliência e à tomada de decisão, potencializando ainda mais o desenvolvimento do povo gaúcho”, afirma Vania Tomé, diretora de franquias da unidade de Porto Alegre.
SERVIÇO
O que: Método CIS – Porto Alegre
Quando: 8 a 11 de outubro de 2025
Onde: FIERGS – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul
Inscrições disponíveis neste link
Sobre Paulo Vieira
Paulo Vieira é um dos maiores especialistas em inteligência emocional e coaching da atualidade, autor de best-sellers como *O Poder da Ação* e *O Poder da Auto-Responsabilidade*, que juntos venderam mais de 8 milhões de cópias. Fundador da Febracis, é doutor em Administração de Empresas e reconhecido internacionalmente por seu trabalho em desenvolvimento humano.
Sobre Camila Vieira
Camila Vieira é autora de best-sellers, mentora de mulheres e especialista em inteligência emocional aplicada à vida pessoal e profissional. Seu trabalho se concentra na promoção da autoestima, de um estilo de vida sistêmico e no desenvolvimento de habilidades emocionais que geram mudanças profundas e sustentáveis.
Sobre Júlia Vieira
Julia Vieira é mentora em inteligência emocional e produtividade, com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais e no fortalecimento da autorresponsabilidade e da gestão produtiva da rotina. Reconhecida por sua didática e relacionamento próximo com o público, integra a equipe de especialistas da Febracis, impactando milhares de pessoas no Brasil e no exterior.
Sobre a Febracis
A Febracis é a maior escola de transformação pessoal e profissional da América Latina. Fundada em 1998 por Paulo Vieira, um dos maiores mentores do Brasil , a organização reúne 20 empresas e 34 franquias em todo o Brasil, além de unidades franqueadas em Orlando, Boston, Lisboa e Luanda. Com mais de 15 cursos diferentes focados em negócios, vida profissional e bem-estar emocional, a Febracis recebe 16.000 alunos por mês e já atendeu mais de 1 milhão de alunos e treinou aproximadamente 40.000 coaches por meio de sua metodologia proprietária, o Coaching Sistêmico Integral (CIS).
Webinar da AMPRO discute boas práticas no relacionamento entre agências e anunciantes
Associação de Marketing Promocional realizará o webinar “Criando Relacionamentos Sustentáveis entre Agências e Anunciantes” no dia 8 de outubro, das 10h às 11h. A iniciativa do Comitê de Relações Institucionais reunirá especialistas para debater práticas que fortaleçam parcerias entre marcas e agências de live marketing, abordando temas como licitação, gestão de contratos, condições de pagamento, conformidade e feedback construtivo.
Participam da conversa Heloisa Santana, presidente executiva da AMPRO; Valdeck Junior, VP da Comissão de Relações Institucionais; André Azeredo, da FAS Advogados; Ewerton Machado, da ITA Consultoria; e Jovacy Peter Filho, do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico (IBDPE).
“O preço é importante para a saúde dos negócios dos nossos clientes, mas não pode ser o único fator, nem sua importância deve ser tão desproporcional à avaliação técnica na compra de comunicação e marketing”, afirma Valdeck Junior.
“O mercado tem buscado eficiência e transparência, e isso só é possível quando clientes e agências estabelecem relações de confiança e equilíbrio. Esse diálogo é essencial para garantir a sustentabilidade de todo o ecossistema”, acrescenta Heloisa Santana.
Pesquisas da AMPRO indicam que 74% das licitações priorizam o preço e 85% têm prazos inferiores a dez dias. O webinar online gratuito é voltado para anunciantes e profissionais de marketing, comércio, eventos, compras e direito, com o objetivo de incentivar práticas mais equilibradas e sustentáveis entre os participantes do setor.
As inscrições estão abertas no link , exclusivas para agências conveniadas e seus clientes.
Empresas brasileiras perdem credibilidade quando simulam ações ESG, mas ganham mercado quando demonstram práticas eficientes.
*Por Silvana Piñeiro
A força da marca é constantemente questionada. As empresas são constantemente julgadas pelo que produzem e como se posicionam perante seus canais e stakeholders. E quando decidem não se posicionar, essa também é uma percepção poderosa transmitida e plenamente compreendida pelo mercado.
