Nos artigos que publicamos hoje você vai ler sobre a agência gaúcha que irá assumir a conta do Banco da Amazônia, os Fakes da Informação mais uma vez, o encontro dos dirigentes de clubes da LFU para celebrar venda de R$1,7 bilhão dos direitos de transmissão da Série A, Critério lança empresa com foco em livros e relatórios, Galvão Bueno na Band, Invest RS e Instituto Caldeira assinam acordo com maior evento de inovação da Escandinávia, Value Proposition, as empresas que eliminaram o home office enfrentam um grande problema: demoram mais tempo a preencher as vagas, pai e filha paraenses, ele da geração Boomer e ela da Geração Z, revelam impactos da tecnologia e a morte de Márcio Ehrlich, o editor da Janela Publicitária
Lembramos que a Coluna do Nenê, com seus comentários, notas e opiniões voltará em março ou em alguma edição extraordinária. Até lá fique com os artigos que acreditamos serem os mais pertinentes ao mercado.
Agência gaúcha assume a conta do Banco da Amazônia
Por Redação Coluna do Nenê
Com mais uma participação de sucesso, a Agência Escala conquistou, em uma concorrência, a conta do Banco da Amazônia. A conta será atendida em com mais uma agência.
Com isto a Escala abre mais um escritório no norte ficando com 4 no Brasil.
Dirigentes de clubes da LFU se encontram para celebrar venda de R$1,7 bilhão dos direitos de transmissão da Série A
Representantes de 28 clubes da Liga Forte União estiveram reunidos na tarde desta 2a feira na sede da agência LiveMode, no Rio de Janeiro, para celebrar o fim do processo de venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro da Série A.
No encontro, os dirigentes dos clubes comemoraram o sucesso das negociações e fato de o objetivo estipulado de arrecadação de R$1,7 bilhão por ano ter sido alcançado.
“Nossa estratégia foi extremamente bem-sucedida e nada mais justo do que nos encontramos para, além de celebrar, podermos seguir avançando em nossas conversas internas buscando os melhores caminhos para a implantação da Liga Unificada”, afirmou o Presidente da LFU, Marcelo Paz.
Critério lança empresa com foco em livros e relatórios
Especializada em gestão estratégica de reputação, a Critério – Resultado em Opinião Pública começa o ano com uma novidade: a criação de uma empresa com foco em projetos editoriais — como livros, relatórios e outras produções. A Critério Editorial surge no mercado tendo como sócio-diretor Mateus Colombo Mendes, profissional com mais de 15 anos de experiência no setor e que já integrava os quadros da companhia como consultor associado.
“Esse é um movimento natural, que decorre da rápida expansão da Critério na produção de livros, relatórios, ebooks e outros projetos do tipo, bem como do reconhecimento à excelência
deles por parte dos clientes”, conta o sócio-diretor executivo Rafael Codonho. “Com isso, decidimos dar um passo adiante e estruturar um novo negócio, tendo à sua frente um editor que personifica o que chamamos de ‘jeito Critério’”, complementa. O processo contou com apoio da Frattini Consultores de Resultado e do RMM Advogados.
Nos últimos anos, a empresa lançou obras como “Di Paolo 30 anos: Alegria à Vontade – Dalla Serra Gaúcha al Brasile e al mondo” e “Uma vida para o agro, o agro para vidas”, autobiografia do executivo Iro Schünke, que presidiu o SindiTabaco. Na área de relatórios de gestão e sustentabilidade, atuou em projetos do Hospital Moinhos de Vento e da Associação Brasileira de Angus. Junto das publicações, a Critério Editorial oferece a possibilidade de se produzir documentários, ampliando as possibilidades de registro das histórias.
Com foco em publicações corporativas, grandes marcas, instituições e líderes, a empresa está rodando atualmente 15 projetos editoriais. E o objetivo para este ano é acelerar a trajetória de crescimento, revela Colombo. “Temos mais de uma década de relacionamento. E atingimos a maturidade necessária para almejar uma expansão tanto em quantidade de projetos como em faturamento”, pontua.
