ARTIGOS DA SEMANA – 21.01.2025

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Nos artigos que publicamos hoje, falamos sobre o poder dos Nano Influenciadores, a regionalização da Amazon, Globo adquirindo a Eletromidia, Geração Z e o seu limite e como as marcas devem se preparar para a Geração Alpha.

Lembramos que a Coluna do Nenê, com seus comentários, notas e opiniões voltará em fevereiro ou em alguma edição extraordinária. Até lá fique com os artigos que acreditamos serem os mais pertinentes ao mercado.

 

Autenticidade que converte: como nano influenciadores transformam estratégias de Marketing

Por Ian Cândido

 

Investir na divulgação com nano e micro influenciadores tem se tornado uma estratégia cada vez mais comum entre marcas de diferentes setores. Embora essas categorias de influenciadores tenham uma audiência menor em comparação aos grandes nomes do mercado, o engajamento que oferecem costuma ser mais forte e autêntico, o que tem chamado a atenção de empresas.

Com uma base de seguidores que varia entre 1 mil e 10 mil pessoas, os nano influenciadores se destacam por sua proximidade com o público. Essa característica os torna ideais para campanhas segmentadas, nas quais o objetivo é atingir nichos específicos de maneira eficaz. Algo parecido acontece com os micro-influenciadores, que possuem entre 10 mil e 100 mil seguidores e também possuem uma relação de proximidade com a audiência, mas apresentam nichos mais definidos.

Na avaliação das especialistas Aline Kalinoski e Paula Kodama, sócias da agência de Marketing digital Nowa, esses influenciadores conseguem gerar uma conexão mais autêntica com seus seguidores. A relação próxima e o tom menos corporativo de suas comunicações criam um ambiente de confiança, onde as opiniões compartilhadas são vistas como mais confiáveis e genuínas.

Essa autenticidade é um dos principais motivos pelos quais as marcas optam por trabalhar com nano e micro influenciadores – um drive motivado por números. 86% dos consumidores brasileiros encaram a autenticidade como um fator determinante em suas decisões de compra, conforme apontam dados de uma pesquisa divulgada pela Zippia.

Aline destaca que a citada autenticidade amplia as possibilidades de criação de conteúdos personalizados. Por terem um contato mais direto com o público, esses influenciadores costumam criar conteúdos mais criativos, únicos para audiências específicas. Pensando nisso, marcas podem colaborar para criar campanhas singulares, adaptadas aos estilos de cada influenciador.

Outro fator que contribui para a popularidade desses influenciadores é o custo reduzido das campanhas, que permite às marcas diversificar suas parcerias e explorar diferentes nichos. Há, nesta abordagem, uma relação de “custo-benefício”, com marcas reportando índices desejáveis de retorno sobre o investimento em função das taxas de engajamento mais altas.

A fidelização de clientes também é um aspecto importante nessa estratégia. Segundo estudos da Harvard Business Review, a fidelização pode aumentar o faturamento de uma empresa em até 95%. Quando as marcas estabelecem relações de longo prazo com nano e micro influenciadores, elas não apenas fortalecem sua presença no mercado, mas também criam campanhas consistentes e confiáveis, atraem mais consumidores e constroem uma base sólida de seguidores fiéis.

 

Amazon investe em regionalização para transformar logística e agilizar entregas

Por Larissa Féria

 

A regionalização é uma das estratégias da Amazon para atender seus clientes de forma rápida e eficiente. Com base em Inteligência Artificial, a empresa ajusta o estoque para que os produtos estejam próximos dos clientes que mais precisam deles. Itens como pás de neve e sal, por exemplo, não são armazenados em estados como o Texas, onde raramente há neve, mas sim em regiões do norte dos EUA.

