Nos artigos que publicamos hoje você vai ler, a geração que revolucionou o mkt, as duas marcas brasileiras que aparecem entre as 500 maiores do mundo, Pepsi a número 2, o Papa e a comunicação, etarismo na publicidade, bitcoin em queda, a IA que afeta os mercados, a idade adulta da Geração Z, o financiamento brasileiro que chocou o mundo, a revolta dos brasileiros com o Le Monde, o poder transformador do propósito, não é todo mundo que quer carros elétricos e a geração mais endividada de todas.
Lembramos que a Coluna do Nenê, com seus comentários, notas e opiniões voltará em março, junto com o nosso novo visual, novas cores e muito conteúdo exclusivo ou em alguma edição extraordinária. Até lá fique com os artigos que acreditamos serem os mais pertinentes ao mercado.
Como a Geração Z Revolucionou o Consumo e a Produção de Conteúdo e o Impacto no Marketing!
Por Academia Dgital
A Geração Z chegou para desafiar tudo o que sabíamos sobre comportamento de consumo e produção de conteúdo.
Nascidos em um mundo hiperconectado, eles criaram novas regras, redefiniram prioridades e transformaram o marketing.
Está pronto para entender como essa geração pode revolucionar sua estratégia?
Continue lendo esse blog que iremos te levar ao universo da geração Z e como você e sua marca podem encantar esse grupo de novos consumidores!
Quem é a Geração Z? A geração que vive no agora
Imagine uma geração que nasceu no ritmo acelerado do mundo digital, onde tudo acontece em tempo real e o amanhã parece distante demais para esperar.
Essa é a Geração Z: conectada, impaciente e totalmente adaptada a um universo onde o “agora” é o único tempo que importa.
Eles não seguem tendências — eles as criam. E suas escolhas, tanto como consumidores quanto criadores, estão redefinindo o que significa viver, interagir e consumir no século XXI.
Crescendo em um mundo digitalizado
A Geração Z nasceu com um smartphone na mão. Diferente de qualquer geração anterior, eles não precisaram se adaptar à tecnologia — eles cresceram imersos nela.
Isso moldou seus hábitos de consumo: imediatismo, agilidade e preferência por soluções digitais.
Quer chamar a atenção deles? Esteja onde eles estão: nas redes sociais, em aplicativos intuitivos e em plataformas que entregam experiências instantâneas.
O que move a Geração Z? Emoção, propósito e autenticidade
Para essa geração, não basta um produto — ele precisa ter um propósito.
Eles se conectam emocionalmente com marcas que defendem causas, sejam autênticas e mostrem vulnerabilidade.
É por isso que grandes campanhas só funcionam se houver verdade e empatia. E isso se reflete em todas as suas escolhas de consumo.
O Novo Funil de Marketing Criado pela Geração Z
A jornada do consumidor evoluiu com a Geração Z, rompendo com os modelos tradicionais de funil de marketing.
Esta geração, que vive imersa nas redes sociais e no digital, não segue mais um caminho linear ao tomar decisões de compra.
Em vez de se limitar a uma simples sequência de descoberta, consideração e compra, a Geração Z atravessa diversas etapas simultaneamente e de forma dinâmica.
Agora, entender como cada uma dessas fases influencia seu comportamento de compra é crucial para marcas que buscam se conectar genuinamente com esse público.
Inspiração: O Início da Jornada
Para a Geração Z, a busca por inspiração é muitas vezes iniciada nas redes sociais. Plataformas como Instagram, TikTok e Pinterest são as fontes primárias para descobrir novas tendências, produtos e marcas.
Ao contrário de outras gerações, essa geração é muito mais propensa a usar essas ferramentas como mecanismos de busca, o que amplia suas opções e influencia diretamente suas decisões de compra.
As marcas precisam ser visíveis nesse espaço e oferecer conteúdo autêntico que se alinhe com os valores e interesses dessa geração.
O que fazer: No estágio de inspiração, é essencial que as marcas se conectem com seu público por meio de conteúdo visual e criativo que gere curiosidade e desejo. Invista em imagens impactantes, vídeos curtos e influenciadores que compartilhem valores semelhantes aos da sua marca. Além disso, lembre-se de que o conteúdo precisa ser interativo e fácil de compartilhar.
Exploração: Construindo Confiança e Credibilidade
Após a inspiração, a Geração Z entra na fase de exploração, onde a confiança na marca é fundamental.
Eles não compram impulsivamente. Antes de tomar qualquer decisão, os jovens dessa geração realizam uma pesquisa aprofundada sobre os produtos, comparando preços, analisando resenhas e verificando a autenticidade das informações. Isso reflete um desejo de transparência e informações precisas sobre o que estão adquirindo.
O que fazer: Durante a exploração, é essencial fornecer dados claros sobre seus produtos ou serviços, como ingredientes, materiais e métodos de produção. Isso pode ser feito por meio de vídeos demonstrativos, posts educativos, FAQs detalhados e resenhas de clientes. A confiança será construída com base na transparência e na sinceridade.
Comunidade: Criando uma Conexão Duradoura
A lealdade da Geração Z não é mais baseada apenas em transações. Em vez disso, eles buscam pertencimento a uma comunidade, sentindo que fazem parte de algo maior do que o simples consumo.
Eles se identificam com marcas que promovem um sentido de inclusão, autenticidade e valores compartilhados. Para essa geração, ser “legal” e inovador é mais importante do que a oferta de produtos exclusivos.
O que fazer: As marcas devem criar um ambiente onde os consumidores se sintam parte de uma comunidade. Isso pode ser feito através de campanhas interativas, grupos nas redes sociais, eventos online e offline, e até mesmo no desenvolvimento de conteúdos colaborativos. Envolver a Geração Z em uma comunidade fortalece a lealdade e aumenta as chances de recomendação.
Lealdade: Uma Relação Recíproca e Duradoura
Na fase de lealdade, a Geração Z redefine o conceito de fidelidade à marca. Para eles, lealdade não é apenas sobre compras recorrentes, mas sobre como a marca os trata e os valoriza.
Eles esperam benefícios antes mesmo de se tornarem clientes, como acesso a conteúdo exclusivo ou reconhecimento nas redes sociais. A lealdade é construída pela troca constante, onde a marca se compromete a oferecer valor em diferentes formas.
