Como as marcas devem se preparar para a chegada do TikTok Shop ao Brasil? e outros artigos

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Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre:Como as marcas devem se preparar para a chegada do TikTok Shop ao Brasil?, A camisa vermelha da seleção é um ato de marketing, não político, Quem decide por nós? O poder invisível das marcas sobre as nossas escolhas, Marcas investem no varejo hiperlocal para atrair e reter clientes, A Geração Z cresceu, mas seu marketing ainda a vê como adolescentes, Transformar problemas em soluções é o que diferencia as empresas que crescem daquelas que estagnam, 289 milhões de jovens da Geração Z foram demitidos ou estão sem trabalho: crise dos nem-nem mostra que o mercado está quebrado, segundo especialistas, Núcleo de pesquisa estratégica ENTER27 é lançado por estúdio criativo gaúcho, O que significa para a Globo ter deixado Boni de fora da festa de 60 anos e Annie Müller encontra empresários no GAV-RS.

 

Como as marcas devem se preparar para a chegada do TikTok Shop ao Brasil?

Por Eduardo Cosomano

 

O assunto do momento no varejo é o TikTok Shop: a plataforma de vendas de uma das maiores redes sociais do mundo, que já arrecadou cerca de US$ 33 bilhões globalmente no ano passado, segundo a Statista . Sua chegada ao Brasil está prevista para maio e promete abocanhar uma boa fatia do e-commerce nacional — por isso, as marcas precisam se adaptar urgentemente.

Henrique Troitinho, CEO da Score Media , agência de inovação em marketing digital com foco em branding , afirma que o potencial da plataforma no país é vasto. “O Brasil tem uma das maiores audiências de mídias sociais do mundo e, ao mesmo tempo, é um dos países que mais consomem no varejo online. O TikTok Shop será a junção de duas coisas que os brasileiros fazem com frequência: consumir conteúdo e comprar online. É possível que essa novidade se torne um dos principais canais de vendas por aqui”, afirma.

O profissional ressalta que para ter sucesso na plataforma será preciso mais do que apenas se cadastrar e começar a vender. As marcas precisarão integrar pedidos e produtos com os controladores de estoque, selecionar influenciadores para se associarem à loja, criar um modelo de comissão, desenvolver uma estratégia de crescimento de seguidores, criar conteúdo em vídeo “Tiktok First” e gerenciar anúncios do TikTok com foco em vendas. “O mercado será extremamente competitivo. Quem não se preparar em todas as frentes ficará para trás”, enfatiza Henrique.

Com base na experiência com clientes e nos cursos da agência focados especificamente no TikTok, o CEO separou algumas recomendações importantes para quem está começando a se preparar.

 

Conteúdo Primeiro

“É importante entender que a produção de conteúdo está diretamente ligada à compra. É por meio de vídeos e transmissões ao vivo que os produtos ganham visibilidade, despertam interesse e geram vontade de comprar”, explica Troitinho.

Conteúdo bem produzido, que apresenta os benefícios de um produto de forma criativa e autêntica, com uma linguagem alinhada ao público da plataforma, tem maior probabilidade de viralizar, alcançar novos usuários e converter visualizações em vendas. Além disso, o conteúdo funciona como uma vitrine dinâmica, capaz de educar, entreter e persuadir os consumidores no mesmo espaço em que eles já estão engajados. A velocidade de produção e a capacidade de acompanhar as tendências também são essenciais nesse contexto.

 

Mídia paga

“Os anúncios de produtos no TikTok funcionam de forma semelhante aos anúncios do Google Shopping, então as marcas que já trabalham com essa ferramenta devem se familiarizar rapidamente”, diz Henrique.

Além de servir como acelerador de vendas na própria TikTok Shop, a estratégia de mídia paga pode ser aplicada por meio de outra técnica: impulsionar conteúdo de criadores parceiros. Isso cria um ecossistema para incentivar o conteúdo criado pela comunidade, o que, por sua vez, gera vendas para a loja.

