ARTIGOS DA SEMANA – 29.01.2025

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Nos artigos que publicamos hoje, Geração 50+, alta da Selic, IA acessível, as ligações indesejadas que os brasileiros recebem e a aposta do Banco do Brasil para 2025.Lembramos que a Coluna do Nenê, com seus comentários, notas e opiniões voltará em março ou em alguma edição extraordinária. Até lá fique com os artigos que acreditamos serem os mais pertinentes ao mercado.

 

Geração 50+ abre aos poucos espaço na publicidade, mas etarismo continua forte

Por Paulo Macedo

 

Segundo a pesquisa ‘Longeratividade’, do Instituto Locomotiva, 40% da população 50+ quer trabalhar e guardar dinheiro. A percepção é que eles estão ativos e desejam seguir contribuindo para o mercado de trabalho, com vontade genuína de se manterem relevantes e conectados às transformações do mercado, priorizando organizações que tenham valores parecidos com os seus.

Eles enxergam novas oportunidades como uma forma de aplicar sua experiência acumulada de forma significativa, ao mesmo tempo em que continuam se reinventando. O recorte acima é uma análise da executiva Paula Molina, diretora de recursos humanos da agência WMcCann, que considera ter colaboradores da geração 50+ como fundamental para as organizações.

“Sua autenticidade e confiabilidade os tornam figuras de referência, capazes de construir um ambiente de trabalho sólido e baseado na confiança. Uma agência de publicidade que cria para grandes marcas, como a WMcCann, precisa refletir a diversidade do mundo real em todas as suas formas. Isso significa ter um time plural, composto por pessoas de diferentes origens, culturas, crenças, experiências, raças, gêneros, deficiências, orientações sexuais e gerações. Os 50+ oferecem vantagens estratégicas em todas as áreas da agência. Sua diversidade de experiências de vida pode agregar perspectivas únicas na resolução de problemas, inovação e tomada de decisões, especialmente como líderes. Com o crescimento da população 50+, essa faixa etária representa não apenas um grupo demográfico relevante, mas também um recurso valioso para atender às demandas de um mercado cada vez mais diverso e em transformação”, esclarece Paula Molina.

A executiva afirma que ainda há preconceitos etários na sociedade, o que é refletido nas organizações. Um tipo de restrição que não apenas limita o crescimento das empresas, como também desperdiça a criação de ideias alinhadas aos anseios dos consumidores. “No entanto, empresas que valorizam verdadeiramente a diversidade e a inclusão reconhecem que a pluralidade, em todas as suas formas, é um ativo estratégico”, constata Paula.

Na DM9, a diversidade geracional é concomitante às demais formas de acolhimento à sua estrutura. De acordo com Thomas Tagliaferro, COO da agência, a bagagem dos silver heads une valores como experiência, visão estratégica e uma maturidade que complementam a visão inovadora das novas gerações.

 

 

 

“Crônica de morte anunciada”: CNI se queixa de provável alta da Selic nesta quarta

Por Estadão Conteúdo

 

O eventual aumento da taxa de juros Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (29) é a “crônica de uma morte anunciada”, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, a esperada continuidade do ciclo de alta dos juros “desconsideraria os esforços em curso na política fiscal e na atividade econômica e traria efeitos negativos sobre a criação de emprego e renda”.

O Copom conclui nesta quarta a sua reunião, quando anuncia a decisão sobre a taxa Selic. Segundo o Projeções Broadcast, a ampla maioria do mercado espera mais uma elevação dos juros, com alta de um ponto porcentual, para 13,25% ao ano.

“Insistir no aumento da Selic, considerando que já tem embutidos juros reais de cerca de 7%, faz com que o setor industrial adie investimentos essenciais, voltados à modernização ou expansão da sua matriz de produção, deixando de melhorar sua produtividade e desperdiçando oportunidades de contribuir com o crescimento do País”, afirma a CNI, em nota divulgada na noite de terça-feira (28).