O que fazer: Para manter a lealdade, as marcas precisam ir além das transações. Ofereça benefícios como descontos para seguidores nas redes sociais, conteúdos exclusivos ou até mesmo oportunidades para os consumidores interagirem diretamente com a marca. A chave é criar uma relação de reciprocidade, onde a Geração Z se sinta valorizada e parte de algo relevante, não apenas uma consumidora.
Este novo funil de marketing, alimentado pela Geração Z, não é apenas uma mudança na forma de consumir conteúdo e produtos, mas uma revolução no relacionamento entre marcas e consumidores.
A chave para se conectar com esse público é estar presente em todos os pontos de sua jornada, oferecendo conteúdo autêntico, confiança e, acima de tudo, construindo uma comunidade ao redor de sua marca.
A Nova Era da Produção de Conteúdo: O que a Geração Z Quer Consumir?
A Geração Z, formada por indivíduos que cresceram em um mundo digital, está redefinindo o consumo de conteúdo e desafiando as estratégias de marketing convencionais.
As marcas precisam entender suas preferências e como elas impactam diretamente as escolhas de compra e o relacionamento com os consumidores.
Vejamos algumas das principais tendências e como as empresas podem se adaptar a esse novo cenário.
Micro-influenciadores e o poder da conexão real
Ao contrário de outras gerações que eram atraídas por grandes celebridades e mega influenciadores, a Geração Z busca autenticidade e proximidade.
Para eles, micro-influenciadores – aqueles com um número menor de seguidores, mas com um público mais engajado e fiel – são vistos como figuras mais reais e acessíveis.
Esses influenciadores criam conexões mais fortes com suas audiências porque compartilham valores, experiências e estilos de vida semelhantes ao seu.
Dica importante
Para as marcas, o foco deve ser em influenciadores locais ou nichados que realmente se alinhem aos seus valores e ao seu público-alvo. Isso cria uma experiência mais genuína e relevante, resultando em maior confiança e lealdade.
Ao invés de optar por grandes nomes com audiências massivas, investir em micro-influenciadores pode ser uma forma mais eficaz de estabelecer uma comunicação autêntica e eficaz.
Vídeos Curtos, Impactos Duradouros: TikTok e Além
A Geração Z é conhecida pela sua capacidade de consumir conteúdo de forma rápida e dinâmica. Eles preferem vídeos curtos – como os do TikTok e Reels – que entregam mensagens rápidas e impactantes.
Em um mundo onde a atenção é escassa, estes formatos exigem que as marcas criem conteúdos concisos, criativos e visualmente atraentes, capazes de capturar a atenção em poucos segundos.
Para as marcas, isso significa que a produção de conteúdo precisa ser repensada. O marketing no formato de vídeos curtos não é apenas sobre ser rápido, mas também sobre ser relevante e criativo.
Marcas que conseguem entregar um conteúdo direto ao ponto, que surpreende e provoca a audiência, tendem a se destacar. Além disso, a criatividade e a originalidade são essenciais para fazer com que a mensagem se destaque em meio a tanto conteúdo digital.
Interatividade e Personalização como Pilares
A Geração Z não quer apenas consumir passivamente o conteúdo; ela deseja interagir com ele. Eles querem ser parte da história, influenciar as narrativas e se envolver ativamente com as marcas.
Quizzes, enquetes, desafios e experiências gamificadas são algumas das ferramentas que transformam o público de espectadores em participantes, permitindo que eles influenciem o conteúdo ou se sintam parte de uma comunidade.
Estratégias de Neuromarketing para Conquistar a Geração Z
Para se destacar e conquistar esse público, as empresas precisam entender como o cérebro dessa geração funciona, especialmente no que diz respeito aos gatilhos emocionais que influenciam suas decisões de compra.
O neuromarketing oferece ferramentas poderosas para criar campanhas que falam diretamente com suas necessidades e desejos mais profundos.
Vamos explorar algumas dessas estratégias, com exemplos práticos, para ajudar sua marca a se conectar de forma eficaz com a Geração Z.
O Gatilho do Pertencimento: Seja Parte da Conversa
A Geração Z valoriza a inclusão e o senso de pertencimento. Eles querem ser ouvidos e se sentir parte de algo maior. Portanto, para cativá-los, é essencial que as marcas criem campanhas que coloquem esse público no centro da ação.
Em vez de apenas vender um produto, as empresas devem buscar criar um diálogo contínuo com seus consumidores, oferecendo oportunidades para que eles se expressem e se sintam representados.
Por exemplo uma marca de roupas pode lançar uma linha de produtos que dê destaque à diversidade, com modelos de diferentes etnias e corpos, ou até mesmo permitir que os próprios consumidores participem do design de uma nova coleção por meio de uma votação nas redes sociais.
Ao envolver a Geração Z nesse processo, a marca cria um sentimento de pertencimento, o que fortalece o vínculo emocional com a audiência.
FOMO (Fear of Missing Out): O Que Eles Não Podem Perder?
O conceito de FOMO (medo de estar perdendo algo) é um dos maiores gatilhos emocionais que a Geração Z experimenta.
Eles são bombardeados constantemente com informações e ofertas e, por isso, têm um medo natural de perder oportunidades exclusivas.
Esse gatilho pode ser explorado por marcas ao criar experiências e produtos temporários, limitados ou exclusivos que despertam a necessidade de agir rapidamente.
Exemplo prático: Uma marca de cosméticos pode lançar uma edição limitada de um produto com embalagem especial, e a promoção só estará disponível por um tempo determinado ou até acabar o estoque. A comunicação pode incluir mensagens como “Só até hoje!” ou “Últimas unidades!”, criando urgência e fazendo com que a Geração Z sinta que precisa agir para não perder a oportunidade.
Dopamina e Recompensas Instantâneas
A dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e recompensa, desempenha um papel fundamental nas decisões de compra da Geração Z.
Eles são motivados por recompensas rápidas e gratificantes, e as marcas podem aproveitar esse desejo criando experiências gamificadas e programas de fidelidade que proporcionem benefícios instantâneos.
Exemplo para você aplicar: Um aplicativo de moda pode oferecer um sistema de pontos para cada compra realizada ou interação com a marca, como compartilhar uma postagem nas redes sociais ou escrever uma avaliação de produto. Cada vez que o usuário acumula pontos, ele recebe descontos ou benefícios exclusivos. Esse tipo de recompensa instantânea ativa a dopamina, criando uma experiência positiva que mantém o consumidor engajado e leal à marca.
O Impacto da Geração Z no Futuro do Marketing
A Geração Z, que já é um dos maiores consumidores do mercado, está reformulando a forma como as marcas se comunicam e se relacionam com seus públicos.
