Nos artigos que publicamos hoje você vai ler sobre as novidades do WhatsApp em 2025, em breve a IA será mais esperta que o ser humano, o funil de vendas online está ultrapassado — ao menos para o Google, 11 coisas que os baby boomers consideram necessárias, mas que são inegociáveis para a geração Z, McDonald’s testa modelo de campanha sem o logotipo e os elementos visuais icônicos da marca e Cenp-Meios: mercado cresce 12,17% em 2024 e supera R$ 26 bilhões.
Prepare-se para as novidades do WhatsApp em 2025
Por Redação Radar
O WhatsApp, uma das plataformas de mensagens mais populares do mundo, está se preparando para lançar uma série de novas funcionalidades em 2025. Essas atualizações prometem expandir as possibilidades de uso do aplicativo, proporcionando uma experiência mais integrada e personalizada para os usuários. Entre as novidades esperadas estão a introdução de tópicos de discussão, conhecidos como “Threads”, e a criação de bots personalizados com inteligência artificial.
Além disso, o WhatsApp está testando a possibilidade de inserir links externos nos perfis dos usuários, inicialmente focando na integração com o Instagram. Essas mudanças visam não apenas melhorar a usabilidade do aplicativo, mas também aumentar a interconectividade entre as plataformas desenvolvidas pela Meta. A seguir, exploraremos mais detalhadamente essas funcionalidades e suas implicações para os usuários.
Quais são as novas funcionalidades esperadas para o WhatsApp?
Entre as principais funcionalidades que o WhatsApp está testando, destaca-se a capacidade de criar “Threads”. Este recurso permitirá que mensagens específicas e suas respostas sejam agrupadas, facilitando o acompanhamento de discussões dentro de grupos e conversas individuais. A expectativa é que essa funcionalidade ajude a evitar confusões em chats com muitos participantes, tornando a comunicação mais organizada e eficiente.
Outra inovação significativa é a introdução de bots de inteligência artificial. Com essa atualização, os usuários poderão interagir com personagens de IA sobre diversos temas e até mesmo criar seus próprios bots, ajustando características como humor e linguagem. Essa funcionalidade já está disponível na versão beta do aplicativo, embora ainda não haja uma data definida para seu lançamento oficial.
Como a integração com o Instagram será aprimorada?
O WhatsApp está trabalhando para permitir que os usuários vinculem seus perfis do Instagram diretamente ao aplicativo de mensagens. Essa integração será feita através de links externos que poderão ser adicionados ao perfil do usuário no WhatsApp. Inicialmente, o foco será no Instagram, mas há planos para expandir essa funcionalidade para outros serviços no futuro.
Com essa atualização, os usuários poderão criar atalhos para seus perfis de redes sociais, facilitando o acesso para seus contatos. A expectativa é que essa funcionalidade melhore a conectividade entre as plataformas da Meta, oferecendo uma experiência mais coesa para os usuários.
O que esperar do recurso de múltiplas contas no iOS?
O recurso de múltiplas contas, já disponível para Android desde 2023, está previsto para ser lançado em dispositivos iOS em breve. Essa funcionalidade permitirá que os usuários gerenciem várias contas do WhatsApp em um único dispositivo, sem a necessidade de desconectar e reconectar constantemente. Isso é especialmente útil para aqueles que precisam administrar contas pessoais e profissionais simultaneamente.
Cada conta terá suas próprias notificações, backups e configurações, garantindo que os usuários possam manter suas informações separadas e organizadas. Essa atualização promete simplificar o gerenciamento de contas, tornando o uso do WhatsApp mais conveniente para uma variedade de usuários.
Quais são as implicações dessas atualizações para os usuários?
As novas funcionalidades do WhatsApp para 2025 representam um avanço significativo na forma como os usuários interagem com o aplicativo. A introdução de “Threads” e bots de inteligência artificial promete tornar as conversas mais organizadas e interativas, enquanto a integração com o Instagram e o suporte para múltiplas contas oferecem maior flexibilidade e conectividade.
Essas atualizações refletem o compromisso da Meta em melhorar continuamente suas plataformas, atendendo às necessidades dos usuários e adaptando-se às tendências tecnológicas emergentes. À medida que essas funcionalidades são implementadas, os usuários podem esperar uma experiência de uso mais rica e integrada, que atende tanto a necessidades pessoais quanto profissionais.
