Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: O YouTube virou Motor da Economia e quem ainda o subestima, perde mercado, Sebrae RS lança solução de IA para transformar ideias em negócios, A Saúde Também Precisa de Voz: Por Que Marketing e Comunicação São Essenciais no Setor, Pensamento de longo prazo fortalece a continuidade e a competitividade das empresas,US$ 740,3 bilhões em publicidade digital: O que separam as campanhas bem-sucedidas do desperdício?,8 dicas para dominar a publicidade digital em 2025, Feriados sob negociação: nova regra ameaça a liberdade de empreender no Brasil, Psicologia do consumidor: como ela pode transformar a estratégia de vendas? e Torres sedia primeira etapa do Circuito Gaúcho de Surf Amador patrocinado pela Panvel.
O YouTube virou Motor da Economia e quem ainda o subestima, perde mercado
Por Startse
Um estudo conduzido pela consultoria britânica Oxford Economics a pedido do YouTube revelou que a plataforma de vídeos gerou mais de 130 mil empregos no Brasil em 2024, além de ter injetado R$ 4,94 bilhões no PIB do país. Os dados foram divulgados pela Forbes Brasil.
Além do impacto econômico, o levantamento mostra que 77% dos criadores de conteúdo brasileiros dependem da receita com anúncios, enquanto 68% conseguem expandir seus públicos para o exterior graças à plataforma. Pequenas e médias empresas também se beneficiam: 72% delas consideram o YouTube uma ferramenta estratégica para atrair clientes e crescer.
No campo tecnológico, 96% dos criadores já utilizam ferramentas de inteligência artificial no processo criativo, embora 84% admitam que ainda não aproveitam todo o potencial da tecnologia devido à falta de capacitação.
O YouTube segue consolidado como um ambiente que combina geração de valor econômico, inovação tecnológica e expansão de negócios. A pergunta que fica para os líderes e empresários é: sua estratégia já acompanha essa transformação?
Sebrae RS lança solução de IA para transformar ideias em negócios
Por Assessoria de Imprensa SebraeRS
Para quem quer tirar uma ideia do papel ou remodelar um negócio já existente, o Sebrae RS lança o “Da Ideia ao Negócio”, uma nova solução digital que une a metodologia do Business Model Canvas ao suporte da Inteligência Artificial. A proposta é ajudar pequenos empreendedores a planejar, testar e estruturar seus modelos de negócio de forma personalizada e gratuita. O lançamento integra a estratégia da organização de ampliar o acesso a produtos digitais e consolidar sua atuação como parceira dos pequenos negócios no Estado.
Pensado para quem está começando ou deseja revisar sua proposta de valor, o Da Ideia ao Negócio simplifica o planejamento estratégico, conduzindo o usuário pelos nove blocos do Canvas, como segmentação de clientes, canais, estrutura de custos e fontes de receita, com sugestões e direcionamentos gerados por IA. O objetivo é organizar ideias e aumentar as chances de sucesso na abertura ou adaptação de um negócio.
Janine Ledur, gerente de Gestão de Soluções do Sebrae RS, explica que a ferramenta representa um avanço importante na integração da tecnologia à jornada empreendedora. “As áreas de Tecnologia e Soluções desenvolveram uma solução com IA generativa que transforma ideias iniciais em propostas inéditas e alinhadas às necessidades específicas de cada empreendedor”, destaca.
Ainda de acordo com Janine, o desenvolvimento da plataforma seguiu o posicionamento estratégico da instituição, com foco em soluções práticas e personalizadas, voltadas às principais cadeias priorizadas pelo Sebrae RS. “A atuação digital busca fortalecer a presença da entidade nesses segmentos, gerar novos atendimentos e impulsionar o crescimento dos pequenos negócios gaúchos”, complementa a gerente de gestão de soluções.
Além disso, a ferramenta foi construída com base na lógica de Go-To-Market (GTM), metodologia que orienta a melhor forma de lançar uma solução no mercado. A plataforma ajuda empreendedores a identificar seu público, definir canais de entrega e criar estratégias mais eficientes para o lançamento e crescimento de seus negócios.