 

Integração de departamentos

As áreas de Tecnologia, Marketing e Vendas são as principais responsáveis ​​por garantir o sucesso da marca na plataforma. São elas que controlam pedidos, estoque, ajustes técnicos e estratégicos, e garantem o bom andamento do processo.

“No mercado brasileiro, há uma falta de familiaridade com o formato que o TikTok Shop oferece e um receio de investir em algo novo. Nossa cultura digital ainda está se adaptando, por exemplo, ao uso de vídeos ao vivo como principal canal de conversão, algo que países como a China já têm como parte central de sua estratégia de e-commerce. Os próximos anos provavelmente serão um período de transformação no mundo das vendas online, acompanhando as tendências globais. As marcas mal podem esperar para seguir essa tendência”, conclui Troitinho.

 

 

A camisa vermelha da seleção é um ato de marketing, não político

Por Lilian Carvalho

 

Ainda é cedo para dizer se a polêmica “camisa vermelha” da Seleção Brasileira terá impacto positivo ou negativo em termos de marketing ou mesmo de relacionamento com os torcedores. Afinal, só em 2026 saberemos se a Nike de fato implementará o novo modelo como uniforme reserva – no lugar da camisa azul – e como ele será recebido. Segundo o software Buzzmonitor, em 28 de abril, no auge das discussões sobre o tema, a maioria das menções foi neutra (45,52%). Outros 30,7% corresponderam a menções positivas e 22,4% a menções negativas.

Há um burburinho na internet sobre a motivação política da mudança, já que a camisa verde e amarela foi usada nos protestos pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em seu segundo mandato, e se tornou um símbolo do bolsonarismo. Por isso, essa seria uma estratégia do atual governo para “recuperar” um símbolo nacional. Mas nenhuma declaração da Nike ou da CBF corrobora essa especulação e, para ser bem honesto, muito provavelmente não é o caso.

Quem imaginaria que a Nike, um dos símbolos do capitalismo e da força econômica americana, se alinharia a um capricho tão simbólico? Aqui, preciso lembrar o óbvio: esse tipo de estratégia tem como foco principal o lucro. Caso contrário, o fornecedor de equipamentos esportivos já teria tomado medidas de “antiapropriação política” em Copas do Mundo anteriores.

Mas por mais vazia que essa controvérsia possa parecer, ela levanta alguns pontos interessantes a serem considerados nesta discussão.

Uma das principais é: a tradicional camisa predominantemente amarela é, sem dúvida, o maior símbolo da Seleção Brasileira, apelidada de Canarinho. E vou mais longe, talvez seja o maior símbolo do futebol artístico em todo o mundo. Na linguagem dos “futebolistas”, a camisa mais pesada! E sim, ela continuará fazendo parte do uniforme titular, acompanhada das cores verde, azul e branca.

A tão discutida “apropriação” da peça em manifestações políticas de direita no Brasil, de fato, causou aversão entre a esquerda ao seu uso nos últimos anos. No entanto, isso não alienou os progressistas que gostam de futebol e torcem pela seleção. Afinal, a também tradicional camisa azul, que foi destaque no primeiro título mundial em 1928, sempre foi uma alternativa instantânea.

Além disso, parte da esquerda, não tão avessa ao lucro, foi ainda mais longe: réplicas não oficiais da camisa da seleção brasileira, na cor vermelha, com o emblema da CBF e tudo, começaram a ser fabricadas e vendidas em larga escala. Pronto, o problema estava resolvido, mesmo sem autorização da Nike ou do alto comando do futebol brasileiro. Ninguém parou de torcer pelas Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Esse fato, aliás, também pode ter algum peso na decisão da Nike. Sabendo do impacto negativo nas vendas que versões piratas de esquerda podem causar, por que não explorar a própria cor vermelha e, mesmo sem viés político, oferecer uma alternativa oficial aos fãs mais incomodados? Mais uma vez, o lucro está no centro das coisas, não a política.