Com suas expectativas altas e a exigência de uma conexão mais autêntica e significativa com as marcas, essa geração está transformando o marketing de uma simples ferramenta de venda para uma experiência de troca e valorização mútua.
Vamos explorar como as expectativas da Geração Z impactam o marketing, trazendo novas demandas para marcas e transformando a maneira como elas operam.
A Evolução do Papel das Marcas: De Vendedores a Aliados
Para a Geração Z, as marcas não são apenas fontes de produtos ou serviços; elas devem ser parceiras na jornada do consumidor.
Essa geração busca mais do que simples transações comerciais — ela quer que as marcas a ajudem a crescer, se divertir e aprender.
As marcas precisam se posicionar como educadoras e aliadas, oferecendo conteúdo relevante, divertindo com experiências criativas e empoderando com ações que promovam o autoconhecimento e o desenvolvimento.
Isso significa que, ao invés de apenas focar em promover ofertas, as empresas devem criar estratégias que compartilhem conhecimento, como tutoriais, workshops ou conteúdos educativos que atendam às necessidades e aos interesses de seus consumidores.
Isso fortalece a relação e torna a marca indispensável no cotidiano da Geração Z.
O Ciclo da Reciprocidade: O Que Eles Esperam em Troca
A Geração Z é exigente em relação ao que as marcas oferecem e, em troca, espera algo significativo.
Eles não se sentem motivados a fazer parte de uma marca apenas por um desconto ou um presente.
O valor que procuram vai além do preço do produto — está relacionado à autenticidade, ao impacto social e ao valor agregado das interações.
Para essa geração, a reciprocidade é fundamental: eles querem saber como suas ações estão sendo reconhecidas e o que estão ganhando em troca da sua lealdade.
Marcas que não oferecem um retorno genuíno, seja através de conteúdo relevante, recompensas, ou ações que impactam positivamente a sociedade, tendem a ser ignoradas pela Geração Z.
É fundamental para as marcas entenderem que o relacionamento deve ser baseado em troca, o que significa que cada interação deve ser pensada de forma a proporcionar valor real para o consumidor, seja na forma de educação, entretenimento ou incentivo à participação em causas sociais.
Sustentabilidade e Impacto Social: O Que Não Pode Faltar
A Geração Z cresceu em um mundo onde as questões ambientais e sociais são mais visíveis do que nunca.
A sustentabilidade e o impacto social não são mais questões opcionais ou meras estratégias de marketing, mas expectativas centrais.
Para conquistar a confiança dessa geração, as marcas precisam demonstrar que se preocupam com o planeta, com as causas sociais e com a ética em suas práticas de produção e operação.
O marketing agora precisa ser mais consciente. As marcas não podem mais ignorar a sustentabilidade e o impacto social.
Devem ser transparentes e mostrar como estão contribuindo para causas ambientais, sociais e éticas. Isso pode ser feito por meio de práticas de produção responsáveis, ações de apoio a causas importantes ou mesmo a incorporação de valores éticos nas campanhas publicitárias.
Quando uma marca se posiciona de forma genuína sobre essas questões, ela não só atrai consumidores, mas também conquista a lealdade de uma geração que valoriza ações que vão além do lucro imediato.
Apenas duas marcas brasileiras aparecem entre as 500 mais valiosas do mundo
Por Christian Stahler Padilha
A nova edição do ranking da Brand Finance revelou que apenas duas marcas brasileiras figuram entre as 500 mais valiosas do mundo. O Itaú e o Banco do Brasil são os únicos representantes do país na lista, o que reforça a concentração de valor em empresas do setor financeiro.
Enquanto gigantes globais como Apple, Microsoft e Google dominam as primeiras posições, as marcas brasileiras ainda enfrentam desafios para aumentar sua relevância internacional e fortalecer sua presença no cenário global.
Itaú lidera entre as marcas brasileiras
Itaú e Banco do Brasil são as únicas marcas brasileiras no ranking das 500 mais valiosas do mundo, segundo a Brand Finance. (Foto: chaofann/Getty Images Signature)
O Itaú ocupa a 274ª posição no ranking, sendo a empresa brasileira mais bem colocada. A marca foi avaliada em US$ 8,6 bilhões (R$ 50,8 bilhões), registrando um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Apesar da valorização, o banco caiu 11 posições na lista.
A Brand Finance destaca que a força da marca Itaú está ligada à sua ampla presença no mercado doméstico e à diversificação de seus serviços, que incluem banco de varejo, investimentos e gestão de patrimônio. Segundo o relatório, a estabilidade financeira do Itaú reforça sua credibilidade e valor de marca.
Banco do Brasil recua no ranking
O Banco do Brasil aparece em 467º lugar, com um valor de marca estimado em US$ 5,2 bilhões (R$ 30,8 bilhões). No entanto, a instituição caiu 36 posições na comparação com o ano anterior e registrou uma desvalorização de 4%.
Mesmo com a queda, o relatório ressalta que o BB mantém um status sólido como um dos bancos mais tradicionais do país.
Seu perfil estatal garante estabilidade e confiabilidade no mercado, o que contribui para a manutenção de sua marca entre as mais valiosas do mundo.
Domínio das gigantes internacionais
As marcas mais valiosas do mundo continuam sendo dominadas por empresas de tecnologia e varejo dos Estados Unidos. O ranking é liderado pela Apple (US$ 574,5 bilhões / R$ 3,42 trilhões), seguida por Microsoft (US$ 461,1 bilhões / R$ 2,74 trilhões) e Google (US$ 413 bilhões / R$ 2,46 trilhões).
O setor bancário tem a maior representatividade no ranking global, com 12,7% das marcas listadas. O varejo aparece logo atrás, com 11,4%, seguido pelo setor de mídia, com 10,3%.
Pepsi continua sendo a número 2
Por Fernando Röhsig via LinkedIn
Sempre lembrar os clientes sobre quais são as entregas que as marcas prometem.
O humanizado em diferentes perspectivas (I.A.).
Vale ler AQUI!
Papa: a comunicação católica é para todos, é um ato de amor
Por Bianca Fraccalvieri
No encerramento do Jubileu dos Comunicadores, o Papa recebeu na manhã desta segunda-feira os presidentes das Comissões Episcopais da Comunicação e assessores de imprensa das Conferências Episcopais.
