Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre: Cannes Lions 2025: YouTube mira os próximos 20 anos como palco da próxima revolução criativa, Cannes Lions 2025: Brasil conquista 74 Leões e bate recorde histórico de Grand Prix, Por que vender está tão difícil?, Sob aplausos, Imobi lança novos projetos de Wow of Home, Sobre o ProXXima, na semana passada, Mythago assina vídeo de lançamento do Enredo 2026 da Portela, Inovação e branding: a nova era do posicionamento estratégico, Conferência Mentes Brilhantes: Sócios ARP concorrem a 10 cortesias para participar do evento e O mercado global de publicidade parece ter decidido que sorrisos educados ficaram de fora do roteiro.
Cannes Lions: YouTube mira os próximos 20 anos como palco da próxima revolução criativa
Por Acontecendo Aqui
O futuro do YouTube é agora — e ele será moldado por criadores e inteligência artificial. Essa foi a mensagem principal do seminário especial da plataforma no Cannes Lions 2025. Realizado no Grand Théâtre Lumière, o evento celebrou os 20 anos do YouTube olhando para frente — com dados, tendências e lançamentos de novas ferramentas de IA generativa para criadores e marcas.
Quem conduziu a conversa foi Neal Mohan, CEO global da plataforma. Com tom empolgado e direto, ele relembrou a trajetória do YouTube desde “Me at the Zoo”, o primeiro vídeo publicado em 2005, até os dias atuais — em que a plataforma virou vitrine para movimentos culturais e uma nova geração de empreendedores criativos.
Criadores como startups
Segundo Mohan, os criadores são as novas startups de Hollywood. Criam suas próprias equipes, constroem estúdios e movimentam economias inteiras com seus canais. “Eles estão reinventando a indústria que os inspirou. E mais: estão criando empregos para roteiristas, editores, produtores e diretores.”
YouTube como a nova TV – e muito além
Entre os destaques, Mohan reforçou que o YouTube é hoje a nova televisão — só que moldada pelas preferências dos usuários. Os espectadores querem escolher o que assistir, por quanto tempo e em que formato. Podcasts, por exemplo, foram apontados como um dos formatos mais relevantes atualmente na plataforma. Só no YouTube, já são mais de 1 bilhão de pessoas assistindo podcasts por mês.
Shorts em ascensão e IA no centro
Os vídeos curtos também ganharam destaque. O YouTube Shorts já soma mais de 200 bilhões de visualizações por dia, e para impulsionar ainda mais esse formato, o YouTube anunciou que o novo modelo de IA da DeepMind — o Veo 3 — será integrado ao Shorts ainda neste verão.
A ferramenta permitirá criar clipes inteiros com áudio e vídeo a partir de prompts simples. É a IA como aliada da criação — e não como substituta.
Democratizar ferramentas é democratizar o storytelling
O criador e empreendedor Brandon Baum, fundador do Studio B, subiu ao palco para mostrar como sua equipe já integra IA em todas as etapas de produção. Para ele, a IA não elimina a criatividade, mas expande seus caminhos: “Estamos em um momento em que não somos mais limitados por hardware, custo ou conhecimento técnico — só pela nossa imaginação.”
Em uma fala marcante, Brandon resumiu o espírito do seminário:
“Ferramentas que empoderam criadores não apenas facilitam processos — elas mudam quem tem o direito de contar histórias.”
Presença de criadoras no palco
Antes de Brandon, o palco recebeu duas influenciadoras de destaque global: Alex Cooper, do podcast Call Her Daddy, e Amelia Dimoldenberg, do Chicken Shop Date. Ambas falaram sobre autenticidade, liberdade criativa e como o YouTube permitiu construir um público fiel. “A possibilidade de decidir tudo — da thumbnail ao roteiro — muda a relação com quem assiste”, disse Amelia.
O que esperar da próxima era criativa
Ao final da apresentação, Mohan apostou alto: os próximos 20 anos serão definidos pela fusão de comunidades, criadores e inteligência artificial.
“Minha maior aposta é que o YouTube continuará sendo o palco onde tudo acontece. Onde qualquer pessoa com uma ideia pode transformar seu sonho em carreira — e sua voz em impacto.”
Mais do que uma retrospectiva, o seminário deixou clara a visão de futuro do YouTube: uma plataforma viva, moldada por criatividade, tecnologia e comunidade.