Ainda assim, outros aspectos me levam a crer no interesse único e exclusivo de marketing da empresa. Segundo a Nike, essa mudança é um esforço para introduzir a marca Jordan, inspirada no ex-jogador de basquete americano Michael Jordan, no mercado brasileiro. Chamamos essa estratégia de GtM – “Go to Market” ou “penetração de mercado”.

Além disso, sabemos o quão “diferente” é comercialmente atraente. No futebol, já é prática comum, inclusive em clubes ligados à própria Nike, lançar uniformes alternativos com cores alternativas e layouts “diferentes”, mesmo que não tenham nenhuma ligação com a história desses times ou torcedores. Tomando um exemplo não tão recente, em 2010, o Clube Atlético Mineiro, cuja torcida é tão apegada ao preto e branco, decidiu lançar uma camisa de treino rosa. Inicialmente, a reação da maioria dos torcedores foi negativa, enquanto os rivais levaram na brincadeira. O motivo claro, em ambos os casos, foi a resistência da comunidade futebolística, tão apegada à ideia de “masculinidade” e à cor tradicionalmente associada às mulheres. No final, a camisa foi um sucesso de vendas e, posteriormente, outros clubes seguiram o exemplo.

No caso atual, envolvendo a Seleção Brasileira, fica claro que entre os consumidores, de forma reativa, haverá uma politização na hora de comprar. A direita “patriota” provavelmente continuará vestindo a camisa amarela, enquanto a esquerda, mais sensível, terá uma alternativa oficial para não ser confundida. A única certeza que posso dar é que a Nike vencerá com folga.

 

Quem decide por nós? O poder invisível das marcas sobre as nossas escolhas

Por Evandro Lopes

 

Poucas pessoas gostam de admitir que são facilmente influenciáveis. Preferimos acreditar que nossas escolhas de consumo são racionais e bem pensadas. Mas a verdade, revelada pela neurociência, é um pouco mais incômoda: muitas de nossas decisões são tomadas antes mesmo de termos consciência delas, e as marcas sabem muito bem disso. A influência das marcas em nosso comportamento vai muito além de um slogan bem pensado ou de uma embalagem atraente. Começa nos bastidores da mente, onde emoções, memórias e impulsos inconscientes ditam o ritmo de nossas ações. É nesse cenário que a neurociência entra em cena, revelando um segredo que poucos ousam encarar: estamos longe de ser tão racionais quanto pensamos, principalmente quando se trata de consumo.

Estudos em neurociência e psicologia mostram que o cérebro humano está constantemente em busca de atalhos para economizar energia. Em “Pensar Rápido e Devagar”, Daniel Kahneman explica que operamos, na maioria das vezes, utilizando o Sistema 1, ou seja, rápido, automático e impulsivo, o que nos leva a tomar decisões instintivamente, sem reflexão profunda. Isso ajuda a entender por que marcas que transmitem confiança, familiaridade e emoção são escolhidas quase imediatamente. Segundo a Nielsen Consumer Neuroscience, cerca de 90% das decisões de compra acontecem inconscientemente, mostrando que marcas capazes de ativar emoções e memórias afetivas não apenas conquistam os consumidores, mas também moldam suas preferências de forma sutil e poderosa.

E aqui entra o ponto crítico: até que ponto essa influência é ética? Até que ponto é saudável confiar em mecanismos inconscientes para guiar decisões que impactam nossa rotina, nossas finanças e, em alguns casos, nossa autoestima? A neurociência aplicada ao marketing é fascinante, sim. Mas também exige responsabilidade. Se as marcas hoje têm o poder de manipular sentimentos e comportamentos, elas precisam, no mínimo, refletir sobre os limites dessa ação. Não se trata de demonizar o uso da ciência para entender o consumidor, muito pelo contrário. Trata-se de reconhecer que esse poder exige consciência e ética na forma como é utilizado. Quando uma marca é capaz de gerar uma reação emocional tão forte que o consumidor nem percebe que está sendo influenciado, é preciso discutir os limites dessa ação. Porque, no fim das contas, a escolha pode até parecer espontânea, mas ela já estava sendo construída muito antes da prateleira ou do clique.