Mais do que indicações, o discurso do Papa foi um convite a um exame de consciência através de vários interrogativos para refletir sobre como a Igreja comunica atualmente.
Francisco então começa: de que modo semeamos esperança em meio a tanto desespero? Como lidamos com o vírus da divisão que ameaça as nossas comunidades? A nossa comunicação é acompanhada pela oração? Ou comunicamos a Igreja adotandosomente as regras do marketing empresarial?
E continua: como indicamos uma perspectiva diferente em relação a um futuro que ainda não foi escrito?
“Gosto desta expressão: escrever o futuro. Cabe a nós escrever o futuro. Sabemos comunicar que esta esperança não é uma ilusão? A esperança nunca decepciona, mas sabemos comunicar isso? Sabemos comunicar que a vida dos outros pode ser mais bela também através de nós? Eu posso contribuir a dar beleza à vida dos outros? E sabemos comunicar e convencer que é possível perdoar? É muito difícil isso.”
Para o Pontífice, a comunicação cristã é mostrar que o Reino de Deus está próximo: aqui, agora, e é como um milagre que pode ser vivido por cada pessoa, por cada povo. Um milagre que deve ser contado oferecendo chaves de leitura para olhar além do banal, do mal, dos preconceitos, dos estereótipos, de si mesmo.
O desafio é grande, afirma o Papa, encorajando os presentes a reforçarem a sinergia entre si, seja em nível continental, seja universal. Comunicar construindo pontes é uma alternativa às novas torres de Babel. “Pensem nisso. As novas torres de Babel: todos falam e não se entendem.”
Comunicar juntos e em rede
Para responder a todos esses interrogativos, o Pontífice indica duas palavras: “juntos” e “rede”.
Somente juntos é possível comunicar a beleza do encontro com Cristo e semear esperança. “Não se esqueçam disto: semear esperança.” Comunicar, prosseguiu, não é uma tática nem uma técnica, “comunicar é um ato de amor”. Somente um ato de amor gratuito tece redes de bem, redes que devem ser reparadas todos os dias.
Rede, aliás, não é uma palavra ligada à civilização digital. Antes das redes sociais já havia as redes dos pescadores e o convite de Jesus a Pedro a se tornar pescadores de homens.
“Pensemos então o que podemos fazer juntos graças aos novos instrumentos da era digital, graças também à inteligência artificial, se ao invés de transformar a tecnologia em um ídolo, nos comprometêssemos mais a fazer rede. Eu lhes confesso uma coisa: mais do que a inteligência artificial, me preocupa aquela natural, aquela inteligência que nós devemos desenvolver.”
O segredo da força comunicativa da Igreja é fazer rede e ser rede, disse ainda o Papa, ao invés de se entregar às sirenes estéreis da autopromoção. O maior milagre de Jesus não é a rede cheia de peixes, mas não deixar que os pescadores fossem vítimas da desilusão e do desencorajamento. “Por favor, não cair na tristeza interior. Não perder o sentido do humorismo que é sabedoria, sabedoria de todos os dias.”
A comunicação católica é para todos, recordou Francisco. Não é uma “seita para falar entre nós”. É o espaço aberto de um testemunho que sabe ouvir e interceptar os sinais do Reino.
Por fim, mais uma interrogação: nossos escritórios, relações, redes são realmente de uma Igreja em saída?
A Igreja deve sair de si mesma, concluiu o Santo Padre, oferecendo como imagem a narração do Apocalipse, em que o Senhor bate à porta para entrar. “Mas agora, muitas vezes o Senhor bate a partir de dentro porque nós, cristãos, o deixemos sair. E nós muitas vezes o prendemos somente para nós. Devemos deixar sair o Senhor, bate à porta para sair, e não ‘escravizá-lo’ para o nosso trabalho”.
Participação da CNBB
Estava presente no encontro presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo (SP), que comenta este Jubileu da comunicação.
Etarismo na publicidade
Assim como em todo o mercado de trabalho, a propaganda abre pouco espaço para os profissionais 50+. Quando as pessoas chegam a uma certa idade, já começam a se preocupar com uma possível substituição na empresa ou enfrentam muito mais dificuldade para encontrar um trabalho na disputa com os mais jovens. A barreira aumenta ainda mais quando se chega aos 60 anos.
Definitivamente, não deveria ser desse jeito. Os profissionais mais velhos têm a seu favor a experiência no currículo. No caso de um criativo, por exemplo, o repertório é um fator que conta muito na hora de ter uma ideia e desenvolver o projeto buscando referências na vivência mesmo. Além disso, tem a questão da troca geracional.
Em matéria nesta edição, líderes ouvidos pela reportagem reconhecem a importância estratégica que os 50+ oferecem, com diversidade de experiências para agregar perspectivas na resolução de problemas e maturidade na tomada de decisões. Mas a realidade nas agências é outra. O percentual de seniores é muito pequeno.
Na VML, uma das poucas agências que abriram esse número, a população 46+ representa 10% do total do time. “Seguimos monitorando e buscando o equilíbrio. Isso nos permite aproveitar a diversidade de perspectivas que diferentes gerações trazem. Ao construir equipes que incluam pessoas com diferentes trajetórias de carreira, teremos mais pontos de vista e, como resultado, uma visão mais estratégica e soluções inovadoras”, diz Camila Arruda, chief people officer da agência.
Provavelmente, as empresas ainda não se deram conta de que a expectativa de vida aumentou nos últimos anos e haverá cada vez mais idosos no Brasil.
As projeções de população do IBGE mostram que, de 2000 para 2023, a proporção de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. O total passou de 15,2 milhões para 33 milhões, no período. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos, o que corresponderá a 75,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.
Na publicidade, talvez uma das vantagens para os chamados silver heads é que eles
conseguem atuar como especialistas e muitas vezes de forma mais consultiva, como autônomos ou independentes. “Mas a realidade da demografia brasileira vai exigir que as instituições avaliem como incorporar e manter esses perfis”, completa a executiva da VML.
Presente em toda a sociedade, o etarismo torna invisíveis talentos com ideias alinhadas aos anseios de uma parte importante dos consumidores.
“Com o crescimento da população 50+, essa faixa etária representa não apenas um grupo demográfico relevante, mas também um recurso valioso para atender às demandas de um mercado cada vez mais diverso e em transformação”, pontua Paula Molina, diretora de recursos humanos da agência WMcCann, que considera ter colaboradores da geração 50+ como fundamental para as organizações.
