Nos artigos que publicamos hoje, matérias sobre Planeta Atlântida, o futuro do trabalho, inovação que vira sucesso na Holanda, robôs que flertam e a Geração que não bebe.
Lembramos que a Coluna do Nenê, com seus comentários, notas e opiniões voltará em fevereiro ou em alguma edição extraordinária. Até lá, fique com os artigos que acreditamos serem os mais pertinentes ao mercado.
O SUL É O NOSSO PALCO
A Coluna do Nenê bateu um papo sobre o maior evento de entretenimento do RS, o Planeta Atlântida, com quem produz e dirige o evento. Eugênio Corrêa, Gustavo Sirotsky e Nathalia de Simoni contam tudo sobre a próxima edição, em uma conversa leve e cheia de histórias de bastidores. Clica AQUI e vem conosco.
Futuro do Trabalho: as Profissões que Mais Crescem e as que Perderão Espaço até 2030
Por FORBES
Até 2030, 170 milhões de novas funções serão criadas e 92 milhões serão eliminadas, resultando em um aumento líquido de 78 milhões de empregos.
É o que mostra o novo estudo do Fórum Econômico Mundial, que destaca os empregos que estarão em alta e os que perderão espaço no futuro do trabalho, além das habilidades mais demandadas no mercado nos próximos cinco anos. O levantamento foi feito em parceria com o núcleo de inovação, inteligência artificial e tecnologias digitais da Fundação Dom Cabral.
Profissões de linha de frente e setores essenciais, como cuidados, educação e construção, devem ter o maior crescimento de vagas até 2030. Já os avanços em IA, robótica e energia renovável provocam um aumento na demanda de funções de especialistas, enquanto continuam tornando dispensáveis funções como caixas, assistentes administrativos e até designers gráficos.
Futuro do trabalho e as habilidades em transformação
O mercado de trabalho passa por uma velocidade de transformações sem precedentes, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças demográficas, tensões geoeconômicas e pressões econômicas. “Tendências como IA generativa estão revolucionando setores, criando oportunidades sem precedentes e riscos profundos”, diz Till Leopold, diretor de trabalho, salários e criação de empregos do Fórum Econômico Mundial.
Com base em dados de mais de mil empresas, o relatório aponta que a lacuna de habilidades gerada por essas mudanças aceleradas já é o principal desafio para mais de 60% das companhias. Segundo o levantamento, cerca de 40% das competências exigidas no mercado hoje devem mudar nos próximos anos.
Se a força de trabalho global fosse um grupo de 100 pessoas, 59 precisariam de requalificação ou aprimoramento das habilidades até 2030. No entanto, o Fórum Econômico Mundial prevê que 11 delas provavelmente não receberão essa formação, o que equivale a mais de 120 milhões de profissionais em risco no médio prazo.
Acompanhando essas transformações, habilidades tecnológicas em IA, big data e cibersegurança serão cada vez mais demandadas. Mas o profissional do futuro é aquele que combina as hard skills com as soft skills, habilidades humanas como criatividade, resiliência, flexibilidade, agilidade.
A IA vai roubar o seu trabalho?
A lacuna de habilidades vai fazer com que quase 80% dos empregadores desenvolvam seus colaboradores com as competências do futuro. Cerca de 50% também devem transferir funcionários de áreas em risco de substituição para outros setores. No entanto, 41% também planejam reduzir a força de trabalho, já que a IA está automatizando tarefas.
O relatório destaca a importância da colaboração entre líderes empresariais, formuladores de políticas públicas e trabalhadores para preparar a força de trabalho e minimizar os riscos de desemprego em diferentes setores e regiões. “Chegou a hora de empresas e governos se unirem, investirem em qualificação e criarem uma força de trabalho global equitativa e resiliente”, afirma Leopold, do Fórum Econômico Mundial.
Supermercado Holandês introduz caixa lento para idosos
Por Arquivo Oculto
O Albert Heijn, uma das maiores e mais conhecidas redes de supermercados da Holanda, adotou uma iniciativa inovadora com o objetivo de combater a solidão entre os idosos. A rede introduziu as caixas lentas, um serviço onde os caixas trabalham de forma mais pausada, permitindo que os idosos possam interagir mais calmamente durante o processo de pagamento. Essa mudança foi pensada para pessoas que, muitas vezes, não têm oportunidade de conversar com outros e acabam se sentindo isoladas. As caixas lentas oferecem um tempo extra para que possam socializar, o que ajuda a melhorar o bem-estar emocional dessas pessoas.
Além das caixas lentas, o Albert Heijn criou um “cantinho do bate-papo”, um espaço onde os moradores podem se encontrar, tomar um café e conversar. Esse ambiente foi pensado para proporcionar uma experiência mais acolhedora e criar uma comunidade mais próxima, especialmente para aqueles que buscam momentos de interação social em meio à rotina.
A ação se mostrou tão eficaz e positiva que foi expandida para 200 lojas da rede, mostrando que a demanda por esse tipo de solução é real e crescente.