O mais curioso, e talvez o mais perturbador, é perceber que a lógica do consumo moderno não se baseia no que o produto é, mas no que ele faz o consumidor sentir. Essa é a verdadeira moeda emocional das marcas: elas não vendem produtos, vendem experiências neurológicas. E se é o cérebro que está no comando, então deveríamos pelo menos estar cientes disso. Só então conseguiremos recuperar algum controle sobre o que chamamos de escolha. É hora de parar de fingir que somos imunes a estratégias emocionais e começar a encará-las com senso crítico. A neurociência desvendou o jogo. A questão é: vamos continuar jogando sem conhecer as regras?

 

 

Marcas investem no varejo hiperlocal para atrair e reter clientes

Por Engenharia de Comunicação

 

Os brasileiros vêm vivenciando mudanças em seu estilo de vida nos últimos anos, incluindo o “êxodo urbano”, que consiste na troca de grandes capitais por cidades menores em busca, principalmente, de qualidade de vida. Esse movimento remodelou o varejo, criando uma demanda por soluções próximas, ágeis e acessíveis. Tudo alinhado ao estilo e às expectativas desse novo público.

O varejo hiperlocal, como esse fenômeno tem sido chamado, baseia-se na premissa de que tanto consumidores quanto empresas observam o que está próximo, pensando localmente e priorizando conveniência e oportunidades, respectivamente.

Exemplos não faltam. Grandes redes como Grupo Pão de Açúcar e Carrefour já investem em formatos menores e mais próximos das comunidades, como o Minuto Pão de Açúcar e o Carrefour Express. Startups como a sueca Lifvs, com lojas autônomas disponíveis 24 horas por dia, ou a brasileira Ame Go, que automatiza compras com IA e Wi-Fi, mostram como a conveniência está transformando o varejo.

“O futuro do varejo será cada vez mais descentralizado e conectado. As lojas não precisam ser grandes, mas sim ágeis, convenientes e adaptadas às necessidades locais”, destaca César Baleco, CEO da IRRAH, grupo de tecnologia especializado em soluções para o setor varejista.

Além das grandes redes que têm investido em negócios locais, o varejo hiperlocal também está alinhado ao crescimento dos pequenos negócios no Brasil, que representam a maioria das empresas abertas recentemente. Em setembro de 2024, foram registrados 349,5 mil novos pequenos negócios, 96% do total de CNPJs criados no período, segundo levantamento do Sebrae com dados da Receita Federal. No acumulado do ano, foram abertas 3,3 milhões de novas empresas, das quais aproximadamente 3,2 milhões eram compostas por MEIs, micro e pequenas empresas.

Segundo Baleco, essa transformação tende a se tornar ainda mais acentuada. Durante a pandemia, 72% dos brasileiros passaram a priorizar pequenos negócios e 80% disseram que continuarão a incentivar estabelecimentos locais, segundo a Accenture.

“O futuro do varejo é ser próximo, ágil e, principalmente, conectado”, afirma, destacando que a tecnologia deixou de ser apenas um facilitador para se tornar um diferencial estratégico para quem busca se destacar nesse novo formato de mercado.

E há inúmeras maneiras de usar essa vantagem. “Não podemos esquecer que os consumidores estão próximos, mas também estão conectados e, apesar de serem mais propensos a comprar do que aqueles que estão perto, muitas vezes enfrentam uma concorrência avassaladora no mundo virtual. Diante disso, os varejistas locais precisam usar as tecnologias que existem hoje para se destacarem”, afirma o CEO da IRRAH. Ele cita exemplos emblemáticos, como o caso da varejista sueca Lifvs, por exemplo, que escolheu áreas rurais como destino para suas lojas automatizadas, oferecendo mais opções a comunidades sem acesso a supermercados. A rede inaugurou 19 contêineres que são transportados até o local de operação e desbloqueados por meio de um aplicativo.