Quando uma empresa não é transparente, omitindo informações, mascarando-as, fazendo promessas sem cumpri-las ou falhando na comunicação eficaz, o risco de perder credibilidade e comprometer sua reputação é tão grande quanto enfrentar uma crise ambiental ou social. Isso acontece porque cada vez mais consumidores, investidores, fornecedores e governos exigem posturas responsáveis e sustentáveis.
Como sabemos, ao utilizar o termo ESG (Ambiental , Social e Governança), esperamos a adoção de práticas que combinem sustentabilidade, responsabilidade social e boa gestão corporativa. Não se trata apenas de “fazer o bem”, mas sim de atestar ações éticas e transparentes, em harmonia com os valores fundamentais da convivência social. Estudos da consultoria McKinsey mostram que empresas com práticas ESG consistentes podem alcançar um valor de mercado até 20% maior, pois inspiram confiança e reduzem riscos.
No Brasil, houve progresso, mas muitos desafios permanecem. Até 2024, 51% das empresas brasileiras relataram ter uma estratégia formal de sustentabilidade, de acordo com a pesquisa “Avanços e Desafios: Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras “, realizada pela Beon ESG, Nexus e Aberje. Isso significa que metade ainda opera sem uma direção clara, e aquelas que a possuem frequentemente relutam em comunicar suas ações. O mesmo estudo constatou que, embora 64% reconheçam ESG como prioridade, apenas 39% possuem uma área dedicada e apenas 27% realizam avaliações de materialidade, consideradas essenciais para definir prioridades e se comunicar de forma consistente e eficaz.
Mas por que é tão importante comunicar o que você faz? Do ponto de vista social e jurídico, é pior quando uma empresa cria campanhas sem realmente implementá-las do que se tivesse permanecido em silêncio. Em outras palavras, tentar parecer sustentável apenas como estratégia de marketing é considerado greenwashing e, nesses casos, as penalidades e multas são severas. Isso prejudica a reputação, afasta investidores e pode até levar a boicotes de consumidores.
O oposto também é verdadeiro: quando a comunicação é clara e baseada em ações reais, é possível não apenas fortalecer a credibilidade da marca, mas também inspirar outras organizações a seguirem o exemplo.
Na prática, a comunicação ESG se baseia em três pilares fundamentais: verdade, com ações concretas sendo implementadas e depois comunicadas; transparência para evitar greenwashing e fortalecer a confiança com colaboradores, clientes e sociedade; e, claro , mensuração e prestação de contas, por meio de relatórios, indicadores, certificações e feedbacks de stakeholders, que demonstrarão a real entrega do que foi prometido.
Para isso, é preciso investir no desenvolvimento de uma comunicação estratégica e proposital, alinhada ao propósito da empresa, com discurso coerente , identidade e canais de comunicação bem implementados para interagir com consumidores, colaboradores, reguladores e investidores de forma clara e relevante.
ESG não é apenas uma tendência, mas um caminho sem volta. É maior e mais importante do que certas posições políticas ou mesmo corporativas; é um código de boas práticas empresariais para aqueles que não têm medo de assumir um papel de liderança no desenvolvimento e, consequentemente, se orgulham de comunicar com transparência o que fazem de melhor. Dessa forma, ganham competitividade, confiança na marca e longevidade nos negócios. Aqueles que apenas tentam “aparecer” perderão relevância na seleção natural da competitividade do mercado, que está se tornando cada vez mais exigente e atento.
* Silvana Piñeiro é jornalista, pós-graduada em Marketing e mestre em Estudos Políticos pela Sorbonne (França). É especialista em Comunicação ESG pela Deutsche Akademie für Publik Relations (DAPR) e diretora da Smartcom Inteligência em Comunicação. Também contribui para livros sobre empreendedorismo internacional e comunicação jurídica distribuídos na Europa e nos Estados Unidos, incluindo artigos sobre comunicação e os efeitos das fake news.
Presença digital não é suficiente: como transformar visibilidade em negócios
Marcelo Freitas*
Praticamente todas as empresas hoje estão inseridas no ambiente digital por meio de um perfil institucional no LinkedIn, Instagram, Tic Toc ou X, ou por meio de seu próprio site ou canal no YouTube. Mas estar online não significa necessariamente ser visível para o público certo ou gerar vendas. Muitos empreendedores acreditam que “ter presença” é suficiente, quando, na prática, o que importa é a “relevância dessa presença — ou seja, alcançar as pessoas certas, no momento certo, com a mensagem certa ” .