O que sua empresa pode aprender com isso
- IA não substitui talento criativo, mas o amplia
- Ferramentas certas nas mãos certas mudam tudo
- Criadores são ativos estratégicos, não apenas canais de mídia
- Podcasts e shorts têm papel central na nova cultura visual
- Plataformas querem mais do que audiência: querem cultura
Nota do editor: este conteúdo foi produzido diretamente de Cannes, com base na cobertura presencial do evento. A estrutura e revisão do texto foram otimizadas com apoio da IA (ChatGPT), garantindo agilidade em meio à programação intensa.
Produção estimada:
Com IA: 60 minutos – estrutura, organização e síntese das falas do palco, com checagem cruzada das apresentações.
✍️ Sem IA: eu provavelmente ainda estaria na Sala de Imprensa tentando decifrar minhas próprias anotações. — e publicaria isso quando o YouTube já tivesse lançado o VO4.
Originalidade editorial: 85%
Uso de IA: 15%
Cannes Lions 2025: Brasil conquista 74 Leões e bate recorde histórico de Grand Prix
Por Juliana Pio
O Brasil manteve bom desempenho no terceiro dia do Cannes Lions 2025, com a conquista de 36 novas premiações. O país soma agora 74 Leões, incluindo quatro Grand Prix — marca inédita para os brasileiros em uma única edição do festival.
A DM9 venceu o Grand Prix em Creative Data com a campanha Efficient Way to Pay, criada para a Consul. A ação transformou economia de energia em meio de pagamento para eletrodomésticos, com impacto direto na redução das contas de luz e aumento nas vendas da marca.
“Receber o Grand Prix em Cannes no ano em que a Consul completa 75 anos é motivo de orgulho. Esse prêmio representa mais do que reconhecimento criativo — simboliza o valor de uma marca brasileira que cresceu junto com o país e entende a realidade das famílias”, diz Bertha Fernandes, head de marcas e comunicação da Whirlpool, a EXAME.
A categoria reconhece o uso criativo de dados na construção de histórias de marca, destacando campanhas que melhoram a experiência do consumidor e geram resultados concretos para os negócios.
Segundo a executiva, a Consul entende que inovar vai além de lançar produtos — envolve escutar as pessoas, entender suas necessidades e criar soluções com impacto real no cotidiano. “Em um momento em que o mundo discute o papel da tecnologia e da inteligência artificial na comunicação, seguimos fiéis ao que nos guia há 75 anos: o toque humano e o compromisso com o que realmente importa.”
Foram distribuídos ainda sete Leões de Ouro para agências brasileiras:
Creative Data: DM9 com Efficient Way to Pay (Consul)
Direct: GUT com Coupon Rain (Mercado Livre) e DM9 com Prize on the Bone (KFC)
Media: GUT com Coupon Rain (Mercado Livre) e Retro Influencers (Skol); LePub com Streaming Bars (Heineken)
PR: Grey com Sun Reserve (Corona)
Social & Creator: Africa Creative com Resale (Budweiser)
A campanha Coupon Rain, da Gut, substituiu confetes por cupons em uma final esportiva, resultando em 54 mil cupons resgatados e US$ 3,8 milhões em vendas adicionais.
Já Retro Influencers incentivou consumidores a revisitar fotos antigas com a Skol, reduzindo gastos com influenciadores. Streaming Bars, da LePub, integrou pausas da Netflix à oferta de cervejas em tempo real, somando 32 milhões de impressões.
Em PR, Sun Reserve, da Grey, criou uma reserva solar para garantir a incidência de luz em uma praia de Fortaleza (CE), o que levou à suspensão de novas construções na região. Já a Africa Creative transformou vendedores de produtos musicais da Budweiser em canais de mídia com a campanha Resale, alcançando mais de 850 milhões de pessoas.
O Brasil ainda levou 14 Leões de Prata e 14 de Bronze. Entre as agências premiadas estão DM9, AlmapBBDO, Africa Creative, LePub, Droga5, Gut, VML, Ampfy, Leo Brasil e Artplan.
No Future Lions, a Miami Ad School Brasil venceu com o projeto Noama Paddles para o Greenpeace, que desenvolveu remos sensíveis ao mercúrio para detectar contaminação em territórios Yanomami.
