Nos artigos que publicamos hoje você vai ler sobre: HOC contrata Xico Zanetti para dirigir nova área de tecnologia e operações, o desperdício de R$ 1,57 bilhão: marcas perdem dois terços do orçamento ao investir em criadores sem suporte tecnológico, estamos mentindo para nossos filhos, as holdings tradicionais estão pesadas, de Henry Ford a Elon Musk: os perigos de tentar formar um império automobilístico global, tráfego pago não é mágica, mas também não é sorte, o futuro das bebibas é plural, queda do last-click revoluciona mensuração de mídia e Sinergy é a grande vencedora do Prêmio Colunistas SUL na categoria Mídia OOH.
HOC contrata Xico Zanetti para dirigir nova área de tecnologia e operações.
Para exponencializar a criatividade estratégica, acelerar o uso da inteligência artificial e esparramar a tecnologia no dia a dia dos seus serviços e produtos, a HOC anuncia Xico Zanetti para o recém-criado cargo de Head de Tecnologia e Operações. Xico era COO da Gauge/Stefanini onde liderou operações no Brasil, na América Latina e nos Estados Unidos. Também foi Head do Centro de Excelência Digital Global da Hogarth Worldwide/WPP e Diretor de Projetos e Operações da W3haus.
Com 19 anos de mercado, Xico já trabalhou com grandes marcas como Nestlé, Bayer, Mondelez, O Boticário, Tramontina, Movida, Grupo SEB, Petz, Volvo. Ganhou dois Leão em Cannes por projetos de inteligência artificial com seus times. Além disso, ele é professor de cursos de Gerenciamento de Projetos pro mercado da Comunicação em parceria com o Share e MestreGP, além de palestrante em eventos de Marketing e Inovação.
Apaixonado por jobs multidisciplinares, Xico é graduado em Design Gráfico, tem MBA em Gerenciamento de Projetos e Pós-MBA em Gestão Estratégica em Serviços.
Desperdício de R$ 1,57 bilhão: marcas perdem dois terços do orçamento ao investir em criadores sem suporte tecnológico
Por Gabriela Cardoso
Imagine pedir uma pizza no fim de semana, esperando ansiosamente pela comida e, quando você abre a caixa, só para descobrir que só sobrou um terço das fatias? Essa é uma analogia para a situação que o mercado publicitário enfrenta quando se trata de investir em campanhas com criadores, de acordo com umaestudo realizado pela BrandLovers .
Segundo o levantamento, feito com base no banco de dados da plataforma, do total de R$ 2,18 bilhões por ano gerados pelo setor — segundo dados divulgados pela Kantar Ibope Media e Statista — até R$ 1,57 bilhão podem ser desperdiçados. “Na realidade atual, em que o marketing de influência se consolidou como uma das principais estratégias de publicidade digital no Brasil, identificar esse prejuízo deve servir de alerta para as marcas”, reforça Rapha Avellar, CEO da BrandLovers.
Com base na ampla base da plataforma, que atualmente conta com mais de 220 mil criadores e faz uma média de quatro pagamentos por minuto, a pesquisa analisou dados de campanhas de nano, micro e macro produtores de conteúdo para fazer o diagnóstico. Além de identificar o valor perdido por anunciantes e profissionais de marketing, foi possível identificar a raiz do problema. “Falta uma abordagem impulsionada por dados, tecnologia e escala.”
Avellar ressalta que muitas marcas ainda tomam decisões com base em percepções subjetivas ou na mera popularidade dos criadores, sem uma análise aprofundada de impacto e desempenho. Ele ressalta a necessidade urgente de um modelo mais estruturado, baseado em dados e tecnologia. “A mídia influenciadora é tão central para a geração de demanda em 2025 que precisa ser tratada como mídia real – um jogo de ciência exata, não de palpites.” Ele reforça que essa mudança de mentalidade pode maximizar o retorno sobre o investimento, garantindo que uma parcela significativa dos orçamentos seja aplicada de forma mais estratégica e eficiente.