Em breve a IA será mais esperta que o ser humano
Por Kevin Roose
Aqui estão algumas coisas em que acredito no que diz respeito à inteligência artificial:
Acredito que, nos últimos anos, os sistemas de IA começaram a superar o ser humano em vários domínios – matemática, codificação e diagnóstico médico, só para citar alguns – e que estão melhorando a cada dia.
Acredito que, muito em breve – provavelmente em 2026 ou 2027, ou talvez ainda este ano –, uma ou mais empresas de IA anunciarão ter criado uma Inteligência Artificial Geral, ou IAG, que normalmente é definida como “um sistema de IA de alcance geral que pode fazer quase todas as mesmas tarefas cognitivas que um ser humano executa”.
Acredito que, quando a IAG for anunciada, eclodirão debates sobre seu contorno e se discutirá se ela é ou não é uma IAG “real”. Mas creio também que isso não importará muito, porque o ponto mais visível – o de que estamos perdendo nosso monopólio sobre a inteligência de nível humano e fazendo a transição para um mundo com sistemas de IA muito poderosos – já será verdade.
Acredito que, na próxima década, uma IA poderosa gerará trilhões de dólares em valor econômico e inclinará o equilíbrio do poder político e militar para as nações que a controlam. A maioria dos governos e as grandes corporações já veem isso como um fato. Basta considerar as enormes somas de dinheiro que estão gastando para ver quem chega lá primeiro.
Acredito que a maioria das pessoas e instituições está totalmente despreparada para os sistemas de IA que existem hoje, principalmente os mais robustos, e que não há um plano realista em nenhum nível de governo para mitigar os riscos ou capturar os benefícios desses sistemas.
Acredito que os céticos mais ferrenhos da IA – que insistem que o progresso é feito de fumaça e espelhos, e que descartam o avanço da IAG, considerada por eles uma fantasia delirante – não só estão errados no mérito, mas estão dando às pessoas uma falsa sensação de segurança.
Acredito que, mesmo que você ache que a IAG vai ser ótima ou terrível para a humanidade – e, honestamente, pode ser muito cedo para dizer o que ela será –, sua chegada levanta importantes questões econômicas, políticas e tecnológicas para as quais atualmente não temos resposta.
Acredito que o momento certo para começar a se preparar para a IAG é agora.
Isso tudo pode parecer loucura. Mas não cheguei a essas visões como um futurista de olhos brilhantes, um investidor promovendo meu portfólio de IA ou um cara que tomou muitos cogumelos mágicos e assistiu a O Exterminador do Futuro 2.
Cheguei a elas como um jornalista que passou muito tempo conversando com engenheiros enquanto estes construíam sistemas de IA poderosos, com investidores que financiaram pesquisas e com investigadores que estudaram seus efeitos. E acredito que o que está se desenrolando na IA agora é maior do que a maioria das pessoas é capaz de entender.
Em San Francisco, onde fica minha base, a ideia de IAG não é marginal ou exótica. As pessoas aqui falam sobre “sentir a IAG”. Para elas, construir sistemas de IA mais inteligentes do que o ser humano se tornou o objetivo explícito de algumas das maiores empresas do Vale do Silício. Toda semana, encontro engenheiros e empreendedores trabalhando em IA que me dizem que a mudança – uma grande mudança, uma mudança que abala o mundo, o tipo de transformação que nunca vimos antes – está a caminho.
Eu também costumava zombar da ideia. Mas cheguei à conclusão de que estava errado. Algumas coisas me persuadiram a levar o progresso da IA mais a sério.
Os insiders estão alarmados
A coisa mais desconcertante sobre a indústria de IA de hoje é que as pessoas mais próximas da tecnologia – os funcionários e executivos dos principais laboratórios de IA – tendem a ser as mais preocupadas com a rapidez com que ela está avançando.
Isso é bem incomum. Em 2010, quando eu estava cobrindo a ascensão das mídias sociais, ninguém dentro do Twitter, do Foursquare ou do Pinterest pensava que seus aplicativos poderiam causar caos social. Mark Zuckerberg não estava testando o Facebook para encontrar provas de que este poderia ser usado para criar novas armas biológicas ou executar ataques cibernéticos independentes.