No entanto, as empresas locais não precisam recorrer a estratégias tão ousadas para cativar seu público e superar a concorrência no mundo tecnológico. Segundo Baleco, hoje existem ferramentas disponíveis que, por exemplo, automatizam campanhas e atendimento ao cliente e, com um pouco de criatividade, podem fazer a diferença e garantir uma experiência inesquecível para os clientes.

“Imagine lançar uma campanha digital para atrair pessoas que ainda não conhecem sua loja. Você pode oferecer descontos exclusivos para atrair essas pessoas ao seu estabelecimento, criando uma oportunidade de conquistá-las. Para clientes que já frequentam sua loja, a campanha pode incentivá-los a se inscreverem em seu canal online para receber notícias, promoções e atualizações, incentivando compras mais frequentes. As possibilidades de aumentar o engajamento e as vendas são infinitas!”, explica.

A Baleco afirma que o Grupo IRRAH está presente em mais de 70 países, promovendo o conceito de varejo hiperlocal. A empresa ajudou empresas a automatizar o atendimento ao cliente e conectar consumidores a empresas. Soluções inovadoras incluem o GTP Maker, que utiliza IA para criar assistentes virtuais; o Dispara Aí, que desenvolve campanhas que impulsionam as vendas; o E-vendi, um e-commerce otimizado para WhatsApp; e o KIGI, um ERP estratégico que transforma a gestão do varejo em um ecossistema totalmente integrado.

“Essas tecnologias não só otimizam as operações, como também tornaram o varejo mais dinâmico e competitivo. A integração entre inovação e proximidade é, sem dúvida, a chave para o sucesso neste novo cenário”, conclui César Baleco.

 

A Geração Z cresceu, mas seu marketing ainda a vê como adolescentes

Por Pedro Campos

 

Determinar um “ponto de partida” para qualquer mudança de comportamento associada à internet e às novas formas de comunicação não é uma tarefa fácil. O universo digital é vasto, com muitas camadas e peculiaridades, e sempre haverá espaço para a ideia de que “isso já era feito antes”, mesmo que esse “antes” fosse pouco conhecido. Mas podemos dizer que, pelo menos desde 2010, a consolidação do conceito de memes e a viralização nas plataformas digitais mudaram a forma como grandes empresas desenvolvem estratégias de marketing para atrair a atenção dos jovens. Naquela época, grande parte da chamada Geração Z – que geralmente se refere aos nascidos entre 1997 e 2012 – estava no auge da adolescência ou em transição para essa fase.

Repito: foi! Mas, surpreendentemente, muitas pessoas, incluindo profissionais de comunicação e, mais especificamente, de marketing, ainda não entendem que esta geração cresceu e se tornou adulta. A primeira leva de Zoomers , como também são conhecidos, já tem cerca de 28 anos, muitos com filhos, responsabilidades profissionais e, em alguns casos, até com certa estabilidade financeira.

Apesar disso, ainda vemos campanhas e ações que insistem em tratar a Geração Z como adolescentes descolados e rebeldes, “tiktokers”. Assistimos, portanto, a uma miopia nos planos de comunicação que insistem em reduzir uma geração inteira, composta por milhões e milhões de pessoas, a um único perfil. Não é à toa que essa geração mudou sua relação de consumo com as marcas tradicionais. Há uma falta de representatividade.

Aqui, gostaria de propor às equipes de marketing e agências de publicidade uma forma mais eficiente de trabalhar: evite caricaturas e estereótipos. O verdadeiro consumidor da sua marca está nas ruas, fora da bolha do escritório. Ele está no ônibus a caminho do trabalho, na fila de festivais, correndo no parque, pagando contas em casa, caminhando por shoppings, bebendo cerveja no bar. A verdadeira conexão de uma marca vem de uma conexão verdadeira com seu cliente. Esqueça a ideia de se conectar com uma geração inteira; procure subgrupos e suas necessidades. É aí que está a resposta.