A internet mudou significativamente, e pensar que a mídia espontânea por si só resolverá todos os problemas do marketing digital é uma grande ilusão. É cada vez mais necessário investir em tráfego pago, que pode gerar melhores resultados por ser mais preciso em atingir seu público-alvo e maximizar seu retorno sobre o investimento.
O tráfego pago posiciona melhor sua marca online, onde é mais provável que ela seja notada pelo público com o qual realmente se importa. Por outro lado, a segmentação atua como a inteligência por trás do tráfego pago. Ela garante que seu investimento alcance com mais segurança aqueles com potencial para se tornarem clientes.
Já existem inúmeros relatos na mídia sobre casos de sucesso envolvendo o uso de tráfego pago. Com o objetivo de aumentar sua base de clientes, uma clínica de estética lançou uma campanha com anúncios no Instagram e no Facebook, segmentando um público por localização e interesses em comum. Sua agência de marketing pago desenvolveu todo o projeto, e o resultado final foi um aumento de aproximadamente 250% nas consultas em apenas três meses.
Enquanto isso, um site de comércio eletrônico especializado em produtos fitness, que não conseguia aumentar suas vendas orgânicas, com o apoio de uma agência de tráfego pago, investiu em uma campanha segmentada no Google Ads usando palavras-chave de alta conversão. Para complementar, realizou campanhas de remarketing no Instagram e no Facebook. Com essa estratégia, em apenas seis meses, aumentou sua receita em aproximadamente 300%.
O mercado de tráfego pago está em alta, e os dados mais recentes revelam tendências muito interessantes para quem investe em mídia digital. No ano passado, a pesquisa “Panorama do Tráfego Pago: Perspectiva de Mercado para Gestores em 2024” da Reportei concluiu que as marcas querem muito mais do que apenas anúncios e buscam estratégias assertivas de “funil de vendas” (modelo que visualiza a jornada de compra do cliente).
Uma das tendências tem sido a humanização do conteúdo sob demanda , o que resultou em maior engajamento, melhores taxas de conversão, tráfego de maior qualidade, bem como melhor segmentação e menores taxas de rejeição.
O estudo constatou que, entre 150 entrevistados, 60,5% trabalham exclusivamente com tráfego pago. Um grupo de 56,5% começou a trabalhar com tráfego pago antes de 2018. Outros 24,5% começaram entre 2019 e 2020. E uma fração de 19% iniciou essa atividade entre 2021 e 2022.
As plataformas de publicidade paga mais utilizadas em 2024, de acordo com a pesquisa, foram Meta Ads (89,1%); Google Ads (85,7%); LinkedIn Ads (34%); TikTok Ads (20,4%); Bing Ads (7,5%); Pinterest Ads (7,5%); Taboola/Outbrain (4,8%); e Twitter Ads (4,8%).
A pesquisa também concluiu que a Inteligência Artificial (IA) está se mostrando uma grande aliada no mercado de tráfego pago, pois oferece recursos avançados que otimizam e aprimoram campanhas publicitárias.
É fundamental entender que estratégia e tráfego pago são o caminho para resultados reais, mas devem ser gerenciados com conhecimento e autoridade para atingir resultados significativos, que influenciarão diretamente no desempenho geral do cliente.
*Marcelo Freitas é formado em Ciência da Computação, consultor de tráfego pago e fundador da Spot-A Marketing. Ele é especialista em tráfego pago estratégico para empresas que buscam capturar leads e vender online.
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Professor brasileiro perde 21% do tempo de aula para manter disciplina
Por Mariana Tokarnia
No Brasil, os professores perdem, em média, 21% do tempo de aula para manter a ordem em sala. Ou seja, a cada cinco horas de aula, uma hora é perdida para conseguir a atenção dos estudantes. O dado é da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, divulgada nesta segunda-feira (6), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O estudo, feito a partir de entrevistas com professores e diretores principalmente dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), compara a educação em 53 países.
Enquanto no Brasil, os professores perdem 21% do tempo de aula com questões relacionadas à disciplina, nos países-membros da OCDE a média é menor, 15%. O estudo mostra que houve um aumento de 2 pontos percentuais entre 2018 e 2024, tanto no Brasil quanto entre os países da organização.
Ainda de acordo com a pesquisa, quase a metade dos professores brasileiros (44%) relatam que são bastante interrompidos pelos alunos. O patamar é mais do que o dobro registrado pela média da OCDE, que é de 18%.