“A regionalização nos permitiu sermos mais ágeis e aumentar a precisão para o cliente obter seu produto e serviços mais rapidamente”, disse Ray Roach, diretor de Operações e Atendimento ao Cliente na América do Norte da Amazon, durante o Retail Executive Summit (RES), evento promovido pela Gouvêa Experience, em Nova York, para consolidar os insights e aprendizados da NRF 2025.

Essa estratégia também acelera a entrega de itens essenciais, como produtos de higiene pessoal e alimentos, que podem ser disponibilizados em subinstalações para entrega no mesmo dia.

Com uma carreira de sete anos na Amazon, Roach liderou por quase 3 anos o JFK, que processa mais de 500 milhões de unidades por ano. O sistema conta com robôs, chamados AR (Amazon Robotics), que circulam pelos gigantescos pisos para otimizar a movimentação e organização dos produtos.

 

O caminho do pacote

Roach explica que o caminho do pacote começa com a chegada de produtos em grandes volumes nos centros de distribuição. Por exemplo, se uma marca como a L’Oreal envia mil batons em uma única caixa, a Amazon se encarrega de dividir essa carga em unidades individuais.

Uma vez selecionado, o produto passa por um rigoroso processo de embalagem e rastreamento. Se o pedido for simples, o item vai direto para o setor de “solteiros”, onde é preparado para envio. Se o pedido incluir vários itens, como um batom e um pincel de maquiagem, cada um segue para seu respectivo setor para ser combinado. A precisão é garantida através de uma tecnologia que escaneia os códigos de barras e direciona automaticamente os pacotes para os centros de distribuição corretos.

Após esse processo, os pacotes são encaminhados para os centros de triagem ou diretamente para um reboque, que segue para o centro de distribuição local, de onde os pacotes são finalmente enviados para os clientes. Isso acontece de forma tão rápida, que é possível, em alguns casos, receber um pedido em questão de horas após a compra.

“Ao usar os hábitos de compra dos consumidores, percebemos quais itens precisam estar mais próximos do cliente com base nos hábitos de compra de vocês como consumidores. Com base nisso, temos certos produtos em uma subestação no mesmo dia, como artigos de higiene ou descartáveis. Então, se você comprar escovas de dente ou pasta de dente, por exemplo, elas saem de uma subestação no mesmo dia”, explica.

 

Sustentabilidade

Roach destaca que a Amazon implementou práticas para reduzir o uso de materiais como papelão ondulado. Por exemplo, produtos como televisores agora são enviados em suas embalagens originais, eliminando a necessidade de reembalagem. Segundo Roach, isso também aumenta a produtividade, uma vez que os pacotes recebem apenas uma etiqueta antes de serem enviados.

Essas mudanças vêm acompanhadas de melhorias tecnológicas. No JFK, por exemplo, há sistemas avançados que fotografam os itens para monitorar o inventário em tempo real, garantindo maior precisão e organização. “Com essas melhorias, os produtos chegam aos clientes no prazo e em perfeito estado, o que aumenta a satisfação do consumidor”, afirma o diretor.

 

Globo protocola pedido de OPA para fechar capital da Eletromidia (ELMD3)

Por Felipe Moreira

 

A Eletromidia (ELMD3) informou na última sexta-feira (17) que a Globo apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro de uma Oferta Pública Unificada (OPA) para a aquisição de ações ordinárias da companhia.

A oferta abrange três objetivos principais: a aquisição de controle da companhia, o cancelamento de seu registro de companhia aberta, e sua saída do segmento de listagem Novo Mercado da B3.

O preço por ação a ser oferecido aos acionistas é superior ao valor justo avaliado pelo Bank of America Merrill Lynch e será igual ao preço negociado na alienação de controle. Acionistas detentores de 20,61% das ações já manifestaram compromisso de participação, o que, caso confirmado, garantirá à Globo mais de 95% do capital da Eletromidia, viabilizando o fechamento de capital, a saída do Novo Mercado e o resgate compulsório das ações restantes.