Painéis discutem criatividade, tecnologia e propósito
Além das premiações, o festival reuniu nomes do entretenimento, tecnologia e publicidade para discutir o futuro da criatividade.
O cineasta Peter Jackson e o CEO da Colossal Biosciences, Ben Lamm, falaram sobre inovação e o uso da IA em projetos de impacto. Jackson relembrou o documentário They Shall Not Grow Old, feito com imagens restauradas da Primeira Guerra. Lamm defendeu o uso responsável da tecnologia, inclusive em projetos de educação e preservação da biodiversidade.
O CEO da Adobe, Shantanu Narayen, e o CEO global do Publicis Groupe, Arthur Sadoun, destacaram o uso da IA como ferramenta a serviço das ideias. Narayen disse que os modelos generativos da Adobe são treinados com dados licenciados. “Não é só sobre produzir mais. É sobre criar experiências que tocam, que representam quem somos, com emoção, e em tempo real.”
Já Sadoun criticou campanhas que não chegam ao público e afirmou que grandes ideias devem dominar o ecossistema de comunicação. “Chega de premiar ideias que ninguém vê. As grandes ideias devem dominar o ecossistema — e não apenas servir a ele”.
A atriz e empresária Reese Witherspoon, fundadora da Hello Sunshine, participou de painel ao lado de Corey Marchisotto, da e.l.f. Beauty. As duas abordaram storytelling com propósito e anunciaram o lançamento da Sunny, nova marca voltada à Geração Z.
Witherspoon contou que criou a produtora para mudar as histórias contadas sobre mulheres. “Era como se nem existíssemos como pessoas completas. Aquilo não era o que eu queria mostrar para minha filha.” Para ela, “alegria é poder contar a sua história com as suas próprias palavras — e ser vista por quem você realmente é”. Marchisotto lembrou que 78% do conselho da empresa é composto por mulheres.
A criadora de conteúdo e empresária Camila Coutinho subiu ao palco da creator economy para celebrar os 20 anos de sua marca pessoal. Em um painel solo mediado por uma jornalista internacional, ela relembrou sua trajetória desde o início como blogueira de moda até se tornar empreendedora no setor de beleza.
“Com a criatividade, os erros são importantes. Às vezes você posta algo que não funciona, mas tudo bem. A internet é o lugar perfeito para tentar e testar. Não tem custo, só para o ego”, disse Coutinho, que está à frente da GE Beauty.
Jimmy Fallon, apresentador do The Tonight Show, lançou o reality On Brand com Bozoma Saint John, ex-CMO de Uber e Netflix. A proposta é transformar branding em entretenimento, com talentos anônimos criando campanhas para marcas reais. “Em vez de um spot de 30 segundos, damos uma hora inteira para contar a história de uma marca — com humor, emoção e criatividade”, disse Fallon. Bozoma completou: “Por trás do humor, existe método. E muita estratégia”.
Mathilde Delhoume, diretora global de marca da LVMH, falou sobre o papel do luxo como vetor cultural. “Uma forma de iluminar o mundo com criatividade e savoir-faire (conhecimento técnico e sensibilidade estética).” A executiva apresentou os “quatro Cs” que orientam a estratégia da LVMH — craft (artesanato), customer (cliente), creativity (criatividade) e culture (cultura) — e apontou a participação da companhia nos Jogos de Paris como exemplo de “presença com propósito”, destacando a criação das medalhas e a concepção estética das cerimônias. “Se só atendermos às expectativas do cliente, estamos mortos”, afirmou.
Por que vender está tão difícil?
Por Jairo Zanelato
Vamos falar a real?
Não é só por causa do cliente mais exigente, da concorrência maior ou da mudança no comportamento de compra.
O problema também está no próprio mercado.
Hoje vemos:
Preços impraticáveis de algumas indústrias, que desvalorizam o produto e queimam o canal.
Políticas comerciais engessadas, que não acompanham a dinâmica do varejo.
Gestores que não conhecem a rua, mas tomam decisões de dentro do escritório.
Falta de escuta ativa da indústria em relação às dores dos representantes e dos lojistas.
Enquanto isso, o representante está lá:
Rodando estrada, lidando com objeções, construindo relacionamento e dando resultado.
Mas muitas vezes sem apoio, sem voz e sem liberdade para agir de forma estratégica.