Mas, hoje, as pessoas com as melhores informações sobre o progresso da IA – aqueles que constroem a IA poderosa, que têm acesso a sistemas mais avançados do que o público em geral enxerga – estão nos dizendo que uma grande mudança está próxima. As principais empresas de IA estão se preparando ativamente para a chegada da IAG e estão estudando questões assustadoras sobre seus modelos – por exemplo, se eles têm capacidade de conspirar e enganar, prevendo a possibilidade de que se tornem mais hábeis e autônomos.
Sam Altman, CEO da OpenAI, escreveu que ” estão surgindo sistemas que começam a apontar para a IAG”.
Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, disse que a IAG provavelmente está “a três ou cinco anos de distância”.
Dario Amodei, CEO da Anthropic (que não gosta do termo IAG, mas que concorda com o princípio geral), comentou comigo no mês passado que acredita que estamos a um ou dois anos de ter “um número muito grande de sistemas de IA que serão bem mais inteligentes do que o ser humano em quase tudo”.
Talvez devêssemos desconsiderar essas previsões. Afinal, os executivos de IA lucram com o exagero desmedido dado à IAG e podem ser incentivados a aumentar os benefícios ou os perigos dela.
Contudo, muitos especialistas independentes – incluindo Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, dois dos pesquisadores de IA mais influentes do mundo, e Ben Buchanan, o principal especialista em IA do governo Biden – vêm dizendo coisas semelhantes. Assim como uma série de outros economistas, matemáticos e autoridades de segurança nacional proeminentes.
Para ser justo, alguns especialistas duvidam que a IAG esteja na iminência de aparecer. Mas, mesmo que você ignore todos que trabalham em empresas de IA, ou têm interesse no resultado, ainda existem vozes independentes, suficientemente confiáveis, com previsões de um cronograma curto para a IAG, que devemos levar a sério.
Os modelos de IA melhoram
Para mim, tão persuasiva quanto a opinião de especialistas é a prova de que os sistemas de IA de hoje estão melhorando rapidamente, de formas bastante óbvias para qualquer usuário.
Em 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT, os principais modelos de IA lutaram com aritmética básica, frequentemente falharam em problemas de raciocínio complexos e muitas vezes “alucinaram” ou inventaram fatos inexistentes. Os chatbots daquela época podiam fazer coisas impressionantes com o estímulo certo, mas você não se arriscaria a usar um para algo extremamente importante.
Os modelos de IA de hoje são muito melhores. Agora, modelos especializados estão obtendo pontuações de nível de medalhista na Olimpíada Internacional de Matemática, e modelos de uso geral ficaram tão bons em resolver problemas complexos que foram criados novos e mais difíceis testes para medir suas habilidades. Alucinações e erros factuais ainda acontecem, mas são mais raros em modelos mais novos. Muitas empresas agora confiam em modelos de IA e os incorporam em funções essenciais voltadas para o cliente.
À medida que essas ferramentas melhoram, estão se tornando úteis para muitos tipos de trabalho de conhecimento executivo. Meu colega do “Times”, Ezra Klein, escreveu recentemente que os resultados do Deep Research do ChatGPT, recurso premium que produz resumos analíticos complexos, estavam “dentro da média” dos pesquisadores humanos com os quais trabalhou.
Também encontrei muitos usos para ferramentas de IA no meu trabalho. Não uso a IA para escrever minhas colunas, mas lanço mão dela para muitas outras coisas, como a preparação para entrevistas, o resumo de artigos de pesquisa, a criação de aplicativos personalizados para me ajudar com tarefas administrativas. Nada disso era possível alguns anos atrás. E acho implausível que qualquer pessoa que use esses sistemas regularmente para trabalho sério possa concluir que atingiu o último nível.
Se você realmente quer entender quanto a IA melhorou recentemente, converse com um programador. Um ou dois anos atrás, as ferramentas de codificação de IA existiam, mas seu objetivo era acelerar os codificadores humanos sem pretender substituí-los. Hoje, engenheiros de software me dizem que a IA faz a maior parte da codificação real para eles e que cada vez mais sentem que seu trabalho é supervisionar os sistemas de IA.
