Nos artigos que publicamos hoje, você vai ler sobre:Publicidade leva 68% dos usuários às apostas e molda crescimento do mercado, Maior banco de dados do mundo sobre TikTok Shop estreia no Brasil com versão em português, Hospital Moinhos de Vento recebe prefeitos para agenda estratégica em saúde pública e telemedicina, Você ainda compra OOH como se estivesse em 2010?e O Brasil investe em OOH como gente grande.
Publicidade leva 68% dos usuários às apostas e molda crescimento do mercado
Por Frncielle Mesquita
O mercado de apostas esportivas em plataformas digitais cresceu de forma exponencial nos últimos anos. Atualmente, estimativas apontam que os gastos da população com esse segmento ultrapassam R$ 20 bilhões por mês.
Diante desse cenário, um estudo divulgado pelo Instituto Locomotiva buscou compreender o perfil psicológico do apostador brasileiro e os principais motivos que o levam a apostar. Segundo o levantamento, 68% dos usuários iniciaram na prática a partir de propagandas e anúncios.
A rápida expansão dos sites de apostas esportivas está diretamente relacionada a mudanças no comportamento da população — com a publicidade exercendo papel central nesse processo.
Mesmo com a regulamentação de casas de apostas online, esse novo comportamento também exige atenção. De acordo com o advogado especialista na regulamentação do jogo no Brasil da Aposta Hub, Ricardo de Paula Feijó, é fundamental ter consciência financeira no momento de realizar as apostas.
. “O jogo responsável é a exploração do jogo de forma sustentável, buscando eliminar ou mitigar os efeitos negativos da atividade, tais como o vício e o superendividamento. O jogo responsável é a ideia do jogo como atividade de entretenimento, realizado de forma saudável. Somente o jogo responsável garante a sustentabilidade do setor de jogos e apostas”, explica Feijó.
Publicidade aumenta o interesse em apostas
No Brasil, a presença da publicidade voltada às apostas esportivas é intensa. Um estudo do Itaú Unibanco mostrou que os investimentos em propaganda por parte das plataformas do setor podem chegar a R$ 9 bilhões — mais de um terço da receita líquida média.
No Campeonato Brasileiro, por exemplo, todas as equipes atualmente exibem marcas de casas de apostas em seus uniformes. Entre elas, Red Bull Bragantino e Mirassol são as únicas que não possuem acordos do tipo como patrocínio master.
Esse cenário ajuda a entender por que tantos brasileiros foram influenciados por propagandas. Entre os apostadores, 39% conheceram os sites por meio de anúncios na televisão ou no rádio, enquanto 37% foram alcançados por anúncios na internet.
Brasileiros assistem mais esportes para apostar
Outro dado relevante do estudo aponta que 77% dos usuários passaram a assistir mais eventos esportivos para apostar online. O futebol se mantém como a principal modalidade, com larga vantagem em relação ao segundo colocado.
Basquete, vôlei e Fórmula 1 também aparecem entre os esportes mais citados. Enquanto 86% dos usuários preferem apostar em futebol, 55% afirmam apostar também em outras modalidades.
Considerando um universo de 137 milhões de usuários registrados em sites de apostas, há um público cada vez mais diversificado, o que amplia o espaço para que esportes alternativos ganhem visibilidade.
Conhecimento ou sorte: o que pesa mais?
Apostar envolve um componente de sorte, mas a pesquisa revelou que a maioria dos usuários valoriza o conhecimento como fator decisivo.
Ao todo, 61% dos apostadores acreditam que o conhecimento prévio sobre o esporte é essencial para ter sucesso. Outros 39% ainda consideram que a sorte é determinante nos resultados.
Além disso, 49% afirmam que seu conhecimento em apostas online está acima da média dos demais usuários, o que revela um cenário de confiança por parte dos apostadores brasileiros.
Usuários migram entre plataformas e buscam benefícios
O perfil do apostador brasileiro mostra que muitos não têm um site preferido para apostar: 59% dos entrevistados costumam utilizar mais de uma plataforma.
Entre eles, 84% já mudaram de site principal em algum momento. Os motivos mais citados incluem bônus, cashback, propagandas e recomendações de outros usuários.
Nos próximos anos, a tendência é de que o número de apostadores continue crescendo. No entanto, será essencial implementar práticas que garantam mais segurança e responsabilidade, promovendo o jogo como uma forma de entretenimento.