As 3 principais causas do desperdício
A pesquisa foi além de identificar o problema de orçamento e buscou entender as causas por trás dele. Existem três principais fatores de ineficiência no trabalho com criadores, que contribuem diretamente para o cenário de desperdício:
1 – Escolha inadequada do perfil do criador
A escolha entre nano, micro ou macro creators, com base no tamanho do perfil (em termos de número de seguidores), tem impacto direto na eficiência das campanhas em termos de alcance potencial e custo-benefício. A pesquisa mostra que, para uma mesma campanha, com orçamento de R$ 1 milhão, micro creators têm um custo médio por visualização (CPView) de R$ 0,11 e geram, em média, 9,1 milhões de visualizações. Macro creators, por outro lado, têm um CPView de R$ 0,31 e alcançam cerca de 3,2 milhões de visualizações.
Isso significa que campanhas que usam microcriadores alcançam um alcance 65% mais eficiente por real investido, maximizando o impacto da campanha sem aumentar o orçamento.
2- Falta de preços individuais e multifatoriais
A falta de um método multifatorial para precificação de criadores é uma das principais causas de ineficiência nos investimentos em marketing de influência. Embora o número de seguidores seja uma métrica relevante, ele precisa ser analisado em conjunto com outros fatores para garantir uma precificação justa e eficiente. Atualmente, boa parte do mercado ainda define valores com base somente nessa métrica, desconsiderando indicadores essenciais como impacto, alcance efetivo, segmentação de audiência e otimização do custo por visualização.
Este modelo de preços gera três grandes problemas:
- Pague por unidade de criador, não por impacto e alcance
Muitas marcas precificam criadores com base em faixas de seguidores e engajamento médio. No entanto, essa abordagem simplista geralmente resulta em um criador com 40.000 seguidores sendo pago da mesma forma que um criador com 35.000 seguidores. O mesmo vale para criadores com 60.000 seguidores, onde um pode ter 6% de engajamento e o outro apenas 4%, mas ambos são pagos da mesma forma. Essa prática destrói a otimização de mídia e reduz a eficiência dos investimentos.
- Excesso de intermediários entre marca e criador
As agências são parceiras estratégicas na comunicação da marca, mas há cadeias de pagamento mal projetadas que envolvem até 4 ou até 5 intermediários e podem aumentar drasticamente os custos. Em algumas estruturas, o mesmo criador pode custar até 6 vezes mais, devido à ineficiência tributária e margens adicionadas por intermediários desnecessários. Esse modelo de repasse de custos reduz o orçamento alocado para o que realmente importa: comprar mídia, gerar impacto e gerar conversas genuínas sobre a marca.
- Pagar o valor errado devido à falta de opções
Encontrar o criador certo pode ser um gargalo e, na pressão para tomar uma decisão rápida, muitas marcas acabam escolhendo criadores abaixo do ideal. Sem acesso a um grande volume de opções qualificadas, as campanhas podem acabar pagando o mesmo valor para criadores que entregam menos resultados, prejudicando seu retorno sobre o investimento.
Uma análise comparativa demonstrou o impacto da mudança para um modelo de precificação algorítmica mais eficiente:
Antes: Uma campanha tradicional baseada apenas no número de seguidores resultava em um custo por visualização de R$ 0,16, gerando 3,1 milhões de visualizações.
Depois: Aplicando um modelo de precificação inteligente, que considera múltiplos fatores (impacto real, segmentação e otimização de mídia), o custo por visualização caiu para R$ 0,064, permitindo atingir 7,75 milhões de visualizações com o mesmo orçamento.
Resultado: aumento de +150% no alcance da campanha, otimizando o investimento em mais de 60%.
Os dados deixam claro que erros de precificação não apenas aumentam os custos desnecessariamente, mas também limitam o potencial da mídia influenciadora como um canal estratégico de conscientização e consideração. Ajustar como as marcas compram mídia influenciadora pode gerar ganhos exponenciais, garantindo que cada dólar investido gere impacto real e maximizado.
3- Segmentação errada
Outro erro crítico identificado é a seleção de criadores cujo público não está alinhado com os objetivos da campanha. A pesquisa revelou que campanhas com baixo fit entre criador e marca resultam em um CPView de R$ 0,30, enquanto aquelas com alto fit alcançam um CPView de apenas R$ 0,09. Em outras palavras, campanhas mal segmentadas são 3,33 vezes menos eficientes.