Com esse lançamento, o Sebrae RS reforça sua aposta na inovação como aliada para facilitar a jornada de quem empreende e gerar impacto positivo no ecossistema de pequenos negócios do Estado.
A Saúde Também Precisa de Voz: Por Que Marketing e Comunicação São Essenciais no Setor
Por Eliana Nakakubo
Em um mundo onde a informação é onipresente, a confiança e a credibilidade são moedas de ouro. Para o setor da saúde — que inclui médicos, hospitais, clínicas e laboratórios —, a construção e manutenção dessa confiança são absolutamente cruciais. No entanto, muitos profissionais e instituições de saúde ainda enxergam o marketing e a comunicação como algo secundário ou, em alguns casos, até desnecessário. É um grande equívoco.
O marketing, a publicidade e a assessoria de imprensa não são apenas ferramentas de venda; são pilares estratégicos para o desenvolvimento e a sustentabilidade de qualquer negócio, especialmente na saúde. Longe de serem uma simples “propaganda”, essas disciplinas atuam na construção de uma reputação sólida, na educação do público e na diferenciação em um mercado cada vez mais competitivo.
Marketing e Publicidade: Construindo Confiança e Autoridade
Em primeiro lugar, o marketing e a publicidade na saúde têm um papel fundamental na criação de uma marca forte e confiável. Para um paciente, a escolha de um médico ou hospital é uma decisão de grande impacto. Informações claras, acessíveis e transparentes sobre a expertise dos profissionais, os tratamentos oferecidos e a infraestrutura da clínica ou laboratório são essenciais. Um site bem estruturado, um perfil ativo nas redes sociais e materiais informativos de alta qualidade não apenas atraem novos pacientes, mas também reforçam a confiança dos já existentes.
Imagine um paciente buscando informações sobre um procedimento complexo. Se ele encontra um profissional que compartilha seu conhecimento em artigos, vídeos ou podcasts, demonstrando domínio do assunto e empatia, a percepção de autoridade e segurança aumenta exponencialmente. A publicidade, quando feita de forma ética e alinhada com as diretrizes do setor, atua como um amplificador dessa voz, levando a mensagem de cuidado e excelência para um público mais amplo.
Assessoria de Imprensa: Credibilidade por Meio da Notícia
A assessoria de imprensa é a ponte entre a instituição de saúde e os veículos de comunicação. Seu objetivo é transformar a expertise e as novidades da sua marca em notícias relevantes para jornais, revistas, portais e programas de TV.
Quando um médico é entrevistado para falar sobre um novo tratamento, ou um hospital é destacado por uma tecnologia inovadora, a credibilidade gerada é imensurável. Ao invés de uma mensagem paga (publicidade), a notícia é vista como um endosso de terceiros, o que tem um peso muito maior na percepção pública. A assessoria de imprensa posiciona o profissional ou a instituição como uma fonte de informação confiável, um verdadeiro porta-voz da saúde, e não apenas um prestador de serviços. Isso gera um ciclo virtuoso de confiança e reconhecimento.
O Paciente Moderno e o Mercado Digital
Hoje, o paciente é um consumidor de informação. Antes de marcar uma consulta, ele pesquisa, compara e busca referências online. Ignorar esse comportamento é perder a oportunidade de se conectar com ele. Em um mercado onde a concorrência se intensifica, o silêncio é o maior inimigo.
Portanto, investir em uma estratégia de comunicação robusta não é um luxo, mas uma necessidade. É a forma mais eficaz de:
Educar o público sobre prevenção, saúde e bem-estar.
Fortalecer a marca e a reputação de profissionais e instituições.
Atrair e fidelizar pacientes que valorizam a transparência e a expertise.
Gerenciar crises de forma proativa, protegendo a imagem da marca.
Em suma, a excelência clínica é a base, mas a comunicação é o alicerce que a sustenta e a projeta para o mundo. Para os profissionais e instituições que buscam não apenas tratar, mas também cuidar e inspirar confiança, ter uma voz ativa e estratégica é o caminho para o sucesso e a longevidade no setor da saúde.