Jared Friedman, parceiro da Y Combinator, aceleradora de startups, revelou recentemente que um quarto do lote atual de startups da aceleradora estava usando IA para escrever quase todo o seu código: “Há um ano, eles teriam construído seu produto do zero – mas agora 95% dele é construído por IA.”
Preparar-se demais é o melhor
A maioria dos conselhos que ouvi sobre como as instituições devem se preparar para a IAG se resume a coisas que deveríamos fazer de qualquer maneira, como modernizar nossa infraestrutura de energia, fortalecer nossas defesas de segurança cibernética, acelerar os sistemas de aprovação de medicamentos projetados por IA, escrever regulamentações para evitar os danos mais sérios da IA, ensinar alfabetização em IA nas escolas e priorizar o desenvolvimento social e emocional em vez de habilidades técnicas que logo se tornarão obsoletas. São ideias sensatas, com ou sem IAG.
Alguns líderes do setor de tecnologia temem que temores prematuros em relação à IAG nos levem a regular a IA de forma muito agressiva. Mas o governo Trump sinalizou que quer acelerar o desenvolvimento da IA, não o contrário. E bastante dinheiro está sendo gasto para criar a próxima geração de modelos de IA – centenas de bilhões de dólares (e com mais a caminho) –, o que faz parecer improvável que as principais empresas de IA pisem no freio voluntariamente.
Também não me preocupo com indivíduos se preparando demais para a IAG. Um risco maior, creio, é a maioria das pessoas não perceber que uma IA poderosa já está bem na cara delas – eliminando seu emprego, enredando-as em tramoias, prejudicando-as ou a alguém que amam. Isso é, mais ou menos, o que aconteceu durante a era da mídia social, quando falhamos em reconhecer os riscos de ferramentas como o Facebook e o Twitter até que elas estivessem grandes e arraigadas demais para mudar.
É por isso que acredito em levar a sério a potencialidade da IAG desde já, mesmo que não saibamos exatamente quando ela chegará ou precisamente que forma tomará.
Se nos colocarmos em uma posição de negação – ou se simplesmente não estivermos prestando atenção –, podemos perder a chance de moldar essa tecnologia quando ela mais importa.
O funil de vendas online está ultrapassado — ao menos para o Google
Por Iuri Santos
Agências e setores de marketing se acostumaram com um padrão de comportamento linear dos consumidores online nos últimos anos: atração, consideração e conversão em compra. Ao menos para o Google (GOGL34), esse paradigma já mudou — e a gigante não quer perder sua relevância no consumo digital.
Uma pesquisa conduzida pela big tech em conjunto com a Boston Consulting Group afirma que o consumidor atual transita por quatro comportamentos simultaneamente, sendo eles streaming, scrolling (descer pelo feed dos aplicativos), searching (buscar) e shopping (comprar).
O exemplo foi dado pelo presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, no evento Think With Google nesta terça-feira (25). “Quando você está assistindo a um criador de conteúdo no YouTube, pausa e pesquisa por uma estante bonita que está atrás daquela pessoa, o que é isso? É streaming? É searching? É shopping? Na verdade, os três.”
É um sinal da acelerada mudança no comportamento de consumo nos últimos anos. “Depois da pandemia, ficaram previsivelmente imprevisíveis”, define Coelho. “Não dá para prever o comportamento de forma manual, apenas intuitiva. Temos que utilizar a tecnologia para que isso seja mais assertivo.”
Segundo realizadores do estudo, a teoria de um funil de vendas, onde cada comportamento estaria associado a uma etapa da jornada, já não é mais capaz de fazer as marcas atingirem a complexidade de pontos de contato produzidos pelo novo modelo de interação.
“O problema é que quando analisamos o funil, vemos que ele carrega limitações. Ele é rígido, linear e sequencial. Ou seja, presume que o consumidor se comporta de uma forma previsível e unidirecional”, afirma o sócio da Boston Consulting Group, Gabriel Gondim.
A alternativa seria olhar para jornada de consumo como um mapa de influências como o da imagem abaixo, exibido por Gondim no Think With Google. Nele, há um reflexo de cada comportamento nas etapas da jornada de compra.