Maior banco de dados do mundo sobre TikTok Shop estreia no Brasil com versão em português
Por Andre Inohara
A Gloda, plataforma internacional especializada em análise de dados para o ecossistema do TikTok, anuncia oficialmente sua chegada ao Brasil, com uma solução localizada em língua portuguesa e vendida pela agência brasileira ABLELIVE.
A ferramenta permite a seus usuários ver quais tiktokers possuem melhor engajamento para vendas por categoria, quais são os vídeos curtos de produtos mais bem-sucedidos e é capaz de monitorar, em tempo real, o comportamento de consumo dos brasileiros dentro da plataforma de social commerce. O serviço, que é voltado para agências de marketing, varejistas e profissionais de e-commerce e publicidade pode ser testado gratuitamente por até três dias. Para acessar a Gloda em português, basta cadastrar-se no link br.gloda.vip/pt.
A inteligência da Gloda, que já é utilizada por mais de 50 mil vendedores em mercados como Estados Unidos e China, agora apresenta, também em português e com recorte do mercado brasileiro, dados como taxa de entrega (alcance dos criadores), GMV (volume total de vendas, em reais) de lives e a performance de vídeos curtos e transmissões ao vivo. Na plataforma, é possível descobrir quais cosméticos são os mais vendidos, quais itens fashion são os campeões de popularidade ou se produtos para casa ou eletrônicos estão em alta ou baixa no TikTok Shop Brasil.
A entrada da Gloda no Brasil ocorre em parceria com a ABLELIVE, a maior agência brasileira de livestreaming e microinfluenciadores. De acordo com Yan Di, CEO da ABLELIVE, o TikTok é uma plataforma estratégica para a expansão do e-commerce nacional e seu algoritmo tem características próprias. “A lógica do TikTok Shop não é a do e-commerce tradicional. Aqui, conteúdo e dados caminham juntos. Quem domina os dados, ganha o mercado”, afirma.
Entre as funcionalidades oferecidas pela ferramenta da Gloda estão:
– Rastreamento de tendências: mostra os produtos e lojas em alta por categoria, faixa de preço e variação diária de vendas.
– Monitoramento de criadores: com filtros inteligentes, revela a eficiência, engajamento, taxa de conversão e perfil de audiência de cada tiktoker.
– Análise detalhada de lives: permite visualizar o GMV (volume bruto de mercadorias vendidas) em uma live, a frequência com que uma conta realiza transmissões e o impacto da recorrência nas vendas.
– Dados em tempo real: o serviço dá acesso a histórico de performances, compara-os com lives em acontecimento (tempo real), traça para comparativos e faz projeções.
Para o CEO da ABLELIVE, representante exclusiva da Gloda no Brasil, o lançamento da ferramenta de inteligência reforça o avanço do comércio social orientado por dados e marca uma etapa de profissionalização do TikTok Shop no país. “Trata-se de uma infraestrutura digital para marcas que desejam atuar com inteligência no ambiente de conteúdo e vendas em um ambiente dinâmico e em franca expansão”, complementa Yan Di.
Mercado potencial – Segundo o relatório Digital 2024 da DataReportal, o TikTok já conta com mais de 120 milhões de usuários no Brasil, que passam em média 9 horas e 13 minutos por dia online — um dos maiores tempos de conexão do mundo.
A expectativa é que o mercado brasileiro de live commerce supere os US$ 6,7 bilhões em vendas anuais até 2028, com taxa de crescimento anual de 39,7% para o comércio social. Um terreno fértil para quem souber combinar conteúdo, dados e conversão.
Hospital Moinhos de Vento recebe prefeitos para agenda estratégica em saúde pública e telemedicina
O Hospital Moinhos de Vento promoveu, na sexta-feira (13), uma agenda com prefeitos e secretários de municípios gaúchos para discutir soluções conjuntas nas áreas de saúde pública, ensino, pesquisa e responsabilidade social. O encontro reforçou o papel da instituição como parceira técnica dos gestores municipais, com destaque para os projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e o avanço da telemedicina como ferramenta de acesso e resolutividade.
O CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, abriu a reunião reforçando o compromisso da instituição com o fortalecimento da saúde pública por meio de ferramentas de gestão, inovação e participação ativa em projetos clínicos. “Queremos que os municípios conheçam os projetos do PROADI-SUS e façam parte dessa rede de transformação. O Moinhos é parceiro para construir soluções conjuntas e qualificar o atendimento à população”, afirmou.