Pensamento de longo prazo fortalece a continuidade e a competitividade das empresas
Por Carolina Lara
Falta de visão estratégica está entre os principais fatores que levam empresas a fechar as portas antes de alcançar maturidade no mercado. Enquanto alguns empresários focam apenas nas urgências do presente, negócios mais sustentáveis são conduzidos com base em metas de longo prazo, planejamento consistente e decisões orientadas para o futuro. Desenvolver uma mentalidade estratégica é o que diferencia empresas que apenas sobrevivem daquelas que prosperam com clareza de propósito e preparo para crescer.
De acordo com o IBGE, cerca de 60% das empresas brasileiras encerram suas atividades em até cinco anos. Entre os principais fatores estão a ausência de planejamento estratégico e a dificuldade de estruturar o crescimento de forma consistente.
Segundo Samuel Modesto, mentor de empresários e especialista em gestão organizacional, essa realidade pode ser transformada quando o empreendedor deixa de operar apenas no presente e passa a construir sua empresa com base em metas de futuro. “Negócios que não enxergam além da rotina estão sempre apagando incêndios. O pensamento estratégico permite prever riscos, aproveitar oportunidades e tomar decisões mais conscientes”, afirma.
Pensar estrategicamente não é abandonar o agora
A gestão estratégica não ignora o operacional — ela apenas muda o foco. Enquanto o operacional responde à urgência, o estratégico antecipa o cenário. Para Modesto, o ideal é que o empresário saiba transitar entre os dois mundos, sem deixar que as demandas do dia a dia impeçam a construção de um plano consistente. “Quem foca só no presente perde a chance de crescer com segurança. É preciso conciliar execução com reflexão”, pontua.
Esse equilíbrio envolve estabelecer metas de médio e longo prazo, com indicadores que permitam acompanhar os avanços e ajustar o curso quando necessário. “Planejar não é engessar. É criar uma base para decisões mais sólidas, com flexibilidade para adaptar o caminho conforme o mercado evolui”, reforça o especialista.
Negócios que prosperam olham além da urgência
A mentalidade de longo prazo também ajuda a reduzir decisões impulsivas que podem comprometer os resultados. “O pensamento estratégico funciona como um filtro. Ele impede que o gestor desvie do que realmente importa e garante que cada escolha esteja alinhada ao futuro desejado para o negócio”, observa Modesto.
Empresas que adotam essa postura estratégica tendem a resistir melhor às mudanças do mercado e a crescer de forma sustentável. Ao priorizar o planejamento, elas ganham clareza sobre onde estão, para onde vão e o que precisa ser feito para alcançar os objetivos. Modesto destaca que, em sua atuação com empresários de diversos setores, é comum ver que os negócios mais bem-sucedidos são justamente aqueles que mantêm o foco no longo prazo.
“Não é sobre prever tudo, mas sobre estar preparado para decidir com consciência. A mentalidade estratégica transforma o jeito de pensar e agir, tira o empresário da estagnação e coloca a empresa num caminho de evolução contínua”, conclui.
US$ 740,3 bilhões em publicidade digital: O que separam as campanhas bem-sucedidas do desperdício?
Por João Paulo Sebben de Jesus
Todo mundo quer vender mais, atrair clientes e bombar no digital. Mas, será que investir em tráfego pago resolve tudo como num passe de mágica? A verdade é que jogar dinheiro em anúncios sem estratégia é como encher um balde furado: você até vê um resultado inicial, mas no fim, boa parte do investimento escorre pelo ralo.
Os números são tentadores. De acordo com o relatório “Ad Spend January” da Dentsu, o investimento global em anúncios cresce cerca de 9,2% ao ano. Relatórios de empresas como a WARC apontam que o investimento global em publicidade digital atingiu aproximadamente US$ 740,3 bilhões, representando cerca de 68% do total de gastos publicitários, que somaram US$ 1,08 trilhão.Porém, a pergunta que importa é: esse investimento está sendo convertido em clientes reais ou somente em números bonitos no relatório?
O tráfego pago não tem sido considerado mais um luxo, e sim encarado como uma necessidade no mundo digital. Se sua marca não aparece, outra aparece no seu lugar. No entanto, investir sem estratégia continua sendo desperdício de dinheiro.