Além disso, o aumento de custos pode se tornar ainda mais crítico quando o público do criador não está alinhado com o público-alvo da campanha. Esse problema ocorre porque muitas marcas ainda escolhem criadores com uma mentalidade de associação de imagem, em vez de uma abordagem estratégica para o planejamento de mídia. Um criador que parece ser o “rosto da sua marca” pode, na prática, ter um público que não reflete o perfil do seu consumidor ideal, reduzindo drasticamente a eficácia da campanha.
A falta de alinhamento, portanto, pode significar desperdício de até 72% do orçamento de algumas campanhas. Isso se a segmentação não for baseada em dados concretos sobre o perfil do público, engajamento real e afinidade com a marca.
Como evitar perdas orçamentárias?
“As marcas precisam adotar uma mentalidade mais analítica no marketing de influência, assim como já fazem em outras frentes de mídia”, diz Avellar. “O que vemos hoje é que muitas decisões são tomadas com base em fatores subjetivos, sem uma avaliação mais profunda do impacto potencial de cada criador.”
Para evitar uma análise baseada em um único critério e os danos causados por essa prática, o estudo recomenda adotar um plano baseado em dados e critérios bem estruturados. Isso inclui:
Decisões baseadas em dados além de seguidores e engajamento – Aproveite a tecnologia para análises preditivas que identificam os criadores mais eficazes para otimizar KPIs importantes, como impacto, alcance e frequência.
Pense como um meio de comunicação – Defina o público-alvo da campanha antes de selecionar os criadores, priorizando a entrega de resultados em vez de escolhas baseadas apenas na associação de imagens.
Precificação estratégica e eficiente – Evite distorções de custos que aumentam o investimento sem proporcionalidade no retorno, garantindo que os pagamentos sejam otimizados para maximizar a escala e o impacto das campanhas.
“A chave para o futuro do marketing de influência está na precisão”, conclui Avellar. “As marcas que sabem usar a tecnologia e os dados no centro de suas estratégias conseguirão evitar desperdícios. Mais do que isso, conseguirão maximizar o impacto real de suas ativações com os criadores. Em última análise, o sucesso do marketing de influência não depende somente de investir mais dinheiro, mas de investir de forma mais inteligente.”
“Estamos mentindo para nossos filhos”: Anthony Mackie não acredita que sucesso pode ser alcançado apenas com esforço
Por Ketlyn Ribeiro
“Se você trabalhar duro, terá sucesso na vida”. Quantas vezes já nos disseram isso? Tantas que acabamos acreditando nisso, apenas para descobrir que, às vezes, na maioria dos casos, é preciso mais do que apenas trabalho duro e esforço de nossa parte. Anthony Mackie, que está passando por um bom momento em sua carreira de ator depois de estrelar Admirável Mundo Novo, quis falar sobre esse assunto.
E isso apesar do fato de que ele ainda teve que trabalhar duro para ser recrutado pela Marvel Studios para interpretar Sam Wilson no MCU, que primeiro foi o Falcão e agora é o Capitão América titular da Terra-616. Tanto que, antes de ser contratado pelos irmãos Russo para o filme Capitão América – O Soldado Invernal, ele treinou 10.750 horas e passou vários anos enviando cartas que eles ignoraram.
Como ele conseguiu sua grande chance no Marvel Studios
Finalmente, como ele contou em uma entrevista recente ao The Pivot Podcast via CNBC, ele conseguiu uma reunião com os diretores de O Soldado Invernal e o resto é história: “[Eles disseram]: ‘Não podemos dizer qual personagem você vai interpretar ou quem mais vai participar, mas você aceitaria?”. O ator teve a oportunidade de sua vida, e é por isso que ele acredita que apenas se esforçar não é suficiente:
“Estou no ramo há 24 anos e já vi pessoas passarem do nada para as maiores estrelas do mundo (…) E acho que estamos mentindo para nossos filhos. Dizemos a eles que, se forem bem, tirarem boas notas e participarem de todos esses programas, serão bem-sucedidos. Se você se esforçar o suficiente, seu esforço valerá a pena’. Mas isso não é verdade. [Em muitos casos, o sucesso é conquistado, não dado”, disse.