PROADI-SUS: impacto direto nos municípios
De acordo com o superintendente de Responsabilidade Social e Gestão de Riscos, Admilson Reis, para o triênio 2024–2026, o Moinhos executa 25 projetos em 78 municípios do Rio Grande do Sul, com atuação nas sete macrorregiões do estado. São 165 frentes de trabalho organizadas nos eixos de gestão/assistência, pesquisa e educação. O investimento estimado é de R$ 304 milhões, com foco em resultados clínicos mensuráveis e soluções aplicáveis à realidade do SUS. Entre os projetos apresentados, dois estão abertos à adesão municipal:
– Projeto Recomeçar: triagem e suporte psicológico a vítimas das enchentes;
– Projeto CuidAR: capacitação de equipes da atenção básica no manejo da asma.
Telemedicina: atendimento digital com 97% de resolutividade
A plataforma de saúde digital do hospital foi apresentada como alternativa escalável e eficaz para os municípios. O Pronto Atendimento Digital funciona 24h, com emissão de receitas, atestados e encaminhamentos. Os ambulatórios digitais especializados também foram destaque — com atendimentos em áreas como psiquiatria, cardiologia, neurologia e pediatria.
O prefeito de Portão, Delmar Hoff, que está implementando a telemedicina no município através de parceria com o Hospital, defendeu o uso do sistema como forma de desafogar o atendimento médico nas cidades: “tem dado certo e com um custo muito menor do que as alternativas tradicionais. Há um caminho inovador e sustentável e estamos muito satisfeitos com a parceria com o Moinhos de Vento.”
Estrutura assistencial e cooperação com municípios
O hospital apresentou sua estrutura de alta complexidade, com cirurgias, exames, hospital de retaguarda e a Central de Encaminhamento de Pacientes, destacando a utilização do heliponto para transporte aeromédico. Os gestores também conheceram o Instituto de Pesquisa Moinhos, que conduz mais de 200 estudos clínicos ativos, além dos programas de preceptoria, cursos técnicos e especializações voltadas à realidade do SUS.
A superintendente de Estratégia e Mercado, Melina Schuch, destacou os critérios que orientam a escolha dos territórios prioritários, baseados em indicadores de vulnerabilidade social, e apresentou possibilidades de parceria com secretarias municipais de Saúde e Assistência Social, através do Instituto Moinhos Social.
Para o prefeito de Guaíba e presidente da GRANPAL, Marcelo Maranata, a articulação é urgente: “não é aceitável que pacientes esperem um ano por atendimento. O Moinhos é um aliado importante para mudar essa realidade”, destacou.
Estiveram na reunião representantes de Porto Alegre, Gravataí, Guaíba, Glorinha, Sapucaia do Sul, Tramandaí, Portão, Alvorada, Caxias do Sul, Torres, Nova Santa Rita, Viamão, Xangri-lá e São Francisco de Assis — incluindo membros da GRANPAL e do COSEMS-RS.
Você ainda compra OOH como se estivesse em 2010?
Por André de Oliveira
Durante anos, o mercado comprou OOH com base em “pacotes de inserções por dia” e torceu para atingir o público certo. Hoje, essa lógica está ultrapassada.
O jogo virou e quem ainda não entendeu isso está ficando pra trás.
Com a chegada do DOOH programático, IA e Big Data, a mídia deixou de ser genérica e passou a ser cirúrgica.
Agora, você pode comprar presença real: Por perfil demográfico (sexo, idade, classe) com localização precisa.
E ativada somente quando seu público estiver realmente presente diante da tela.
No Brasil?
Já temos iniciativas rodando nesse modelo:
@Neooh, @Eletromidia, @Helloo, e outras já integram dados de audiência para ajustar exibição por contexto;
E claro, agências com visão data-driven já compram mídia com base em clusters comportamentais, não mais em “pacotes por tela”.
E isso já é realidade HOJE:
Brasil já vive o OOH data-driven:
@Eletromidia, @Neooh e @Helloo e outras integram dados de audiência para exibição contextual.
Agências avançadas compram mídia com base em clusters comportamentais.
Exemplos práticos:
@Bradesco + GoAlt + DV360 (mar/25)
3.500 faces em Salvador e Recife
Inserções programáticas
+73 milhões de impactos reais.
@Unilever + @MullenLowe + @Cadreon
Sorvetes exibidos só para o target ideal. Base: perfil + clima + localização, menos desperdício, mais performance.