O caso acima reflete um comprador criterioso, que compara produtos e preços em sites de grandes varejistas antes de se decidir. Após as pesquisas, ele para e consome vídeos no YouTube Shorts quando vê um influenciador usando um produto com as mesmas características que desejava. Então, ele faz a compra impulsivamente.
Neste caso, o peso do searching (busca) na atração é mais alto. O scrolling impacta mais a consideração e a venda.
A Alphabet, controladora do Google, está quase em todas as pontas do que considera o comportamento do consumidor — e é particularmente interessada em seguir monetizando ferramentas como Google e YouTube. Em 2024, a receita da empresa na linha do Google Advertising, solução para anúncios na plataforma, representou 86% do total, de acordo com seu relatório financeiro anual.
Nos últimos anos, no entanto, o surgimento de concorrentes e as potenciais disrupções causadas por inteligência artificial têm lançado dúvidas sobre o modelo de negócio da empresa.
No YouTube, plataforma de streaming da controladora, a empresa implementou o Shorts, com feed similar ao do competidor chinês TikTok, na disputa pelo tempo de tela dos usuários. Dados internos de junho de 2023 apontam que o Google tem 70 bilhões de visualização diárias no Shorts.
Acontece que, até como ferramenta de busca, TikTok e Instagram, da Meta (M1TA34), estão ganhando mercado entre o público jovem. Uma pesquisa da fornecedora de software Soci aponta para que essas redes já ultrapassaram o Google como ferramenta preferida para buscas locais entre pessoas de 18 a 24 anos, publicou a Forbes.
Com base em dados de outubro de 2024, a big tech diz que a faixa etária de 18 a 24 anos é a que mais realiza buscar diariamente na ferramenta. A empresa tem apostado em ferramentas como o Google Lens, de busca por imagem, e o AI Overviews, com resumos produzidos por inteligência artificial, para melhorar resultados de buscas comerciais.
Sem dizer o número, a companhia afirma que o AI Overviews aumenta o volume de buscas comerciais. Segundo ela, 25% das buscas visuais, por meio do Google Lens, tem intenção comercial, de acordo com dados de abril de 2024.
11 coisas que os baby boomers consideram necessárias, mas que são inegociáveis para a geração Z
Por Sabrina Costa
Cada geração tem suas próprias prioridades e costumes, que mudam de acordo com o contexto e as vivências de cada época. Sendo assim, a experiência de vida dos baby boomers e dos membros da geração Z é oposta em muitos aspectos, e não parece que sua forma de pensar vá mudar. Pelo menos, não nesses quatro pontos.
Ferramenta ou vício
- Relacionamento com a tecnologia
Há uma lacuna particularmente acentuada entre a Geração Z e os baby boomers quando se trata de seu relacionamento com a tecnologia. Isso é amplamente influenciado pelo fato de que alguns viveram a maior parte de suas vidas em um mundo analógico, enquanto os outros nasceram em um mundo digitalizado. Assim, os baby boomers podem não considerar a tecnologia importante para sua vida diária, mas para a Geração Z ela é uma ferramenta essencial.
Um bom exemplo de como os baby boomers são mais relutantes ou mais lentos para incorporar a tecnologia em seus hábitos pode ser encontrado em um estudo que constatou que eles são a geração que menos compra celulares.
- O celular
Na mesma linha, o uso de celulares é diferente. De acordo com uma pesquisa da Softonic, enquanto a Geração Z passa cerca de seis horas por dia usando um smartphone, os baby boomers passam apenas três horas por dia com ele. Além disso, os baby boomers ainda o veem como uma ferramenta para fazer chamadas em primeira instância, enquanto os mais jovens consideram que essa função é reservada para últimos recursos e emergências.
- O porquê das redes sociais
Para a Geração Z, ter uma presença na mídia social é quase uma necessidade em termos de desenvolvimento de trabalho ou de existência no mundo. Já para os baby boomers, a mídia social é mais uma maneira divertida de manter contato com a família e os amigos.
No entanto, eles também adoram as mídias sociais. Um estudo da Universidade do Colorado constatou que 60% dos baby boomers têm uma conta em pelo menos uma rede social, sendo o Facebook claramente a sua favorita.