O “Instagramável” precisa abrir espaço para uma conexão verdadeira. Os emojis forçados e as gírias artificiais de marcas que ainda se referem ao perfil fictício da Geração Z refletem sua falta de profundidade e autenticidade. Em 2025, o marketing que terá sucesso é aquele que não assume, mas busca entender verdadeiramente o ser humano do outro lado da tela. Alguém de carne e osso, assim como você e eu, que tem problemas, sonhos, aspirações e desejos.

Essa é a única maneira de as marcas irem além de cliques e curtidas e começarem a gerar interesse genuíno em seus produtos.

 

 

Transformar problemas em soluções é o que diferencia as empresas que crescem daquelas que estagnam

Por Carolina Lara

 

Problemas são inevitáveis ​​no ambiente de negócios, mas a forma como as organizações reagem a eles pode determinar o curso dos negócios. Em vez de tratar crises como ameaças, as empresas que enxergam os desafios como oportunidades de melhoria e inovação podem construir marcas mais fortes, impulsionar a competitividade e acelerar seu crescimento no mercado.

Para Alexandre Slivnik , especialista em excelência em serviços e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), as empresas mais bem-sucedidas são aquelas que transformam problemas em soluções criativas. “As organizações mais valiosas foram criadas para resolver grandes desafios. A Uber resolveu a mobilidade, o Google resolveu a conectividade. Todas cresceram porque enfrentaram dificuldades, inovaram e se fortaleceram diante dos obstáculos”, afirma.

Slivnik enfatiza que essa mentalidade deve permear todos os níveis de uma empresa. “Empresas que punem erros inibem a inovação. Aquelas que adotam uma mentalidade de startup — onde erros são permitidos, corrigidos e aprimorados em tempo real — saem na frente”, ressalta.

 

Agilidade organizacional como vantagem competitiva

A importância da velocidade nas decisões estratégicas foi reforçada por um estudo da McKinsey, que mostrou que empresas com alta capacidade de adaptação tomam decisões mais rápidas e eficazes em tempos de crise. Segundo a consultoria, organizações que adotam estruturas mais ágeis tiveram até duas vezes mais chances de superar seus concorrentes em desempenho financeiro durante a pandemia. A pesquisa também indica que esse perfil de gestão garante maior resiliência operacional e crescimento sustentado, especialmente em contextos de mudanças aceleradas.

 

Profissionais proativos se destacam no mercado

Slivnik também enfatiza que a capacidade de resolução de problemas é um diferencial para o crescimento profissional. “Profissionais que assumem responsabilidades, em vez de terceirizar as dificuldades, constroem confiança e se destacam no mercado. São esses profissionais que progridem mais rápido e alcançam os melhores salários”, afirma.

No relacionamento com o cliente, essa filosofia é ainda mais poderosa. Resolver problemas de forma acolhedora — mesmo quando a empresa não teve culpa — cria conexões emocionais e fortalece a imagem da marca. Slivnik compartilha uma lição de Jim Cunningham, ex-líder de treinamento da Disney: “Os clientes nem sempre têm razão, mas devem ter a oportunidade de errar com dignidade”. Segundo ele, acolher e resolver as demandas dos clientes transforma potenciais detratores em fortes promotores da marca.

 

 

289 milhões de jovens da Geração Z foram demitidos ou estão sem trabalho: crise dos nem-nem mostra que o mercado está quebrado, segundo especialistas

Por Vika Rosa

 

A crise dos “nem-nem” — jovens que nem estudam, nem trabalham — atinge proporções alarmantes entre a Geração Z, com quase 289 milhões de pessoas nessa situação ao redor do mundo. Para especialistas, o fenômeno é um reflexo direto de um mercado de trabalho que já não acompanha as mudanças sociais, tecnológicas e educacionais da última década. A realidade? Um sistema que promete estabilidade e oportunidades, mas entrega frustração e estagnação.