Tudo começa por como as empresas enxergam o tráfego pago. As que veem como um investimento estratégico crescem. As que o tratam como uma solução mágica dificilmente atingem os resultados que almejam.
O que muitos não sabem é que o grande trunfo nessa ação de marketing está no aprendizado contínuo e na otimização de campanhas full time. Campanhas bem-sucedidas são ajustadas o tempo todo, otimizando segmentação, criativos, CTA’s (chamadas para a ação do cliente) e estratégias de remarketing.
Além disso, devem ser baseadas sempre em métricas. Quem investe sem analisar métricas está apenas torcendo para dar certo. Os dados são essenciais para garantir um investimento sustentável e escalável. Cada clique e conversão traz um dado valioso; sendo, portanto, que ignorá-lo pode ser sinônimo de, literalmente, abrir mão de crescimento.
Portanto, o tráfego pago não se trata apenas de investir dinheiro para alcançar mais pessoas. Trata-se de analisar, testar e otimizar constantemente até dar certo.
Constantemente é uma palavra boa para essa área. Repetidamente também. Não podemos esquecer também do “da maneira certa”. Com as estratégias certas, conseguimos atingir um volume significativo de potenciais compradores, sejam criando a necessidade de consumo ou atingindo os que já estão buscando produtos ou serviços semelhantes, aumentando a base de clientes e potencializando as vendas de forma contínua.
Além do mais, é importante ter em mente o que fazer com o resultado gerado pelo tráfego pago. Um dos grandes erros das empresas não tem sido a falta de anúncios, mas a ausência de um processo estratégico para lidar com os contatos gerados.
Refletindo uma tendência geral no mercado, onde as empresas estão cada vez mais focadas em estratégias para impulsionar a geração de leads e aumentar as conversões, segundo uma pesquisa realizada pela Conversion, 51,7% das empresas planejam aumentar os investimentos em mídia paga em 2025.
Dessa forma, o tráfego pago precisa estar integrado a um funil de conversão bem estruturado, que leve o cliente do primeiro clique até a decisão de compra. De que adianta atrair milhares de pessoas para o seu site se a experiência do usuário é ruim, o atendimento é lento ou a oferta não é clara? Isso envolve desde a segmentação correta dos anúncios até a qualidade do atendimento e do pós-venda. Quem não se preocupa com isso está apenas queimando dinheiro.
Lembre-se: o digital não perdoa o amadorismo. Se você quer resultados reais, precisa jogar o jogo certo.
8 dicas para dominar a publicidade digital em 2025
O mercado de publicidade digital no Brasil continua em forte expansão. Segundo o mais recente estudo Digital AdSpend 2025, realizado pelo IAB Brasil em parceria com a Kantar Ibope Media, os investimentos em mídia digital alcançaram R$ 37,9 bilhões em 2024, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior e um aumento de 60% desde 2020.
As redes sociais seguem como principal destino dos investimentos, com 53% do total, seguidas por anúncios em ferramentas de busca (28%) e portais (19%). O segmento de comércio liderou o aporte com quase 20% do total, seguido por serviços ao consumidor (10,9%) e eletrônicos/informática (6,7%).
Outro indicativo de transformação no ecossistema digital foi a chegada do TikTok Shop ao Brasil, em maio de 2025. A novidade permite compras integradas aos vídeos da plataforma e já reúne cerca de mil vendedores no país desde o lançamento. Analistas estimam que o TikTok Shop pode alcançar entre 5% e 9% do e‑commerce brasileiro até 2028, com um volume de vendas entre R$ 25 e R$ 39 bilhões.
Essa combinação de crescimento de investimento e revolução nas plataformas torna o ambiente digital altamente competitivo. Nesse contexto, Rafael Magdalena, diretor da US Media Performance, listou 8 dicas essenciais — sendo 4 para anunciantes e 4 para agências — para navegar com mais eficiência e gerar impacto real no digital.