Analistas da XP lembram que a OPA ainda depende de registro e autorização pela CVM e poderá ser afetada caso os acionistas solicitem uma nova avaliação da companhia, conforme previsto em lei.

A XP Investimentos considera extremamente improvável que haja uma solicitação de revisão por parte dos investidores, uma vez que já foram assinadas cartas de compromisso correspondentes a 21,61% do total de ações, comprometendo-se a não solicitar revisão de preço durante o período de 15 dias.

A CVM possui um prazo de aproximadamente 90 dias para avaliar o pedido de OPA, antes da marcação da data da oferta.

 

A geração Z chegou ao limite: será que ela realmente se tornou a geração de cristal?

Por Aleksandra Lima dos Santos

 

A Geração Z, conhecida por seu domínio das tecnologias e forte conexão com as redes sociais, enfrenta um desafio que poucos imaginavam: a dificuldade em realizar tarefas domésticas simples. Um estudo da Halfords, marca britânica do setor automotivo, revelou que muitos jovens evitam atividades básicas, como trocar uma lâmpada ou pendurar um quadro. Este fenômeno levanta questões sobre os fatores sociais e educacionais que influenciam as habilidades práticas dessa geração.

 

O preço da dependência

O estudo realizado pela Halfords mostra que uma parte significativa dos jovens prefere delegar tarefas cotidianas a profissionais, resultando em um gasto médio anual de 1.300 libras (aproximadamente 1.500 euros). Atividades simples, como encher os pneus de um carro ou trocar as escovas do limpador de para-brisa, são terceirizadas por 44% dos entrevistados. Além disso, 22% recorre aos pais para resolver problemas simples, emvez de aprender a fazer essas tarefas por conta própria.

 

Por que trocar uma lâmpada se tornou um desafio?

Um dado surpreendente do estudo é que 21% dos jovens da Geração Z consideram perigoso trocar uma lâmpada. Entre as razões apresentadas, alguns têm medo de se queimar com a lâmpada quente, enquanto outros, cerca de dois terços, se preocupam com problemas elétricos. Um em cada cinco jovens também acredita que subir em uma escada para realizar essa tarefa representa um risco excessivo.

Essa falta de habilidades práticas não se restringe às tarefas de manutenção doméstica. De acordo com o estudo, 30% dos jovens não sabem identificar um chave de fenda de cabeça plana, evidenciando um desconhecimento generalizado sobre ferramentas básicas.

 

O papel da tecnologia e o acesso à informação

Embora a Geração Z tenha acesso irrestrito a recursos online, como tutoriais passo a passo para realizar tarefas domésticas, parece que esse potencial não está sendo aproveitado para desenvolver habilidades práticas. Isso levanta a questão: o excesso de dependência da tecnologia pode ter afastado a necessidade de aprender essas habilidades?

 

Será justo culpar apenas a Geração Z?

É fácil para gerações anteriores, como os Millennials e os Boomers, criticar a falta de habilidades da Geração Z, mas também é importante refletir sobre as influências que contribuíram para essa situação. Pais superprotetores, um sistema educacional mais teórico e a crescente dependência de serviços externos podem ter ajudado a moldar uma geração que chega à idade adulta sem competências práticas básicas.

Além disso, o foco crescente no desempenho acadêmico e profissional, aliado ao estilo de vida urbano, pode ter limitado a exposição dos jovens a essas tarefas cotidianas. Surgiu até o termo “GOTDIT” (Getting Others To Do It, ou seja, “Fazer os outros fazerem”) para descrever essa tendência de delegar tarefas práticas a terceiros.

 

Uma chamada à ação: revalorizar as habilidades básicas

A crescente dependência de serviços externos não apenas implica em gastos mais elevados, mas também levanta questões sobre a autonomia e a resiliência da Geração Z. Recuperar a valorização das habilidades práticas pode ser essencial para enfrentar esse problema. As escolas, as famílias e as comunidades têm uma grande oportunidade de incentivar o aprendizado dessas habilidades, não apenas como uma forma de economia, mas também como uma maneira de empoderar as novas gerações.