Para a entidade, é preciso considerar a forte desaceleração do impulso fiscal observada desde o segundo semestre de 2024, quando houve queda dos gastos federais em 2,9%, em termos reais. “Essa tendência deve ser mantida em 2025, quando as despesas federais devem ter aumento real de 2,3%, contra aumento próximo a 4% em 2024.”

A CNI destaca ainda que o aumento da taxa de juros custa caro para a dívida pública, lembrando que, a cada um ponto porcentual de alta da Selic, o custo da dívida bruta federal aumentará em R$ 50 bilhões, segundo estimativas do próprio Banco Central.

Segundo a CNI, os juros elevados comprometem a atividade econômica e abalam a confiança dos empresários. “Esse cenário de perda de ritmo da atividade econômica, somado às altas nos juros tem minado a confiança dos empresários industriais. Em janeiro de 2025, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da CNI, caiu para 49,1 pontos – a quarta queda seguida.”

A entidade lembra ainda que o custo de crédito fica ainda mais caro com a subida da Selic, “sendo um impeditivo para a execução de diversos projetos, fazendo com que o Brasil desperdice uma série de oportunidades”.

 

DeepSeek: a IA acessível ou mais uma evolução tecnológica?

Por AcontecendoAqui

 

O DeepSeek, modelo de IA de código aberto e baixo custo, tem ganhado atenção no cenário global. Com a proposta de tornar a Inteligência Artificial mais acessível e eficiente, ele se apresenta como uma alternativa aos grandes players do mercado. No entanto, a questão persiste: será essa inovação uma verdadeira disrupção ou apenas mais um passo na evolução da tecnologia?

Para Cristóvão Wanderley, Sócio-diretor da Stratlab, especialista em tecnologia, inovação e dados e participante do programa LinkedIn Creators, o DeepSeek se destaca pela promessa de democratizar a IA, mas não deve substituir nenhuma outra tecnologia. “Sua proposta de ser mais barato e de código aberto lembra, para muitos, a chegada do Linux à indústria da tecnologia, que trouxe uma alternativa ao software proprietário e revolucionou segmentos específicos, mas, no entanto, não substituiu os grandes sistemas operacionais comerciais. O mesmo pode acontecer com o DeepSeek. Precisamos ainda confirmar, na prática, a escalabilidade e a confiança em uma ferramenta nova”, explica.

Além disso, o especialista alerta que o DeepSeek, representa uma nova frente na disputa global por liderança em IA, com possíveis implicações econômicas e geopolíticas significativas, especialmente no contexto da rivalidade entre EUA e China. “O DeepSeek é um reflexo do poder de inovação da China, sem dúvidas. Mas também levanta questões sobre o impacto global dessa evolução, levando às discussões sobre regulamentação, segurança de dados e soberania digital. A questão não é apenas sobre qual tecnologia é a melhor, mas sobre como ela pode ser usada para criar soluções únicas e transformar mercados ao mesmo tempo em que protege informações sensíveis e garante a segurança dos usuários”, pontua.

 

Brasileiros recebem mais de 1 bilhão de ligações indesejadas por mês, diz Anatel

Por Equipe InfoMoney 

 

Um estudo recente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revela que os brasileiros estão recebendo mais de 1 bilhão de chamadas de telemarketing indesejadas a cada mês. As informações são dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.

O documento, apresentado ao Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (Cdust), destaca que, desde a implementação de novas regras em junho de 2022, a agência conseguiu bloquear cerca de 184,9 bilhões de chamadas inoportunas. No entanto, a eficácia das medidas é questionada, já que cerca de 15% das ligações ainda conseguem escapar das barreiras impostas.

Apesar dos esforços da Anatel, o número de chamadas indesejadas tem aumentado. Entre 2023 e 2024, a quantidade de ligações bloqueadas cresceu de 76,11 bilhões para 82,52 bilhões, mesmo com o total de chamadas na rede permanecendo estável.

De acordo com a Anatel, o telemarketing abusivo é caracterizado por empresas que realizam pelo menos 100 mil chamadas diárias com o auxílio de robôs. Essas ligações, que geralmente duram menos de seis segundos, são frequentemente interrompidas quando não há resposta imediata do consumidor.