@InfinitePay + @JCDecaux (SP)
Compra programática via VIOOH SSP, ações em momentos de maior conversão.
No Brasil, empresas de tecnologia como a @Digatecnologia já entregam isso:
Mídia programática 100% nacional, com tecnologia para segmentar por perfil, ativar mídia sob demanda e reduzir drasticamente o desperdício de inserções.
Conclusão:
OOH não é mais sobre estar em todo lugar o tempo todo. É sobre estar no lugar certo, na hora certa, com a pessoa certa.
Concorda ou acha viagem?
Metade dos executivos está fora do Linkedin: quais os riscos?
Por Ricardo Haag
Estar desconectado, diante de um mercado crescentemente digital, parece algo improvável, mas é a realidade de metade dos executivos. Dados recentes divulgados em uma pesquisa da FGV identificou que 45% dos CEOs estão fora do LinkedIn, rede social com a maior presença de executivos C-suite com perfis profissionais – algo extremamente prejudicial para a conquista de futuras oportunidades e uma progressão positiva de suas carreiras.
Ainda segundo o estudo, somente 5% dos CEOs analisados são altamente ativos no LinkedIn, com mais de 75 posts anuais. Os outros, acabam aparecendo esporadicamente na rede social, algo que, certamente, pode comprometer seu destaque e atração perante posições melhores. Afinal, essa plataforma é, hoje, considerada uma das maiores vitrines globais do mercado, funcionando como um banco de dados mundial, vivo e atualizado constantemente, otimizando e agilizando o recrutamento de profissionais.
Em termos de empregabilidade, a rede social funciona como um currículo ativo, onde não é preciso, necessariamente, realizar postagens frequentes sobre pautas de seu ramo, mas onde é necessário ressaltar suas experiências, maiores conquistas e objetivos profissionais. Quem não é visto lá, consequentemente, dificilmente entrará no radar de recrutadores que utilizam a plataforma para buscar candidatos aderentes ao perfil desejado para uma determinada vaga em questão.
O próprio LinkedIn compartilhou que 65% dos usuários brasileiros utilizam a rede para se candidatar a empregos, além de ser considerada, para ¼ da população nacional, a principal ferramenta do mercado para essa função. Nesse sentido, é estratégico, por parte dos executivos, que mantenham seus currículos atualizados na rede, para que entrem no radar dos recrutadores e consigam se destacar para oportunidades que lhes tragam maiores conquistas para sua ascensão de carreira.
Um bom currículo nessa rede precisa estar sempre atualizado, destacando não apenas quais cargos já ocupou e as datas corretas de quanto tempo permaneceu em cada um, mas quais foram seus maiores e melhores entregáveis, ressaltando suas projeções de carreira e qual caminho está construindo para isso. Essas informações devem ser condizentes com as aspirações profissionais, evitando frustrações ao se candidataram para vagas que não possui as experiências ou habilidades necessárias para preenchê-la.
Garanta que seu perfil esteja completo e coerente com sua trajetória e objetivos desejados, para que, quando os recrutadores pesquisarem por talentos aderentes ao esperado, consigam encontrar sua página através de palavras-chave relacionadas ao que está inserido no seu currículo. Afinal, a experiência comprovada será crucial na análise das competências procuradas e na avaliação da compatibilidade entre a empresa e o candidato em questão.
Mas, ao invés de apenas aguardar esses contatos, um bom profissional é proativo na busca por seus desejos de carreira. Ele deve ir atrás das posições que considerar relevantes a seus objetivos e se candidatar, e não esperar que corram até ele. Esse é um comportamento que, certamente, trará um diferencial atrativo para seu destaque e chances de conquistar a vaga ofertada.
Se, mesmo diante desses cuidados, não observar nenhum retorno ou chamado positivo, o ideal é recorrer à orientação de uma consultoria especializada que identifique o problema e consiga ajudá-lo a se destacar perante futuras oportunidades. Chances não faltarão nesta rede que cresce cada vez mais no mercado, a qual não pode ser descuidada por aqueles que almejam um destaque ainda maior em suas carreiras.
O Brasil investe em OOH como gente grande. Mas ainda opera como se fosse pequeno
Por Bruno Guerreiro
O primeiro trimestre de 2025 marcou um novo capítulo na história da mídia fora de casa nos Estados Unidos. De acordo com a OAAA (Out of Home Advertising Association of America), o setor alcançou US$ 1,98 bilhão em receita — o maior valor já registrado para um primeiro trimestre — e segue numa sequência impressionante de 16 trimestres consecutivos de crescimento.