Priorizar a vida pessoal ou a profissional
- A razão de ser do trabalho
Os baby boomers cresceram e se desenvolveram profissionalmente em um mundo em que o trabalho garantia uma série de direitos e benefícios. Dessa forma, a ideia de subir na escada corporativa e prosperar na vida por meio do trabalho não só era possível como também era uma expectativa generalizada.
Em contrapartida, a Geração Z cresceu em um mundo pós-crise de 2008, em um contexto de precariedade.
De fato, é especialmente surpreendente que, considerando a faixa etária da Geração Z (entre 15 e 28 anos), um estudo publicado pela Arta Finance tenha revelado que 38% de seus membros já estão enfrentando uma crise de meia-idade. A principal causa apontada é a pressão exercida pela instabilidade financeira e a incerteza no mercado de trabalho.
- A relação com o dinheiro
Segundo uma pesquisa da Morningstar, 33% da Geração Z conversa abertamente sobre dinheiro com suas famílias, em comparação com apenas 6% dos baby boomers. Isso faz sentido, já que a Geração Z tem mais a perder financeiramente e é a geração com maior probabilidade de se endividar.
- Não sem meus valores
Como a falta de estabilidade financeira reduz o impacto e a importância dos frutos do trabalho na vida da Geração Z, seus membros estão menos dispostos a se submeter a qualquer emprego apenas pelo salário. Dessa forma, pelo menos, a atividade profissional que escolhem deve estar alinhada com seus valores e estilo de vida.
Um estudo da Deloitte revelou que a Geração Z é a que menos prioriza o salário ao escolher um emprego.
- Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
A Geração Z se recusa a aceitar jornadas de trabalho longas e mal remuneradas ou a seguir horários rígidos que limitem o resto de seu dia, algo que os baby boomers tendem a aceitar com mais naturalidade.
Para os zetas, manter um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é fundamental, a ponto de ser um dos principais fatores que os motivam a se envolver em um emprego, segundo um estudo.
Por outro lado, os baby boomers podem não compreender totalmente as dificuldades financeiras enfrentadas pelos jovens hoje em dia e, consequentemente, também podem não entender essa postura adotada pela Geração Z.
Progresso ou idealismo
- Preocupação com o meio ambiente
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 55% da Geração Z considera a sustentabilidade o fator mais importante na hora de fazer uma compra, enquanto apenas 45% dos baby boomers compartilham dessa visão.
Isso se deve, em parte, ao fato de que a Geração Z cresceu ouvindo sobre a urgência da crise climática, enquanto os baby boomers só começaram a ter consciência dos impactos da industrialização e da degradação ambiental na década de 1970. Além disso, naquela época, essas questões tinham menos destaque no discurso público.
Isso ajuda a explicar por que a Geração Z frequentemente acusa os baby boomers de terem prejudicado o planeta, enquanto os boomers, por sua vez, veem os jovens como idealistas em excesso.
- Um mundo mais inclusivo
Além da preocupação com o meio ambiente, a Geração Z também busca tornar o mundo um lugar mais inclusivo. Um estudo da McKinsey & Company revelou que 77% dos zetas que participaram da pesquisa desejam que seus locais de trabalho sejam mais diversos e inclusivos. Eles esperam que essa inclusão esteja presente em todos os níveis, desde os cargos mais baixos até as posições de liderança.
Por outro lado, para os baby boomers, que já estão deixando o mercado de trabalho, essa é uma pauta com a qual muitos não se identificam. Eles podem interpretar essa demanda como idealismo ou ativismo excessivamente confrontativo. Ao mesmo tempo, a Geração Z pode enxergá-los como pessoas antiquadas ou resistentes a mudanças.
Aguentar ou cuidar de si
- Atitude em relação a afastamentos por doença
Os baby boomers cresceram com a mentalidade de “aguentar firme” diante de doenças, tanto físicas quanto mentais, priorizando o trabalho e as obrigações acima do bem-estar. Já a Geração Z tende a valorizar mais a própria saúde.