Está difícil vender sim, mas não porque o representante não sabe vender.
Está difícil porque muitos ainda não entenderam que vender exige parceria real entre indústria, representante e ponto de venda.
Está na hora de parar de empurrar metas e começar a construir estratégias.
Está na hora de sentar na mesa com quem sente o calor do mercado.
Está na hora de valorizar quem representa a marca todos os dias com verdade.
Se você é gestor, reflita.
Se você é representante, siga firme.
A gente continua fazendo o que muitos só prometem: trabalho sério na ponta.
Vamos falar mais sobre isso?
Sob aplausos, Imobi lança novos projetos de Wow of Home
Por Pulso Comunica
Imobi Talks revelou lançamentos do grupo, nova identidade visual e ainda deu start em produto inédito mundialmente
Os principais players da comunicação e mídia do Brasil tiveram a oportunidade de conferir os projetos da Imobi que vão agitar o mercado Out of Home (OOH). O Imobi Talks divulgou a nova identidade visual do grupo, projetos audaciosos e, de forma inédita no mundo, uma passarela digital interativa. O evento foi realizado na noite desta terça-feira (17), no Teatro da Unisinos de Porto Alegre, com casa cheia.
Com uma trajetória consolidada no Sul do país e operações em expansão no sudeste e nordeste, o evento colocou em cena a essência da Imobi: provocar impacto, cuidar das cidades, surpreender e redefinir os limites da mídia urbana. A apresentação, que focou no estilo WOW de comunicar, ficou a cargo dos sócios Daniel Costa e Cássio Mensch.
“A empresa só continua viva, porque o tempo inteiro estamos querendo inventar coisas novas. Se a gente não fizer isso, paramos no tempo e todo mundo nos atropela. Por isso de sempre estar investindo e agregando valor nas nossas entregas”, pontuou Daniel Costa, sócio-fundador da Imobi.
Do OOH para o WOW
O anúncio da nova identidade visual e do slogan ‘Imobi, WOW OF HOME’ foram os momentos emblemáticos da noite. Dessa forma, o Grupo Imobi reafirma seu papel de protagonista na reinvenção da comunicação urbana. E deixa claro que no seu vocabulário, OOH agora se escreve com W de WOW, estabelecendo-se como a empresa de vanguarda que é.
Cassio Mensh explicou a escolha do novo posicionamento com uma provocação: “WOW é aquilo que transforma o comum em inesquecível. É o que queremos gerar em cada contato com a nossa mídia. Existe o OHH e existe o Wow of Home, onde estamos inseridos ao levar campanhas para rua e encantar de uma maneira que converte”.
A tradução prática desse conceito veio na sequência. Ao vivo, o público assistiu ao lançamento da Passarela Digital, a primeira interativa no mundo. Com investimento de R$ 2 milhões, a estrutura que conecta a Unisinos ao Colégio Anchieta foi transformada em um corredor de experiências visuais, com possibilidade de 400 inserções publicitárias diárias. Faixas de LED percorrem laterais e topo da passarela somadas a duas telas digitais de 8×4 metros, gerando 2 milhões de impactos/mês.
O Imobi Talks revelou avanços de projetos que já são referências. A Mega Empena 3D, a maior da América Latina, ganha ativações com temáticas ligadas à dupla Gre-Nal e um calendário anual de conteúdos virais e comemorativos. Também foi apresentado o IOOH App, aplicativo que permite ao público adquirir inserções de mídia diretamente pelo celular.
A lista de novidades tem os Pedágios Digitais, agora consolidados em três estados com mais de 100 telas e 720 mil publicidades diárias; os Caminhões de LED, que oferecem visibilidade aliada à mobilidade, agrega um novo veículo com painel curvo; o Mega Mub, versão turbinada dos mobiliários urbanos tradicionais, com 10x do tamanho.
E a estreia da Bicimobi, parceria com a GoMoov, que levará mídia na carona de mil bicicletas compartilhadas, em 120 estações de Porto Alegre, Balneário Camboriú e João Pessoa.
Mídia que impacta e gera resultados
A noite foi marcada por celebrações do ano em que a Imobi completa duas décadas. Aliás, 2025 traz números internos que ultrapassam a marca de 35 produtos, 1300 empresas exibindo suas comunicações nos últimos 12 meses, 200 locadores parceiros e 50 fornecedores.