Mateus Colombo Mendes é bacharel em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), escritor, editor, redator e ghostwriter. Foi secretário d
e Comunicação Institucional da Presidência da República e diretor de Canais Digitais do Governo Federal. Como editor, acumula mais de 100 livros produzidos, Já foi editor da Editora Unisinos e do Grupo A.
Sobre a Critério
A Critério – Resultado em Opinião Pública é uma empresa especializada em gestão de reputação de marcas. Atende empresas, governos, instituições e líderes de expressão de todo o país. Tem expertise em assessoria de comunicação, geração de conteúdo, gestão de crise, consultoria política, relgov e formação. Entre seus clientes estão marcas como Hospital Moinhos de Vento, Banrisul, Grupo Carrefour Brasil, Aegea, OCERGS, ABPA, Endeavor e EY.
Galvão na Band
Por Lance!
Protagonista da Globo nas últimas décadas, o narrador Galvão Bueno acertou retorno à Band, onde
atuou no fim dos anos 1970. Em vídeo nas redes sociais, o locutor revelou que irá repetir um formato de sucesso do Sportv e anunciou que estreia na nova casa no dia 31 de março.
– Estou voltando para casa. Em 1977, fui para a Bandeirantes e lá me convidaram para ser narrador. Minha primeira Copa do Mundo foi na Band, minha prime ira temporada na Fórmula 1 foi na Band. O “Bem, Amigos” o nome é da Globo, então vira o “Galvão e Amigos” – começou o narrador
– Vão estar meus velhos parceiros, de pentacampeonato, de Fórmula 1… Estaremos todos juntos na Band segunda-feira às 22h30. O que era na TV fechada, agora vem para a TV aberta. Ainda tem algumas coisas de Fó
rmula 1. Estou de volta para casa a partir do 31 de março – completou.
Os Fakes da Informação
Por Nenê Zimmermann
O Galvão Bueno nem estreou e os fakes da informação já dizem que a audiência da BAND TV caiu!
Porra parem com essas merdas!!!Não repitam o passado de tornar a mentira deslavada em verdade!!
Invest RS e Instituto Caldeira assinam acordo com maior evento de inovação da Escandinávia
Por Aexandre Elmi
Invest RS, agência de desenvolvimento do governo do Estado, assinou nesta quinta-feira (20/2), com o Instituto Caldeira, um memorando de entendimento com a Techarena, o maior evento de inovação da Escandinávia, que ocorre até amanhã em Estocolmo, na Suécia. É o primeiro documento do tipo que os suecos assinam com organizações brasileiras, aproximando as empresas e o ecossistema gaúcho do segundo país mais inovador da Europa. Esse é o primeiro resultado da missão internacional, liderada pelo governador Eduardo Leite, para o continente europeu.
Conforme o presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki, a assinatura inaugura uma fase especial no relacionamento do Rio Grande do Sul com a Suécia. “Estabelecer estas conexões é um objetivo central da agência. Nosso trabalho é sustentar uma articulação internacional qualificada e projetá-la ao longo do tempo, abrindo mercados e gerando negócios para as empresas gaúchas”, disse Prikladnicki.
Além do presidente da Invest RS, o documento também foi assinado pelo CEO do Instituto Caldeira, Pedro Valério, e por Omid Ekhlasi, CEO do Techarena Group AB. “A assinatura é o início de uma relação mais próxima com um dos principais ecossistemas de inovação do mundo, permitindo não só o acesso à tecnologia como a possibilidade de trazer mais competitividade para as nossas empresas”, explicou Valério.
Além de um amplo intercâmbio entre startups proporcionado pelo acordo entre Techarena e Instituto Caldeira, o documento também prevê que a Invest RS terá um papel técnico na preparação das empresas gaúchas para acessar o mercado sueco e, no sentido contrário, ajudar as empresas escandinavas a negociarem com o Rio Grande do Sul.