Para anunciantes
1) Orçamento inteligente
Definir o orçamento ideal passa por ter um modelo de atribuição ajustado à realidade do anunciante, considerando diferentes formas como last click, multi touch e marketing mix modeling, modelos de atribuição usados para entender o impacto dos canais na conversão Isso permitirá entender o ponto de saturação e a representatividade de cada um, além de abrir espaço para experimentação. A sinergia entre estratégias de awareness e performance também deve ser considerada para maximizar o ROI e evitar distorções na análise.
2) Vídeo engajador
A criação de vídeos eficazes depende da adequação do formato, mensagem e dinâmica ao público e à plataforma. “Vídeos em redes sociais têm comportamento de consumo distinto de formatos como pre-roll ou mid-roll, exigindo roteirizações específicas para conteúdos com ou sem opção de skip. Não existe receita de bolo: vídeos longos ou curtos podem ter desempenhos variados, e o sucesso depende de estratégia, canal e experimentação”, afirma Magdalena.
3) Mensuração eficaz
A métrica deve refletir o objetivo principal da empresa. Para conhecimento de marca, CAC (custo de aquisição de cliente), ROI (retorno sobre o investimento) e ROAS (retorno sobre o investimento em mídia) não são os mais indicados. Já para vendas, CAC por canal e ROAS são prioridades no dia a dia. A incrementação é importante em testes e experimentação, mas exige modelos de atribuição bem definidos para evitar resultados distorcidos, já que um canal pode impactar o desempenho mesmo sem gerar conversão direta (last click, último clique).
4) Integração multicanal
Unificar a experiência é um grande desafio, que deve começar no anunciante; sem isso, a jornada dificilmente será fluida. O uso do ROX (retorno sobre a experiência) — mais holístico que o ROI (retorno sobre o investimento) — permite avaliar o impacto multicanal (online, físico, atendimento, financeiro), ajudando a reter clientes, aumentar receita e reduzir o CAC (custo de aquisição de cliente). Não adianta ter uma campanha premiada se a experiência for ruim e o churn (perda de clientes) alto.
Para agências
1) Diferenciação no mercado
Destacar-se exige alinhar a proposta de valor da empresa às necessidades específicas do contratante. “É necessário encontrar o equilíbrio entre especialização e oferta ampla de serviços, contando com consultorias, parceiros e bureaus para complementar a entrega e evitar limitações em desafios pontuais”, complementa o especialista.
2) Dados e inteligência competitiva
Com a inteligência artificial facilitando automações, compilar dados e monitorar a concorrência (clipping, RI — relações institucionais) ficou mais ágil, porém, é preciso ter uma equipe que conheça o negócio e o mercado. Não basta um time de BI (business intelligence) com domínio técnico; é preciso entendimento do cliente e do contexto.
Dados e inteligência competitiva devem estar integrados em todas as áreas — mídia, planejamento e criação — já que essas frentes impactam diretamente os resultados. O uso de testes A/B, neurociência e IA para otimizar criativos é cada vez mais comum, e o profissional de mídia precisa retomar seu papel analítico para evitar planejamentos enviesados.
3) Criatividade e inovação em vídeo
Não adianta investir em alta tecnologia se o público ou o meio não comportam. Muitas vezes, o menos é mais. Soluções imersivas ou interativas podem gerar maior retenção em experiências como in-gaming, enquanto pre-rolls e mid-rolls exigem foco em captar a atenção sem exageros, para não parecer forçado. O público está mais cético, e o excesso pode afastar ao invés de engajar.
4) Parcerias estratégicas
Parcerias estratégicas são ainda mais importantes hoje, diante da complexidade do mercado e da diversidade de canais e soluções. “Parceiros ajudam a enfrentar desafios, recuperar a atenção do público e escolher o melhor canal para a mensagem. Agências devem diversificar, testar novos meios e evitar soluções únicas, pois o cliente buscará alternativas se o plano de mídia for simplório em um cenário onde o processo criativo e de implementação está cada vez mais automatizado”, finaliza o diretor da US Media Performanc.
