Nos artigos que publicamos hoje você vai ler sobre: OMG e Publicis Media são campeãs globais em novos negócios, Natura desmonta império global e volta às origens após prejuízo de R$ 8,9 bilhões, criamos algo que pode tirar nosso poder, enquanto o mundo corre atrás da nova revolução tecnológica, Buffett faz o básico — e vence (de novo), análise do impacto fora de casa, adeus, funil de conversão, olá, caos organizado!, marcas invisíveis: o futuro do e-commerce está se tornando indetectável,Brasileiros acreditam que redes sociais estimulam dívidas, E-commerce: vendas do varejo devem aumentar 70% até 2027, aponta estudo e foco no crescimento e consolidação do setor de OOH.
OMG e Publicis Media são campeãs globais em novos negócios
Por Meio&Mensagem
O Omnicom Media Group e a Publicis Media foram as empresas que mais conquistaram contas de mídia em 2024, apontam dados do Global New Business Barometer, da COMvergence.
As duas companhias concentraram quase um terço dos US$ 39 bilhões de investimentos globais em mídia. A OMG, parte do Omnicom, obteve US$ 7,7 bilhões em novos negócios, por meio de conquistas como a verba de US$ 1,2 bilhão da Amazon e a de US$ 600 milhões da Gap.
Mais da metade dos US$ 4 bilhões veio da retenção da Volkswagen. As manutenções de contas já atendidas foram o grande trunfo da companhia, aliás: segundo a pesquisa, a taxa de retenção da empresa foi de 74%, enquanto o índice médio contabilizado é de 32%.
Já a Publicis Media apareceu em segundo lugar, com aproximadamente US$ 6,5 bilhões em novos negócios. Entre as conquistas estão a conta de mídia da Hershey nos EUA, as de Yum Brands e Nestlé na China, e as contas globais de Spotify e Lego.
Com a retenção da verba de mídia global da Unilever e a conquista de Johnson & Johnson, o GroupM, do WPP, ficou no terceiro lugar, com US$ 4,5 bilhões.
Natura desmonta império global e volta às origens após prejuízo de R$ 8,9 bilhões
Por InvestNews
A aquisição da Avon pela Natura, anunciada em maio de 2019, parecia um momento de virada de chave para a empresa brasileira de cosméticos. A marca nacional se tornaria uma gigante global com valor de mercado de US$ 16 bilhões e cerca de R$ 60 bilhões em ativos.
Cerca de cinco anos mais tarde, a Natura anuncia uma reorganização societária que, na prática, reverte todo o movimento feito para a aquisição da Avon. É, basicamente, uma volta às origens e, de certa forma, um reconhecimento de que a estratégia de expansão internacional se revelou equivocada.
Na reorganização confirmada nesta quarta-feira (26), a companhia vai extinguir sua holding não operacional (a Natura &Co), criada em 2019 para englobar as operações da Natura Cosméticos, que responde pelo mercado brasileiro, e pelas marcas globais adquiridas no período, a The Body Shop, Aesop e a Avon.
Na solução comunicada ao mercado a Natura Cosméticos passará a ser a holding operacional do grupo e vai incorporar a Natura & Co. A assembleia geral para aprovar a operação está marcada para 25 de abril. A aprovação também está sujeita à autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a conversão do emissor e da listagem no Novo Mercado da B3.
A reestruturação vem acompanhada de uma significativa mudança em sua liderança executiva.
João Paulo Ferreira, atual CEO da Natura Cosméticos, passará a ser o principal executivo da Natura e vai ganhar assento no conselho. Já Guilherme Castellan deixará o posto de CFO. Silvia Vilas Boas, atual CFO para América Latina, assumirá a área financeira de toda a companhia e o cargo de diretora de Relações com Investidores a partir de 25 de abril.
Fábio Barbosa, que assumiu em 2022 o comando da empresa em meio à turbulência pós-pandemia, deixará as funções operacionais para presidir o Conselho de Administração da Natura Cosméticos. O cargo atualmente é dividido pelos fundadores Guilherme Leal, Pedro Passos e Antônio Seabra, que juntos detêm 38,4% do capital da empresa.
O conselho de administração da nova estrutura continuará contando com a presença dos fundadores, além de Bruno Rocha, Duda Kertesz e Gilberto Mifano. A novidade é a entrada de Alessandro Carlucci, que já atuou como CEO da Natura no passado. Por outro lado, Carla Schmitzberger deixará o Conselho após sete anos.