Robôs humanoides andam, falam e flertam na CES 2025
Por Nathan Frandino
A indústria de robótica humanoide cresceu muito nos últimos anos, e os consumidores que buscam evidências disso não precisam ir além da CES 2025 em Las Vegas.
Empresas de todos os cantos do mundo vieram para demonstrar sua tecnologia e exibir suas habilidades em robótica para os participantes da feira de tecnologia.Com o crescimento do setor, as empresas estão encontrando seu mercado, definindo suas respectivas metas para onde seus robôs humanoides podem ter melhor desempenho.
O cofundador David Yuan, da IntBot, sediada na Califórnia, não vê o robô Nylo em uma fábrica ou em qualquer grande indústria, mas em um ambiente pessoal entre humanos e robôs. Para esse propósito, a IntBot teve que encontrar maneiras de desenvolver uma personalidade para Nylo e permitir que ele se expressasse criativamente e coloquialmente, em vez de rigidamente e formalmente. Nesse espírito, o robô às vezes parece um pouco sarcástico, quase como um adolescente.
“Você claramente é o mais bonito… De nada, amigo. É sempre um prazer ouvir a verdade”, disse Nylo a um visitante do CES.
Yuan diz que eles usam aprendizado de linguagem multimodal de IA para Nylo e estão tentando descobrir todos os diferentes aspectos da interação entre humanos e robôs. “Por exemplo, linguagens corporais, expressões faciais, contato visual, até mesmo micro expressões. Essas são algumas coisas que as pessoas não têm incentivo para fazer, seja na academia ou nas indústrias, porque não temos um tipo de referência qualitativa desses aspectos”, disse ele.
Enquanto isso, a Pollen Robotics, sediada em Bordeaux, França, continua focada na engenharia e produção de seus robôs humanoides. Depois de criar o Reachy 1 em 2020 e vender cerca de 100 robôs globalmente desde então, a Pollen lançou o Reachy 2 em outubro de 2024, diz Mirasha Samantaray, gerente de desenvolvimento de negócios da Pollen. Eles projetaram o Reachy visando pesquisadores e outros desenvolvedores. Eles o transformaram em uma plataforma de robótica que é facilmente adaptável para IA. “Com o pipeline de aquisição de dados, você pode usá-lo para treinar módulos de IA. Então ele está pronto para IA e não IA generativa – como conhecemos hoje, com ChatGPT e tudo –. [Ele está pronto para] IA incorporada, que será usada no futuro para toda a robótica. Então ele permite que os pesquisadores testem seus modelos em IA e também testem seu código no sentido tradicional de treinar um robô”, diz Samantaray.
Pesquisadores e outros desenvolvedores de robótica humanoide podem personalizar Reachy com suas próprias mudanças, como adicionar mãos com dedos em vez das garras padrão de Pollen, ou adicionar pernas e torná-lo um bípede em vez das rodas de Pollen.
A CES 2025, edição deste ano da Consumer Electronics Show, aconteceu de 7 a 10 de janeiro e é usada para estrear produtos que vão desde novas tecnologias automotivas até gadgets peculiares, além de mostrar novas maneiras de usar inteligência artificial.
Não beber vira tendência na Geração Z e mercado se adequa com novas opções
Por Aline Albuquerque
A Geração Z, dos nascidos entre os anos de 1996 e 2010, ditam tendências não só na internet, mas também na vida real. Esse grupo de jovens tem se diferenciado das gerações anteriores também em relação ao consumo de álcool, que tem sido significativamente menor.
O não interesse nas bebidas alcoólicas é motivado, principalmente, pela busca de bem-estar e qualidade de vida. O estudante de 20 anos Theo Miranda compartilha dessa decisão.
Segundo pesquisa da MindMiners, 55% da geração Z não consome fermentados e destilados por não gostar do sabor nem dos efeitos nocivos do álcool. E, entre as pessoas que bebem, 33% reduziram a ingestão.
Tendência que vai de acordo com o alerta da Organização Mundial da Saúde, de que não há quantidade segura de bebida alcoólica que não prejudique a saúde. Segundo a OMS, no mundo, 3 milhões de pessoas morrem todo ano por abuso do álcool.
A psicóloga neurocientista da Universidade de São Paulo, Andreza Thans, avalia que esse comportamento deve continuar nos próximos anos e que a Geração Z prioriza a saúde mental.
A pesquisadora indica que essa diferença no hábito de consumo dos mais jovens acaba se tornando oportunidade de mercado, para que novos produtos sejam ofertados, como as opções sem álcool.
Na cervejaria Blacaman, em Campinas, eles precisaram adaptar o cardápio para atender esse público crescente. Investiram em cinco opções de drinks sem álcool, mas que não deixam a desejar no sabor em relação aos demais. O chefe de bar Pedro Bonavita conta que a iniciativa é recente, sendo os jovens o principal público consumidor.
Apesar da tendência entre os mais jovens, o Centro de Informações sobre Saúde do Álcool (CISA) divulgou que 45% dos brasileiros ingerem bebida alcoólica em festas, eventos sociais e até mesmo em casa e cerca de 20% consome uma vez por semana ou a cada 15 dias.