A conquista do Globo de Ouro de melhor atriz por Fernanda Torres pela atuação no filme ‘Ainda estou aqui’, dirigido por Walter Salles, que também foram indicados ao Oscar em três categorias, é um exemplo de como a vitalidade não vem só dos jovens.
“Olha, agora mesmo aconteceu a premiação do Globo de Ouro e Fernanda Torres tem 59 anos, Walter Salles tem 68, Selton Mello 52 (que também atua no filme) e seguem brilhando. É a prova de que a experiência não é antagônica ao frescor. Pelo contrário. E outra, eles vêm sendo bons desde que nasceram na profissão. Quem é bom, é bom”, analisa Manir Fadel, CEO e CCO da Grey Brasil.
Por outro lado, o mercado avalia que os seniores precisam se manter atualizados em relação às novas tecnologias, uma vantagem largamente atribuída aos mais jovens. Mas vale lembrar que a troca de experiências é o que enriquece um time.
Frase: “Nos Estados Unidos, o impossível é o que fazemos de melhor” (Donald Trump, 20/1/2025)
Bitcoin cai abaixo de US$ 100 mil com impacto de IA chinesa nos mercados globais
Por Bloomberg
O Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas despencaram nesta segunda-feira (27) com o surgimento de um novo modelo de inteligência artificial (IA) chinês que desencadeou uma liquidação global de ativos de risco.
A principal criptomoeda caiu até 6,5% na manhã de segunda-feira, registrando sua maior queda intradiária desde 6 de dezembro. Tokens menores sofreram perdas ainda mais acentuadas, com XRP recuando 9% e Solana (SOL) caindo em proporção semelhante. A desvalorização no mercado cripto acompanhou a fraqueza nos mercados de ações, especialmente nos futuros de tecnologia dos EUA.
Os traders de cripto ignoraram, até agora, a ordem executiva de Donald Trump para apoiar a indústria na semana passada, logo após seu retorno à Casa Branca. Segundo analistas, os preços já refletiam essa medida. No entanto, temores de que o modelo de IA da startup chinesa DeepSeek possa afetar as avaliações de empresas de tecnologia contribuíram para o movimento de aversão ao risco nesta segunda-feira.
“O modelo chinês de linguagem ampla (LLM) representa uma ameaça potencial aos mercados de ações dos EUA, ao perturbar a dominância americana em IA com sua eficiência de custos e tecnologia open-source inovadora”, afirmou a QCP Asia em um relatório. “Agora a questão é: como Trump retaliará?”
A queda ocorre após o presidente ordenar na sexta-feira (24) a criação de um grupo de trabalho para aconselhar a Casa Branca sobre políticas relacionadas a criptoativos. A medida fazia parte de uma aguardada ação executiva que deu ao grupo seis meses para propor um marco regulatório para ativos digitais nos EUA, além de avaliar a criação de uma reserva de criptoativos. No entanto, a ordem não confirmou o estabelecimento de uma reserva nacional de Bitcoin — algo prometido por Trump durante sua campanha.
Uma imagem de desenho animado do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, com tokens de criptomoeda, retratada em frente à Casa Branca para marcar sua posse, exibida em uma loja Coinhero em Hong Kong, China, na segunda-feira, 20 de janeiro de 2025. O Bitcoin atingiu uma alta histórica enquanto os EUA se preparam para empossar o presidente eleito pró-cripto Donald Trump. Fotógrafo: Paul Yeung/Bloomberg
“Embora o mercado tenha recebido 90% do que esperava com as ordens executivas, isso já estava, evidentemente, precificado”, disse Sean McNulty, chefe de derivativos da FalconX na região Ásia-Pacífico. Qualquer coisa que não fosse uma reserva de Bitcoin que imediatamente começasse a comprar BTC traria decepção, acrescentou.
O mercado de criptoativos reagiu com modéstia à ordem executiva em 24 de janeiro, registrando pequenos ganhos após o anúncio. O Bitcoin acumula alta de mais de 50% desde a vitória de Trump em novembro. Antigo cético em relação às criptomoedas, Trump mudou de posição durante a campanha, em parte devido ao aumento do envolvimento da indústria nas eleições, por meio de doações políticas expressivas. Ele prometeu transformar os EUA no principal centro mundial de criptoativos e, em dezembro, nomeou o investidor de risco David Sacks como czar de IA e criptoativos.
A postura pró-cripto de Trump ficou evidente nos dias que antecederam sua posse, em 20 de janeiro, quando ele e sua esposa Melania lançaram memecoins — tokens altamente voláteis com valor intrínseco questionável.
“Após uma sequência de notícias otimistas — como nomeações regulatórias pró-cripto, novos pedidos de ETFs e ordens executivas — o mercado parece estar recuperando o fôlego”, disse Justin d’Anethan, chefe de vendas da Liquifi, uma consultoria de lançamento de tokens.
Enquanto isso, as ações asiáticas subiram no início do pregão de segunda-feira, mesmo com o ressurgimento de temores de guerra comercial, após Trump impor sanções à Colômbia por rejeitar voos de deportação dos EUA devido a questões de direitos humanos. A preocupação de que o modelo da DeepSeek possa abalar o setor tecnológico “se espalhou para os futuros e também impactou os ativos digitais”, afirmou Jonathan Yark, trader quantitativo sênior da Acheron Trading.
O Bitcoin era negociado a cerca de US$ 99.200 às 8h30 de segunda-feira.
DeepSeek: a inteligência artificial chinesa que superou o ChatGPT e afeta os mercados
Por Yuri Ferreira
Neste fim de semana, o aplicativo de inteligência artificial mais baixado na App Store não foi o ChatGPT, o Copilot ou o Perplexity. Foi o DeepSeek.
Ao contrário dos concorrentes, o DeepSeek não é ocidental: é um aplicativo chinês que funciona em inglês e promete uma tecnologia mais barata, eficiente e de código aberto.
A notícia fez com que as ações da Nvidia despencassem 12% hoje na Bolsa de Valores de São Paulo, um sinal de enfraquecimento das tecnologias de inteligência artificial estadunidenses.
O que é o DeepSeek?
A inteligência artificial da DeepSeek foi criada pelos chineses com foco na redução de custos e na eficiência. A ideia era elaborar um modelo tão poderoso quanto as IAs ocidentais, mas com menor demanda energética e computacional.
E deu certo: o diferencial da DeepSeek está em sua eficiência. Seu sistema “Mixture-of-Experts” ativa apenas 37 bilhões de parâmetros de um total de 671 bilhões para cada tarefa, reduzindo drasticamente os custos operacionais.