Feriados sob negociação: nova regra ameaça a liberdade de empreender no Brasil
Por Ricardo Dias
A recente decisão do Ministério do Trabalho e Emprego, que revogou a autorização permanente para o funcionamento do comércio em feriados, acendeu um alerta entre os setores produtivos. Com a publicação da Portaria MTE nº 3.665/2023, a nova regra estabelece que a abertura de estabelecimentos em dias feriados dependerá de previsão em convenção coletiva de trabalho e da legislação municipal vigente.
Ou seja: mesmo que haja interesse mútuo entre empregador e trabalhador, o comércio não poderá mais funcionar sem autorização expressa do sindicato. Essa mudança, inicialmente prevista para entrar em vigor em 1º de julho de 2025, comprometeria diretamente empresas que atuam com base em planejamentos de longo prazo e calendários sazonais — como é o caso do setor de eventos.
Graças à atuação rápida da assessoria de Relações Governamentais do escritório Volpatti Advogados, e à mobilização de entidades como a ABRAFESTA, conseguimos conquistar uma importante vitória institucional: a prorrogação da vigência da portaria para 1º de março de 2026. Um alívio momentâneo, mas que não resolve o problema central.
A medida impõe mais uma camada de insegurança jurídica ao ambiente de negócios, já tão pressionado por um sistema tributário complexo, custos operacionais elevados e burocracia excessiva. Vincular a operação de empresas à existência (ou não) de uma convenção coletiva ativa — algo que, em muitas regiões, simplesmente não existe — é, na prática, limitar o direito ao trabalho e restringir a liberdade de empreender.
É legítimo valorizar a negociação coletiva. Mas torná-la obrigatória como condição para funcionamento é transformar um instrumento de equilíbrio em um possível vetor de instabilidade. A ausência de acordos nem sempre reflete má vontade entre as partes. Muitas vezes, é consequência da falta de representatividade sindical, disparidade de forças regionais ou da própria morosidade do processo negocial.
Além disso, a nova regra fere princípios básicos de liberdade econômica, tão essenciais à retomada do crescimento e à geração de empregos formais no país. Não se trata apenas de um embate jurídico, mas de um dilema prático: o empresário poderá ou não abrir seu negócio no feriado? O trabalhador que deseja atuar nesses dias poderá ou não exercer sua função legalmente?
O adiamento da regra foi, sem dúvida, um gesto de sensatez. Mas é apenas o começo. Até março de 2026, temos um período decisivo para ampliar o diálogo com o governo, apresentar os impactos dessa medida e construir uma solução que respeite a realidade do setor produtivo sem abrir mão da proteção aos trabalhadores.
Como a lógica de valor está substituindo a comissão na publicidade
Por Luiz Ballas, fundador e CEO da Ocupe*
A forma como empresas contratam e operam suas estratégias de mídia está passando por uma transformação silenciosa, mas profunda. Em mercados mais maduros, como o norte-americano, o modelo de remuneração baseado em comissão sobre mídia já não é o padrão. Segundo a Association of National Advertisers (ANA), apenas 24% das agências de mídia nos Estados Unidos ainda utilizam comissões como forma de pagamento, número que cai para 12% quando consideramos serviços de agência em geral. Esses dados revelam um movimento que vai além de mudanças contratuais: tratam-se de novos critérios para definir o que é uma boa parceria entre agências e anunciantes. O foco deixa de estar no volume de investimento e passa a estar na entrega de valor, nos resultados alcançados e na transparência das relações.
No Brasil, embora o modelo comissionado ainda seja predominante, há sinais claros de transição. Agências e anunciantes têm buscado caminhos que favoreçam mais alinhamento estratégico e flexibilidade. Essa mudança ocorre não por rejeição ao modelo anterior, mas pela necessidade de acompanhar um mercado que se tornou mais complexo, orientado por dados e metas bem definidas. Uma das mudanças mais relevantes nesse novo cenário é a inversão da lógica tradicional: em vez de começar pela verba disponível, começa-se pela definição dos objetivos. Ao adotar esse modelo, o planejamento de mídia deixa de ser uma função do quanto se pode gastar e passa a ser uma resposta ao que se quer alcançar seja reconhecimento de marca, aquisição ou conversão.