A nova estrutura, segundo a companhia, busca “destravar valor aos acionistas” e recuperar a lucratividade. A Natura registrou um prejuízo de cerca de R$ 8,929 bilhões em 2024 e hoje seu valor de mercado caiu para a casa dos US$ 2,3 bilhões, quase sete vezes menor do que o pico logo após a aquisição da Avon há cinco anos.
A Natura vendeu a Aesop em agosto de 2023 e a The Body Shop em dezembro do mesmo ano. Quanto à Avon, está sendo negociada com a gestora IG4 para a venda das operações Avon fora da América Latina, sem exclusividade.
O grupo avalia ainda estratégias alternativas como parcerias e um “spin-off”, ou seja, uma separação de negócios.
‘Criamos algo que pode tirar nosso poder’, diz Harari sobre inteligência artificial
Por Willian Plaza
Nos últimos tempos, inúmeras figuras proeminentes têm levantado sérias preocupações sobre os riscos da Inteligência Artificial (IA). Alguns alertam para seus impactos sociais imediatos, enquanto outros vislumbram cenários apocalípticos, como a extinção da humanidade. Uma dessas personalidades é Yuval Noah Harari, historiador e escritor, conhecido pelo livro Sapiens.
Em uma entrevista ao The Daily Show, , Harari compartilhou sua visão sobre os desafios e os perigos que a evolução da IA impõe à sociedade.
A IA como agente autônomo: um futuro inquietante
De acordo com Harari, estamos em um ponto de inflexão na história da tecnologia. A IA deixou de ser uma simples ferramenta para se tornar um agente autônomo, capaz de tomar decisões e gerar ideias sem a intervenção humana. “A inteligência artificial é diferente de qualquer outra tecnologia que já inventamos”, alerta o historiador. Essa afirmação, no entanto, está longe de ser uma hipérbole: é um fato inquietante.
Ao contrário da bomba atômica ou da imprensa, a IA possui capacidades que ultrapassam a simples execução de ordens. Harari citou um exemplor: o GPT-4 enfrentando um CAPTCHA, uma ferramenta usada para distinguir humanos de máquinas. Quando o sistema não conseguiu resolver o teste, ele contratou um ser humano através da plataforma TaskRabbit, alegando ter uma deficiência visual que o impedia de completar a tarefa. Ao enganar o trabalhador, o chatbot conseguiu superar o obstáculo, revelando um poder surpreendente das máquinas para manipular seres humanos e alcançar seus próprios objetivos. Este incidente, longe de ser trivial, expõe como a IA pode exercer uma crescente autonomia, levantando sérias questões sobre seu poder.
Evidentemente, atrelado ao próprio objetivo do homem, que pode ser subversivo. Como disse recentemente Michael Wooldridge, professor de ciência da computação na Universidade de Oxford, o grande perigo da IA está na imoralidade dos humanos.
O impacto da IA no futuro do trabalho e da sociedade
Segundo Harari, o perigo não não reside em uma distopia de filmes de ficção científica, mas na proliferação silenciosa da IA em setores críticos da sociedade. Em um futuro próximo, pode se tornar comum a IA decidir quem recebe crédito em bancos, ou ser a responsável por decisões de recrutamento e admissões universitárias, ou até mesmo influenciar a distribuição de recursos governamentais. Essas mudanças já estão em curso e exigem atenção.
Além disso, Harari também destaca um paradoxa perturbado: “Temos a tecnologia de informação mais avançada da história e, ao mesmo tempo, estamos perdendo a capacidade de nos comunicar e nos ouvir”. Para ele, a IA tem prejudicado a capacidade de diálogo entre as pessoas, o que é crucial para discutir questões como políticas econômicas e orçamentárias.
O equilíbrio necessário para o futuro da IA
Apesar do cenário desafiador, Yuval Noah Harari acredita que o futuro não precisa ser tão sombrio. Para ele, a chave para um futuro equilibrado está em encontrar um meio termo entre o avanço tecnológico e o crescimento humano. Ele sugere que, além de investir em instituições que promovam informação de qualidade, é fundamental regular os algoritmos para garantir que o bem comum seja priorizado. Além disso, Harari defende que precisamos resgatar ritmos naturais de trabalho e descanso em nossos sistemas socioeconômicos, para garantir que a tecnologia trabalhe a nosso favor e não contra nós.