Em relação ao estresse sofrido no dia a dia, o relato dos professores brasileiros é semelhante ao dos docentes dos países da OCDE: 21% dizem que o trabalho é muito estressante, enquanto a média da OCDE é 19%. O índice aumentou em 7 pontos percentuais em relação à 2018 no Brasil.
Quanto aos impactos na saúde mental e física, o Brasil supera a média dos demais países pesquisados. Entre os professores brasileiros, 16% dizem que a docência impacta negativamente na saúde mental, enquanto entre os países da OCDE, a média é 10%. Já a saúde física é muito impactada pela profissão de acordo com 12% dos professores brasileiros, enquanto a média da OCDE é 8%.
Valorização
O estudo destaca que a valorização dos professores é importante para manter os bons profissionais na carreira. No Brasil, no entanto, apenas 14% acreditam que os professores são valorizados na sociedade. Esse percentual aumentou 3 pontos percentuais em relação a 2018, mas segue inferior à média da OCDE, de 22%.
O mesmo percentual (14%) acredita que os professores são valorizados nas políticas públicas do país, um aumento de 8 pontos percentuais em relação ao último estudo. A média da OCDE é 16%.
Apesar do cenário, a maior parte dos professores brasileiros, 87%, afirma que, no geral, está satisfeito com o trabalho – mesmo patamar registrado em 2018. O índice é próximo da média da OCDE, de 89%. Além disso, para mais da metade, 58%, ser professor foi a primeira escolha de carreira – porcentagem similar à OCDE e a mesma de 2018.
Esta é a 4ª edição da Talis, que foi realizada no Brasil entre os meses de junho e julho.
Etarismo ao contrário: por que empresas NÃO querem contratar jovens da geração Z?
Por Renato Soares
A discussão sobre etarismo sempre esteve associada às dificuldades enfrentadas por profissionais com mais de 50 anos para permanecerem no mercado de trabalho.
No entanto, um novo fenômeno vem chamando a atenção: o juvenilismo, uma forma de discriminação que afeta diretamente os mais jovens, especialmente a Geração Z.
Nesse cenário, empresas evitam contratar trabalhadores por serem considerados “sensíveis demais”, “preguiçosos” ou até “arrogantes”, reforçando estereótipos que podem comprometer o futuro do mercado.
O que é o juvenilismo?
O termo juvenilismo, traduzido do inglês youngism, refere-se a preconceitos e práticas que excluem profissionais jovens do mercado de trabalho por acreditarem que eles não são preparados, comprometidos ou leais.
Segundo pesquisas internacionais, essa forma de discriminação já supera outros tipos de etarismo e está se tornando uma barreira significativa para quem tenta iniciar a carreira.
O impacto na Espanha e em outros países
Um relatório da Infoempleo em parceria com o Grupo Adecco revelou que 35,76% das empresas espanholas terão dificuldades para substituir funcionários que estão prestes a se aposentar.
Mesmo diante desse desafio, muitas companhias resistem a contratar jovens e também mantêm restrições a profissionais mais velhos.
O problema não é exclusivo da Espanha. Nos Estados Unidos, uma pesquisa citada pela Fortune mostrou que o juvenilismo já é a forma de discriminação etária mais comum, trazendo sérias consequências para a economia.Software para finanças
No Reino Unido, empregadores classificaram jovens como “sensíveis” (34%), “arrogantes” (27%) e “preguiçosos” (23%). Alarmantemente, 1 em cada 10 admitiu ter recusado candidatos unicamente pela idade.
Estereótipos que afetam a carreira dos jovens
Os dados revelam um cenário preocupante.
93% dos jovens afirmam já ter sofrido tratamento negativo por causa da idade.
81% relatam desvalorização profissional.
78% dizem receber tratamento condescendente.
75% afirmam já ter sido rejeitados em vagas por serem jovens demais.
69% perderam promoções devido ao preconceito etário.
Esse cenário gera frustração e limita as possibilidades de crescimento, com quase metade dos jovens (49%) sentindo que não conseguem avançar na carreira por causa do juvenilismo.
Juventude, sensibilidade e saúde mental
Críticas à suposta “sensibilidade excessiva” da Geração Z ignoram um ponto essencial: os jovens ingressam no mercado em um contexto de crises sociais, inflação, conflitos geopolíticos, mudanças climáticas e injustiças estruturais.