Esse formato permite que as decisões sejam mais racionais, pautadas por performance e eficiência. Com isso, recomendações se tornam mais precisas, o uso de recursos mais inteligentes, e o retorno sobre investimento, mais tangível. Com a multiplicação dos canais, o crescimento da mídia programática e o uso intensivo de dados, agências e anunciantes precisam trabalhar juntos de forma cada vez mais colaborativa e transparente. O modelo baseado em comissão, em algumas situações, pode introduzir incentivos desalinhados o que não significa que ele não funcione, mas que talvez precise ser reavaliado dependendo da natureza do projeto e das metas envolvidas.
Modelos de remuneração desvinculados de comissionamento estão se consolidando como uma alternativa viável e, em muitos casos, desejável. Eles favorecem relações de longo prazo, baseadas em confiança, clareza de expectativas e interesses compartilhados. Vale reforçar que essa transição não acontece de forma uniforme ou imediata e nem precisa. Cada organização deve encontrar o modelo que melhor se encaixa às suas necessidades e à sua cultura. Mas é visível que há um movimento crescente, no Brasil e fora dele, em direção a estruturas mais centradas em resultado do que em volume. Relatórios como o da FirmDecisions mostram que, mesmo por aqui, já se intensificam as discussões sobre transparência na remuneração de agências. O que era exceção começa a se tornar pauta recorrente em reuniões estratégicas entre marcas e parceiros.
A boa notícia é que esse processo pode ser benéfico para todos os envolvidos. Ao adotar modelos que priorizam metas e eficiência, o mercado ganha em maturidade, em clareza e em valor gerado. Não se trata de abandonar modelos antigos, mas de ampliar o leque de possibilidades e permitir que a estratégia venha antes do investimento. Em um ambiente cada vez mais exigente e competitivo, encontrar formas mais equilibradas e sustentáveis de conduzir as relações entre anunciantes e agências é, sem dúvida, um avanço. E essa transformação, silenciosa hoje, pode muito em breve se tornar o novo padrão.
Psicologia do consumidor: como ela pode transformar a estratégia de vendas?
Por Renata Reis
Em um mundo onde a atenção do consumidor é escassa e as opções são infinitas, o cliente não quer só ser ouvido: ele quer se sentir compreendido, de forma quase preditiva. Decifrar seu comportamento, desejos e expectativas não é mais um diferencial, mas sim uma necessidade estratégica para impulsionar vendas e construir relacionamentos duradouros – algo que pode ser muito bem estruturado e conquistado através da psicologia do consumidor.
Vivemos a era do cliente híbrido: que transita entre o racional e o emocional, entre o físico e o digital. O desafio, portanto, não está apenas em coletar dados a respeito de seu perfil e preferências, mas em extrair significados relevantes em tempo real e agir com empatia e personalização neste atendimento. Afinal, seu comportamento evolui junto com o contexto, a tecnologia e o próprio sistema de crenças de onde está inserido.
Segundo um estudo da Harvard Business Review, entre 85% e 95% das decisões de compra, hoje, são impulsionadas por fatores inconscientes e emocionais. O pertencimento e a validação social são pontos que se destacam nesse sentido, uma vez que o consumidor não quer mais, apenas, comprar um produto, mas se ver representado na marca, adquirindo uma causa, uma comunidade, e um estilo de vida.
Marcas que criam experiências fluidas, rápidas e personalizadas geram uma maior sensação de cuidado, o que ativa o sistema límbico da decisão. O fator “segurança” se sobrepõe ao “preço”, onde provas sociais, garantia, comunicação clara e reputação se tornaram os grandes influenciadores atualmente. Estratégias, portanto, que criem conexões emocionais profundas com os consumidores, capazes de proporcionar resultados bastante positivos para o destaque competitivo.
Empresas que colocam o comportamento do cliente no centro da estratégia conseguem reduzir o CAC (Customer Acquisition Cost) com mensagens mais assertivas; elevar o LTV (Lifetime Value) ao criar vínculos emocionais duradouros; e obter ciclos de vendas mais ágeis, antecipando objeções com conteúdos relevantes. Aquelas que tiverem esse norte estratégico não só encantarão seu público-alvo, como também criarão uma maior confiança e advocacy, o que no mundo digital, é o maior motor de crescimento orgânico que qualquer negócio pode ter.