Com custos até 95% menores que os do GPT-4, a DeepSeek amplia o acesso à IA em áreas como desenvolvimento de software, educação e negócios, mantendo um foco ético e social.
De acordo com a empresa, o custo para treinar o modelo R1 – um dos disponíveis para uso gratuito – foi de US$ 5,6 milhões. Esse valor não inclui despesas relacionadas à pesquisa e desenvolvimento, mas ainda é consideravelmente inferior aos US$ 100 milhões a US$ 1 bilhão mencionados no ano passado pelo CEO da empresa americana Anthropic como necessários para desenvolver um modelo semelhante.
E por que a queda das IAs americanas?
A resposta chinesa ao sistema de IA colocou em questionamento a eficiência dos unicórnios de inteligência artificial ocidentais. Além disso, o fato de ser uma tecnologia de código aberto levanta mais dúvidas sobre a transparência de outras inteligências artificiais.
Como o modelo chinês utilizou chips consideravelmente menos potentes para ser treinado, as ações da Nvidia (-12%) – principal produtora de chips dos EUA – e da TSMC (-11%) – fornecedora de chips de Taiwan – caíram drasticamente, impactando as expectativas futuras sobre o mercado de semicondutores.
Geração Z acredita que a vida adulta não começa aos 18 anos — e isso mostra como os tempos estão mudando
Por Ketlyn Ribeiro
Atingir a idade adulta na maioria dos países, pelo menos legalmente, significa fazer 18 anos, mas a Geração Z não acha que esse seja o caso para eles. De acordo com um estudo recente, 71% dos entrevistados acreditam que a vida adulta é mais complicada hoje do que era há 30 anos. Para a Geração Z, a percepção desse marco na vida é completamente diferente daquela a que estávamos acostumados.
A pesquisa refletida no estudo Adulthood Across Generations coletou as avaliações de 2 mil pessoas diferentes, distribuídas uniformemente por várias gerações, incluindo, é claro, a Geração Z e sua perspectiva de mudança ao chegar à idade adulta. Para todas elas, em maior ou menor grau, a chave para o nosso futuro está no aumento do custo de vida.
A idade adulta de acordo com a Geração Z
56% dos entrevistados reconheceram que chegar à idade adulta significa ser capaz de assumir suas próprias despesas, enquanto 45% se referiram a ser financeiramente independente sem a ajuda dos pais ou parentes. Para 46% deles, isso se resume a ter condições financeiras de sair da casa dos pais e começar a criar sua própria vida. Com isso em mente, é fácil entender por que a Geração Z não vê mais os 18 anos como o salto para a vida adulta.
Com 42% dos entrevistados reconhecendo que a vida adulta é muito mais difícil do que esperavam, e 11% dizendo que nem sequer se consideram adultos de verdade depois dessa idade-chave, a Geração Z acredita que as mudanças em torno das novas gerações prolongaram o processo de se tornarem adultos até por volta dos 27 anos, quando muitos deles são capazes de assumir esse ônus financeiro de forma independente.
No entanto, embora o estudo mostre que a Geração Z considera que aspectos como comprar uma casa, ter filhos ou alcançar estabilidade financeira estão fora de seu alcance, de acordo com os votos de 45 a 55% dos entrevistados, é surpreendente que eles sejam os mais preocupados com seu futuro. O estudo reflete que houve um aumento nos planos de aposentadoria e nas apólices de seguro que, no caso da Geração Z, começa por volta dos 22 anos, enquanto as gerações anteriores, como a dos Boomers, não consideravam essa possibilidade até os 34 anos.
Brasil chocou o mundo ao financiar com investimentos de mais de R$ 6 bilhões as obras de construção da Usina Siderúrgica, Estaleiro e metrô na Venezuela
Por Thaís Souza
Na década de 90, sob a administração de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil iniciou o financiamento da construção e expansão dos sistemas de metrô na Venezuela. Através do BNDES, foram disponibilizados R$ 2,2 bilhões de investimento para empresas brasileiras, como a Odebrecht, desenvolverem projetos internacionais.
Os metrôs de Caracas e Los Teques, financiados pelo BNDES, prometiam facilitar o transporte de milhões de passageiros. Caracas, com seu sistema lançado em 1983 e ampliado ao longo dos anos, conta com 48 estações e mais de 70 quilômetros de extensão. Los Teques, embora menor, também recebeu uma significativa extensão de linha.
Outro projeto bilionário financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Venezuela foi a construção da Usina Siderúrgica Nacional, tocada pela empreiteira Andrade Gutierrez. A obra teve um empréstimo de US$ 865 milhões contratado em 2010. Em meio às investigações da Operação Lava Jato, o financiamento foi suspenso.
Contudo, a crise econômica venezuelana e os escândalos de corrupção envolvendo a Odebrecht, especialmente revelados pela Operação Lava Jato, comprometeram a continuidade e a conclusão dos projetos. As revelações incluíam enormes quantias em propinas e financiamentos ilegais para campanhas presidenciais venezuelanas, complicando ainda mais a situação.
O investimento brasileiro nos metrôs venezuelanos destaca-se não apenas pelo montante, mas também pela oportunidade perdida de aplicar tais recursos em melhorias de infraestrutura dentro do próprio Brasil. O atraso nas obras e a dificuldade da Venezuela em cumprir seus compromissos financeiros deixam uma mancha na política externa e econômica brasileira.
Venezuela acumula uma dívida bilionária com o BNDS
Desde 2010, a Venezuela enfrenta uma grave crise econômica, dificultando honrar seus compromissos financeiros com o Brasil. Isso inclui o pagamento pelo desenvolvimento dos projetos de metrô, que fazem parte de uma dívida maior que ultrapassa 6 bilhões de dólares.
Comparando com as necessidades brasileiras, onde o déficit em transporte público ultrapassa 850 quilômetros em metrô e trens, a decisão de financiar tais projetos externos gera questionamentos sobre as prioridades e a gestão de recursos públicos.
Enquanto o Brasil continua a lidar com atrasos em receber os pagamentos devidos pelos projetos, a história dos metrôs financiados na Venezuela serve como um exemplo cautelar sobre os riscos de grandes investimentos internacionais sem garantias adequadas de retorno ou de benefício direto para a população brasileira. O debate sobre a eficácia e as motivações por trás desses financiamentos provavelmente persistirá, conforme novos desenvolvimentos e desdobramentos continuam a emergir.