A assinatura do acordo foi testemunhada pela embaixadora do Brasil na Suécia, Maria Edileusa Fontenele Reis, e por representantes da Business Sweden, a agência sueca de promoção de investimentos. Depois da assinatura, o CEO do Instituto Caldeira foi um dos participantes de um painel do Techarena programado para discutir ações que podem resultar em impacto global.
Invest RS assina acordo em Estocolmo, na Suécia
“Nosso trabalho é sustentar uma articulação internacional, abrindo mercados para as empresas gaúchas”, declarou Prikladnicki – Foto: Alexandre Elmi/Ascom Invest RS
A cerimônia de abertura da edição de 2025 do Techarena contou com a presença do primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, que ressaltou a importância da economia da inovação para o país. Kristersson resumiu a estratégia sueca em quatro pontos: a ideia de educação para todos, a aposta no desenvolvimento de tecnologias, a desregulação de mercados combinada ao livre mercado e, por fim, a ambição pelos mercados globais.
De Estocolmo, o grupo seguiu para Södertälje, onde fica a fábrica e sede global da Scania. A lógica global de produção do Grupo Traton, que engloba a tradicional marca sueca, foi apresentada pelo brasileiro Fábio Castello, que é vice-presidente sênior de Logística. A comitiva também conheceu os produtos da empresa, principalmente as suas apostas em conectividade, eletrificação e combustíveis alternativos.
Ao agradecer a recepção na sede da montadora de caminhões, Prikladnicki destacou que presença da Invest RS, Instituto Caldeira e South Summit Brazil na Suécia representa o peso que a inovação e a competitividade têm na atual agenda de desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
Value Proposition
Por Gerson Luis da Silva via Linkedin
Nos últimos anos, tenho me dedicado ao tema “Experiência das Marcas”. Neste período de reflexões e atividades executivas, cuidando de grandes marcas, pude concluir que as organizações, sejam públicas ou privadas, ganham destaque não pelo que são ou pelo que têm, mas sim pelo que elas podem fazer pelas pessoas e, principalmente, pela sua capacidade e habilidade em resolver problemas para qualificar ainda mais a “Experiência do Cliente”.
Neste contexto, as organizações se tornam admiradas, respeitadas e queridas quando conseguem, a partir de sua proposta de valor, tornar seus clientes, acionistas, funcionários e a sociedade mais felizes. As pessoas querem estar próximas das marcas que admiram, desejam, respeitam e que praticam, de verdade, uma governança corporativa transparente, ética e sustentável.
É por essa razão que, quando falamos de “Value Proposition”, será necessário responder prioritariamente a três perguntas-chave:
Qual valor você oferece aos seus clientes?
Quais dores e problemas você está ajudando o seu cliente a resolver?
Quais as necessidades dos seus clientes você está satisfazendo?
As empresas que eliminaram o home office enfrentam um grande problema: demoram mais tempo a preencher as vagas
Por Alaka
Muitas empresas deram por encerradas suas experiências com o teletrabalho, obrigando seus funcionários a retornar aos escritórios cinco dias por semana. Além do endurecimento das políticas de retorno da Amazon, companhias como a Dell, a consultoria PwC e o maior banco dos EUA também seguiram essa tendência.
Apesar de ter se tornado uma tendência crescente entre as empresas, um estudo recente revelou um desafio que essas companhias precisarão enfrentar ao eliminar o teletrabalho: dificuldades para preencher suas vagas.
O talento prefere ficar em casa
De acordo com uma análise recente da Revelio Labs, empresa especializada em estudos sobre a força de trabalho, as companhias que não oferecem opções de trabalho híbrido ou remoto crescem menos do que aquelas que proporcionam flexibilidade. “As empresas que operam totalmente a distância ou adotam modelos flexíveis podem crescer mais rápido”, afirmou Loujaina Abdelwahed, economista da Revelio Labs e autora do estudo, em entrevista ao The Washington Post.
