Parece um paradoxo, mas a gestão, para ser realmente humanizada, precisa do apoio da tecnologia. Isso acontece porque soluções de monitoramento, captação e análise de dados, principalmente quando relacionadas ao desempenho de colaboradores, são ferramentas de extrema importância para entender o cenário atual e otimizar a estratégia da empresa.
Você já parou pra pensar no trabalho que daria para fazer o levantamento dessas informações manualmente? No tempo que essa tarefa tomaria todos os dias? E o número de pessoas dedicadas?
Por maior e melhor que fosse uma estrutura como essa dentro de uma empresa, ainda não poderia se comparar a um software que realiza a mesma tarefa, sem ocupar espaço físico, 24×7 e com uma taxa de erros muito menor.
Uma matéria publicada pela USP (Universidade de São Paulo) citou uma pesquisa organizada pelo projeto “Empresas Humanizadas no Brasil” e idealizada por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da mesma universidade. De acordo com os dados do levantamento, as empresas humanizadas agradam mais a clientes e colaboradores: há uma satisfação 240% superior por parte dos clientes, e níveis 225% maiores de bem-estar entre os colaboradores.
Além disso, em um período de 4 a 16 anos, elas alcançam mais que o dobro de rentabilidade financeira em comparação à média das 500 maiores empresas do país. Foram analisadas 1.115 organizações no relatório, que foi divulgado em março durante o evento Capitalismo Consciente Latin-American Conference.
Resumindo, a tecnologia é uma ferramenta importante para automatizar processos e ganhar tempo para a estratégia no dia a dia, assim como é imprescindível para criar uma gestão moderna e atualizada da sua equipe.
Se combinarmos o trabalho da tecnologia para levantar e mitigar essas informações com a experiência de mercado, junto de uma visão mais estratégica à gestão do negócio, os resultados estarão sempre em evolução. Um dia sempre melhor que o anterior.
Quanto mais usar a tecnologia para entender o comportamento humano, melhores serão os resultados, e a evolução será com base, principalmente, nas chamadas soft skills, nome dado para aquelas habilidades que não aprendemos na faculdade ou por meio de cursos técnicos.
Em vez de usar números como metas exorbitantes e demandas em excesso, o caminho é dar autonomia, bem-estar, benefícios adequados, liberdade, um propósito e um plano de carreira para os colaboradores.
Exercer uma liderança de forma empática e inspiradora, que ofereça as melhores condições para os colaboradores exercerem seu papel, é a melhor maneira de mantê-los trabalhando para a sua empresa.
Mais do que falar, dê exemplo. Os líderes que atuam por meio de uma gestão humanizada se tornam uma referência para os seus colaboradores.
Todas essas medidas impactarão diretamente a parte financeira e a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho. No entanto, elas terão efeito a partir de uma análise de dados complexa e inteligente.
Caso contrário, não passarão de ações pontuais que vão deixar a empresa de “consciência tranquila” por estar fazendo algo, no lugar de trazer um resultado na prática. No final, os números vão mostrar o que é mais efetivo para o seu negócio. Certo?