“Quem empreende sabe que não é fácil, mas nosso orgulho é maior que o desafio. Esses números são gratificantes e refletem o impacto positivo que nosso trabalho provoca nas cidades”, declarou Daniel Costa, destacando ainda o compromisso contínuo da empresa com responsabilidade social e sustentabilidade.
Dados justificados pelo aumento expressivo da inserção da mídia OOH no mercado nacional e compartilhados pelo Presidente da Associação Brasileira de Out of Home (ABOOH), Felipe Viante. Segundo ele, a publicidade exibida em espaços públicos impacta 89% da população e ocupa a terceira posição no ranking de meios com maior investimento publicitário, atrás da Internet e TV aberta.
Sobre o ProXXima, na semana passada
Por Fernando Silveira*
O PROXXIMA, organizado pela Meio & Mensagem, apresentou, em 2025, um evento muito atento a alguns pontos importantes. Destaque para: aplicação da Inteligência Artificial nas rotinas do mercado, entrosamentos das mídias e o, agora sim, ainda mais importante papel das agências de propaganda no olhar crítico e criativo para as marcas.
Sobre IA encontramos nos mais variados painéis os seguintes pilares: – Como ferramenta: todos os caminhos levaram aos estudos sobre a sua aplicação muito além da automação e entra no campo da personalização profunda das campanhas publicitárias | – Os desafios éticos: existe uma crescente pressão sobre as agências de propaganda, conteúdo e também veículos de comunicação para garantir transparência e responsabilidade na aplicação da IA, evitando manipulação ou desinformação | – O impacto atual nas agências: num caminho prático, fica óbvia a redução de custos operacionais em várias disciplinas, mas ao mesmo tempo, exige que os profissionais se adaptem às novas ferramentas tecnológicas e se reinventem em seus papéis estratégicos e criativos. Neste ponto, o modelo full agency pode ser desafiado pela capacidade da IA de realizar tarefas repetitivas, como criação de anúncios, análise de dados e gestão de campanhas em tempo real.
Sobre criatividade, ficou evidente a transformação no contexto digital, colocando em dúvida o tempo para as ideias, bem como o custo a longo prazo da ideia pela ideia e seus modismos, levando a crer que a visão cultural e artística ainda são decisivas para conceitos coerente, eficientes e consistentes. Outro ponto, neste tema, foi o “hibridismo” entre as inteligências, mostrando que o acúmulo e acesso às informações que formam a base para grandes ideias está evidentemente “robotizado”, mas o disruptivo, sensorial e transformador acontece a partir de ideias propositivas, totalmente novas.
Quanto às mídias tudo girou em torno do, ainda prematuro mas perceptível, duelo entre streaming e redes sociais, ambos na busca da atenção total. Entretanto, a visão de complementariedade ainda é a mais inteligente e lógica.
Já sobre o futuro das agências de propaganda a intensidade, quase repetitiva, concentrou-se na necessidade da criatividade dos publicitários de agências, com o olhar refrigerado pela vivência de várias marcas e diferentes desafios. Claro que, estratégia e impulso baseado em dados apareceu em diversas falas, sempre com a exigência a adaptação às transformações digitais. Outro ponto que é necessário considerar é a necessidade das parcerias interdisciplinares.
E resumo, o Proxxima 2025 mostrou que a convergência entre tecnologia, criatividade e estratégia é o único caminho para marcas e agências que buscam o novo com resultados A inovação constante e o equilíbrio entre o humano e o digital serão cruciais para o sucesso nas próximas décadas (ou meses, depende da pressa).
*Presidente da ARP e CEO da Agência Integrada
Mythago assina vídeo de lançamento do Enredo 2026 da Portela.
Por Miltinho Talaveira
A Portela divulgou o seu enredo para o Carnaval 2026: uma homenagem ao batuque gaúcho a partir do Príncipe Custódio, figura histórica a quem se atribui o assentamento do Bará do Mercado Público de Porto Alegre, celebrado na mesma data. O folclore do Negrinho do Pastoreio também faz parte da narrativa.
No vídeo de lançamento do enredo, que está no ar nas redes oficiais da Escola, temos cenas captadas em Porto Alegre, como o Morro Santa Tereza e o Mercado Público. Bailarinos do grupo Afro Sul-Odomodê também estão no elenco, assim como Mestre Sandro, da bateria da escola de samba Bambas da Orgia.
