IDENTIDADE
Por José Maurício Pires Alves, Diretor Cultural da APP e CEO da Atalho Soluções em Comunicação
Leio no Propmark que o Ponto Frio está de volta. O novo nome “Ponto” não colou e deram um ponto final nele.
Isto nos mostra o quanto são problemáticas as invencionices com as marcas famosas.
Há alguns anos novos profissionais assumiram a direção da agência Thompson no Brasil e tiveram a genialidade de trocar aquele nome antigo e famoso por três letrinhas: JWT.
Então viram-se frente a um problema: todos perguntavam o que fazia a empresa JWT. E eram obrigados a informar que era a nova Thompson.
A novidade não agradou ao mercado nem ao board da matriz mundial que logo colocou as coisas em seus devidos lugares. Voltou a consagrada J. Walter Thompson e saíram os inventores.
Atualmente temos um outro exemplo de mudança radical de marca: o genial Elon Musk também resolveu transformar o Twitter em X.
Que coisa linda, né? O novo nome diz tudo…
Creio que algumas mudanças nas marcas podem fazer bem desde que sejam de maneira projetada, estruturada e por boas razões.
Perguntei ao meu amigo Google o que ele pensa a respeito e ele me mostrou algumas mudanças que deram certo, a começar por ele mesmo que até 1996 era chamado Backrub.
Um caso famoso é o do Brad’s Drink que foi lançado como remédio para combater a dispepsia. Os consumidores acharam o medicamento muito gostoso e ele transformou-se em Pepsi-cola e finalmente em Pepsi.
Outro foi o renomado “Hotmail” que era a plataforma de e-mails que as pessoas mais usavam no início deste milênio. Depois as coisas mudaram com a ação do Gmail e ele teve que trocar o nome para Outlook. Mais uma marca que se deu bem foi a Blue Ribbon Sports que mudou para Nike e é mundialmente consagrada.
Então, gente amiga, precisamos ter cuidado e não sair por aí trocando nossos nomezinhos sem mais nem menos.
Ele é um dos principais elementos de nossa identidade.