Nos Estados Unidos, mais de 4,3 milhões de jovens da Geração Z estão sem estudo ou emprego. Na Espanha, são quase 930 mil. O que antes era visto como um desvio pontual se torna agora um sintoma de colapso estrutural, onde a formação superior deixou de ser uma garantia de futuro. Uma pesquisa recente aponta que metade da Geração Z vê a universidade como um desperdício de dinheiro. E os dados reforçam esse sentimento: as taxas de desemprego entre jovens com e sem diploma são praticamente as mesmas.

 

Jovens buscam rotas “alternativas”

Em meio à instabilidade, cresce o número de jovens que abandonam carreiras ligadas à tecnologia e optam por empregos de colarinho azul — funções tradicionalmente técnicas, como eletricistas e encanadores, mas que hoje oferecem estabilidade e salários mais competitivos. Para uma geração marcada pela ansiedade e por promessas não cumpridas, o pragmatismo fala mais alto.

A ascensão da inteligência artificial, o desaparecimento de profissões antes promissoras e a rigidez dos modelos educacionais atuais também alimentam esse cenário. O resultado? Uma juventude sem experiência profissional, sem formação aplicável e, pior, sem direção. Como alerta a ONU, o problema vai além da economia: o impacto social e psicológico nos jovens pode comprometer toda uma geração.

Segundo especialistas, como Jeff Bulanda, da Jobs for the Future, o problema não está nos jovens, mas na forma como a sociedade falhou em atualizar seus sistemas: “A questão não é por que eles estão se desligando, mas por que ainda seguimos com práticas que claramente não funcionam mais.”

A crise dos nem-nem é o alerta de que não basta modernizar o mercado de trabalho se a estrutura educacional e o suporte à juventude continuam ultrapassados.

 

Núcleo de pesquisa estratégica ENTER27 é lançado por estúdio criativo gaúcho

 

Com o compromisso de aprofundar a inteligência por trás da construção de marcas e projetos, a A27 — estúdio criativo multidisciplinar com atuação global — anuncia o lançamento da ENTER27, seu núcleo exclusivo de pesquisa estratégica. O projeto é liderado pelas sócias-fundadoras Fernanda Momo e Giovana Schiavi, doutoras com ampla trajetória acadêmica e prática nas áreas de contabilidade, administração e gestão de negócios.

A ENTER27 nasce da inquietude que sempre moveu a A27: a convicção de que marcas relevantes são construídas com base em escuta qualificada, dados consistentes e entendimento profundo de comportamento e cultura. Em um mercado em constante transformação, o novo núcleo une o rigor metodológico da pesquisa científica com a sensibilidade criativa do branding — colocando em prática a verdadeira multidisciplinaridade que já é a marca registrada da A27.

“O que diferencia uma marca que sobrevive de uma marca que lidera está, muitas vezes, na qualidade das perguntas que ela faz. Criamos a ENTER27 para garantir que nossos projetos — e os de nossos clientes — comecem sempre pelas perguntas certas”, afirma Antônio Brocker Junqueira, diretor de criação e fundador da A27.

Além da liderança técnica de Fernanda e Giovana, a ENTER27 contará com a participação de profissionais convidados de diversas áreas — como antropologia, psicologia, sociologia, negócios e tecnologia — formando uma rede colaborativa capaz de enriquecer a interpretação dos dados e ampliar os horizontes de análise.

A proposta é clara: transformar percepções e dados em insights poderosos, capazes de orientar decisões criativas, estratégicas e de posicionamento com mais clareza, consistência e visão de futuro.

O portfólio da ENTER27 já nasce robusto, com soluções já experimentadas, como: pesquisa de marca, imagem organizacional, cultura interna, comunicação com o cliente, mapeamento de ambiente, planejamento estratégico, modelagem de negócios, análise de dados e pesquisas customizadas.

Com o lançamento da ENTER27, a A27 reforça seu papel como uma das empresas mais inovadoras e aprofunda sua missão de construir marcas que realmente vão além.