Enquanto o mundo corre atrás da nova revolução tecnológica, Buffett faz o básico — e vence (de novo)
Henrique Esteter
Em meio à euforia do mercado com a inteligência artificial, Warren Buffett, aos 94 anos, mantém a filosofia que o consagrou há décadas: simplicidade, disciplina e paciência.
Enquanto investidores se deslumbram com o futuro da tecnologia, a carteira da Berkshire Hathaway segue firme em setores tradicionais da economia americana: seguradoras, energia, ferrovias — e um impressionante montante de US$ 334 bilhões investidos em T-Bills, os títulos do Tesouro americano de curtíssimo prazo, rendendo cerca de 4,2% ao ano. Para colocar isso em perspectiva, Buffett controla um caixa maior do que as reservas de dólares do Brasil e, mais surpreendente ainda, possui mais títulos do Tesouro americano do que o próprio Fed, o Banco Central dos Estados Unidos.
Os números dessa estratégia, que pode parecer conservadora, são eloquentes. Desde janeiro de 2024, as ações da Berkshire Hathaway valorizaram 49%, superando as chamadas “Magníficas 7” — Apple, Amazon, Microsoft, Meta, Google, Nvidia e Tesla —, que avançaram 45% no mesmo período. No mais recente relatório anual, a Berkshire revelou seu terceiro recorde consecutivo de lucro operacional, com um crescimento de 27%, alcançando US$ 47,44 bilhões.
Não é novidade que Buffett adote essa postura cautelosa em tempos de otimismo exagerado. Conhecido por antecipar crises e agir no momento certo, ele fez história em 2008, salvando bancos como Goldman Sachs e Bank of America durante o colapso financeiro, e repetiu o feito em 2020, no auge da pandemia. Agora, tudo indica que ele está à espreita da próxima grande oportunidade.
Na euforia, ele pode soar antiquado. Mas, quando o mercado desaba, é Buffett quem dá as cartas.
Análise do impacto fora de casa
Por Nielsen
A busca de uma empresa global de óculos para ver o desempenho abrangente da campanha
A Luxottica, um conglomerado global de óculos com sede em Milão, é uma potência no mercado de visão dos EUA – de marcas de óculos de luxo a lojas de varejo e seguro de saúde visual. Com grande parte de seu orçamento gasto em ativações Out of Home (OOH), eles recorreram à solução Brand Impact da Nielsen para entender como esses canais historicamente difíceis de medir estavam contribuindo para o sucesso geral da marca.
Compreensão do impacto dos investimentos em OOH
Uma parte significativa da verba de mídia da Luxottica é gasta em publicidade Out of Home (OOH) (por exemplo, outdoors, sinalização digital e colocações de proximidade). A empresa contratou a experiência da Nielsen em medição para entender o impacto que isso causava em seu plano geral de mídia.
Garantia de medição confiável para posicionamentos analógicos
A Luxottica precisava medir a eficácia de uma campanha de OOH que abrangia vários mercados, mas não era de âmbito nacional. Tradicionalmente, as campanhas de OOH não têm métricas imediatas e quantificáveis. Essa barreira entre ativações e percepções contribuiu para a percepção de que o impacto do OOH é intangível e irrealista para quantificar, especialmente para entender como ele muda o valor da marca. A Luxottica precisava de uma maneira de capturar percepções precisas do mercado de OOH e fornecer métricas confiáveis da marca em seus principais mercados.
Nielsen Brand Impact revela insights de OOH localizados
Usando o Nielsen Brand Impact, a Nielsen conseguiu acessar campanhas de 2022 e 2023, que incluíam mídia OOH em Los Angeles e Nova York. A Nielsen adaptou o plano de amostragem da solução Brand Impact para poder medir a atividade OOH localizada e, ao mesmo tempo, manter uma amostra representativa em nível nacional.
Adeus, funil de conversão. Olá, caos organizado!
Por Cris Duclos via Linkedin
Eu sou consumidora. Você é consumidor. Mas a minha jornada de compra não tem nada a ver com a sua – e nem com a de mais ninguém aqui no LinkedIn. E sabe por quê? Porque já faz tempo que a jornada de consumo deixou de ser linear.
Hoje, a gente scrolla, streama, searcha e shoppa tudo ao mesmo tempo, sem nem perceber. O evento Think with Google 2025 deixou isso claro: o funil de conversão que usamos por anos já não serve mais.