Os dados analisados sobre empresas que publicaram vagas desde junho de 2022 indicam que aquelas que oferecem trabalho híbrido ou remoto registraram uma taxa de crescimento média de 0,6%, enquanto as que disponibilizam apenas vagas 100% presenciais cresceram apenas 0,3%.
Ou seja, as empresas que não oferecem flexibilidade têm mais dificuldade para preencher novas vagas em comparação com aquelas que adotam modelos de trabalho híbridos ou remotos.
Impor o retorno ao escritório tem consequências
Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, pela Universidade Chinesa de Hong Kong e pela Universidade de Baylor concluiu que as políticas de retorno aos escritórios estão tendo um impacto significativo na rotatividade de funcionários em empresas do S&P 500.
Os pesquisadores descobriram que os profissionais mais qualificados estão deixando as empresas à medida que as regras de retorno ao trabalho presencial se tornam mais rígidas. Esse movimento tem gerado uma fuga de talentos, com profissionais migrando para empresas que continuam oferecendo modelos de trabalho híbrido ou totalmente remoto.
“Nosso estudo destaca a fuga de cérebros como um custo significativo dos mandatos de retorno ao escritório, mesmo para as maiores empresas do mundo”, afirmam os autores da pesquisa.
Mudar de emprego para conciliar
Segundo dados do Estudo Personio de Recursos Humanos de 2024, realizado pela plataforma de recursos humanos Personio, 51% dos 10.555 trabalhadores e profissionais de RH entrevistados afirmam que a conciliação entre a vida pessoal e profissional é uma prioridade na escolha de um emprego.
Além disso, 44% dos entrevistados se sentem motivados a trocar de emprego no próximo ano, o que indica que as políticas de retorno ao escritório podem acelerar esse processo.
O fantasma da demissão encoberta. A insistência das empresas em intensificar o retorno aos escritórios, mesmo com evidências científicas que desaconselham essa medida, fez com que as teorias sobre demissões encobertas ganhassem força.
Uma pesquisa da BambooHR com profissionais de Recursos Humanos revelou que muitas empresas já esperavam que alguns de seus melhores funcionários pedissem demissão ao serem obrigados a voltar ao escritório, forçando assim uma saída sem direito a indenização e permitindo a redução de equipes com um custo menor.
Os dados mostram que 18% dos gestores de RH entrevistados esperavam uma maior taxa de pedidos de demissão diante das políticas de retorno ao escritório, enquanto 37% admitiram que menos funcionários do que o previsto deixaram a empresa, forçando a realização de demissões diretas.
É startup e quer conectar com os principais influenciadores da área pública institucional?
Por Gabriel Fuscaldo via Linkedin
Sua startup tem soluções inovadoras para o setor público?
Aproveite a oportunidade de participar do GovTech Summit 2025, o maior evento govtech do país, e contribua para a transformação do futuro da gestão pública.
Por que participar?
✔️ Conhecimento e troca de ideias no maior evento govtech do país.
✔️ Conecte-se com gestores públicos, investidores e líderes do ecossistema de inovação.
✔️ Integre suas soluções em projetos focados na melhoria dos serviços públicos.
Garanta seu lugar! Ingressos AQUI!
Vamos juntos construir um futuro mais eficiente e inovador para a gestão pública.
Pai e filha paraenses, ele da geração Boomer e ela da Geração Z, revelam impactos da tecnologia
Por Hannah Franco
A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, independentemente da idade. No entanto, a forma de consumo entre as gerações ainda apresenta diferenças expressivas. Enquanto os chamados Baby Boomers (nascidos até 1964) demonstram certa relutância em relação aos meios de consumo online, a Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012), formada por jovens altamente conectados, tem grande facilidade e preferência por esse tipo de transação. Em todas as regiões e faixas etárias, as mídias sociais impulsionaram o comércio eletrônico a um novo patamar. Hoje, ambas as gerações já tiveram contato com sites de compras online ao menos uma vez. No entanto, a geração boomer ainda se mostra muito mais desconfiada do que os jovens da geração Z quando o assunto é consumo na internet.
Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros tendem a se tornar mais avessos ao risco com o passar dos anos. A pesquisa aponta que 54% das pessoas entre 25 e 34 anos estão dispostas a correr riscos, enquanto entre o público de 55 a 65 anos esse percentual cai para 33%.
O dado reflete na experiência de Marcelo Muniz, capitão do exército de 60 anos que ainda é resistente às compras pela internet. “Não costumo comprar pela internet, raramente o fiz, porque sou muito desconfiado. Prefiro comprar no olho a olho, entendeu? Acho que quando você compra pela internet, pode ser enganado: você vê uma foto e, quando o produto chega, é outra coisa”, afirma o militar.
A relutância dos boomers
Marcelo faz parte do grupo de consumidores boomers que já tiveram alguma experiência negativa e decidiram não insistir no hábito de compras online. “Para eu ter confiança em compras digitais, só compraria se houvesse uma loja física onde eu pudesse trocar um produto e tivesse garantia. Nas compras digitais, você se sente impotente e, no final, pode acabar no prejuízo”, disse. Apesar da aversão ao consumo digital, Marcelo não abriu mão dos meios de pagamento online. “Eu uso o Pix, uso os aplicativos do meu banco, porque realmente é muito prático, né? Economiza muito tempo. Isso eu aprovo inteiramente e é uma das coisas que mais gosto dessa era digital”, afirmou. Mesmo reconhecendo a praticidade do mundo digital, ele ainda prefere comprar em lojas físicas, embora perceba que os preços costumam ser mais altos e precisam se adaptar à concorrência dos valores online. “Para continuar nos atraindo como clientes, os mercados físicos precisam baixar os preços, porque pela internet você percebe que geralmente é muito mais barato. Isso atrai o consumidor, enquanto o físico, geralmente, é mais caro”, observou.
Facilidade da gen Z
Filha de Marcelo, a estudante de Psicologia Tamara Marcelle, 24 anos, exemplifica bem essa relação estreita com as compras online. “A tecnologia influencia e facilita a comunicação entre mim e o produto. Além de trazer mais facilidade, já que posso comprar de maneira mais rápida”, explica. Contudo, essa familiaridade com o meio digital também traz riscos. A “gen Z” é a mais afetada pelos golpes online, sofrendo 17% mais fraudes em comparação aos outras gerações, conforme pesquisa da empresa Akamai. Apesar disso, Tamara adota medidas de precaução ao comprar na internet. “Eu só compro de um local que é muito confiável, seja por indicação de alguém ou pela avaliação de outros compradores. Quando vejo bons comentários, isso me passa mais segurança”, afirma. A confiabilidade do vendedor e a opinião de outros consumidores são fatores decisivos para ela. “Se alguém comprar algo e der um retorno muito positivo, eu fico interessada. Uma propaganda dificilmente me atrai, a não ser que o preço seja muito bom e seja de um local próximo, onde eu possa ir pessoalmente”, completa. Outra diferença significativa entre as gerações está na forma de pagamento. Enquanto os boomers ainda têm o hábito de usar dinheiro em espécie com frequência, a geração Z tem adotado massivamente pagamentos digitais. “Geralmente, só uso dinheiro físico para pegar ônibus. Hoje em dia, uso muito mais Pix, que é mais prático. Se um dia puder usar Pix no ônibus, acho que raramente vou precisar de dinheiro físico”, conta Tamara.
Impacto na economia
As diferenças de consumo entre as gerações são um reflexo do impacto da tecnologia no cotidiano. O economista Nélio Bordalo Filho, conselheiro do Conselho Regional de Economia dos Estados do Pará e Amapá (CORECON PA/AP), explica que a crescente adesão dos jovens ao e-commerce tende a diminuir o tráfego nas lojas físicas, o que pode levar, a longo prazo, ao fechamento de negócios tradicionais.
“Pequenos negócios e o varejo tradicional enfrentam dificuldades para competir com grandes marketplaces. Isso pode resultar, no futuro próximo, no fechamento de muitas lojas físicas e na concentração do mercado nas mãos de grandes empresas, prejudicando a diversidade do comércio”, diz o especialista.