Não à toa, a saúde mental tornou-se um dos maiores desafios desta geração, influenciando seu comportamento e sua forma de encarar o trabalho.
O etarismo de dentro para fora
Pesquisadores da Universidade de Nova York e da Universidade da Pensilvânia destacam que, ao contrário do etarismo tradicional contra os mais velhos, o juvenilismo concentra-se na geração atual de jovens adultos, impondo julgamentos sociais mais severos e comportamentos discriminatórios.
Ou seja, em vez de serem vistos como “o futuro”, os jovens estão sendo rotulados como um problema no presente.
Superar o juvenilismo é uma necessidade urgente
Com milhões de aposentadorias previstas para os próximos anos, especialmente na Europa, as empresas não podem se dar ao luxo de descartar a força de trabalho jovem.
Valorizar a Geração Z não é apenas uma questão de inclusão, mas de sobrevivência do mercado. Investir em programas de desenvolvimento, quebrar estereótipos e criar ambientes de trabalho mais equilibrados são medidas essenciais para garantir que o talento jovem seja aproveitado de forma estratégica.o de 2024. Os estudos sobre a realidade brasileira foram conduzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com a colaboração das secretarias de educação das 27 Unidades Federativas.
Inteligência Artificial: Transformando Negócios e Criando Oportunidades
A Inteligência Artificial deixou de ser apenas tema de ficção científica e passou a fazer parte do cotidiano. Na Palavra do Expert, o especialista Jaime William Dias é professor da Unipar há 15 anos, formado em Sistemas de Informação, especialista em Programação Orientada e Objetos (Java) e Mestre em Ciência da Computação pela UEM (Universidade Estadual de Maringá).
Com 20 anos de experiência no mercado de tecnologia, ele também é CEO da ICODE GROUP, empresa especializada em gestão de franquias com Inteligência Artificial, unindo prática profissional e carreira acadêmica para formar a próxima geração de especialistas em TI.
Das recomendações personalizadas em lojas virtuais aos atendentes automatizados no WhatsApp e aplicativos de GPS que preveem o trânsito, a IA já está presente em diversas situações do dia a dia.
Entre suas aplicações práticas, destacam-se os chatbots de vendas e atendimento via WhatsApp, capazes de entender o contexto das conversas e até concluir compras; os sistemas de suporte técnico inteligente, que analisam problemas e indicam soluções com agilidade; e as ferramentas de análise de relatórios e apoio à decisão, que cruzam dados de diferentes setores e oferecem insights estratégicos para empresas.
As vantagens são evidentes: mais eficiência, redução de custos, personalização em escala e capacidade de lidar com grandes volumes de dados. No entanto, como ressalta o professor Jaime, é preciso cautela.
“O uso inadequado da IA pode gerar vieses, comprometer a privacidade e criar uma dependência excessiva. A tecnologia precisa ser usada de forma ética e responsável, sempre como apoio à inteligência humana”, afirma.
É nesse contexto que o curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Unipar ganha destaque. A formação oferece base sólida em programação, engenharia de software e banco de dados, capacitando o aluno a trabalhar com diversas tecnologias diferentes, inclusive no desenvolvimento de soluções com IA. Essa preparação abre portas para diversas áreas, como aplicativos comerciais, sistemas empresariais (ERP), Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial.
Na Unipar, o compromisso é formar profissionais capazes de unir técnica, inovação e ética, garantindo que a IA seja uma ferramenta de transformação positiva para empresas e para a sociedade.
ChatGPT é como um superpoder, ‘permite acreditar que tudo é possível’, diz nº 2 da OpenAI
Os impressionantes investimentos em infraestrutura de inteligência artificial (IA) não são uma bolha, mas representam a “nova realidade” para atender à crescente demanda dos usuários, afirmou na segunda-feira (6) à AFP Fidji Simo, número dois da empresa OpenAI.
Segundo ela, “quando éramos crianças, não podíamos materializar nossa imaginação tão rapidamente’.
Esta é a primeira entrevista de Simo desde que assumiu, em 18 de agosto, o cargo de diretora de operações de aplicativos da OpenAI, incluindo o emblemático ChatGPT.
A IA alimenta uma bolha de investimentos irracionais?
“O que observo é que se trata de um investimento massivo em um momento em que precisamos desesperadamente dela para muitos usos que as pessoas desejam”, declarou Simo.