Lula defende empréstimos a países que deram calote bilionário no Brasil
O presidente Lula tem defendido financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para outros países. “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”, afirmou Lula.
Apesar da afirmação do presidente de que “todo mundo paga”, os números apresentados pelo BNDES mostram que o calote de três países contemplados com empréstimos do Brasil já somam 8,2 bilhões de reais. A Venezuela deixou de pagar dívidas desde 2018 que ja ultrapassaram mais de 3,45 bilhões de reais, Moçambique não quitou 641 milhões de reais e Cuba deu um calote de mais de 4,32 bilhões de reais.
Oficialmente, o nome desses “investimentos” empréstimos é “programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia”. As empresas brasileiras que tiveram acesso a tais financiamentos facilitados para obras no exterior foram Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Correa e OAS, as mesmas que tombaram na Operação Lava-Jato por pagarem propinas milionárias ao PT, em troca de contratos na Petrobras. Quem fica com a dívida do empréstimo é o país estrangeiro, responsável por fazer o pagamento. O BNDES já emprestou 55 bilhões de reais entre 1998 e 2017, mas 88% desse valor foi liberado entre 2007 e 2015, nas gestões Lula e Dilma, que se apoderaram do dinheiro público para beneficiar ditaduras amigas.
Entre as obras de construção feitas com investimentos brasileiro em Cuba está o moderno Porto de Mariel, que custou 4,2 bilhões de reais. Cuba apresentou como garantia papéis da indústria local de tabaco. Ou seja, o pagamento vai depender da fabricação de charutos. A Venezuela de Hugo Chávez ganhou obras como a ampliação do Metrô de Caracas, a construção de um estaleiro e a Usina Siderúrgica Nacional (que teve as obras suspensas). Moçambique contraiu dois empréstimos do BNDES, para a construção do pouco movimentado Aeroporto de Nacala e a Barragem de Moamba Major. Os contratos começaram a ser assinados em abril de 2011, no início do governo Dilma, mas com as bênçãos do presidente Lula.
‘Ainda Estou Aqui’: jornal francês diz ter apagado 21 mil comentários de brasileiros
Por Estadão Conteúdo
Le Monde, jornal francês que fez crítica negativa a “Ainda Estou Aqui”, teve seus perfis nas redes sociais invadidos por comentários de brasileiros. Bruno Meyerfeld, correspondente do veículo no Brasil, analisou a situação em sua coluna, Carta de São Paulo, nesta segunda-feira (27).
O jornalista revelou que o jornal se surpreendeu com o descontentamento dos fãs brasileiros. A crítica de Jacques Mandelbaum chamou o filme de Walter Salles de “hierático” e julgou a atuação de Fernanda Torres como “monocórdica”.
“Em dois dias, o jornal teve que apagar cerca de 21.600 comentários [de brasileiros] com conteúdo ofensivo, a maioria do Instagram, em comparação com 700 por dia em tempos normais”, afirmou Meyerfeld.
O correspondente do Le Monde descreveu que os comentários oscilavam entre engraçados, machistas e “mal intencionados”, mencionando um usuário que comparou franceses a “porcos que nunca tomam banho”. Ele ainda disse que alguns brasileiros acreditam que o veículo esteja conspirando a favor de “Emilia Pérez”, principal concorrente de “Ainda Estou Aqui” nas premiações cinematográficas.
“Para eles [os brasileiros] é impossível não gostar desse filme melodramático e de estilo consensual, cuja temática ressoa em um Brasil castigado pelo mandato de Jair Bolsonaro”, escreveu. O jornalista também disse que a raiva direcionada ao jornal vem do amor dos brasileiros por Fernanda Torres.
Por fim, ele mencionou o roteiro do filme e reconheceu o papel relevante do Le Monde durante a ditadura militar brasileira, época em que veículos internacionais davam espaço à oposição e à resistência ao redor do mundo.
Vale lembrar que outros veículos franceses foram mais elogiosos a “Ainda Estou Aqui”. O jornal Liberátion disse que “Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva”. O Le Figaro classificou o filme como “uma cativante e poderosa narrativa histórica”.
A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como “uma obra dilacerante”. Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de “um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão”.
O longa de Walter Salles está indicado a três prêmios no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. A cerimônia de premiação acontece no dia 2 de março.
O poder transformador da liderança com propósito
Por e-commercebrasil
Traçar um caminho no mundo dos negócios que não apenas gera lucro, mas também cria impacto positivo, é um desafio reservado às lideranças que abraçam o propósito como norte. Histórias como as de Tracee Ellis Ross e Corie Barry, contadas na NRF 2025, ilustram como um senso de missão pode transformar não apenas empresas, mas também mercados e comunidades.
Propósito como caminho de transformação
A jornada de Ross na criação da PATTERN Beauty é um exemplo claro de como propósito e experiência pessoal se encontram para moldar um negócio autêntico. Em um mercado de beleza muitas vezes centrado em padronizações inalcançáveis, ela desafiou as convenções ao criar uma marca que celebra a diversidade. Mais do que vender produtos, Ross oferece uma mensagem de inclusão e aceitação, preenchendo uma lacuna ignorada por tanto tempo.
Esta é a essência de uma liderança com propósito: identificar uma necessidade autêntica e atendê-la com soluções que impactem vidas de maneira significativa. Ao criar uma plataforma para valorizar o que foi historicamente marginalizado, Ross não apenas abriu portas para consumidores desassistidos, mas também redefiniu padrões de mercado. Sua liderança visionária demonstra que um negócio guiado por valores é capaz de prosperar e, ao mesmo tempo, inspirar uma mudança cultural.
De forma semelhante, Corie Barry, à frente da Best Buy, demonstra que liderar com propósito também significa ser responsável por todos os aspectos do ecossistema que uma empresa influencia. Ao implementar mudanças que colocam clientes e colaboradores no centro das decisões, Barry lidera não com foco apenas em resultados imediatos, mas em construir uma base sólida para o futuro.
Um legado que vai além dos números
Um dos aspectos mais marcantes de sua gestão é a maneira como ela combina avanços tecnológicos com a necessidade de conexões humanas. Seja ao redesenhar lojas para oferecer experiências mais personalizadas, seja ao promover a mobilidade social dentro da empresa, Barry prova que a inovação deve andar de mãos dadas com a empatia. Essa abordagem reflete um compromisso com um varejo que vai além da simples transação: é uma ferramenta para transformar vidas e comunidades.