O economista ressalta que a transformação no comportamento de consumo entre as gerações pode impactar a economia a longo prazo. “A digitalização pode reconfigurar a economia, criar um ambiente mais eficiente, mas também mais desigual, com impactos na competitividade e na inclusão social, além de redução de vagas de empregos no comércio tradicional. Isso afeta a renda de boa parte dos trabalhadores, principalmente em cidades que possuem o comércio como forte atividade econômica.” Filho explica, ainda, que a evolução dos meios de consumo deve continuar moldando a economia nos próximos anos, exigindo adaptações tanto das empresas quanto dos consumidores.
Morre Márcio Ehrlich, o editor da Janela Publicitária
Por Renata Suter
Morreu na manhã desta segunda-feira, dia 24 de fevereiro, o jornalista e editor da Janela Publicitária, Márcio Ehrlich, de choque séptico e falência de múltiplos órgãos. Ele tinha 74 anos, deixa a mulher, Renata, dois filhos, Lena e Leo e o neto Guto.
Como todo bom jornalista, Márcio me fez prometer que seria a Janela, através do meu texto, quem daria esta notícia tão triste. Neste momento, é até onde eu consigo ir. Quem diz que jornalista tem que ser isento, se engana, principalmente em um momento como esse.
Ninguém mais do que ele, e melhor, para falar sobre sua vida e carreira:
“Foi a partir de julho de 1977, através da própria Janela Publicitária, que me meti no colunismo especializado em publicidade.
Vivíamos naquela época em outro século, quando mouse era apenas o sobrenome do Mickey. E a Janela era uma coluna publicada somente às sextas-feiras no jornal carioca Tribuna da Imprensa.
Tanto tempo depois, acho que ainda me divirto com o que faço. Aliás, sempre procurei me divertir, experimentando o que fosse possível na área de comunicação. Me divertindo assim acabei sendo jornalista, publicitário, desenhista, relações públicas, músico e ator. Tudo de carteirinha. Além de ter me formado pela UFRJ, como Médico Psiquiatra. Afinal, judeu da minha geração ou virava médico ou engenheiro.
Enquanto Deus ou a violência urbana não me pararem, eu me dou o direito de ir aprontando.
Para ser preciso com a história, estou na área de comunicação desde 1969, quando publiquei a minha primeira história em quadrinhos, uma tira diária chamada “Sir Lancelot”, na Tribuna da Imprensa. Tempos emocionantes, em que antes de se publicar alguma coisa ela tinha que ser aprovada pelos censores que a ditadura militar mantinha dentro do jornal. Tive várias tiras impedidas de serem publicadas. Apesar de que nunca soube se a pedido dos militares ou dos leitores.
Não só a Tribuna teve coragem de publicar meus cartuns e quadrinhos. Veículos como O Cruzeiro, O Pasquim e o Jornal de Ipanema, entre outros, também. Só que naquele tempo eu assinava “Cid” e “Marcio Sidnei”. Cartunista no Brasil jamais poderia se assinar “Ehrlich”.
Uma coisa leva a outra, quando me dei conta estava mais escrevendo do que desenhando. E não escrevi só sobre publicidade, mas também sobre histórias em quadrinhos e sobre vídeo games, na coluna Vídeo Guia do jornal O Globo, por exemplo. Fui parar também na televisão falando de publicidade na TV E (Programa Intervalo), TV S (Programa de Domingo) e TV Bandeirantes (Programa Propaganda & Mercado). E falando também pelo rádio, na Panorama FM e na Jornal do Brasil AM (Programa Marketing e Publicidade).
Filho de uma professora de música, e sendo um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones, não lutei no Vietnam, mas tive minha banda de rock, “Ted, Al & Cid”, em que eu e dois argentinos íamos atrás de onde o povo estava. Ainda que fosse no puteiro Scandinavia, da Praça Mauá. Entre um strip-tease e outro, o público tinha que nos aturar. Mas nós três mantínhamos a nossa dignidade. Jamais tiramos a roupa.