Em um mundo em constante mudança, a capacidade de se adaptar e resolver problemas cotidianos é mais valiosa do que nunca. Talvez seja o momento de a Geração Z, com o apoio das gerações anteriores, assumir o controle e aprender a enfrentar esses pequenos desafios com confiança e independência.

 

Geração Alpha: como as marcas podem se preparar para os consumidores do futuro

Por GKPB

 

Os indivíduos nascidos entre 2010 e 2024 são chamados de Geração Alpha. A ideia do nome, inclusive, é fazer um reset para a primeira geração que nasceu e cresceu em um mundo totalmente dominado pelas interações digitais. A maioria dos membros da Geração Alpha é de filhos da Geração Y (Millennials). Diferentemente dos Millennials e da Geração Z, que se adaptaram rapidamente às mudanças da tecnologia durante a vida, a Geração Alpha já nasceu totalmente imersa neste universo, sem muitas vezes compreender o conceito de diferenciação do que é real e o que é digital.

A Geração Alpha nasceu em meio a uma queda nas taxas de fertilidade em grande parte do mundo e também experimentou os efeitos da Pandemia de COVID-19 ainda quando criança. Para eles, o entretenimento tem sido cada vez mais dominado pela tecnologia eletrônica, com destaque para o impacto das Redes Sociais e dos serviços de streaming em suas vidas.

 

Origem do nome Geração Alpha

O termo “Geração Alpha” foi cunhado pelo sociólogo australiano Mark McCrindle para designar a primeira geração nascida inteiramente no século XXI. A escolha da letra “Alpha” não foi aleatória, e carrega consigo um significado simbólico.

A escolha do “Alpha” simboliza um novo começo de uma geração que nasce em um mundo totalmente diferente de seus predecessores Baby Boomers, Geração X, Geração Y (Millennials) e Geração Z. Esta é uma geração que carrega consigo o pioneirismo e a responsabilidade de moldar um futuro totalmente influenciado pelo digital.

 

Características da Geração Alpha

Com uma vida moldada pela acessibilidade à tecnologia, uma das principais características dessa geração é a hiperconectividade. Os nativos da geração Alpha têm acesso a uma infinidade de estímulos e informações, o que os torna altamente adaptáveis e curiosos. A conectividade da internet aliada a smartphones, tablets e diversos apps fazem parte do dia a a dia desse público, influenciando não só seus hábitos de consumo, como também o seu aprendizado e sua socialização. Isso também pode ocasionar uma perda de foco e uma atenção mais limitada.

Outra característica marcante da Geração Alpha é a individualidade e o empreendedorismo. Crescidos em um ambiente que valoriza a autonomia, esses indivíduos estão mais propensos a buscar soluções inovadoras e construir seus próprios caminha com a ajuda da internet. As discussões de diversidade iniciadas por outras gerações permitiram que a Geração Alpha não só encontrasse valor neste assunto, mas pudesse se beneficiar de uma sociedade mais aberta e plural. Por isso, estes valores são importantes para esta geração, que busca construir um mundo mais justo e igualitário.

Presentes em um mundo onde a discussão sobre os impactos do consumo no planeta, a Geração Alpha também valoriza muito (e até tem um certo receio) do tema sustentabilidade. Para eles, as marcas têm a obrigação de se alinharem a seus valores. Afinal, em um universo cercado de diferentes opções proporcionados pela globalização digital, opções não faltam.

Preocupação com saúde mental e bem-estar que promovam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional já vem sendo notado nos pertencentes à Geração Z, mas também deve ser uma característica a ser desenvolvida nesta geração à medida em que sua população iniciar o processo de entrada no mercado de trabalho. Em um mundo de tanta informação e conectividade, os momentos de desconexão valem ouro.

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