Segundo o Boston Consulting Group (BCG) em estudo com o Google, a nova regra do jogo agora é o Mapa de Influência: cada consumidor segue seu próprio caminho, com mudanças de comportamento acontecendo o tempo todo. Mas se tudo mudou, como as marcas podem acompanhar?
Aqui vai o que realmente importa:
➡ Atenção virou o bem mais precioso – e a gente tem cada vez menos.
➡ Relevância é tudo – ou o conteúdo conversa comigo ou eu pulo.
➡ Confiança é premissa – eu confio nessa plataforma, nesse criador, nessa marca?
Atenção + Relevância + Confiança = Influência.
E não, influência não é o mesmo que alcance. (Vamos repetir juntos!)
Mas calma, que não precisa entrar em pânico. A tecnologia e a IA já estão aí para dar velocidade a essa loucura:
✅ Entenda seu consumidor (mapeia, decifra, pesquisa, analisa, repete).
✅ Melhore sua capacidade em dados.
✅ Use a tecnologia certa com os parceiros certos para dar vida a essas jornadas.
E aí? Que você está esperando para começar? Não é Fábio Coelho ?
Marcas invisíveis: o futuro do e-commerce está se tornando indetectável, mas irresistível
Por Rodrigo Cursi de Carvalho
Imagine uma experiência de compra em que cliques, carregamento de páginas e digitação de senhas se tornam desnecessários. Basta expressar um desejo, e ele se materializa sem esforço. Esse futuro já começa a se tornar realidade. O e-commerce invisível está transformando a forma como consumimos, substituindo interações tradicionais por processos fluidos e imperceptíveis. O que parecia ficção científica há poucos anos é viabilizado hoje por APIs, inteligência artificial e novas formas de interação digital. No entanto, vender online ou fisicamente não se limita a canais; é essencial compreender toda a jornada do cliente.
O declínio da dependência exclusiva de sites
Os e-commerces tradicionais, baseados em sites e interfaces complexas, não estão perdendo relevância, mas passaram a ser apenas uma parte de uma jornada de compra mais ampla e diversificada. Eles agora coexistem com novos canais de venda direta que tornam a experiência do consumidor mais fluida e acessível. O consumidor moderno não depende mais de uma plataforma centralizada para realizar compras; ele interage com as marcas onde quer que esteja.
Essa evolução se deve a três fatores principais:
– APIs e headless commerce: integrações diretas permitem que marcas vendam dentro de plataformas de terceiros sem necessidade de um site próprio. Marketplaces, redes sociais e apps de mensagens se tornam hubs de compra. –
– Comércio por voz e automação: dispositivos como Alexa, Google Assistant e assistentes veiculares possibilitam compras sem necessidade de tela.
– Redes sociais e mensageiros: ferramentas como TikTok Shop, WhatsApp Business e e-mails interativos revolucionam o funil de vendas, tornando o processo de compra quase instantâneo.
Casos reais de comércio invisível
Empresas que compreenderam essa mudança colhem resultados expressivos.
– WhatsApp como canal de conversão: na China, o WeChat se consolidou como uma das principais plataformas de e-commerce, eliminando a necessidade de sites para milhões de marcas. No Brasil, o WhatsApp Business segue um caminho semelhante, integrando atendimento, pagamento e logística.
– E-mails interativos: lojas adotam mensagens que permitem finalizar a compra diretamente no e-mail, reduzindo a taxa de abandono de carrinho.
– Social commerce em ascensão: redes como TikTok e Instagram possibilitam compras sem que o usuário saia do feed, reduzindo a fricção e aumentando a conversão.
– Wearables e IoT como facilitadores invisíveis: smartwatches e eletrodomésticos conectados realizam compras automáticas com base no consumo do usuário. A Amazon expande seu programa de Dash Replenishment, que permite reabastecimento automático de produtos essenciais.
Frictionless commerce: compras sem barreiras
O conceito de frictionless commerce busca eliminar qualquer barreira entre desejo e compra. Algumas soluções avançadas já estão sendo implementadas:
– Pagamentos invisíveis: o Uber transformou a experiência de transporte ao remover a necessidade de pagamento manual. O mesmo conceito se aplica ao e-commerce, com tokenização e reconhecimento facial permitindo compras sem interrupções.