Nesse sentido, um estudo da Gusto concluiu que os trabalhadores das gerações mais jovens, especialmente aqueles que atuam remotamente, costumam tirar afastamentos mais longos por doença, além de fazer pausas sabáticas com mais frequência do que os profissionais mais velhos.
No entanto, a Geração Z não só considera tirar dias de licença por doença quando estão mal como algo necessário (e não uma fraqueza), mas também sente menos estigma em relação à saúde mental e é mais aberta a buscar ajuda profissional quando necessário.
- O estigma das doenças mentais
Os baby boomers são mais resistentes à terapia, devido ao estigma ou à falta de valorização da saúde mental durante sua juventude. Além disso, eles podem interpretar a disposição da Geração Z de tirar dias por doença como uma falta de dedicação ou compromisso com o trabalho.
Por outro lado, a Geração Z vê o cuidado com a saúde como uma forma de manter a produtividade a longo prazo. A American Psychological Association confirma que essa é a geração mais propensa a buscar ajuda quando enfrenta problemas de saúde mental.
Nessa mesma linha, muitos baby boomers estão acostumados com um mundo em que férias e dias de folga eram mais exceções do que práticas comuns. Em contrapartida, a Geração Z acredita nos benefícios de uma vida mais equilibrada. Assim como não trabalhar quando se está doente, eles consideram que o tempo livre é essencial para a produtividade e a felicidade a longo prazo.
McDonald’s testa modelo de campanha sem o logotipo e os elementos visuais icônicos da marca
Por Publicitários Criativos
E se uma marca fosse tão icônica que não precisasse do próprio logo? O McDonald’s está testando uma campanha ousada, sem logotipo ou elementos visuais tradicionais, apostando no poder do reconhecimento espontâneo. A campanha se baseia no reconhecimento espontâneo, utilizando elementos sutis como formatos, embalagens e até mesmo a maneira como os produtos são apresentados, sem depender de logos ou cores específicas. Com isso eles querem mostrar que a conexão emocional dos consumidores com o McDonald’s são tão fortes a ponto de dispensar qualquer símbolo gráfico tradicional.
O McDonald’s está apostando em uma estratégia ousada: uma campanha publicitária que dispensa seu icônico logotipo e elementos visuais tradicionais. A iniciativa busca testar a força da marca e provar que, mesmo sem o famoso “M” dourado ou suas cores características, a identidade do McDonald’s continua inconfundível.
Uma identidade que fala por si só
O conceito por trás dessa campanha é simples, mas poderoso: será que a experiência e a conexão emocional dos consumidores com o McDonald’s são tão fortes a ponto de dispensar qualquer símbolo gráfico tradicional? A marca acredita que sim e, por isso, está apostando nessa abordagem minimalista.
A campanha se baseia no reconhecimento espontâneo, utilizando elementos sutis como formatos, embalagens e até mesmo a maneira como os produtos são apresentados, sem depender de logos ou cores específicas. A ideia é que o público perceba imediatamente que se trata do McDonald’s sem precisar de nenhuma pista explícita.
O impacto da campanha no marketing
Essa estratégia não é apenas uma jogada criativa, mas também uma afirmação de força de branding. Poucas marcas no mundo podem se dar ao luxo de abrir mão de sua identidade visual tradicional e ainda serem reconhecidas instantaneamente.
Além disso, essa abordagem gera engajamento e curiosidade do público. Sem os símbolos visuais habituais, a campanha convida os consumidores a fazerem parte do jogo, desafiando-os a reconhecer os produtos apenas por sua apresentação. Esse tipo de interação fortalece ainda mais a conexão emocional com a marca.
Minimalismo como tendência na publicidade
O McDonald’s não é a primeira marca a testar esse tipo de campanha. Nos últimos anos, grandes empresas têm apostado no minimalismo e na força de seus produtos para se comunicarem de maneira mais autêntica e impactante. Esse movimento reflete uma tendência de confiança no poder da marca e no reconhecimento global de sua identidade.
O futuro do branding sem logotipos?
Se essa estratégia provar ser bem-sucedida, ela pode abrir caminho para novas abordagens na publicidade. Em um mundo onde a saturação visual é cada vez maior, campanhas que fogem do óbvio e apostam no reconhecimento instintivo podem ser um diferencial poderoso.