Mackie acredita que é preciso um pouco de sorte porque, entre outras coisas, há muitas outras pessoas tentando fazer a mesma coisa que nós. Mas, é claro, nem todo mundo almeja ser um astro de filmes de super-heróis. Seja como for, o astro da Marvel nos deixou uma reflexão interessante sobre como ele teve a oportunidade de se inscrever nessa saga à qual ele permanecerá ligado.
É claro que Capitão América: Admirável Mundo Novo não está indo muito bem nas bilheterias. Veremos se o ator e o resto de seus colegas de elenco terão mais sorte com o lançamento de Vingadores: Doomsday em 2026, que começará a ser filmado agora.
As Holdings Tradicionais estão pesadas
Por Victor Vieira via Linkedin
Sir Martin Sorrell, ícone da publicidade global e criador do império WPP, voltou à cena para dizer o que muita gente já cochichava pelos cantos: as holdings tradicionais estão pesadas, lentas e perdidas em um mundo onde a velocidade do consumidor já deixou o PowerPoint pra trás. Só que dessa vez, o alerta veio com uma dose de frustração pessoal — afinal, nem a sua nova empreitada, a S4 Capital, conseguiu escapar das dores do modelo que prometia ser o futuro.A operação da Media.Monks, que deveria ser o motor da nova lógica digital, viu a receita cair 13% no último ano. O crescimento estagnou, e o discurso de integração total virou um fardo. Sorrell, que apostou alto numa estrutura “full digital, full stack”, agora admite que talvez o mercado precise de menos promessa e mais foco. E é aí que a gente se reconhece.
Eu e meus sócios percebemos esse colapso iminente lá em 2019. Sabíamos que tentar resolver todas as dores das marcas com uma estrutura única, mesmo que moderna, era só pintar a casa velha com tinta nova. Por isso, desconstruímos o modelo da agência generalista e criamos uma rede de empresas especializadas — boutiques de marketing orientadas por dados, comportamento, tecnologia e timing – um movimento rápido de “360” para “Brand Power House”. Porque marcas vivem ciclos diferentes. E quem tenta vender o mesmo pacote para todos, invariavelmente vai entregar demais para uns e de menos para outros.
Segundo a Deloitte, 59% dos CMOs pretendem trabalhar com mais fornecedores especialistas nos próximos anos. Já entenderam que o que traz resultado é profundidade e agilidade — não uma torre de marfim com nome bonito e 200 escopos genéricos.
Sorrell está certo em muitas críticas. Mas talvez o erro dele tenha sido insistir na ideia de uma agência moderna que faz tudo, quando o que o mercado realmente precisa é de quem faz uma coisa muito bem — e sabe se conectar com outras inteligências. É exatamente nisso que estamos desde 2019: montando um ecossistema onde o especialista tem protagonismo, e o cliente escolhe com quem quer caminhar, conforme sua dor do momento.
No fim do dia, o mercado cansou de ouvir que “integração” é a solução. Ele quer que alguém resolva. Sem reuniões infinitas. Sem decks com 90 slides. E, principalmente, sem repetir os erros do passado com nomes mais modernos.
De Henry Ford a Elon Musk: os perigos de tentar formar um império automobilístico global
Por Jon Sindreu
As tentativas de construir um império automobilístico global remontam às décadas de 1910 e 1920, quando Henry Ford estabeleceu fábricas na Grã-Bretanha e na Alemanha para o Modelo T, e a General Motors respondeu comprando montadoras estrangeiras. Um século depois, essa ambição corre o risco de derrapar na pista.
A Tesla é, de certa forma, a Ford do século XXI. Ela tem uma vantagem de pioneirismo envolvendo uma nova tecnologia, um líder carismático — Elon Musk — e o objetivo de fabricar globalmente. Embora tenha aberto suas primeiras fábricas na China e na Alemanha apenas em 2019 e 2022, respectivamente, a empresa conseguiu dividir sua receita em 50% na América do Norte, 30% na Ásia-Pacífico e 13% na Europa no ano passado, mostram as estimativas da FactSet.