Mais do que um marco financeiro, os números refletem um movimento global: o Out of Home voltou ao centro da estratégia de mídia das marcas. E não apenas pela força de presença, mas pelo papel que passou a ocupar em um mix de comunicação mais híbrido, territorial e conectado com a vida real.
OOH em ascensão: diversidade e decisão estratégica
Entre os destaques do trimestre nos EUA, impressiona a diversidade dos maiores anunciantes. Marcas como Apple, Disney, Verizon, McDonald’s, Samsung e T-Mobile figuram entre os principais investidores em OOH. Mais de 60% das 100 maiores empresas da lista aumentaram seus aportes em relação ao mesmo período de 2024. E quase um terço dos 100 maiores anunciantes são empresas de tecnologia ou nativas digitais.
Marcas que nasceram no digital e operam com métricas em tempo real estão escolhendo ocupar o espaço físico — não como um aceno à tradição, mas porque entenderam que o OOH entrega escala, impacto e conexão local com uma força que outros meios não têm.
Para a maioria do mercado, essa frase é uma falácia. Porque boa parte das marcas ainda opera o OOH de forma tão rasa, tão genérica, que nem chega perto dos desafios — e muito menos do potencial — que o meio pode oferecer.
Conclusão: o próximo salto do OOH no Brasil
O crescimento do OOH é inegável. Mas o próximo salto não depende apenas de digitalização ou aumento de verba. Ele depende de uma mudança de mentalidade sobre como esse meio é planejado, executado e avaliado.
Tratar o Out of Home como um ativo estratégico passa por quem está pensando, operando e desdobrando suas possibilidades.
E talvez esteja na hora do mercado brasileiro deixar de tratar o OOH como um coadjuvante eficiente — e começar a operá-lo como o protagonista versátil, inteligente e territorial que ele realmente pode ser.
O DOOH e o papel da inovação
Outro dado relevante: o DOOH (Digital Out of Home) representou 34% de todo o investimento em OOH no trimestre, com crescimento de 9%.
Nos Estados Unidos, o avanço da digitalização é evidente — com painéis interativos, compra programática e integrações com dados em tempo real. No Brasil, esse processo avança de forma mais heterogênea. Enquanto grandes capitais já experimentam soluções digitais, boa parte do país ainda opera com inventários estáticos, mas com um potencial estratégico gigantesco.
Esse Brasil com S — diverso, regionalizado e profundamente real — é onde o OOH encontra sua potência máxima. E, por isso mesmo, exige mais do que tecnologia: exige inteligência operacional e leitura de contexto.
O que o Brasil precisa considerar agora
O Brasil já ocupa uma posição privilegiada quando o assunto é Out of Home. O meio representa uma das maiores fatias do bolo publicitário nacional — maior, inclusive, do que em mercados mais digitalizados e com maior investimento global.
O desafio, portanto, não está apenas em adotar o OOH — mas em saber operá-lo com profundidade estratégica.
OOH é mídia de presença, contexto e ocupação real do território físico — nos trajetos, nos centros comerciais, nas plataformas de transporte e nas pausas do cotidiano.
O abismo entre o que se faz — e o que se poderia fazer
Ainda hoje, muitas campanhas de OOH acabam repetindo fórmulas genéricas, com recortes tímidos e pouca variação criativa, mesmo quando se trata de ativações nacionais. Isso não acontece por falta de intenção — mas, muitas vezes, por limitação de estrutura, tempo ou especialização.
O papel de uma agência especializada em Out of Home deveria ser justamente esse: ampliar o olhar do anunciante. Traduzir complexidade em soluções criativas. Acessar dados além das fontes básicas. Explorar formatos e oportunidades que não aparecem nos briefings padrão. Conectar o Brasil urbano com o Brasil profundo.
Mas para isso acontecer, é preciso intenção. Visão. Maturidade de operação.
A falácia dos 90% de dor de cabeçaHá uma frase que circula entre anunciantes e agências: “OOH representa 10% da verba, mas 90% da dor de cabeça.”
Mas ela só se aplica a quem realmente está operando o meio com profundidade — mergulhando no Brasil com S, lidando com centenas de exibidores, extraindo inteligência regional, explorando formatos e realidades fora dos grandes centros.