Um levantamento do aplicativo Truecaller, realizado em 2021, indicou que cada telefone brasileiro recebe, em média, 32,9 ligações indesejadas por mês, totalizando mais de 10 bilhões de chamadas mensais.

 

Após tempestade em 2024, CEO do Banco do Brasil (BBAS3) aposta no agronegócio para expansão da carteira de crédito neste ano

Por Camile Lima

 

Se no ano passado o agronegócio foi fator de preocupação para o Banco do Brasil (BBAS3), agora, a expectativa é que o setor ajude nos planos de expansão da carteira de crédito do banco em 2025 mesmo com os juros cada vez mais elevados, de acordo com a CEO Tarciana Medeiros.

“Teremos um cenário monetário mais apertado, com a Selic entre 14% e 15% ao ano, mas a gente acredita no crescimento moderado e seguro da carteira de crédito, observando ainda mais a análise de risco”, disse a executiva durante a LAIC 2025, conferência de investimentos anual organizada pelo UBS.

Para a CEO, a melhora dos níveis de produção do agro no Brasil, aliada ao equilíbrio da carteira de crédito do banco e às boas condições de renda e emprego, é o que sustenta a visão otimista para este ano.

Relembrando, o agronegócio — setor em que o BB é mais atuante — enfrentou problemas nos últimos meses. Com a redução no preço das commodities, as margens apertadas — com os produtores à espera do momento ideal para vender as safras — e os fenômenos climáticos extremos, empresas do setor entraram com sucessivos pedidos de recuperação judicial.

Isso levou o Banco do Brasil a elevar as provisões em quase 30% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, o que acendeu um sinal de alerta entre analistas de mercado.

Para 2025, a perspectiva é que esse cenário se reverta, especialmente no caso da soja, e que as condições para a commodity não só se recuperem, como atinjam novos recordes de safra, produção e produtividade.

“Nós já desembolsamos R$ 140 bilhões dos R$ 260 bilhões que nos propusemos no Plano Safra 24/25, então entendemos que entregaremos o montante total em 2025”, disse Medeiros.

“Estamos trabalhando muito próximos aos produtores para encontrar soluções para a repactuação de operações e solução de eventuais inadimplências, para que esses produtores tenham condições de voltar e tomar crédito para plantar neste ano”, acrescentou.

 

O que esperar do Banco do Brasil (BBAS3) em 2025

A CEO do Banco do Brasil (BBAS3) avalia que este será um ano de acomodação da inadimplência e de redução do risco de crédito ao longo dos próximos meses, mas ainda com muitos desafios.

Segundo a executiva, uma das vantagens competitivas do banco em um cenário restritivo de juros é o mix da carteira de crédito, dividida quase que igualmente entre pessoa física, pessoa jurídica e agro.

Na visão de Medeiros, essa composição do portfólio permite que a empresa tenha segurança para aumentar a concessão de crédito para o setor agro e para o crédito consignado.

“Nós acabamos tendo uma vantagem competitiva, porque temos uma carteira de crédito já tomada com a margem ocupada numa Selic mais baixa”, afirmou.

“Temos uma previsão para 2025 de crescimento de renda, manutenção da base ocupada no país e de safra recorde devido às condições climáticas mais favoráveis. Essa combinação nos favorece a ter um crescimento seguro de crédito neste ano, em linha com os números do mercado ou até um pouco acima desse patamar”, acrescentou.

Quanto ao consignado, a avaliação da CEO é que, apesar do aumento da concorrência, o banco continuará a reter clientes.

“Não é uma linha de crédito em que o BB tem preocupação para 2025. É uma carteira que está conosco e tende a permanecer”, disse.

Diante de um aperto monetário cada vez mais intenso no Brasil, Medeiro conta que a palavra da vez em 2025 deverá ser “disciplina” — tanto para a operação do BB como um todo como para o nível de criteriosidade para a avaliação de riscos dos clientes.

Vale lembrar que o BB divulgará o resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 em 19 de fevereiro, após o fechamento do mercado. Você confere aqui o calendário completo de datas e horários das divulgações e das teleconferências do 4T24

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