Isso ainda não é tão diversificado quanto marcas de carros de luxo como a BMW, mas não está longe da Toyota, a pretendente mais próxima de ser líder mundial em automóveis. Dado o objetivo da Tesla de se aproximar do mercado de massa, esses são bons números.
No entanto, nos últimos três meses, as ações da Tesla caíram quase pela metade, em parte porque o papel de Musk no governo Trump — ecoando as próprias incursões políticas de Henry Ford — criou uma reação do consumidor em casa e no exterior, derrubando as vendas, especialmente as europeias.
Contudo, o que ameaça enviar o sonho já frágil de uma montadora globalizada para o lixo são duas tendências mais profundas.
Uma delas é o protecionismo. Na China, essas políticas há muito promovem os veículos domésticos em detrimento dos fabricantes ocidentais, gerando protestos para que autoridades americanas e europeias impeçam os chineses de acessar seus próprios mercados.
Agora, o presidente Trump está até ameaçando impor tarifas sobre as cadeias de suprimentos que as montadoras americanas e europeias espalharam pelo Canadá e pelo México.
Ao mesmo tempo, ficou claro que o ritmo de adoção de veículos elétricos será muito diferente entre os países, dificultando ainda mais atender simultaneamente a diferentes mercados.
De fato, os investidores começam a se perguntar se os atores regionais antes vistos como pequenos demais para competir podem realmente levar vantagem.
A francesa Renault cresceu 25% no mercado de ações em seis meses, com base em um plano de recuperação baseado em parcerias, não em tamanho. Os executivos externalizaram a produção de baterias e posicionaram as cadeias de suprimentos localmente, além de ainda unirem os custos de pesquisa e fabricação com a Nissan, aliada de longa data.
E também estão usando parceiros chineses para dar saltos no segmento de orçamento: o próximo Renault Twingo deve ser um dos EVs mais baratos do mundo, custando menos de 20 mil euros, o equivalente a US$ 21.810.
Enquanto isso, as ações da Stellantis caíram 16%. O megaconglomerado foi criado em 2021 pela fusão da Fiat Chrysler com a antiga rival doméstica da Renault, o Grupo PSA, para internalizar as economias de escala de suas 14 marcas.
Embora o corte de custos inicialmente tenha superado as expectativas, as vendas de modelos-chave fracassaram em 2024: jipes e picapes Ram se acumularam nas concessionárias como resultado dos preços altos. Em dezembro, logo após a demissão do CEO Carlos Tavares, o lançamento da Ram 1500 REV totalmente elétrica foi adiado para 2026, mesmo com o Ford F-150 Lightning ganhando terreno.
Se a estratégia da Tesla de vender uma única marca globalmente é uma reminiscência da Ford original, a abordagem da Stellantis de se expandir por meio de vários fabricantes locais remonta a Alfred P. Sloan, da GM, na década de 1920.
A história sugere que esta última é ainda mais difícil de funcionar. A primeira tentativa da GM, que incluiu a aquisição da Vauxhall no Reino Unido e da Opel na Alemanha, foi frustrada pelo protecionismo e pela Grande Depressão. Ela tentou novamente nas décadas de 1980 e 1990, comprando a Saab e projetando uma carroceria comum, a “J-body”, que poderia ser vendida em várias regiões — Chevrolet Cavalier, Opel Ascona e Isuzu Aska eram todas variações dela. A Ford tentou algo semelhante com o Mondeo, enquanto adquiria Jaguar, Volvo e Aston Martin.
No final, as marcas extras se mostraram difíceis de gerenciar, a J-body foi criticada por seu baixo desempenho e o Mondeo só prosperou na Europa. Hoje, a Ford e a GM têm uma pegada europeia muito menor.
O problema é que manter e atualizar uma grande linha de produtos é uma tarefa assustadora, especialmente com os gostos dos consumidores variando amplamente entre as geografias. Para a Stellantis, algumas marcas como Lancia e Maserati podem exigir muito esforço de revitalização, enquanto outras, como a Chrysler, se tornaram relíquias do passado, ou não conseguem crescer sem canibalizar o resto.
A força da Fiat, por exemplo, se deve principalmente à linha 500, que é um carro chique para os moradores de cidades europeias.
É certo que as plataformas modulares compartilhadas se tornaram padrão na indústria automobilística e estão por trás de alguns sucessos transnacionais.