Mas, como captar esses dados com qualidade e segurança? Diversas ferramentas robustas podem ser incorporadas nos canais oficiais de comunicação da marca para coletar informações referentes a todo o movimento e jornada que cada usuário tiver em sua jornada no site, incluindo cliques, tempo de permanência, abandono, histórico de compras, interações e dores relatadas. Aplique essas métricas em todos os meios onde seus clientes estiverem (redes sociais, fóruns, reviews), que terão maior chance de compreender o que realmente pensam ou sentem sobre sua marca.
Dê voz ativa a eles, criando um espaço de escuta ativa e sem filtro para que compreendam os sinais de mudanças que devem ser ajustadas imediatamente – o que pode ser feito através de feedbacks diretos ou pesquisas de satisfação, como o eNPS. A interseção desses dados, com inteligência, se transformará em um mapa emocional de decisão estratégico para embasar as tomadas de decisões futuras.
Para transformar esses dados em insights que transformem a estratégia de vendas da sua empresa, aplicar uma segmentação emocional e comportamental é um ponto de partida essencial. Vá além da persona demográfica, e crie clusters por necessidade, valor percebido e estado emocional. Com essas informações em mãos, troque os famosos pitches de vendas por narrativas envolventes. O cérebro humano responde mais à emoção do que à lógica, e uma boa história converte mais do que uma lista de benefícios.
Explore, também, a automação para entregar a mensagem certa, no canal certo, no momento certo — mas com autenticidade, não só escala. E, acima de tudo, não se prenda a um único plano: teste, aprenda e ajuste sempre. O que encanta um cliente hoje, pode ser irrelevante amanhã, o que não a torna uma ciência exata, mas algo vivo e em constante evolução.
A psicologia do consumidor é um dos maiores ativos não declarados das empresas, capaz de gerar receita previsível, relacionamento duradouro e vantagem competitiva sustentável. Compreender seus desejos e anseios, atendendo essas demandas com empatia e personalização, é o que impulsionará a imagem de sua marca no mercado junto a uma prosperidade contínua.
Torres sedia primeira etapa do Circuito Gaúcho de Surf Amador patrocinado pela Panvel
Por Juliane Soska
Reforçando seu compromisso com a rotina de saúde e bem-estar da população, incluindo a prática de atividades físicas, a Panvel é uma das patrocinadoras do Circuito Gaúcho Amador de Surfe 2025. A abertura acontecerá no final de semana de 5 e 6 de julho, das 9h às 17h, na Praia do Cal, em Torres, no Litoral Norte. O projeto faz parte de uma série de seis etapas previstas até dezembro, passando também por Xangri-lá e Tramandaí.
A iniciativa é viabilizada pela Lei de Incentivo ao Esporte (Pró-Esporte RS) e é organizada pela Federação Gaúcha de Surf (FGS). Durante o evento esportivo, a Panvel estará presente na orla, oferecendo ações que visam melhorar a qualidade de vida do público presente, como aferição de pressão arterial e outros serviços de prevenção e saúde. Também haverá protetor solar disponível para os atletas e serão distribuídos cupons de 30% de desconto na compra de produtos da marca Panvel.
Mais do que uma competição, o circuito visa impulsionar o surfe amador no Rio Grande do Sul, estimular o turismo fora da alta temporada, promover a cultura praiana e promover ações de impacto socioambiental. A programação inclui competições em diferentes categorias, atividades em escolas públicas, mutirões de limpeza de praias, doações de mudas nativas e relatórios de impacto socioambiental.
Sobre a competição
O projeto é voltado para jovens entre 16 e 40 anos, ligados ao esporte, à natureza e a um estilo de vida saudável. Serão seis etapas – duas em cada município (Torres, Xangri-lá e Tramandaí), com competições em diferentes categorias: júnior, máster e outras. Para participar do Circuito Gaúcho de Surfe 2025, é preciso ser filiado à FGS. Atletas interessados podem se inscrever gratuitamente pelo WhatsApp (51) 99968-5817. O canal também está aberto para inscrições.