O McDonald’s, mais uma vez, mostra que inovação no marketing não se trata apenas de criar algo novo, mas de desafiar as convenções e testar os limites da própria identidade de marca.
A campanha começou a rodar no Reino Unido com o mote “Iconic needs no explanation” (ícones não precisam de explicação), criada pela Leo Burnett.
Cenp-Meios: mercado cresce 12,17% em 2024 e supera R$ 26 bilhões
Por Bárbara Sacchitiello
O ano de 2024 marcou um período positivo para o mercado publicitário brasileiro. As 339 agências que compõem o painel atual do Cenp-Meios reportaram que, no ano passado, movimentaram R$ 26,3 bilhões em compra de mídia.
Esse montante é 12,17% superior ao registrado em 2023, quando o Cenp-Meios apontou um total de R$ 23,4 bilhões e, de certa forma, representa o crescimento mais expressivo registrado no painel desde o início da pandemia de Covid-19.
Em relação ao crescimento percentual, propriamente, o ano de 2021 registrou um salto de 38,78% em compra de mídia. Porém, naquela época, o mercado havia vivenciado um retorno de investimentos após um longo período de estagnação em 2020, como resultado dos efeitos da pandemia. O crescimento de 38,78%, portanto, era sobre um ano que vinha de queda de mais de 18% no ano anterior.
Agora, os resultados de 2024 fazem com que o Cenp-Meios aponte plena recuperação por parte do mercado publicitário e, também, a consciência da importância da manutenção da publicidade para as atividades econômicas do País.
“Esse crescimento, que, praticamente, é quatro vezes maior do que o PIB do País, sinaliza a confiança dos anunciantes na publicidade como ferramenta fundamental e mola propulsora da economia. É a indústria que acaba apoiando as demais indústrias e faz girar a roda da economia”, comenta Luiz Lara, presidente do Cenp.
Na visão de Lara, alguns fatores, além da própria consciência dos anunciantes, impulsionaram os negócios em 2024: os Jogos Olímpicos do Paris, o período eleitoral, as datas sazonais, sobretudo Black Friday e Natal, e a entrada de novos anunciantes que chegaram ao mercado para fazer investimentos robustos em mídia, como as montadoras chinesas BYD e GWM.
O desempenho dos meios em 2024
O ano de 2024 não mostrou alterações profundas em relação à participação dos meios na divisão do bolo publicitário. O movimento que já vinha se desenhando ao longo dos últimos relatório se concretizou: os anunciantes investiram mais em compra de mídia na Internet do que na Televisão em 2024.
Ao longo do ano passado, a Internet recebeu mais de R$ 10,462 bilhões em compra de mídia, o que coloca o meio na liderança, com participação de 39,8% no bolo publicitário.
Desde o relatório anterior, o Cenp-Meios passou a classificar a TV aberta e TV Paga na mesma categoria, denominada Televisão, o que faz com que, sob essa análise, o meio TV ainda tenha share maior do que a Internet, ficando com 42,4% de participação.
Porém, analisando cada meio de forma isolada, como o próprio Cenp-Meios fazia ao longo dos anos, a TV aberta aparece na vice-liderança, em termos de participação, com 36,55%. Já a TV Paga, no geral, deteve 5,79% de share.
A mídia out-of-home (OOH) manteve o terceiro lugar entre os meios que mais angariam verbas publicitárias, com participação de 11,8%. Veja, abaixo, o faturamento de cada um dos meios, reportado pelas 339 agências participantes do painel, bem como a participação de cada um em 2024:
Faturamento dos meios – JAN-DEZ 2024
Meio Valor faturado (em R$ milhões)
Cinema 70.813
Internet 10.462.702
Jornal 365.723
OOH/Mídia Exterior 3.117.016
Rádio 1.046.852
Revista 101.201
Televisão Aberta 9.616.628
TV Paga 1.524.334
Total 26.305.269
Participação de cada meio no bolo publicitário (JAN-DEZ-2024)
Internet 39,8%
TV aberta 36,55%
Mídia Exterior/OOH 11,8%
TV por assinatura 5,79%
Rádio 4.0%
Jornal 1,4%
Revista 0,4%
Cinema 0,3%