A Toyota é a primeira entre elas, combinando o foco em uma única marca acessível com uma reputação de confiabilidade, uma abordagem de fabricação localizada e algumas arquiteturas comuns compatíveis com híbridos. Isso possibilitou, por exemplo, mudar facilmente para a fabricação do subcompacto Yaris apenas para o mercado europeu, enquanto mantinha o Corolla, maior, nos EUA.
Apesar de seus problemas recentes, a Volkswagen da Alemanha também é um paradigma de como isso pode ser feito em todas as marcas, com a qualidade dos materiais essencialmente determinando se um carro construído na mesma plataforma é um Skoda barato, um Audi premium ou um Volkswagen intermediário.
Mas mesmo essas empresas, que têm uma continuidade de produto que falta à Stellantis, não conseguiram ser tudo para todos em todos os lugares. Os consumidores nos EUA gostam dos SUVs Tiguan e Atlas da Volkswagen e do sedã Jetta, mas evitam seus modelos mais acessíveis.
A Toyota tem uma participação de mercado relativamente pequena na Europa e tem tido dificuldades na China, em parte devido ao seu apego a veículos híbridos. Depois de ver seu modelo elétrico bZ4X, outrora problemático, no topo das vendas na Noruega, a empresa japonesa está finalmente se voltando para carros elétricos a bateria.
Mas, em última análise, o fato de as vendas de veículos elétricos terem superado as expectativas na China e na Escandinávia, decepcionado no resto da Europa e perdido para os híbridos nos EUA é uma grande dor de cabeça para os fabricantes que desejam estar em todos esses países, ao mesmo tempo mantendo aspectos em comum e desempenho consistente.
Isso se dá porque a indústria está mudando de plataformas que podem acomodar versões elétricas e de combustão do mesmo carro — como muitos modelos Peugeot, Citroën e Opel fazem — para o uso de arquiteturas dedicadas.
Os investidores há muito viram a eletrificação criando alguns vencedores globais. Em vez disso, pode ser outra força histórica favorecendo campeões mais regionalizados.
Tráfego pago não é mágica. Mas também não é sorte.
Por Aryane Cavalcante via Linkedin
Muita gente ainda acredita que tráfego pago se resume a impulsionar post e esperar as vendas caírem do céu. Mas a realidade em 2025 é outra: o jogo virou, e agora o que manda é o criativo.
O algoritmo aprendeu a fazer o trabalho dele. A segmentação está cada vez mais automatizada. E sabe o que isso significa? Que o grande diferencial não está mais no público, e sim no conteúdo que você entrega.
Se o seu criativo não prende atenção, não gera conexão e não desperta desejo… não tem campanha que salve.
O que está funcionando agora no tráfego pago?
Testes contínuos de criativos – O que funcionou mês passado pode não funcionar hoje. Testar diferentes abordagens é obrigatório.
Anúncios com linguagem autêntica – Quanto mais o anúncio parecer um conteúdo nativo da plataforma, melhor ele performa.
Vídeos curtos e impactantes – O formato que mais engaja e converte, especialmente quando é dinâmico e direto ao ponto.
Storytelling com emoção – Criativos que contam histórias e geram identificação estão dominando as campanhas.
Chamadas para ação estratégicas – CTA não é só “compre agora”. Ele precisa guiar a jornada do usuário sem parecer forçado.
Em um mundo onde a atenção é o ativo mais disputado, não basta ter uma oferta boa, você precisa saber comunicá-la de forma persuasiva e envolvente.
O Futuro das bebibas é plural
Por Ana Soares Martins via Linkedin
US$ 13 bilhões: esse é o tamanho do mercado global de bebidas não alcoólicas funcionais – e os Mocktails só crescem!
O consumo de álcool está em declínio entre os jovens. Gerações Z e Millennials buscam novas experiências, mais saudáveis e alinhadas com propósito. É nesse cenário que marcas como Naked Life No & Low Alcoholic Spirits brilham.
Direto da Natural Products Expo 2025, a marca australiana ganhou os holofotes com sua linha de coquetéis prontos para beber, zero álcool e zero açúcar, mas com muito sabor, sofisticação e um branding impecável.