– Reabastecimento inteligente: serviços de assinatura dinâmicos analisam padrões de uso e ajustam entregas automaticamente.
– IA preditiva: algoritmos avançados antecipam as necessidades do consumidor e sugerem compras antes mesmo que ele perceba. Grandes varejistas utilizam essa tecnologia para ajustar estoques e personalizar ofertas em tempo real.
A invisibilidade é sustentável?
Diante desse cenário, surge um questionamento: esse modelo de e-commerce sem domínio próprio ou presença física é viável a longo prazo? Nos últimos anos, grandes marcas reforçaram a importância da experiência física e da conexão direta com o consumidor. Apple, Nike e até mesmo gigantes digitais como Amazon continuam investindo no varejo físico, pois compreendem que a experiência de marca é um diferencial competitivo.
O modelo de marca invisível, atuando exclusivamente em canais únicos, não pode ser visto como uma substituição total, mas sim como um complemento estratégico. A verdadeira inovação no e-commerce não está em excluir canais, mas em entender como cada um pode agregar valor à jornada do consumidor. Se uma marca nasceu no TikTok ou vende majoritariamente pelo WhatsApp, é positivo, mas será que vale a pena se limitar a isso?
O futuro do comércio digital exige uma abordagem omnichannel eficiente, na qual a presença nos canais certos seja uma decisão estratégica, e não apenas uma resposta a tendências momentâneas. O mais importante não é estar em todos os canais, mas garantir uma presença relevante e eficaz em que o público realmente interage.
Brasileiros acreditam que redes sociais estimulam dívidas, diz pesquisa
Por Maria Luiza Araujo
Seis em cada dez brasileiros acreditam que as redes sociais contribuem para o aumento das dívidas, segundo pesquisa feita pela Creditas em parceria com a Opinion Box.
O levantamento mostra que para 33% dos consumidores as plataformas estimulam a gastos desnecessários, enquanto para 17% elas reforçam uma cultura consumista e, para 13%, incentivam compras impulsivas.
O estudo mostra ainda que 70% dos brasileiros já contraíram dívidas, sendo as principais causas: despesas inesperadas (30%), uso excessivo do cartão de crédito (27%) e parcelamento no cartão (24%).
Para Guilherme Casagrande, educador financeiro da Creditas, o endividamento da população está comumente ligado a promoções relâmpago, tendências passageiras e a falsa sensação de que certos produtos ou experiências são essenciais para o bem-estar.
“Para viabilizar as compras incentivadas pelas redes sociais, os brasileiros fazem uso de um dos créditos mais tóxicos do mercado – o rotativo de cartão de crédito. O uso dessa linha de forma inconsequente pode resultar em dívidas de juros muito altos”, afirma.
Confira dicas para evitar endividamento
Ao contrair uma dívida, é importante fazer um planejamento para voltar a ter o controle das finanças. Segundo Casagrande, o primeiro passo é mapear todas as dívidas e depois procurar pelas alternativas mais baratas para quitar esses débitos.
“Atualmente, os créditos com garantia, seja de carro, casa ou salário (mais conhecido como consignado), são os créditos com os juros mais baixos do mercado e alternativas inteligentes para quem deseja se organizar e pagar dívidas acumuladas”, explica.
Pensando no impacto que as redes podem ter no bolso dos usuários, Casagrande faz algumas recomendações:
Filtre os conteúdos consumidos: Siga perfis confiáveis de educação financeira e evite conteúdos que incentivam compras impulsivas;
Questione a necessidade da compra: Pergunte-se se o item ou serviço é realmente necessário, ou se a compra é motivada por influência externa;
Defina um orçamento para gastos extras: Antes de ceder às tentações das redes sociais, estabeleça um limite mensal para compras não essenciais;
Evite o parcelamento: Sempre que possível, prefira pagamentos à vista para evitar juros e acúmulo de parcelas;
Desative notificações de promoções: Reduzir estímulos pode ajudar a evitar compras impulsivas;
Priorize conhecimento financeiro: Invista tempo em aprender sobre planejamento financeiro, taxas de juros e formas de crédito mais vantajosas.
Metodologia
O levantamento ouviu 1.506 pessoas com mais de 18 anos, de diferentes classes sociais e regiões do país, para entender a relação do brasileiro com o crédito e as principais motivações para o uso.