As cenas gaúchas foram produzidas e captadas pela Mythago com direção de cena de Diogo Santoro. “Ser escolhido para participar e representar o Rio Grande do Sul neste projeto junto a Mythago, foi incrível, pois tenho uma conexão muito forte com o samba e as religiões africanas. Foi uma produção que fizemos em conjunto no Rio de Janeiro e nossa conexão deu muito certo. Filmar o ator interpretando o Negrinho do Pastoreio, no alto do morro e as filmagens no assentamento do Bará no Mercado Público mexeu muito com o emocional da nossa equipe e trazer a cultura afro-gaúcha para a Sapucaí será um marco para nossa cultura”.
Pioneira, a comunidade portelense se coloca de pé para, novamente, (re)construir parte do imaginário popular. O Carnaval 2026 da Portela será afro-gaúcho. Porque sempre há uma nova história a ser contada. O Rio Grande do Sul será decifrado a partir do negro Príncipe Custódio e assim a Portela vai atravessar a Avenida em 2026!
Ficha Técnica:
Mocita Fagundes – Prod Executiva
Diogo Santoro – direção de cena e fotografia
Fernando Jung – assistente de direção
Giovanni Moraes – assistente de elétrica
Gustavo Rodrigues – assist de cmera foquista
Joacir Fontana – eletricista
Marcia Belloc – dir produção
Marx Franzen – seg assist cmera
Mauricio Machado – contra regra
Mirela Severino Cunha – atendimento
Paulo Ricardo Gomes da Silva – motorista
Valeria Oliveira – Maquiadora
Miltinho Talaveira – Comunicação e Relacionamento
Inovação e branding: a nova era do posicionamento estratégico
Por André Carvalho*
Em um mundo cada vez mais digital, onde as mudanças ocorrem de forma acelerada e os consumidores estão mais exigentes, as marcas enfrentam o desafio constante de se reinventarem. Neste cenário, a inovação deixou de ser uma escolha para se tornar uma obrigação estratégica.
No entanto, inovar vai além de desenvolver produtos ou serviços novos; trata-se de como as marcas se conectam e entregam valor real aos consumidores. E é exatamente aí que o branding entra como elemento essencial, funcionando como a bússola que orienta as decisões e ações no relacionamento de uma companhia com o público-alvo.
Branding e cultura de inovação
A verdadeira inovação, em especial no caso do branding, não acontece isoladamente. É resultado de uma cultura organizacional que valoriza o aprendizado contínuo e está atenta às mudanças no comportamento humano. Mais do que isso, requer coragem para questionar o status quo e buscar caminhos fora do convencional. As empresas que desejam liderar os setores precisam investir em processos bem definidos, baseados em dados e insights sólidos, mas também devem adotar uma abordagem que une rigor técnico à criatividade e paixão.
Essa mentalidade inovadora deve permear todos os níveis do negócio, influenciando desde a criação de campanhas até a interação com o público. Quando a inovação é tratada como parte integrante da cultura corporativa, ela impulsiona todas as ações de branding, garantindo que a organização permaneça relevante – o que é valioso em um mercado saturado.
Conexão com o consumidor
Em um ambiente onde a autenticidade se tornou uma das principais exigências dos consumidores, as marcas precisam ir além das promessas e entregar experiências verdadeiramente significativas. O branding, quando alinhado à inovação, sustenta essa imagem com uma narrativa e movimentações que ressoem de forma honesta e envolvente, acarretando retenção de clientes e sucesso a longo prazo.
Manter consistência na comunicação e ter uma identidade clara são fundamentais. O branding autêntico estabelece conexões emocionais que vão além do produto ou serviço e criam lealdade. Para isso, é preciso que as empresas sejam transparentes nas práticas e consigam transmitir o propósito de maneira objetiva. Essa é a base para construir relacionamentos duradouros no cenário atual.
Desafios e oportunidades na era digital
Por outro lado, ser um executivo de marketing na era digital exige uma compreensão profunda dos anseios do consumidor e uma visão ampla do negócio. A inovação deve caminhar lado a lado com o entendimento de métricas, mas, mais importante, com a capacidade de adaptar rapidamente as estratégias frente às novas tendências e comportamentos.