Com sabores como:
- Negroni Spritz
- Cosmo
- Classic G&T
- Mojito
- Margarita
A Naked Life mostra que a inovação na categoria Ready to Drink (RTD) vai além da funcionalidade – ela é cultural. É sobre fazer parte da rotina social de uma nova geração que quer saúde, performance e prazer – tudo ao mesmo tempo.
No Brasil, o cenário é fértil para esse tipo de inovação. O setor wellness está aquecido, e o desejo por bebidas funcionais e mais leves só aumenta.
O futuro das bebidas é plural. E ele já chegou e a Open Drinks veio para ajudar!
Comente “EXPOWEST” e tenha acesso ao material que desenvolvi da feira sobre os destaques de RTD.
Queda do last-click revoluciona mensuração de mídia
Por Meio&Mensagem
A dificuldade em medir o retorno de investimento em publicidade apenas por cliques está reacendendo o interesse por um método tradicional de mensuração. Essa é a tese da Uncover, startup paulistana de tecnologia, que enxergou no resgate do marketing mix modeling (MMM) uma oportunidade para os anunciantes.
O MMM ressurge com alta tecnologia. Embora ofereça respostas mais precisas sobre o impacto de cada mídia na jornada do consumidor, o modelo precisava de melhorias para superar as limitações que o fizeram perder espaço no mercado: complexidade, alto investimento e longos prazos de implementação.
A empresa modernizou o modelo tradicional da metodologia, com uma versão automatizada que resolve os desafios de integração e harmonização dos dados. Além disso, incorporou um algoritmo de inteligência artificial (IA), capaz de gerar cenários e prever comportamentos com precisão. A solução é integrada a uma plataforma intuitiva, acessível a profissionais não técnicos.
Com o software as a service (SaaS) da startup, o MMM passou a ser feito em tempo real, de forma totalmente automatizada, acrescido de IA e machine learning, que propõem como dividir o budget para atingir melhores resultados de negócio. A Uncover afirma que a taxa média de acerto é de 95%. “O marketing mix modeling tem o potencial de ser a mensuração padrão ouro da indústria, porque avalia o funil completo”, afirma Daniel Guinezi, coCEO da startup.
Funil estratégico para uma visão holística do consumo
A retomada do MMM faz sentido no atual cenário de mídia, cada vez mais fragmentado pelo surgimento de novos formatos — como TikTok, serviços de streaming e retail media —, que, em pouco tempo, conquistaram a atenção do consumidor e abriram oportunidades diferentes para as marcas se conectarem com o público. No entanto, para esses canais, a atribuição baseada em cliques ainda é um obstáculo para os gestores de crescimento, pois a métrica não reflete com precisão o impacto real gerado pela comunicação.
Segundo Guinezi, o mercado precisa urgentemente de um modelo que conecte investimento a resultados reais, “sem depender de mensurações limitadas, que distorcem a realidade do consumo”. A solução está no MMM, que é capaz de metrificar o impacto de todos os canais, sejam online ou off-line, clicáveis ou não, considerando graus de saturação, variáveis macroeconômicas e persistência dos efeitos ao longo do tempo.
Um exemplo é quando um consumidor vê um produto no TikTok, vai até uma loja física e faz a compra. Nesse caso, a solução da Uncover consegue atribuir a venda à rede social chinesa, reconhecendo seu papel na jornada de consumo, mesmo sem um clique direto. Esse nível de entendimento ajuda a corrigir um dos principais problemas da atribuição tradicional: o excesso de investimento em mídias de conversão.
O cenário, no entanto, começa a evoluir. “Os maiores anunciantes do País já estão abraçando o funil estratégico”, observa Guinezi. Com o marketing mix modeling e a abordagem da Uncover, as marcas passam a ter uma visão mais holística da jornada do consumidor, permitindo uma alocação de budget mais inteligente e eficaz. O coCEO ressalta a importância de investir também em mídias de criação de demanda, como TV, out-of-home (OOH) e influenciadores.