Música é talvez a expressão de maior entrega de um artista. Foi um momento feliz. Até hoje não sei como, chegamos a tocar até nos programas “Alô Brasil Aquele Abraço”, da Tv Globo e “Onda”, da Tv Tupi. Alguém se lembra da Tupi? Mas nunca cheguei a gravar um disco. No máximo, vivi aos 20 e poucos anos a honra de o Maestro Paulo Moura ter orquestrado uma trilha minha para desenho animado (que bem merecia se descobrir que fim levou). Entre os músicos, estavam Wagner Tiso no teclado e Robertinho Silva na bateria. Ambos, do Som Imaginário, banda da qual imagino que os velhos hippies se lembrem.
Durante um tempo, pra soltar meus bichos, subi muito no palco como ator, tentando botar em prática um pouquinho do que aprendi em aulas maravilhosas com monstros como Cecil Thiré, Bia Lessa, Sérgio Brito, Domingos Oliveira, Wolf Maia e Marcio Vianna.
Graças à TV Globo, vale dizer, passei a dar mais valor às profissões de médico, advogado e delegado. Se elas não existissem não sobrava papel pra mim nas novelas da casa. Galã, nem pensar.
A primeira novela, que eu não esqueço, foi “Pantanal“, na Manchete, fazendo um piloto que contracenava com Cláudio Marzo. Na Globo, até 1998, fiz especiais como “Todas as Mulheres do Mundo” e “Contos de Verão”. E também um Você Decide dirigindo por Carlos Manga Jr. Além de participações em “O Amor está no Ar” (Aron Salem), “Malhação” (Dr.Anselmo), “Explode Coração”, “Quatro por Quatro”, “Pátria Minha”, “Olho no Olho” (Dr.Germano), “Deus nos Acuda”, “De Corpo e Alma”, “Pedra sobre Pedra” (Van Damme), “O Dono do Mundo”, “Barriga de Aluguel”, “Araponga”, “Lua Cheia de Amor”, “Rainha da Sucata” (Vidigal).
Depois de 11 anos longe da televisão, achando que podia ter desistido de ser ator, voltei em 2009, fazendo participações em “Viver a Vida” (Zé Maria), Passione, Insensato Coração, Velho Chico, entre outras. Fui até contratado, em 2013, para fazer o advogado Dr.Moacir na lindíssima novela Joia Rara.
Como nem só de televisão vive o ator, fiz em teatro “Dólar, I Love You”, de João Bethencourt e “Inspetor Geral”, numa adaptação de Domingos Oliveira. Fora infantis como “Robin Hood” e outros que eu nem ousaria citar.
Durante muitos anos, para pagar o pão light de cada dia, também bati ponto. Fui diretor de planejamento da Dinâmica Promoções, especializada em Marketing Promocional. Por dois anos e meio, na década de 80, cumpri a minha cota de trabalho em agência de publicidade, como atendimento e gerente de comunicação da V&S.
Eu mesmo não posso ter certeza se adiantou alguma coisa, mas tenho tentado fazer algumas coisas — que pelo menos eu acho — boas para ajudar o mercado carioca, até mesmo dentro de suas associações. Fui diretor da ABP-Ass.Bras.de Propaganda, da ABM-Ass.Bras.de Marketing, diretor de eventos da Abap-Rio e presidente da AMPRO-Rio, a Associação de Marketing Promocional. Do GAP-Grupo de Atendimento e Planejamento, fui um dos fundadores. Estou atualmente como vice-presidente executivo da Abracomp-Ass.Bras.dos Colunistas de Marketing e Propaganda e coordenador nacional do Prêmio Colunistas. Aliás, às vezes me sinto meio jurado profissional de publicidade. De premiações de propaganda, acho que já participei de no mínimo 200 julgamentos, não só do Colunistas. Provavelmente poderia estar no Guinness, se “jurado de propaganda” fosse uma categoria.”