O caminho para o sucesso não se resume a uma fórmula mágica. O que funciona é a combinação de adaptabilidade, aprendizado contínuo e visão estratégica. As marcas que conseguem equilibrar a inovação com um branding bem estruturado estão mais preparadas para enfrentar as adversidades e se destacar, garantindo relevncia e um lugar de destaque no coração dos consumidores.
Esse movimento impulsiona as grandes marcas. No caso do branding, ele é capaz de diferenciar organizações e destacar aquelas com maior potencial de crescimento. As empresas que desejam estar neste segundo grupo precisam dedicar tempo e investir na dissociação de padrões e na busca por uma identidade genuína.
*CEO e fundador da Tempus Inova
Conferência Mentes Brilhantes: Sócios ARP concorrem a 10 cortesias para participar do evento
Com o tema “Tendências que constroem o futuro e estratégias que impulsionam negócios”, Porto Alegre será palco de mais uma edição da Conferência Mentes Brilhantes. O evento acontece no dia 24 de junho, a partir das 16 horas, no Auditório Araújo Vianna.
Com a presença confirmada do economista Paulo Guedes e de outras grandes referências do empreendedorismo nacional, o público terá acesso a técnicas, métodos e insights poderosos para transformar sua gestão, escalar suas vendas e liderar com estratégia.
O mercado global de publicidade parece ter decidido que sorrisos educados ficaram de fora do roteiro.
Por Victor Vieira
Na última semana, WPP e Publicis deram um show digno de campeonato: não se trataram apenas de rivalidade interna — foram às redes, aos relatórios, aos CMOs, e lançaram dados uns contra os outros. Uma disputa bilionária que finalmente obrigou a indústria a encarar o que vinha fingindo ignorar.
A WPP divulgou uma auditoria pública desbancando a Epsilon, SSP da Publicis, com números que soam como piadas de mau gosto: viewability de apenas 43%, inventário “Made for Advertising” (MFA) de 26%, e quedas de atenção superiores a 40%. Estatisticamente, é um desastre — o benchmark global da IAS para viewability está na faixa de 71% e o ideal de MFA não passa de 5%.
Já imaginaram: mais de um quarto dos anúncios ali contratados vieram embalados em conteúdo desenhado apenas para gerar cliques — e com meia atenção das pessoas que os visualizaram.
A Publicis respondeu com o maior troféu do momento: levou a conta global da Mars por nada menos que US$ 1,7 bilhão. Um sinal claríssimo de que seu ecossistema tecnológico — Epsilon, Sapient e afins — não está ali só para enfeitar o portfolio, mas para ser diferencial em pitches. E parece que os CMOs estão comprando essa briga. Dados da DoubleVerify mostram que 96% dos anunciantes globais já usam métricas de atenção em pelo menos parte de seus investimentos, e a adoção de soluções triplicou só no último ano — 47% dos buyers planejam incorporar ainda mais atenção em 2024.
A evolução é clara: viewability virou pré-requisito (50% de pixels à vista por pelo menos 1 segundo, segundo MRC, mas atenção é quem agora define a qualidade de fato — mede se o usuário realmente absorveu a mensagem. Estudos da IAS mostram que sites MFA geram 7% menos atenção em display e 28% menos em vídeo, e a exposição média nesses sites é a metade da registrada em inventários de qualidade (9 segundos vs 18 segundos).
Se isso não é o ringue das plataformas, o que é? Choreograph vs Epsilon deixou de ser uma guerra interna de holdings e virou debate de diretoria. A confiança virou moeda forte. CMOs já não toleram depender somente de relatórios internos das SSPs — querem visão independente, transparência e performance comprovada. Plataformas que não possuem validação independente estão mais vulneráveis do que um ator coadjuvante em final de novela.
Portanto, concluindo com aquele toque sarcástico necessário: o modelo dos grandes conglomerados, que se escondiam atrás de ideias criativas e métricas bonitinhas no PPT, está oficialmente falido. E isso é só o aquecimento. No futuro, quem não consegue provar com dados externos, métricas de atenção e auditorias terceirizadas, ficará explicando para o CFO por que o ROI desapareceu. Medição virou arma de convencimento e defesa. E quem continua apostando em números que só impressionam no slide… bom, provavelmente está ocupado demais decorando desculpas para o próximo relatório de performance.