Mensuração de mídia mais precisa e rápida
Com uma carteira de mais de 40 clientes, incluindo Unilever, Casas Bahia, Santander, Bradesco e Burger King, a Uncover se consolidou como uma das maiores startups de MMM do mundo. Entre janeiro de 2024 e o mesmo mês deste ano, a receita mensal da empresa aumentou seis vezes, enquanto o número de clientes quadruplicou. A plataforma gerencia R$ 30 bilhões em orçamentos de mídia, oferecendo análises detalhadas sobre o desempenho de campanhas.
Os budgets abrangem marcas como a Estácio, que, durante 2024, conseguiu reduzir seu custo de aquisição de usuários em 50%, ao mesmo tempo que aumentou as vendas em 15%. Por sua vez, a Cogna dobrou suas conversões no ano passado e o Outback acelerou seus investimentos em mídia de cinema, obtendo um crescimento de 9% nas vendas.
Integração entre times de branding e performance
Além de melhorar o desempenho das campanhas, a plataforma da Uncover tem promovido uma integração estratégica entre os times de branding e performance. A startup também destaca que sua tecnologia possibilita aos profissionais de marketing resgatarem a essência de sua função, com foco na interpretação, subjetividade e criatividade, enquanto a solução cuida das análises técnicas e dos números.
O coCEO da Uncover ressalta a seriedade de romper com a falácia do last-click. “Mídias de clique, por si só, não são a causa direta das vendas — apenas apresentam uma correlação com os resultados”, explica. “O problema do last-click é acreditar que aquele anúncio final, logo antes da compra, foi o responsável pela decisão do consumidor, ignorando toda a jornada de influência anterior”, acrescenta.
Sinergy é a grande vencedora do Prêmio Colunistas SUL na categoria Mídia OOH
Por QG Comunica
A Sinergy é a empresa de mídia exterior do ano do Colunistas SUL 2024.
Duas produções foram destaque no Prêmio Colunistas, a primeira e tradicional premiação de comunicação de marketing do Brasil: Air fryer gigante, do cliente Britânia conquistou o Grand Prix; e o Muro dos Pedidos também recebeu destaque Ouro. Reconhecimento, confirmado nesta semana, está sendo muito celebrado por toda a equipe da Sinergy, que há 25 anos celebra a sinergia entre marcas, cidades e pessoas. “Nessa jornada, foram muitas histórias, formatos e projetos para gerar visibilidade para marcas, produtos e serviços por meio de estratégias inteligentes de mídia Out Of Home, a mídia OOH, com foco em resultados de negócio”, destaca Eduardo Ferreira, sócio-fundador e CEO da Sinergy
O Prêmio Colunistas foi criada quando Armando Ferrentini, Eloy Simões e Cícero Silveira, que escreviam colunas sobre publicidade na imprensa — daí o nome da premiação –, decidiram criar um prêmio com a visão dos jornalistas especializados para destacar os trabalhos mais criativos da produção publicitária nacional. O reconhecimento nacional é oferecido pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp), entidade presidida por Armando Ferrentini e tendo Marcio Ehrlich como vice-presidente executivo e coordenador nacional da premiação. A primeira edição aconteceu no final de 1967. Eduardo reforça ainda que embelezar e transformar trajetos em experiências fazem parte do DNA da empresa.
No trabalho da air fryer gigante, ação da ND Sinergy, com criação da Calia resultou em um vídeo que se projeta para fora da tela e mostra a ação publicitária que exibe uma air fryer gigante que faz barulho e exala aroma de comida. Já o Muro dos Pedidos foi uma iniciativa dentro do Consórcio Novo Muro da Mauá, integrando a sétima fase cultural da estrutura, uma galeria aberta com 48 metros de extensão no Centro Histórico de Porto Alegre. O propósito foi elevar ainda mais o papel de resiliência que o espaço ganhou durante as cheias de maio de 2024, tornando-o uma área em um local de reflexão para a capital gaúcha.
E dentro de toda essa mobilização, a Sinergy avançou para um momento histórico no mercado mídia Out Of Home, proporcionando um encontro entre a inovação e a visibilidade com o Widemax. Trata-se do primeiro painel transparente da América Latina, que está instalado em Porto Alegre. Em breve essa tecnologia também chegará em outros locais. “Aqui no Sul, é Sinergy. É excelência criativa em grande escala em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre”, finaliza Eduardo.