“Dessa perspectiva, realmente não vejo isso como uma bolha. Vejo isso como a nova realidade de hoje, e acredito que o mundo realmente vai mudar e perceber que o poder da computação é o recurso mais estratégico”, explicou.
“A IA é a maior força de autonomização que jamais conheceremos. Ela pode economizar seu tempo. Pode lhe dar acesso à educação e ao aprendizado contínuo. Pode lhe oferecer orientação, tutoria e talvez até mesmo conselhos financeiros. Pode lhe oferecer oportunidades econômicas”.
O que você diria para aqueles que se preocupam com os perigos da IA?
“Meu trabalho consiste em garantir que o lado positivo dessa tecnologia seja aproveitado e o lado negativo seja mitigado.
Tomemos como exemplo a saúde mental. Ouço muitos usuários dizerem que pedem conselhos ao ChatGPT em momentos difíceis, quando talvez não tenham mais ninguém com quem conversar. Muitas pessoas não têm condições financeiras para procurar um terapeuta. Muitos pais me dizem: ‘Meu Deus, recebi um conselho ótimo que me ajudou a resolver uma situação com meu filho’”.
Mas, ao mesmo tempo, precisamos garantir que o modelo se comporte conforme o esperado. Nosso plano de ação é muito sólido. Começamos com o controle parental e planejamos implementar a detecção de idade: se pudermos determinar que o usuário é um adolescente, ofereceremos um modelo menos permissivo do que o de um adulto.
O emprego é igualmente uma grande preocupação para mim e tem uma abordagem semelhante. A IA criará muitos empregos que antes não existiam, como o de engenheiro de ‘prompts’. Ao mesmo tempo, algumas profissões serão afetadas, mas nossa função é ajudar na transição. É por isso que oferecemos certificações em IA, que permitem que as pessoas progridam e obtenham uma certificação, e lançamos uma plataforma de emprego que conecta as pessoas a novas oportunidades de trabalho”.
O lançamento do Sora 2, que permite gerar vídeos curtos a partir de um texto, foi recebido com entusiasmo, mas também com ironia: por que gerar vídeos divertidos em vez de curar o câncer?
“Entrei para a OpenAI em grande parte porque acredito firmemente que a tecnologia permitirá curar todas as doenças, e como eu mesma sofro de uma doença crônica, acredito profundamente nisso.
Todas as inovações gráficas do Sora podem alimentar inúmeras tecnologias, mas também farão as pessoas rirem, e isso é algo positivo no caminho para a cura de todas as doenças”.
Quais são os próximos avanços para uma IA autônoma, capaz de aprender por conta própria?
“Acredito que os avanços se referem a modelos que compreendem seus objetivos e te ajudam a alcançá-los de forma proativa. Eles não apenas dão uma boa resposta ou conversam com você, mas dizem: ‘Ok, você quer passar mais tempo com sua esposa? Bem, talvez haja alguma escapada de fim de semana que possa ajudá-lo, e sei que isso requer muita organização. Então, já organizei tudo para você, entrei no Expedia e fiz algumas reservas. Basta clicar em um botão para dar sua aprovação e tudo estará pronto’”.
Em San Francisco, às vezes se diz: ‘Os Estados Unidos inovam, a China copia, a Europa regula’.
“Como europeia, sempre que ouço esta frase, fico com o coração partido. Acho que, sem dúvida, na Europa tem havido uma tendência para se concentrar muito na regulamentação. Acho que isso está mudando, especialmente quando vejo que o presidente [da França, Emmanuel] Macron está apostando na inovação. Mas também acho que ainda são necessárias ações concretas que apoiem as intenções para que isso se torne realidade.
No que diz respeito à China, continuamos muito focados em manter a nossa liderança, porque vemos que a China continua investindo muito em competitividade, seja em termos de inovação ou de informática, portanto acreditamos que é muito importante continuar a investir em todo o bloco democrático para promover uma IA que tenha estes valores [democráticos]”.
Você deixa a sua filha usar o ChatGPT?
“O ChatGPT não é destinado a menores de 13 anos, mas deixo minha filha de 10 anos usá-lo sob minha supervisão. É mágico ver o que ela é capaz de criar. Só neste fim de semana, ela falou sobre um novo projeto para transformar suas ideias em produtos. E usou o ChatGPT para criar cartazes e slogans.
Quando éramos crianças, não podíamos materializar nossa imaginação tão rapidamente. É como um superpoder, que permite acreditar que tudo é possível”.