 

 

O que significa para a Globo ter deixado Boni de fora da festa de 60 anos

Por Giovanna Fraguito

 

No especial que celebrou os 60 anos da TV Globo, a emissora teve a difícil tarefa de resumir seis décadas em algumas horas. Entre alguns nomes que faltaram ou não tiveram tanto destaque, uma ausência é ensurdecedora: a de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. A empresa escolheu ignorar a figura que mais contribuiu para construir a identidade do canal. E mais do que isso — foi o arquiteto do “Padrão Globo de Qualidade”. “Na TV do Roberto Marinho, ele (Roberto Marinho) delega poder para o grupo que vai criar de fato, que são Walter Clark e Boni. Além de permitir essa absorção de um pessoal, por exemplo, que vinha da rádio”, disse recentemente para a coluna GENTE Leonencio Nossa, bi[ografo de Roberto Marinho, fundador da Globo.

Já para o programa semanal da coluna, Boni expôs a mágoa que mantém da antiga emissora. “Passei 31 anos na TV Globo, tempo suficiente para a empresa querer trocar de executivo. Então, nada contra, é um direito que a empresa tem, querer rever os seus conceitos. Mas eu merecia um pouco mais de carinho. (…) Só gostaria de receber um agradecimento. Não dos meus companheiros, porque deles recebo diariamente, até hoje, mais de 300 artistas compareceram ao lançamento do livro no Rio. Agora, eu queria que me dessem um tapinha nas costas(…) Fiquei triste, faltou um carinho materno comigo”.

 

Annie Müller  encontra empresários no GAV-RS

A diretora de Relacionamento e Novos Negócios da agência Protarget apresentou vivências do maior festival de inovação do mundo, o SXSW

Nesta semana, a publicitária Annie Müller, da agência Protarget, econtrou-se com membros e parceiros do GAV-RS  na sede da Trinca. O objetivo foi compartilhar insights sobre as principais tendências apresentadas no SXSW — o maior festival global dedicado à criatividade e à inovação, realizado anualmente no Texas. O encontro foi mediado pelo publicitário Nenê Zimmermann e pela gerente de Negócios do Grupo RBS, Claudia Praetzel, que também esteve em Austin, nos EUA.

Durante o bate-papo, Annie abordou os pontos mais marcantes do evento, com destaque para os temas emergentes em Comunicação, Tecnologia e Futuro. Sua apresentação ofereceu uma análise aprofundada sobre os impactos dessas inovações no cenário atual. Diretora de Relacionamento e Novos Negócios da Protarget, Annie destacou que a edição de 2025 reforçou a visão do futuro como um ecossistema dinâmico, onde tecnologia, cultura e inovação estão em constante integração. Um dos tópicos mais instigantes mencionados foi o conceito de “Inteligência Viva”, apresentado pela futurista Amy Webb — uma abordagem que une inteligência artificial, biotecnologia e sensores de última geração para criar sistemas adaptáveis, capazes de aprender e interagir com o ambiente de forma natural.

Entre os temas discutidos, a questão das conexões humanas ganhou espaço central. A solidão, tratada como uma epidemia global, foi um dos assuntos mais sensíveis abordados. No contexto corporativo, esse isolamento representa um desafio crescente. “O sentimento de desconexão no trabalho impacta diretamente na produtividade e no bem-estar dos times”, explicou Annie. Para ela, fomentar vínculos reais é mais do que uma estratégia — é um imperativo. “Engajamento, inovação e senso de pertencimento nascem de relações genuínas, não apenas de redes extensas de contato.”

A comunicação das marcas, nesse cenário, também precisa ser repensada, de acordo com a publicitária. “Adotar uma linguagem empática e construir comunidades fortalecem o sentimento de pertencimento. Mais do que comunicar, é preciso criar vínculos e promover um ambiente em que as pessoas se reconheçam nos valores da empresa”, completou.

A mensagem final do encontro foi direta: marcas que não se adaptarem a esse novo ambiente de conexões, experiências e tecnologias correm o risco de se tornarem obsoletas.

 

 

 

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