E-commerce: vendas do varejo devem aumentar 70% até 2027, aponta estudo
Por Redação E-commerce Brasil
O e-commerce brasileiro terá uma grande expansão até 2027, com o varejo alcançando grande destaque nos próximos dois anos e consolidando sua liderança quando se trata de vendas online. A previsão é que, em relação ao varejo, o e-commerce passe de US$ 346,3 bilhões, contabilizados em 2024, para US$ 585,6 bilhões em 2027, crescimento de 70%. Os dados são do “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento”, da Nuvei
O avanço do varejo nas vendas online no Brasil deve apresentar um ritmo ainda mais acelerado do que o projetado para o e-commerce como um todo no país. Segundo o estudo, no geral, o setor deve passar por três fatores impulsionadores:
População jovem em aumento;
Adesão cada vez mais intensa do brasileiro à cultura digital
Facilidades de pagamento proporcionadas pelo Pix, que ajuda a democratizar o acesso ao e-commerce.
“No caso do varejo, que tende a consolidar sua liderança nos próximos anos, vemos que são grandes vetores de crescimento as vendas de vestuário, acessórios e itens de moda em geral. Esses segmentos varejistas conseguiram alinhar a oferta de produtos às preferências dos brasileiros ao mesmo tempo em que aperfeiçoaram a logística de entrega”, destaca Daniel Moretto, vice-presidente sênior da Nuvei América Latina. “A combinação desses fatores faz o e-commerce cair no gosto do consumidor, elevando a participação do varejo à metade desse mercado. E as vendas de vestuário têm muito a ver com isso”, acrescenta.
Mais segmentos
Em paralelo ao varejo, outras verticais do e-commerce terão destaque no período. É o caso do turismo, que deve movimentar US$ 93,1 bilhões em 2027, avançando 64% em relação a 2024, quando foi responsável por US$ 56,7 bilhões de 2024. O segmento será o segundo mais expressivo no e-commerce brasileiro, em grande parte por estar adaptado às preferências locais de facilidades de pagamento.
Outro segmento que tende a ampliar sua presença no comércio eletrônico brasileiro nos próximos dois anos é o de apostas online (bets), com alta de 33% (saindo de US$ 39,3 bilhões para US$ 52,3 bilhões no período).
Foco no crescimento e consolidação do setor de OOH
Por abooh
A Associação Brasileira de Out Of Home (Abooh), um espaço para conectar e incentivar o setor de mídia Out Of Home (OOH), avançou em mais uma ação importante para destacar o crescimento e consolidação do setor de OOH. Por meio de um webinar híbrido para associados, com a presença de nomes de relevância mundial, como Tom Goddard, presidente da World Out of Home Organization, foi possível reforçar a posição do Brasil em um cenário de expansão, além de enfatizar as perspectivas de crescimento para os próximos anos. Também participaram do encontro, como palestrantes, Yuri Berezovoy, Rodrigo Moreira Kallas, Claudia Damas e Carlos Viladevall Passola,
Também no evento Felipe Viante, presidente da Associação, destaca que a ABOOH; e Andrea Weiss e , CEO da Abooh, Eles salientaram a importância do apoio e colaboração entre toda a comunidade OOH para que a evolução do setor seja conjunta e eficaz, fortalecendo ainda demandas importantes, pois trata-se de uma mídia de impacto e que conversa com a população o dia inteiro, desde o momento que a pessoa sai de casa, durante seu percurso ao longo do dia até voltar para sua casa. Viante lembra que a mídia OOH apresenta uma cobertura nacional de 89%. “O Brasil tem se mostrado competitivo em relação aos outros países, visto pelas apresentações que ouvimos no webinar híbrido nesta semana”, pondera Viante, reforçando que a cobertura nacional coloca o OOH como um dos meios de comunicação mais acessíveis e eficazes em termos de alcance.
Para completar, a mídia exterior vem ganhando mais participação e já é o segundo tipo de publicidade mais consumida em muitas cidades do País.
Para coletar, organizar e mensurar os principais dados do setor, a Tendências elaborou, juntamente com a Abooh, a Central de Outdoor e Federação Nacional da Publicidade Exterior (Fenapex), uma pesquisa por meio do portal https://www.somosooh.com.br/ realizada por meio de um questionário direcionado às empresas do mercado de mídia Out of Home. E o objetivo da Associação, por meio de diferentes iniciativas, é contribuir ativamente para o desenvolvimento de um setor cada vez mais organizado, profissional e dinâmico.