Ambas as lideranças compartilham um elemento essencial: a habilidade de colocar as pessoas no centro. Isso significa entender que consumidores, colaboradores e comunidades têm aspirações que vão além de produtos ou serviços. Eles buscam conexão, representação e soluções que ressoem com seus valores.
Outro ponto em comum é a coragem de abraçar o desconforto e inovar em terrenos inexplorados. Ross e Barry mostram que liderar com propósito não é sobre ter todas as respostas, mas sim sobre fazer as perguntas certas e buscar soluções que tenham um impacto real. Elas nos lembram que o crescimento sustentável vem do alinhamento entre os valores da empresa e as demandas do mundo.
É também um lembrete de que liderança não é sobre controle absoluto, mas sobre confiar e capacitar uma equipe para compartilhar a visão e construir o futuro juntos. Ross admite que saber quando pedir ajuda é um de seus maiores trunfos, enquanto Barry aposta no desenvolvimento de talentos internos como pilar estratégico. Essas posturas evidenciam que o verdadeiro poder de uma liderança transformadora está na colaboração.
Em um mundo cada vez mais conectado e consciente, os consumidores querem mais do que produtos: eles querem marcas que se posicionem, que sejam autênticas e que contribuam positivamente para a sociedade. A liderança com propósito é a chave para atender a essas expectativas, criando um legado que vai além dos números.
Ao final, não se trata apenas de crescer ou inovar, mas de ser intencional. Liderança com propósito é sobre criar algo que transcenda o mercado e toque vidas. E, como Ross e Barry demonstram, é assim que se constroem negócios verdadeiramente transformadores.
“Não é todo mundo que quer”: Pesquisa mostra que apenas 5% dos compradores de carros novos querem carros elétricos (EVs)
Por Eber do Carmo
Uma nova pesquisa realizada pela Deloitte revelou que apenas 5% dos consumidores nos Estados Unidos planejam adquirir um veículo elétrico (EV) como próximo carro, destacando uma resistência significativa à transição para a eletrificação no maior mercado automotivo do mundo.
O estudo global, que ouviu mais de 31 mil pessoas em 30 países, também revelou preferências e preocupações em relação às novas tecnologias automotivas, como conectividade, inteligência artificial e sistemas de propulsão alternativos.
Nos EUA, 62% dos entrevistados disseram preferir que seu próximo carro tenha um motor a combustão interna (ICE), enquanto 20% optariam por híbridos e 6% por híbridos plug-in.
O interesse por EVs foi mais expressivo em mercados como China, onde 27% dos consumidores desejam um veículo elétrico, contrastando com números mais baixos na Alemanha (14%), Reino Unido e Canadá (8%) e Japão (3%).
os fatores que desestimulam os americanos a adotarem EVs, as maiores preocupações incluem a autonomia (49%), o tempo de carregamento (46%) e o preço (44%).
Apesar de já existirem EVs abaixo do preço médio de um carro novo nos EUA (US$ 47 mil), muitos consumidores preferem modelos mais baratos, com 45% afirmando que não gastariam mais de US$ 34.999 em seu próximo veículo.
Outro ponto relevante é a infraestrutura de carregamento. Embora 79% dos consumidores americanos esperem carregar seus carros em casa, apenas 40% têm acesso a um carregador dedicado.
Em outros países, como Alemanha e Reino Unido, esse número é ainda menor, com 37% e 33%, respectivamente.
Em regiões da Ásia, a expectativa de carregamento domiciliar é menor, com apenas 61% a 63% dos consumidores na China, Sudeste Asiático e Coreia esperando utilizar essa solução.
Entre os entrevistados que desejam um EV, os principais motivos incluem custos mais baixos com combustível (56%), preocupações ambientais (44%) e a experiência de condução (36%).
Curiosamente, dar uma volta em um EV tem sido uma das formas mais eficazes de convencer consumidores hesitantes, destacando as vantagens de aceleração instantânea e dirigibilidade suave dos veículos elétricos.
A pesquisa também destacou que os consumidores chineses e coreanos são menos preocupados com o custo dos EVs, citando outros fatores, como a redução de autonomia em climas frios, como barreira.
Além disso, em mercados como a China, 77% dos consumidores que planejam carregar seus veículos em casa já possuem acesso a carregadores dedicados, enquanto nos EUA essa proporção é significativamente menor.
Outro ponto abordado pela pesquisa foi a aceitação de novas tecnologias, como inteligência artificial (IA) e serviços conectados.
Nos EUA, 45% dos consumidores veem a integração de IA nos veículos como algo benéfico, enquanto 51% estariam dispostos a pagar mais por serviços que incluem rastreamento antirroubo, assistência emergencial e descontos em seguros baseados em dados de condução.
No entanto, a confiança nas montadoras, concessionárias e fornecedores para gerenciar esses dados permanece baixa.
Os resultados refletem uma hesitação significativa em relação aos EVs, impulsionada por preocupações com custo, infraestrutura e autonomia.
Apesar disso, o interesse por híbridos e plug-ins sugere que muitos consumidores enxergam os EVs como parte de uma transição gradual, e não como uma solução imediata.
A pesquisa deixa claro que, para aumentar a adoção de veículos elétricos, governos e montadoras terão que investir em infraestrutura de carregamento acessível, além de educar os consumidores sobre as vantagens e a praticidade dos EVs.
A gen Z está se tornando a geração mais endividada de todas
Por Redação The News
Seja por aproximação, parcelado ou à vista, o cartão de crédito tem sido usado pela nova geração cada vez mais, e se tornou o principal motivo de dívida entre eles.
No Brasil, para se ter uma ideia, o gasto médio do cartão de crédito de jovens até 25 anos é de R$ 1.250 — chegando quase no patamar no salário mínimo.
Em relação aos gastos, o cartão de crédito compromete até 60% da renda deles, ou seja, mais da metade do salário é usada para pagar as compras feitas no crédito.
Acontece que apesar de gastarem mais no cartão, não significa que os jovens estão pagando a fatura, risos.
Na verdade, a inadimplência é mais alta entre a geração Z do que em qualquer outra, além de que quem tem até 25 anos é menos pontual no pagamento das contas.
Zoom in: A facilidade de criar contas digitais e ter a carteira no próprio celular é um dos motivos para o cartão de crédito ter se popularizado tanto entre a nova geração, com 67% dos adolescentes tendo seu próprio cartão.